No mundo dos negócios muitos se perguntam qual a melhor estratégia a ser implementada para se obter o sucesso empresarial. Muitas das estratégias que são planejadas deliberadamente não são as mais adequadas ao contexto ambiental da empresa, assim como também as emergentes não são as mais convincentes. Escolher a melhor estratégia que irá conduzir para a conquista de novos horizontes de mercado, novas posições consideradas altamente lucrativas para a empresa ou ao negócio empreendedor, requer ao estrategista mais que um mero esforço de planejamento estratégico.

Analisar o contexto da qual a empresa está inserida, ou seja, o que o mercado está impondo, quais os objetivos genéricos e os objetivos finais deseja-se alcançar é um fator imponente que deve ser cuidadosamente integrado ao plano de ações. O mercado atualmente encontra-se incrivelmente volátil, turbulento e instável, quase impossível de se antever quais os novos caminhos que estão sendo traçados no mundo dos negócios.

De acordo com Henry Mintzberg, as estratégias podem ser armas poderosas ou demasiadas demais para algumas empresas, ou seja, muitas delas utilizam várias ferramentas como a SWOT, por exemplo, equivocadamente, confundindo as oportunidades com pontos fortes e ameaças como pontos fracos. Nem sempre as oportunidades são oportunidades, elas podem caracterizar-se muitas das vezes perspectivas perdidas transformando-se em tempo jogado fora e possivelmente uma nova ameaça.

Tomemos como exemplo a empresa Hopi Hari que atua no ramo de parques de diversões. No mercado brasileiro, a empresa está localizada em um ponto estratégico, tem público alvo de cerca de 20 milhões de pessoas, ou seja, está praticamente no centro da economia brasileira. No entanto, recentemente a empresa está obtendo prejuízos altos decorrentes das grandes altas nas taxas de juros, o que acaba impondo maiores dificuldades à empresa em encontrar caminhos alternativos para auferir resultados melhores.

O que isso quer dizer? O que poderia ser uma grande oportunidade, se tornou uma frustração para o Hopi Hari que mesmo tendo margens operacionais significativas, teve seu lucro reduzido drasticamente. O contexto econômico brasileiro tornou-se desfavorável demais para a empresa, e isso exigiu de seus proprietários tentar desfazer-se do negócio.

O exemplo citado, revela duas faces: o ambiente externo é imprevisível e nem todo planejamento estratégico é coerente com as exigências dos mercados. As frustrações e experiências negativas podem se tornar estratégias de aprendizado, assim como considera a Escola de Aprendizado (Mintzberg, 2000).

As empresas necessariamente devem identificar as suas forças competitivas ou como conceitua Michael Porter, os cinco fatores competitivos ou cinco forças de Porter, os quais estão inteiramente ligadas aos mercados altamente instáveis e imprevisíveis. Tais fatores competitivos estão relacionados às ameaças de novos entrantes, o poder de barganha dos fornecedores, poder de barganha dos clientes, as ameaças de produtos substitutos e a concorrência entre as empresas.

Quanto mais essas forças se combinam maiores serão as probabilidades de as estratégias viabilizarem à empresa a obtenção de lucros e mais sólidos serão os seus resultados.

Saber qual estratégia é a mais viável para o negócio almejado não é uma tarefa simples a ser desempenhada. É preciso conhecer os ambientes internos e externos, o que pode ser mudado, excluído ou incluído dentro da empresa para se chegar ao pleno desenvolvimento, ordenação e disseminação das estratégias aos vários níveis da organização. Quais as variáveis externas que mais influenciam na lucratividade, quais estão agindo diretamente no aumento dos prejuízos e quais podem determinar a empresa que estratégia deve ser implementada.

Cabe ao estrategista, qual, onde, como e quando a estratégia deve ser implementada, assim como também ter a coragem de mudar os objetivos genéricos ou mesmo a própria estratégia por outra consideravelmente mais favorável, justamente para não ter surpresas desagradáveis no futuro.