INTRODUÇÃO

O sucesso e o fracasso não acontecem por acaso. Há inúmeros exemplos de pessoas “bem sucedidos”, apontam que o resultado positivo, aconteceu em função de um bom planejamento aliado a disciplina de sua execução. Há quem prefira deixar a vida levar. Certamente será levado para qualquer lugar. Porém, aquele que define objetivos pessoais e profissionais geralmente chega onde pretende. Portanto, planejar é preciso. Executar o planejamento com disciplina e flexibilidade também.

Veja abaixo dicas para um bom planejamento de vida e carreira. E acompanhe uma entrevista com a Prof.ª Esther Cosso sobre o seu planejamento de carreira.

PARA QUE PLANEJAR ALGO EM NOSSA VIDA?

Sempre estamos planejando algo em nossa vida, até mesmo sem perceber traçamos um plano para buscar objetivos. O planejamento faz parte da vida de muitas pessoas e serve de motivação, inspiração, e superação, pois é através de planos que muitas vezes conseguimos coisas boas em nossas vidas. Portanto, planejar é uma forma de conquistar, realizar um sonho, ou simplesmente uma forma de organizar sua vida para que não acabem atropelando cada face, cada momento da vida. 

Planejamos sempre algo para o futuro desde criança aprendemos a planejar quando queremos um brinquedo legal que acabou de ser lançado, temos o seguinte plano: vou ser obediente, tirar notas boas na escola, e tudo o que não gosto de fazer vou fazer, e depois pedir aos nossos pais o tão esperado brinquedo.

Muitos planejam desde adolescente o seu futuro quando chegar à fase adulta tem planos para sua carreira profissional, para sua família, para um sonho que queira realizar.

A QUEM NÃO GOSTE DE PLANOS?

Sim, pois muitas pessoas não planejam nada na sua vida, deixam que tudo aconteça dia a dia vive cada momento sem pensar no futuro, mas isso muitas vezes acontece por medo de errar, de se decepcionar, se desmotivar no futuro, ou simplesmente por não gostarem de seguir regras traçar metas na sua vida.

Muitos pensam que um plano na sua vida ao conquistá-lo será o fim do seu futuro, que a partir da conquista não vão buscar mais objetivos sobre esse plano, ou seja, acabará ali, não seguiram ver novos objetivos em cima do que já conquistou. Há pessoas que por já terem uma decepção com algo que planejou desiste, e não planejam, mas nada.

PLANEJAMENTO DE VIDA E CARREIRA

 Planejar é preciso. Principalmente quando tratamos de vida pessoal e carreira. Há quem viva a vida como o refrão da música do Zeca Pagodinho: "deixa a vida me levar, vida leva eu..." Certamente quem vive desta forma não

atinge as vitórias da vida que sonhou ou o emprego que desejou. Para alcançar os objetivos na vida e na carreira é preciso disciplina. Há ainda quem acredite que planejamento é uma forma de ingressar a vida. Os que creem nisso tem uma visão errônea do que significa planejamento de vida e carreira. Planejar significa pensar com antecedência os passos que serão dados no futuro. Por isso, quem deseja atingir o sucesso precisa estruturar os passos para chegar lá.

Quais são os seus planos para daqui a 15 anos? Já pensou nisso?

A vida possui algumas características que acabam por criar algumas barreiras, principalmente quando o assunto é "planejamento pessoal". Um dos fatores que colaboram para a construção dessas barreiras é a nossa forma linear de ver a vida.

Imagine uma longa estrada que se perde no horizonte, como aquelas que pegamos quando viajamos para o interior de São Paulo, aonde chegamos a ficar até entediados de tantas plantações de laranja e cana-de-açúcar, avistadas por todos os lados. 

Para colaborar com esse cenário cansativo, adicione nessas diversas placas indicando a quilometragem que falta para se chegar ao destino, de preferência a cada 2 km. A impressão que se tem durante a viagem é de que jamais se chegará ao destino e, por mais que se acelere o carro, a impressão é de que viajamos a 80 km/h.

 É bastante difícil ter uma visão de onde queremos chegar, pois tudo o que vemos é laranja e cana. A linearidade é justamente isso, não é possível passar do ponto "A" para o "Z" sem passar pelo "B", "C", "D", e assim por diante. 

Como exemplo, vejam que para se alcançar um nível de ensino como o Mestrado, antes é necessário ter concluído o ensino fundamental, ensino médio, ensino superior, Pós-Graduação e, enfim, o mestrado. É uma linha intransponível.

Além de toda essa dificuldade para se ver "aonde chegar", não se pode perder de vista o fato de que toda jornada necessita de muito esforço.

Para facilitar seu planejamento pessoal você deve, inicialmente, responder a duas perguntas:

Onde que eu estou? 

Para onde que eu vou?

Reflita seriamente sobre onde você quer estar daqui a 15 anos. Quando digo "seriamente", entenda que a sua escolha hoje vai definir o que você será amanhã e essa escolha, na verdade, é um alvo a ser atingido. 

"Não existe planejamento sem alvos claramente definidos"

Faça uma análise a respeito do seu alvo e liste tudo o que é necessário para que ele seja atingido. Recomendo que esta listagem seja feita por escrito e colocado em algum lugar que você possa ver diariamente. Se for possível, deixe preso em sua mesa do trabalho, no papel de parede de seu computador, no seu carro, enfim, é indispensável que os passos estejam bem claros em sua mente. Essa listagem é como uma escada para o atingimento do seu alvo e, portanto, também são metas que devem ser alcançadas uma a uma.

Muitas pessoas tem a triste característica de começar a construir algo e, nas primeiras dificuldades, desistir. No balanço final não terá construído nada por completo, mas terá inúmeros destroços sem sentido algum, o que gera desmotivação para continuar.

Nesse momento é que devemos colocar em prática o esforço e, em alguns momentos, o sacrifício! Entenda que no momento que se consegue concluir algo que se planejou acontece uma motivação natural que gera disposição para correr atrás dos próximos tópicos que você previamente listou.

Agora, não perca de vista a realidade: deve trabalhar (e muito) para alcançar o alvo!

 PLANOS E PROCESSOS DE PLANEJAMENTO

 A elaboração de planos é muito importante num processo de planejamento. Convém repetir, contudo: mais importante que o (s) plano(s) é o processo que se desencadeia. [Hoje se fala, até mesmo, em planejamento sem plano(s), o que é muito bonito e até funciona para quem domina muito bem a teoria do planejamento adquirida na prática. Mas, para introduzir-se um processo, tanto mais quanto maior for à instituição, a elaboração de planos é quase imprescindível.].

De fato, planos são escritos para tornar mis eficiente e mais eficaz nossa ação e, sobretudo, para dar consistência a um processo de planejamento, alcançando, como resultado adicional (não de menor importância), ser

processo educativo.

Fazer plano(s) sem um processo de planejamento é tecer uma rede em que só há os nós e nada que os ligue entre si. Ter um processo de planejamento sem plano(s) é correr o risco de que a rede se desmanche por falta de pontos de ligação dos fios.

Contudo, nem todas as metodologias de elaboração de planos são organizadoras de um processo de planejamento. Com muitas metodologias, mesmo que se queira ter um processo, fica-se num suceder de planos desligados entre si. Por isto, é que apresento algumas sugestões de como realizar planos salvando o que é mais fundamental, o processo.

 PRINCIPAIS CUIDADOS NA ELABORAÇÃO DE PLANOS

 O planejamento é uma tarefa que anda por uma estreita via entre dois desfiladeiros: a estrada é firme desde que se tomem os cuidados necessários para não cair em nenhum deles. A tendência, no planejamento, é a normatividade e, mesmo, uma visão imperativa; por isso a imposição pode instalar-se com facilidade e produzir a manipulação: é um dos precipícios. Por outro lado, o desejo de fugir disso pode levar ao outro desfiladeiro: permitir a desorganização que nega o próprio planejamento. O caminho estreito é a coordenação bem direcionada que reúne incentiva, organiza propostas claras e questiona o pensamento do grupo.

Para essa coordenação é essencial uma pequena equipe. Essa pequena equipe - não de planejamentos, mas de coordenadores - terá como funções:

a) conhecer a teoria de planejamentos;

b) ter claro um modelo de plano e um modelo de metodologia de planejamento;

c) ser capaz de:

Explicar estes modelos;

Não tomar posições que inibam os participantes;

Sentir o momento de propor cada etapa ou cada atividade do processo;

d) redigir, em última forma, sempre respeitando o pensamento do grupo.

Esta equipe deve deslanchar o processo de planejamento - parece que esta é uma interferência ética e cientificamente aceitável no grupo, inclusive com o aval da "autoridade", tendo em vista que não visa à manipulação e

busca sair do natural de deixar as coisas ficarem como estão. Reuniões novas podem ser criadas para isso. Mais importante, porém, é utilizar as reuniões já estabelecidas como ocasiões para serem o suporte de tempo necessário à implantação de um processo de planejamento.

O fundamento e o resumo de tudo, como se depreende de cada página deste livro, é colocar as pessoas como grupo a decidir seus rumos seja assumido cujo algo que mereça o esforço de todos e, ao mesmo tempo, seja considerado provisório, devendo, por isso mesmo, ser ultrapassado por estágios superiores.

 A BUSCA DO MOMENTO OPORTUNO

 Quando, numa instituição, se decide implantar o processo de planejamento descrito neste livro, surge o problema do momento próprio para deslanchá-lo das atividades.

Será adequado que a equipe diretiva da instituição, tendo constituído a equipe caracterizada no capítulo anterior, deixe bem clara a proposta de implantar um processo cooperativo de planejamento.

Três variáveis devem ser observadas no que se refere às características do grupo principal da instituição (no caso de escola, o corpo docente e o corpo administrativo):

a) motivação para a mudança;

b) capacitação para o planejamento, incluindo conhecimento dos esquemas mais amplos de metodologia de implantação de um processo e, sobretudo, domínio dos pontos básicos do modelo de plano adotado.

c) competência profissional.

Não se trata de estabelecer com extremo rigor o nível de presença das qualidades que estas variáveis supõem. Trata-se antes de ter uma visão ampla sobre as características globais do grupo para decidir os primeiros passos de ação. Nunca é demais insistir que não se vai começar algo a partir de um zero: a história, a "filosofia", mesmo implícita, e as características atuais da ação do grupo são, sempre, o ponto de partida. Também vale lembrar que, individualmente, as pessoas do grupo estarão em situações diferentes, o que, a par dos problemas que causa, traz reais enriquecimentos do todo.

Deve-se encaminhar o processo conforme a situação do grupo. Num

extremo, haverá necessidade de preparação do grupo nos três pontos (variáveis) apontados acima, desde aspectos introdutórios, por meio de cursos, treinamentos, palestras... No outro extremo, trata-se simplesmente de coordenar o grupo em suas definições.

Em geral, o necessário é descobrir em que aspecto o grupo está forte, fazer disso a base do trabalho e proporcionar aperfeiçoamento nos outros aspectos. Não se pense que há necessidade de que todos os membros de um grupo tenham condições pelo menos razoáveis: os estudos citados por Everest Reimer (A escola morta) dão conta de que seriam suficientes 30% de pessoas realmente capazes para transformar uma realidade.

De resto, o próprio desenvolver-se do processo é o melhor método para o crescimento contínuo do grupo como um todo e de cada um de seus membros em particular.

 MODELO DE PLANO E DE RELACIONAMENTO ENTRE PLANOS

 É imprescindível que em toda a instituição exista, bem claro, um modelo de plano. Sugeri um modelo na primeira parte deste livro. Tenho-o empregado com bons resultados em várias circunstâncias e vi instituições aumentarem sua capacidade de esclarecer sua ação com tal modelo. Mas o que importa mesmo é que cada instituição vá firmando seu modelo - a importância da equipe coordenadora é fundamental aqui. Vai acontecer, por exemplo, que o modelo irá se modificar conforme o caminho que o grupo for trilhando. É evidente que há coisas essenciais que devem existir em cada modelo para que se possa falar em planejamento, mas existe a possibilidade real de a instituição, sobretudo por meio de sua equipe coordenadora de planejamento, ir organizando seu próprio modelo, aquele que responde de modo mais completo às suas necessidades e às das pessoas que nela realizam o processo.

Quando falo em modelo estou pensando, também, no esclarecimento que é necessário aumentar no que se refere ao relacionamento entre diversos planos. O essencial para estabelecer um modelo nesse sentido tratara-o no capítulo respectivo da primeira parte.

É um ideal a ser perseguido: ter clareza cada vez maior a respeito de cada plano em particular e da relação que eles devem guardar entre si. Há aqui um indispensável serviço que, por essencialmente técnico, pode não ser

inteiramente estimulado, mas que deve ser prestado pelos que têm "autoridade".

Não é função de todos, mas da equipe coordenadora, estar sempre a par do "conteúdo" dos planos e do processo de planejamento como um todo, que deve sempre ter a visão global do "administrativo" no planejamento.

 Artigo:

Leia cada artigo, reflexão ou metáfora com a mente e o coração abertos. Não considere nada como verdade ou mentira, certa ou errado. Apenas reflita-o em seu íntimo, procurando conscientizar-se de como este assunto está relacionado com sua vida atual.

Existe uma parábola interessante:

Em certa lagoa havia diversos sapos disputando para alcançar o alto de uma árvore, pois quem conseguisse receberia muitos prêmios. Poucos foram os sapos que se voluntariaram a subir e grande era o número dos que não tiveram coragem e ficaram na lagoa a assistir. Os valentes sapos que se esforçavam em busca do prêmio ouviam os gritos dos demais sapos dizendo que era muito difícil, que a árvore era muito alta, tinha musgo por todo o tronco, muitos predadores esperando para caçá-los, era uma subida muito cansativa, e pouco-a-pouco foi caindo os valentes... Mas um continuou subindo e depois de muito tempo alcançou o alto da árvore e milagrosamente conquistou o prêmio! Ao descer da árvore, ovacionado por todos, não diz uma palavra. Ao receber o prêmio é questionado sobre como conseguiu forças para realizar essa proeza, mas, em total silêncio, pega seu prêmio e sai.

Ele era surdo.

Só consegue alcançar o alvo quem sabe exatamente aonde quer chegar e fecha os ouvidos para as palavras contrárias que, geralmente, vem de pessoas que não tem coragem de sonhar.

ENTREVISTA

ESTHER COSSO

Prof.ª, Coord.ª FACULDADE NOSSA CIDADE – FNC CARAPICUÍBA/S.P.

É IMPORTANTE PLANEJAR, POR QUÊ?

R. Sim, para ter um foco, uma meta.

EM QUE MOMENTO DA SUA VIDA, VOCÊ COMEÇOU A PLANEJAR?

R. Desde que ingressou no mercado trabalho.  

ACREDITA AS SUAS CONQUISTAS SOMENTE FORAM POSSÍVEIS POR HAVER PLANEJAMENTO?

R. Não somente, mas junção a de vários fatores, dois deles foram planejamento e realização.

QUAIS SÃO OS PLANOS PARA CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO?

R. Curto

Continuar na área acadêmica.

R. Médio

Conclusão mestrado.

R. Longo Prazo

Ingressar no doutorado.

Obrigado Esther por conceder um pouquinho do seu tempo.