Já não se fazem mais personalidades como antigamente,não é mesmo? A música, algo tão sublime parece perder a cena em meio a uma nuvem negra que paira no ar.
Já não mais se sente o cheiro da terra,de Antonio Rogério e Chico Queiroga; já não se ouve o talco no salão,de Clemilda, sem falar no coco da capsulana da fervorosa Amorosa e tantos outros talentos, frutos da terra.
É sim, entontecedora a maneira com a qual os "piriripompons" da vida se disseminam.E ainda dizem que esse é o toque novo.É,ser brega virou moda,vê se pode...O bom mesmo é ter a convicção ou ao menos a ilusão de que cedo ou tarde essa tal praga sonora há de sucumbir. Caso contrário, permanecemos assim, a beira do precipício musical ,beirando o ridículo.
Daí, eis que surge a questão:afinal onde estamos e aonde vamos parar? é, porque no rumo que as coisas vão ,o que será das novas gerações,o que produzirão e o que hão de nos acrescentar?afinal, somos o espelho da nossa realidade,da vida cotidiana,portanto é natural e até justificável que venhamos a reproduzir o que outrora absolvemos. E é aí,bem aí que mora o perigo.
Uma grande confusão se instala,um verdadeiro "boom" na inversão de valores comprometem a nossa cultura e nos deixam assim: bestificados...Seria uma espécie de abismo de gerações,no qual os princípios comportamentais estão em constante transformação, por tantas vezes,desprezando suas raízes ,sua origem, contrariando uma minoria que tem o hábito costumeiro de apreciar e degustar da boa música.
É... faz-me rir, aglomerada encenação desafinada que tem a petulância de "produzir",DEUS sabe o quê e até quando...fim dos tempos, agora chega!!!