De acordo com dados do IBGE, de 2000, aproximadamente 14,5% da população geral tem algum tipo de necessidade especial. Sabendo que a forma como o indivíduo percebe o mundo é dado importante para a compreensão do comportamento humano, o trabalho adota como objetivo geral compreender o significado que os universitários com necessidades educacionais especiais atribuem às suas limitações, e específicos identificar como os entrevistados percebem-se como universitários com necessidades educacionais especiais; descrever e analisar as estratégias de enfrentamento que os entrevistados adotam frente às suas limitações; verificar se a Instituição contribui para o processo de inclusão de seus estudantes segundo a percepção dos entrevistados. E tem como problemática saber: Qual é a percepção dos universitários com necessidades educacionais especiais em relação as suas limitações e como lidam com as mesmas no contexto escolar? Tratou-se de uma pesquisa qualitativa realizada em um Instituto de Ensino Superior particular do Sul Goiano e tendo como instrumento uma entrevista semi estruturada, realizada na própria Instituição mediante horários pré-agendados. A amostra foi composta por 03 participantes. Os resultados revelaram que os entrevistados percebem sua deficiência como algo natural, sendo suas limitações, em sua maioria, possíveis de superação, principalmente em razão de desfrutarem do apoio de recursos inclusivos para isso. Constatou-se, portanto que o preconceito maior que vivenciam está relacionado ao descrédito da sociedade quanto às suas capacidades e potencialidades, subestimando-os à competência de estabelecerem objetivos de vida independente.