PERSEGUIÇÃO NO TRABALHO.

Quem alguma vez, não se sentiu coagido, perseguido no trabalho, quem ainda não sofreu com isto sinta-se um felizardo é exatamente.

Lei nº 3921, de 23 de agosto de 2002. Considera-se *Perseguição* assédio moral no trabalho, para os fins do que trata a presente Lei, a exposição do funcionário, servidor ou empregado a situação humilhante ou constrangedora, ou qualquer ação, ou palavra gesto, praticada de modo repetitivo e prolongado, durante o expediente do órgão ou entidade.

Feita por agente, delegado, chefe ou supervisor hierárquico ou qualquer representante que, no exercício de suas funções, abusando da autoridade que lhe foi conferida, tenha por objetivo ou efeito atingir a auto - estima e a autodeterminação do subordinado, com danos ao ambiente de trabalho, aos serviços prestados ao público e ao próprio usuário.

Bem como, obstaculizar a evolução da carreira ou a estabilidade funcional, ou *financeira* do servidor constrangido.

Algum tempo atrás, comecei a perceber que alguma coisa estava errada, sou professora na Educação Infantil, como ia dizendo, percebi que alguma coisa estava errada, pois frequentemente uma pessoa estava à todo momento na porta da sala ou observando de longe, coisa que não fazia antes. Sabemos que em todo lugar há pessoas querendo derrubar umas as outras, no meu trabalho não é diferente, porém aquilo já estava ficando uma coisa chata, afinal tenho mais de 20 anos de profissão, o que estava acontecendo era descabido.

Num belo dia a “bomba” estourou e duas ou três colegas de trabalho disse-me que estava sim sendo “vigiada” é usou este termo. Tentei argumentar se ela tinha alguma coisa contra mim não era preciso ter levado até a direção, afinal para o que é que existia o diálogo, estava aberta para uma conversa, se fosse o caso.

A senhora e outra disse que não havia se adaptado em sala comigo, indaguei novamente porque não havia me chamado para uma conversa, afinal eu não era adivinha e se tinha algo errado era só ter mencionado para mim.

Mas não teve acordo, como a responsável pela instituição não tem jogo de cintura e nem vontade de apaziguar as coisas por ali mesmo, fomos até um superior maior (eu e a diretora) as outras duas não.

E lá ocorreu o que para mim foi lamentável. Sofri todo o tipo de coação que se possa imaginar desde ser transferida para uma outra instituição, abrir uma sindicância ou demitir-se. Não tive apoio nenhum da diretora, aleguei que estava na instituição pelos meus méritos, passei por um seletivo e por isto estava ali e que os motivos alegados até então não tinham este poder para tanto, afinal não era eu quem estava causando problemas e sim as outras, (concursadas), eu era apenas contratada, final de ano estava ai,  o contrato iria terminar,  etc.

E a pessoa me pressionando, até que disse que não poderia decidir nada sem falar com a minha família e que ao contrário do que imaginava eu tinha uma, o mesmo ainda espera que eu lhe dê uma resposta.

Não consigo expressar em palavras o que passei nos dias anteriores e o que ainda estou passando.

Tudo resultou em vários dias de atestado, pois estou muito doente e indignada, sempre fui uma boa profissional que ama o que faz, sou educadora, as crianças são uns amores, porém algumas colegas de trabalho fazem do ambiente um “inferno”.

Se cada um fizesse o seu trabalho e desse como prioridade as crianças nada disto poderia está acontecendo.

Não sei o que me aguarda ao retornar, ainda estou um pouco frágil, de uma coisa eu tenho certeza, dali ninguém me tira, a não ser que eu queira, sei que vou encontrar este tipo de gente em todos os lugares, alguns menos, outros mais, sinto-me um “Zé ninguém”, não há ninguém por nós contratadas.