De acordo com nossas experiências percebemos que o aluno de periferia possui uma identidade própria construída com base em sua realidade. conforme o grupo em que está inserido, cujas características marcantes são sua linguagem, seu estilo particular de se vestir, seu próprio código de ética e comportamento, os quais a escola ignora e não os incluem em seu curriculo escolar.
O aluno chega na sala de aula e confronta-se com a norma culta, pois traz a sua forma de comunicação: gírias e expressões, as quais não estão nos livros didáticos nem tampouco na linguagem do professor(a) e muito menos nos planejamentos, dificultando a interação entre alunos e o corpo discente.
Esses jovens não só trazem sua linguagem como possuem uma conduta que é regida pelo código de ética próprio desta periferia, percebidos em expressões largamente utilizadas tais como: "se você abrir o bico eu te mato seu X9", querendo assim intimidar seus colegas, professores(as) e funcionários(as).
Os alunos não se adequam ao que a escola impõe, embora seja ideal o contrário disto, que a escola procure se adequar a realidade desse aluno, uma vez que é preciso construir uma educação para eles e não contra eles, evitando assim seu afastamento da escola, que está distante da realidade de seu aluno.