Realizo várias entrevistas para selecionar colaboradores às empresas. Muitas das empresas, ao me contratarem, espantam-se com algumas questões que elaboro num questionário para que os candidatos respondam.

            Afirmo que sou capaz de contratar um indivíduo sem experiência alguma, mas, que seja profundo nas respostas que mais me interessam. Também, comunico que sou capaz de não contratar indivíduos com um “invejável” currículo, se não forem intensas as suas respostas no questionário.

            Já não precisamos mais somente de pessoas com grande experiência. Não que a experiência não possa ser positiva. Quase sempre, ela o é. Mas há pessoas que laboram em determinada área há anos, porém, são crianças nas suas atitudes, meninos quando o assunto é comprometimento com a geração de resultados. Dão no trabalho, o mínimo que podem.

            Selecionar não é uma tarefa fácil. Não há um manual, uma fórmula, uma regra que certifique, por exemplo, que o contratado será bem-sucedido na empresa, que fará o seu melhor enquanto estiver nela.

            Afora as perguntas clássicas, lanço algumas que fazem o candidato perscrutar o mais profundo do seu ser para poder dar respostas. Muitos deles não compreendem o motivo de tais questionamentos, mas procuram responder. Outros, que bebem das contaminadas águas da arrogância e da prepotência julgam que tais perguntas não são interessantes para o cargo que pretendem ocupar e não as respondem.

            Veja algumas perguntas que utilizo para selecionar funcionários. Se parecerem perguntas absurdas e sem o menor sentido, é hora de rever a sua forma de contratar, pois, possivelmente você está contratando por grande experiência e demitindo não por falta dela, mas, por falta de motivação, entusiasmo, comprometimento, etc:

1 – Qual foi a última vez que você deu dinheiro na rua para quem lhe pediu? Por que deu ou não deu?

2 – Quantas vezes, neste ano, você ajudou alguém com cadeira de rodas a subir na calçada, atravessar a rua?

3 – Você se emociona ao ver cenas de pessoas carentes, passando por todo tipo de dificuldades? O que faz depois?

4 – Você pede nota fiscal em todas as suas compras?

5 – Você abraça seus pais, filhos, todos os dias, ou, se eles não estão mais entre você, você os abraçava frequentemente?

6 – Você contribui para alguma obra social (religiosa ou não)? Qual? _____________ Por quê?

7 – Você acredita em Deus? Por quê? ____________

8 – O que você aprende em sala de aula, você tem o hábito de rever em casa, ou está certo de que a escola é que tem que ensinar dentro de quatro paredes?

9 – Como você tem se preparado para exercer a (s) função (s) que deseja laborar?

10 – Qual é o seu maior sonho profissional? E como pretende conquistá-lo? Ou não pretende?

11 – Pelo que você tem lutado? Por qual motivo você levanta todos os dias?

 

            Como disse, muitos não entendem o sentido das perguntas. Não sou melhor que nenhum entrevistador ou outro profissional que recrute e selecione pessoas para o trabalho. Sou mais um caminhante na estrada da vida pessoal e profissional, que penso que pessoas com alto nível de altruísmo, motivadas e que buscam se preparar continuamente, que têm metas e sonhos e, por menor que seja, têm noção de como pretendem atingir-los, poderão mais facilmente ser lapidados à organização que pretendem laborar.

            Ouse, tenha coragem e responda você essas questões.

 

            Um abraço e felicidades sempre a você, seus negócios e família!

 

            Atenciosamente,

 

            Professor Paulo Sérgio Buhrer

            www.professorpaulosergio.com.br