A incoerência humana não tem limites. A propria história esta repleta de exemplos, mas, basicamente o maior exemplo esta na criação da divindade. Não satisfeito em criarem Deus, segundo seus proprios anseios e direcionado a suprir suas próprias necessidades, dotaram-no de todas as qualidade e atributos possíveis e imagináveis. Criaram uma figura perfeita. Simplesmente , perfeita. Todos os maiores valores conhecidos lhes foram dedicados, e para que isso fosse reconhecido e perpetuado, lhe atribuiram livros. Cada povo à sua maneira, o importante é que ficasse registrado para a posteridade. Não imaginaram que um ser perfeito, jamais precisaria de intermediário entre ele e o restante do que atribuiram como sua criação.  Esqueceram que ele, perfeito como era, teria a propria integração direta com suas criaturas.

Em seguida, nem bem a propria criação ganhara forma, ja começaram, a surgir os intermediários, os escolhidos, os especiais. E aos poucos o proposito da criação, passou a render frutos, tal como era esperado, ou pelo menos deveria ser. A comercialização em nome da propria criação tomou vulto e então começou a cair por terra, todo o principio da criação. Todos os valores que lhe fora atribuido quando da criação, começa a despencar aos olhos de quem sabe observar, isento de fanatismo imposto pela cartilha deixada, sob titulos diversos de livros sagrados. 

A criatura perfeita,    então criada sublime e amorosa,  mostra suas garras. Vingativo, temeroso, austero, exigente, cobrador e até violento, precisa de seus intermediarios para cobrar seus "impostos".

Criados dentro da cartilha deixada, aqueles que deveriam ser seus filhos, tornam-se seus súditos, dependentes de alguns poucos escolhidos.

E foi assim  que o Deus que criou os homens, desaparece de vez, desconhecido como sempre foi, dando lugar ao deus criado pelos homens a seu bel prazer e ao seu serviço.

A incoerência do uso da propria criação, desfaz o mito a quem tem olhos para ver.