Pelas almas e por mais alma. (O massacre em Realengo)


Tanta tragédia na TV... Haja alma! Com entender o acontecido no Rio de Janeiro? Que doença é essa que leva um ser a tamanha atrocidade?
Numa época em que se discute o bullying, acontece uma chacina numa escola e seu carrasco narra uma experiência com bullyng tempos atrás no mesmo lugar. Ele sai atirando em todos que vê pela frente (especialmente meninas), coisa que só se via no noticiário internacional. Dentre as modinhas que se copia dos norte-americanos esta com certeza foi a mais atroz.
O Bullying é uma das formas de violência que mais cresce no mundo. Trata-se de agressões físicas e psicológicas direcionadas aos ditos mais fracos, por repetidas vezes. Àqueles apontados como portadores de algum tipo desvantagem física ou em seu modo de ser. O bullyng é uma sordidez socialmente autorizada. Na maioria das vezes, a inocente sordidez das escolas.
O que todo mundo procura é explicação num momento com este. Seria o costumeiro e não identificado bullyng? Seria tudo isso obra de uma mente psicótica? Na verdade ha um compilado de acontecimento que sucedem a repentina tragédia, o assassino adquiriu armas e munição, o que denuncia problemas de segurança no país.
Há uma falha também no sistema de saúde mental que requer maior investimento por parte do governo. Além do mais, tal assassino é cria de uma sociedade que exclui e dita a normalidade.
Independente de o sujeito ser psicótico, a questão é que este nivelou por baixo. É no "nivelar por baixo" que se encontra o perigo. Especialistas suspeitam de contatos virtuais, onde o assassino seria encorajado ao atentado, como um joguete nas mãos daqueles que nivelam por baixo, que vêem sua baixa estimada diminuída através da desgraça alheia.
O atentado não foi fruto de um surto psicótico ao passo que foi planejado cuidadosamente. Ele planejou se enaltecer, retificar algo que ele chamava de pureza à custa de vidas inocentes. Vislumbrava até a repercussão que faria e já pedia clemência divina por seu ato como visto em sua carta deixada antes de sua chacina seguida de suicídio.
Ao ver o noticiário, procuramos sentido para o que aconteceu, uma forma de conforto interno. Mas realmente não há sentido e não podemos nos sentir confortáveis. O momento é de mobilização.
O acontecido, embora atípico, demanda uma movimentação da sociedade "como um todo". A atitude é global, não basta focar na doença mental. Cada um de nos precisa reconhecer onde há sordidez em si. Pois, um cidadão de verdade é aquele que faz sempre o melhor de si, sabendo que a coletividade é seu espelho, que sente culpa ao ver crianças morrendo barbaramente. É aquele que não nivela por baixo, que não aplaude a violência "glamourizada" na TV.