PEDAGOGO ENFRENTANDO OBSTÁCULOS NA REDE DE ENSINO.

             A escola pública é arquitetada com a participação da família, dos professores e do estado. Bem como, se um desses participantes deixa de cumprir o seu papel, danifica o trabalho dos demais. Deste modo, estudar a importância do psicopedagogo dentro de uma instituição não pode se dar de forma isolada, fora do contexto mais amplo que é a sociedade. Precisamos compreender a sociedade com a qual vivemos, através de sua cultura, suas relações de classe, suas relações de produção para compreender as especificidades do trabalho psicopedagógico que, por sua vez, não se dá desconceitualizado.

           Necessitamos conhecer as transformações que tem ocorrido nas diversas fases de desenvolvimento da criança, a infância e a adolescência já requerem novos olhares por parte dos psicopedagogos, psicólogos, dos pediatras e, lógico dos educadores. Isso nos leva, inevitavelmente, a uma reavaliação do papel da escola e dos professores diante do ato de ensinar. 
          Cabe ao professor e a família observar os alunos e os encaminhar a um profissional qualificado no intuito de diagnosticar e procurar trabalhar e promover uma melhora nessas Dificuldades. Não cabe ao professor taxar o aluno de qualquer adjetivo negativo, mas de incentivá-lo e trabalhar de forma motivadora e mediadora.

              Como sabemos, depois da família, é o educador a figura mais próxima do aluno, é com ele que o aluno conta (ou deveria contar) nas suas angústias e dúvidas quando a família não tem condições de auxiliá-lo. Assim sendo, é bastante oportuno um trabalho que reflita sobre o papel e a importância de um psicopedagogo frente às dificuldades de aprendizagem, que esteja atento a uma nova prática onde ensinar e aprender sejam atos que caminhem para a mesma direção. 
          É de grande importância destacar a psicopedagogia como complemento, que é a ciência nova que estuda o processo de aprendizagem e dificuldades, tem contribuído bastante para explicar a causa das dificuldades de aprendizagem, pois tem como objetivo central de estudo o processo humano do conhecimento: seus padrões evolutivos normais e patologias bem como a influência (família, escola, sociedade) no seu desenvolvimento (Scoz, 1992; Kiquel, 1991). 
        Há uma grande inconsequência entre o que desejamos e o que temos, na realidade da escola. Por isso temos que estar atentos a tais situações, e tem que haver uma intervenção sobre isto, esses inúmeros fatores, como, a estabilidade ou a instabilidade emocional dos alunos, o seu contexto familiar ou até dificuldades de aprendizagem ainda não diagnosticadas. Esta falta de interesse vem consequentemente de uma causa, enfim, isto demonstra-se haver variado leque de aspectos que estão na origem do comportamento. 
        No entanto, não é sobre a etiologia destes comportamentos que nos vamos debruçar, mas sobre as consequências e possíveis estratégias de intervenção. Desta forma, normalmente associado a este quadro comportamental acrescenta-se o insucesso escolar, e o grande número de dificuldades escolares, o que torna mais urgente uma intervenção psicopedagógica. Assim o professor espera-se que ensine e do aluno que seja bem comportado e que este aprenda.

  Desenvolvimento

          A psicopedagogia, tem a contribuição na aprendizagem em  várias áreas do conhecimento, Psicologia, Sociologia, Antropologia, e outros, admite o papel de desmistificadora do fracasso escolar, entendendo o erro apresentado pelo indivíduo no processo de construção do seu conhecimento (Piaget), a as interações (Vygotsky), como fator importante no desenvolvimento das habilidades cognitivas.

         O psicopedagogo assume papel acentuado na abordagem e solução dos problemas de aprendizagem. Não procuram culpados e não age com piedade.   

        Bossa explica que (2000), “é comum, na literatura, os        professores serem acusados de si isentarem de sua culpa e responsabilizar o aluno ou sua família pelos problemas de aprendizagem”, (2000, p. 14), mas há um processo a ser visto, às vezes, os métodos de ensino tem que ser mudados, o afeto, o amor, a atenção, isto tudo influi muito na questão. Nesse caso, o psicopedagogo procura avaliar a situação da forma mais eficiente e proveitosa.                 Em sua avaliação, no encontro inicial com o aprendente e seus familiares, que é um recurso importantíssimo, utiliza a “escuta psicopedagógica”, que o auxiliará a captar através do jogo, do silêncio, dos que possam explicar a causa de não aprender.

         Portanto a psicopedagogia não lida diretamente com o problema, lida com as pessoas envolvidas. Lida com as crianças, com os familiares e com os professores, levando em conta aspectos sociais, culturais, econômicos e psicológicos.
        Percebemos que nas salas de aulas  a maioria dos professores não estão preparados tanto no campo científico, metodológico ou político, na verdade eles se preocupam em seguir a risca o conteúdo, sendo que poderia estar incentivando e criando estratégias para   que o aluno aprenda de uma maneira mais fácil e tenham gosto em aprender toda disciplina.

Bibliografia

BOSSA, Nádia. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1994. 
________________. Dificuldades de Aprendizagem: o que são e como tratá-las. Porto Alegre: ARTMED, 2000.