Paul K. Feyerabend.

Físico e filósofo, professor da universidade da Califórnia Berkeley, nasceu na cidade Viena, Áustria, sempre teve muito interesse pelos estudos da Física e da Filosofia como fundamento epistemológico da Física.

Recebeu prêmios por seus trabalhos desenvolvidos em belas artes, mas logo em seguida começou a dedicar com muito afinco aos seus estudos da Física.

No início seu pensamento foi muito marcado por dois grandes teóricos, por um lado, pela Filosofia da linguagem formulada por Wittgenstein, por outro, pelo grande físico e autor da teoria do princípio da refutabilidade Karl Popper.

Apesar dessas influências, Feyerabend sempre foi um livre pensador e em outros momentos desencadeou críticas aos referidos. Seu pensamento epistemológico era muito atípico, independente para sujeitar a ficar sob o domínio de outras influências.  

A primeira crítica formulada por Paul Feyerabend foi contra a lógica formal ao perceber que a mesma não se justificava no sentido da construção de uma teoria como instrumento do fundamento.

Para Feyerabend ele imaginava que a lógica formal sempre foi um método muito pernicioso para a Filosofia como instrumento do fundamento a outras Ciências, sobretudo, quando as justificações se davam por meio das articulações des premissas dedutivas ou indutivas.  

Desse modo ele procurou atacar mostrando que o aspecto formal não dava conta de entender a realidade do objeto em análise, que a realidade do referido, sempre  fora maior que a formulação lógica da teoria, sendo que a mesma, como paradigma representava apenas o momento do seu tempo histórico, motivo fundamental da sua contestação.

Revoltou por outros aspectos contra o método empírico, isso na perspectiva do fundamento do mesmo, sendo de certo modo também contrário, a procedimentos empíricos.

 Por fim, adotou uma postura científica que denominamos de anarquismo epistemológico. As teorias mudam conforme as circunstancias históricas e representam apenas fundamentos culturais, são, portanto, de certo modo ilógicas.   

Do mesmo modo, os paradigmas são produtos da cultura dos tempos da história, o que é determinado como verdade em um tempo, em outro, simplesmente representa uma ideologia anacrônica.

Os paradigmas mudam, à medida que os agentes culturais são outros, é impossível um paradigma prevalecer por muito tempo.

 A ideia que o sol girava em torno da terra, mudou se o paradigma, a terra ao contrário, é que passou a girar em torno do mesmo.

Assim por diante, sempre será desse modo, na historiografia das Ciências, Adotou uma postura epistemológica considerada anárquica.

Cansado de buscar uma metodologia susceptível para englobar tudo, sobretudo nas Ciências, declarou abertamente que em terno de regras metodológicas admite, por outras palavras, tudo vale.

O que significa o que será explicado por proposições, será negado pelas mesmas. Então, em questão do uso epistemológico, tudo vale o que significa que nenhuma teoria possuiu o privilegio de ser dono da verdade.

Com efeito, não existem privilégios a respeito de uma teoria como verdade, isso é muito evidente, cada uma funciona mais ou menos a concorrência.

Nenhuma teoria sobrepõe às demais, esse é o seu método, porque todas são superadas no seu tempo histórico, a teoria não tem o privilegio da certeza total.

Isso significa que cada teoria funciona mais ou menos a luz da sua concorrência, na produção da condução do próprio método.

Portanto, cada paradigma tem o seu tempo,  nada mais é melhor para poder mudar  uma teoria quanto menos for coerente as suas contradições e não suportar as concorrentes.  Todas essas ideias estão no seu magnífico livro: Contra o método.

Edjar dias de Vasconcelos.