Participação dos Alunos no Processo de Construção de Conhecimentos na Aula como um factor chave para o sucesso do processo de ensino – aprendizagem da física. 

Contextualização    

A física é uma das áreas da ciência considerada por muitos estudantes do ensino geral, de difícil compreensão, talvez pelo facto de ter um carácter experimental e conceber modelos muito abstractos nas suas estratégias metodológicas para a compreensão de certos fenómenos, ou porque não é geralmente levada em consideração a experiência prática do dia-a-dia dos alunos (por não jogar um papel importante no processo de construção de um determinado conhecimento), ou pelo facto de o Ministério de Educação Moçambicano ter reduzido a carga horária nos novos programas de Física para ensino geral, o que faz com que alguns professores se preocupem com a conclusão dos programas e o cumprimento das metas pré-estabelecidas, ou então pelo facto de certas aulas ministradas por alguns professores nas escolas do país terem ainda um carácter tradicional. E, como consequência destes ou outros aspectos se resumem no fraco nível de assimilação dos conteúdos físicos e por conseguinte há uma fraca simpatia para com a disciplina.

Segundo MAVANGA, et al (n/p), a Física como uma das ciências da natureza permite a aquisição de conhecimentos exactos e sistemáticos sobre os fenómenos e regularidades da natureza, assim como sobre a aplicação destas leis para o bem da humanidade. Ela fornece ao jovem uma concepção científica e filosófica correcta do mundo, das transformações que ocorrem na natureza e na sociedade, o que lhe possibilita descobrir a sua relação com o mundo e a sua identidade. E para efeito, o professor joga um papel crucial na construção de uma visão cada vez mais científica. LIBÂNEO (1992. p.185), afirma que, “o professor deve trazer à mente dos alunos uma grande quantidade de dados concretos, levá-los a expressar opiniões, formando na sua mente noções concretas e mais claras dos factos e fenómenos ligados à matéria, para chegar à elaboração sistematizada na forma de conhecimentos científicos”.   

O autor deste artigo, entende que a interacção entre professor-aluno ou vice-versa ou ainda entre os alunos nas aulas de Física ao nível das escolas do país é quase inexistente ou pouco valorizada pelo professor. Numa nova visão da didáctica, torna-se indispensável a interacção dos alunos uns com os outros e com o professor, o que exige a introdução de tarefas específicas por parte do professor, diferentes dos exercícios rotineiros. Todavia, não serão as tarefas que só por si irão alterar a aprendizagem. É de realçar a extrema importância do discurso do professor e dos alunos na sala de aula, para o alinhamento de um determinado conhecimento.  

Vários autores, afirmam que nada é mais agradável a mente do homem do que esclarecer os segredos da natureza e assim melhor conhecer o mundo em que vive. E uma das melhores formas de esclarecer é com os conhecimentos físicos, dai uma das importâncias da participação dos alunos nos processos de construção de conhecimentos.