Parabéns pra Você Nesta Data Querida...

Comemorar aniversário é muito bom, não só porque se comemora uma vez por ano, mas, sobretudo, pelo fato de ser uma data festiva. Aplaudimos usando de todos os meios para mostrar ao nosso anfitrião que estamos felizes por ele estar “ficando mais velho”.

Mas que palavras deverão usar para desejar ao aniversariante “Felicidades”? Eu não sei bem o que dizer, porém sei o que meus amigos me disseram quando completei 31 anos de idade. Eles me contaram: “Paz, Saúde, Amor, Felicidades”. Alguém até mostrou ser muito íntimo a mim, revelando minha idade de forma criativa: “Viva a melhor, a melhor idade, 31 Anos”. Contudo, sabemos que a história segue o curso de nossa vida deixando-nos informados a respeito de toda sua grandeza, a humanidade: “Leia o novo Lançamento de Padre Joacir, Riqueza da Humanidade”.

Qual seria a riqueza, visto que já estamos festejando? A festa também se dá pela casa nova: “Leroy Merlin, Seu Projeto começa aqui” porque “Agora você vai organizar a casa, sua casa merece”! Não somente o anfitrião celebra, senão igualmente, a sua casa cheia de estilo. O Filósofo francês Gustave Flaubert (1821-1880), diz que “O estilo está tanto nas palavras como dentro delas. É igualmente a alma e a carne de uma obra”.

Literalmente! Não sabemos o que dizer ao aniversariante, mediante tamanha alegria. Podemos arriscar aformosear o aniversariante: dar um presente embrulhado com um papel lindíssimo, dar um forte abraço e escrever um cartãozinho. O importante mesmo é o presente em si. O que se escreveu no cartão terá grande importância na medida em que já se celebrou toda a solenidade.

Deste modo, o Filósofo Francis Scott Key Fitzgerald, mais conhecido como F. Scott Fitzgerald (foi um escritor, romancista, contista, roteirista e poeta norte-americano) nos ensina que “Você não escreve porque quer dizer algo, você escreve porque tem algo a dizer”. Isto é mesmo um fato, podendo assim deixar uma pessoa tão extasiada ao ponto de, em um súbito, escrever: “Se não fosse a influência da minha mãe, eu poderia ter me tornado arquiteto ou chefe de cozinha”. Ou seja, escreveu! Deixou sua marca. Mostrou seu sentimento da mesma forma de Néia: “Padre Joacir, Que Deus te abençoe e te oriente para o cumprimento de sua bela missão. Grata”. Contudo, queria dizer apenas isso “Grata”.

Oxalá! Todos pudessem dizer: “A outra Família”, tendo nesta “outra Família” “Todos os dias um motivo para sorrir”, estaríamos vivendo cada dia um eterno aniversário e torceríamos “Para as férias chegarem mais rápido”? Será mesmo que pensaríamos em férias? Já não estaríamos festejando sempre? Outrossim, de braços abertos poderíamos gritar: “Energia Positiva” ou mesmo “Sentimos-nos orgulhosos de fazer parte dessa outra família”. Mas me vem uma sarcástica indagação: “a família do eterno lazer?” Não. Pena não ser aquela Família, senão “A família de cristo a qual escolheste para servir”. Esta “Família de Cristo” não se serve em eterna Alegria? Bem pensado! Que a alegria seja assustadora de tão humorada que seja.

Alegria! De tal maneira quem incluiria nos beiços um majestoso sorriso como Alice Gattás? A mesma, constituindo adequada amiga, pronunciou: “Parabéns e gratidão pela sua missão maravilhosa e de luz. Forte abraço”. Neste caminho de luz, a verdade nunca nos será negada. Não tem como não acreditar nisso, até porque Vanilza não me deixaria em tranquila paz se não me dissesse: “Que Deus o ilumine, o guie e renove a cada dia a sua fé e a sua vocação”.

Neste “caminho de luz”, até abranjo o porquê peregrinar, todavia não abarco o mistério das palavras, as quais podem descrever de forma insuficiente através de linhas escritas, no entanto, registra mais que um livro de mil laudas exclusivamente com seu significado. Não tem como esquecer o sentido infinito desta ingênua elocução de Kananda: “Obrigada não por nada, mas sim por tudo!”. Adjunto que um “obrigado por nada” e um “sim por tudo” depara-se com a sutileza da escrita e a nervura de um significado envolto ao poético.

Poetizando ou tão somente agradecida, Dona Secinha conseguiu proferir que sua “família deseja muita saúde e paz”. Na verdade, o encanto de uma comemoração de aniversário vai bem além dos “dizeres”. Extrapola todos os limites das prerrogativas alhures ao anfitrião que, na mais calmaria da existência do seu ser, festeja sua “data querida”.

“Nesta data querida” fica bem claro que quem dá a vida é sempre laureado, porquanto repetidamente pode ouvir, como por exemplo, articulou Nislene: “Que Jesus ilumine sua vida e rega-a com muitas bênçãos”.

Numa data assim, nenhum psicólogo conseguiria desvendar o comportamento humano, pois ninguém deixaria de, repetidas vezes, renovar suas felicitações como Isabel Duraes: “Muita paz e muitos anos de vida”. Pensando bem, se ter paz é ter “muitos anos de vida”, a paz está na vida dos velhos! Agora não sei se quero “paz”, sendo velho e não poder usufruir dela ou seguir o itinerário da vida galgando anos de paz. De qualquer modo, me divirto muito sendo velho buscando paz. Mas na vida tudo se torna emocionante quando o comovido vive intensamente a vida.

Dona Iracema Marreca não conteve seus dedos e historiou: “Que sua vida seja de: alegria, sabedoria e paz. Parabéns!”. Isso mesmo, ela disse “Parabéns!” Estas outras palavras estavam ali apenas servindo como “um embrulhado lindíssimo, um forte abraço ou mesmo como um cartãozinho”, porque o essencial mesmo era dizer como Balbina: “Parabéns em seu lindo dia. Deus te abençoe!” Ou mesmo nas abreviadas letras de dona Joana Batista: “Feliz aniversário”. Aqui está a passagem primordial para esta “data querida”, sem embrulho, sem abraço, sem cartãozinho e, nomeadamente, sem “paz na velhice”. Destarte, eu esteja ficando mesmo velho porque como armazenou Joaquina Barbosa: “Que Deus esteja sempre do seu lado para te segurar”. Jazo, por acaso, desabando ao solenizar mais algum ano de existência “nesta data querida” (03/03)? Parabéns nesta data querida, porque você existe!

Pe. Joacir Soares d’Abadia, autor de vários livros