"A exposição das crianças às pressões do trabalho pode provoca diversos sintomas, como por exemplo, dores de cabeça, insônias, tonteiras, irritabilidade, dificuldade de concentração e memorização, taquicardia e, conseqüentemente, baixo rendimento escolar. " (Ministério do Trabalho e Emprego)


Talvez a maioria das pessoas não tenha ciência disso, mas o trabalho infantil, ainda, contamina o Brasil. Em busca de dados a respeito, você pode encontrar em sites de estatística, como o IBGE, que, no país cerca de 5 milhões de crianças e adolescentes, não aptos para o trabalho, estão sob a condição de explorados. É, explorados é a palavra certa, o trabalho infantil está diretamente ligado a um tipo de trabalho escravo. Refletindo um pouco (no caso mais popular): se os pais, pobres, de uma ou mais crianças, não tem condições financeiras, ou físicas, ou sejam lá quais forem as razões para esses não terem condições de sustentá-los, hoje, têm alguns apoios governamentais financeiro, como o Bolsa Escola, Bolsa Família, entretanto, vemos que mesmo com tais benefícios muitas crianças ainda vão as ruas pedir esmolas, limpar os vidros dos carros em troca de trocados, essas crianças vendem sua saúde, sua educação, sua infância por centavos.
Há casos, também, em que o trabalho infantil é uma questão cultural. Acontece bastante em regiões interioranas, onde crianças aprendem o ofício dos pais, e desde cedo se acostumam com a labuta, deixando o que é mais importante de lado. Criança é mão-de-obra barata, o lucro é exorbitante à custa, apenas, da saúde delas. Não tem carteira assinada, impostos, décimo terceiro, nem salário. Quando muito bom é o seu "emprego", quem sabe, estes ganhem uma mesada, ou algo assim.

É uma situação absurda que, do meu ponto de vista, passou a ser ignorada pelo costume, pela freqüência com que nos deparamos com esse tipo de situação. Acaba-se, pois, por não se observar os problemas resultantes. Imagino, se um daqueles meninos de nome composto poderia ser o próximo Einstein, mas oportunidade não lhe foi dada. Primeiramente pelo mito que é a educação gratuita do ensino infantil ao médio do país, segundo, a responsabilidade que lhes é dada, desde tão cedo, ajudando a sustentar sua família, isso, quando ela não recai toda em suas costas. Eles estão fadados, ou melhor, o país está fadado a produzir menos por não investir neles.