Essa folha de papel, branca

Que me olha em silêncio e me consome

Tortura-me a mente ainda sana

Já é noite e não deixa que a dome.

 

Branca como a claridade da lua,

Exala-se de ti uma vontade imensa

Para que eu te possua

Mas deixa-me à boca as reticências...

 

Imploro-te um pouco mais de tempo.

Quero ainda ouvir a voz dos pássaros,

Quero ainda sentir o cantar do vento

Quero flores pra enfeitar meus cântaros.

 

Quero a paz na minha mente, quero-a nua

Para depois poder assumi-la

Enxertá-la com minha pena crua

E de palavra em palavra possuí-la.