Parece que a proposta do acordo do século americana para a paz no Oriente Médio entre os palestinos e os israelenses desvenda detalhes dia a dia e revela alguns de seus principais pontos, apesar do estado de ambiguidade geral que a envolve e a confidencialidade de seus fabricantes, mas discutir sobre alguns detalhes não é mais um segredo, nem exclusivo para os líderes, chefes e  reis dos países árabes, bem como para o governo israelense, que recebe detalhes estratégicos da administração dos EUA e intervém diretamente na política da segurança e na econômica da nova situação.

Esta proposta do século não deve interferir nos sonhos e nas ambições israelenses, ou contrariar o conceito de paz que querem com os árabes em geral, antes que seja com os palestinos, ligados diretamente com o problema e a equação, sobretudo quando soubemos que o coordenador do acordo e detentor desta situação, pretendido preocupante da paz,  articulador dos planos e programas,  para a região e para o futuro sob a sua liderança, é o genro do Presidente Trump, um judeu bem conhecido, atrás da sua esposa Ivanka, confessada da religião judaica,  formando uma fortaleza na Casa Branca para proteger o estado hebraico e evitar qualquer risco, no sentido  de levar a direita extrema americana, para apoiar os plano deste Estado, sem contrariar seus sonhos e de seus líderes.

A proposta do acordo do século que o presidente Donald Trump almeja, como empresário, levando-a como um negócio comerciante que atrai o benefício e evita o prejuízio, notadamente no setor da economia, que o estado define sua recuperação e sua prosperidade em toda a região, e cuja Israel constitui o seu núcleo e centro, coordenador e controlador. 

Segundo alguns expertos internacionais,  a proposta do acordo pretendido beneficia a economia israelense nos próximos cinco anos para mais de US $ 18 bilhões, além de criar uma grande competição entre os principais investidores internacionais e companhias transnacionais, as quais tinham deixado a região por motivo de instabilidade e de guerras. Além do boicote árabe, que impôs restrições ás grandes empresas internacionais, interessadas nos mercados árabes, que protegem o mercados consumidores e  as comunidades ativas, diante de uma nova perspectiva de mudanças  que visa os mercados do emprego, da produção e do consumo.

Mas além de tudo isso, o que pretende o empresário americano, que se tornou o presidente dos Estados Unidos da América, e  levou para a Casa Branca um estilo de governabilidade insperado de uma mentalidade de negócio, baseado nos calculos do mercado especulativo,  é de  ultrapassa todas as empresas internacionais tantas quantas as  que geram o capital árabe, em termos de recursos empilhados, ociosos e congelados nos bancos, longe do processo produtivo, e sem nenhum papel de mudança da roda da economia na região árabe e da Palestina em particular, lugar onde o conflito se agrava e centro de oposições, e do desafio no qual se fundou a proposta do século, baseada  numa economia expressa em termos de segurança e de estabilidade, caminho da prosperidade e da concessão.

Esta proposta do acordo do  século America tem por objetivo compensar os palestinos nas regiões da Autoridade Palestina, a nível dos indivíduos e da comunidade, bem como do meio ambiente, das cidades e das zonas residenciais, através de um projeto comparado a Marshall internacional e pelo qual se investe bilhões de dólares nos mercados palestinos, proporcionando  novos empregos para as dezenas de milhares de diplomados e desempregados. Criando os milhares de  postos de trabalho tanto quanto para aqueles  que Israel despensou nos últimos anos, bem como para os países árabes que trazeram apoio através  deste projeto, além da Agência de grandes promototes para os refugiados palestinos "UNRWA" , que continua a prestar a assistência aos palestinos, como agência internacional para o desmantelamento, a redundância e a rescisão de serviços prestados.

 A administração dos EUA chamou o governo israelense para que facilite o comércio com os palestinos e aprove o estabelecimento de corredores internacionais para alimentar uma economia de subsistência e aliviar o sofrimento da população. Tal proposta dita do século levará planos para construir aeroportos e portos sob estritas condições de segurança e de garantias israelenses, mas isso será de grande benefício para os palestinos, uma vez que seu  impacto se tornna benéfico para os palestinos e contribuindo para a melhoria de condições de vida de cidadãos, da infra-estrutura e do poder social, sobretudo, na Faixa de Gaza, objeto de uma grande parte do acordo desta proposta, foco de tensão permanente, diante de uma população bomba, explosiva a qualquer momento, essência da proposta do acordo do século, para toda a região a ser  um estado de guerra sustentável.

 

No entanto, a proposta do acordo do século, considerada atraente financeiramente, mas alimenta a controversa internacionalmente, uma vez que é improvável que os palestinos a aceitam. Porque os priva de seus direitos para um Estado, cuja capital é Jerusalém, impondo as leis internacionais para a volta dos palestinos onde estejam, concedendo-os as nacionalidades segundo os países onde vivem, tornando-os uma parte natural do tecido da população do estado, das gerações atuais ou futuras, cujo sonho é retornar à Palestina, e recupera seus direitos e propriedade de seus pais, avós e antepassados.

Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador universitário- Rabat- Marrocos

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