Início a trajetória
Lembro-me até hoje quando minha mãe me levava para escola que se chamava Centro de Estudos Objetivos- CEO, logo de manhã cedo minha mãe me acordava e me arrumava toda contente pois seria o primeiro dia de aula e ela ficava muito entusiasmada e me falava como seria maravilhoso eu aprender a cada dia na minha nova escolinha e ia colocando logo o meu uniforme da escola, colocando a lancheira. Nessa época foi maravilhosa pois adquiria muitas formas de aprender conhecendo o ambiente escolar, meus professores e meu novos amiguinhos, adorava ir para á escola por quer aprendi muitas novidades ali, brincava, gostava das festas que a escola oferecia. Na educação infantil da fase maternal até a alfabetização, foram momentos muito importante pois nessa fase que comecei a me adaptar com o ambiente escolar e com as novas amizades que fazia no decorrer do ano.
Minha mãe me dizia que eu adorava ir á escola pois gostava da minha professora que se chamava Alice, era uma mulher calma, atenciosa, educada e inteligente e com ela todos os alunos aprendia de uma forma mágica e divertida, o que ela passava dentro da sala, as brincadeiras e as festinhas. Por isso que é importante aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. Passei toda a minha infância nessa escola onde aprendi muitas coisas como: higiene, os alfabetos, aprendi a fazer cálculos, os verbos, o valor que tem um ser humano nos dias de hoje, á historia de nosso pais e do mundo á fora e entre outros.
No decorrer da minha trajetória escolar, adquiri novas habilidades, novos conhecimentos que me favorecerá no decorrer da vida, ajudar e colocar em prática tudo que aprende dentro da escola.
Na Leis Diretrizes de Base, Artigo 2º: "a educação (...) tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho".
Nessa fase do Ensino Fundamental, foi um outro momento importante porque eram disciplinas novas, conteúdos importantíssimos, material de qualidade e o conteúdo excelente onde nós alunos aprendiam muito. Cada série que eu passava, eu adquiria mais e mais conhecimentos, aprendia o valor do professore era e é importante nos dias de hoje pois sem eles nós não somos nada pois através deles que nós aprendemos tudo, aprendemos á valorizar as coisas que estão ao nosso redor. As séries da primeira, segunda e sexta série adquirimos habilidades, novas formas de aprendizagem que vão favorecer a nossa vida a partir desse conhecimento. A educação não depende só dos professores e sim de nós também querer aprender, a buscar cada vez mais para a nossa formação como cidadão.
Entender o que era a minha caminhada
Toda caminhada tem seus momentos que marcam qualquer pessoa e minha caminhada foi longa mais valeu a pena tudo que aprendi, adquiri, absolvi de bom o que a vida pode oferecer. Com certa idade, a nossa cabeça começa a parar para pensar o que queremos como profissionais futuramente? E com isso, percebemos que com certa idade temos que parar pra pensar no nosso futuro e o que seremos quando estivermos na faculdade. Quando isso pesa em nossa vida, logo ficamos sem ação, não tem outra coisa que possamos pensar a não ser a nossa profissão futuramente.
O ensino médio no colégio Marista- Nossa Senhora de Nazaré, já imaginava na minha carreira profissional, perguntava para os meus professores se tinha feira vocacional para saber em que área iria sair nos testes. Lembro-me até hoje, cada professor que me dava aula naquele colégio, suas disciplinas, o mesmo tinha o seu modo de dar aula, de cativar os alunos para que não perdêssemos o foco da matéria. Cada um tinha a sua estrelinha que brilhava no decorrer do ano, onde cada dia brilhava mais e mais onde podíamos perceber que cada um queria dar o melhor de si para que cada um de seus alunos pudesse aprender e absolver tudo que eles passavam dentro da sala de aula. Segundo o Livro Verde da Sociedade da Informação,
A educação é o elemento-chave na construção de uma sociedade baseada na informação, no conhecimento e no aprendizado. Parte considerável do desnível entre indivíduos, organizações, regiões e países deve-se á desigualdades de oportunidades relativas ao desenvolvimento da capacidade de aprender e concretizar inovações. (Takahashi,2000)
Mas eu perguntava qual seria a minha profissão quando eu prestasse o vestibular? que essa minha profissão o que poderia contribuir para o futuro da humanidade? que profissão que iria ajudar a sociedade em que vivo? o que poderia fazer para melhorar o país e logo pensei na profissão de minha mãe que é de Pedagoga. Comecei á prestar atenção no que ela fazia, o que tinha de bom e de ruim nessa profissão, o que poderia contribuir em tudo que pensava em uma determinada profissão, o que poderia contribuir numa sociedade e numa educação de qualidade.
É importante ressaltarmos que, a Pedagogia é uma profissão que algumas pessoas não valorizam, não sabem a importância dos professores dentro das salas seja particular ou publica, são profissionais importantíssimos em nossas vidas pois é através deles que nós e as outras pessoas são formadas como cidadões desse mundo. Antes eu não valorizava essa profissão, mais quando eu parei pra pensar, observar mais, analisar o quanto a profissão de "Professor é maravilhoso", é gratificante para aqueles que querem uma educação de qualidade, que tem esperança de um país melhor (sem corrupção, sem saúde e uma educação precária). Ainda no ensino médio em que pude perceber tudo isso, fui percebendo que cada profissão tem a sua importância mais a Pedagogia é uma profissão linda, espetacular, onde pode ter esperança de um mundo melhor.
Não se pode perder a esperança pois ela é a ultima que morre dentro de nós. mesmos com os salários baixos, não podemos desistir de educar nossas crianças, nossos adolescentes e adultos por causa dos problemas do cotidiano. Nós como futuras Pedagogas, temos que sentir orgulho de ter essa profissão na nossa vida pois todas as pessoas dependem de uma educação com qualidade, de uma aprendizagem boa, de um ensino onde os pais terão tranqüilidade de deixar os seus filhos na escola.
Para Franco, 1994, p-9: A educação e os conhecimentos passam a ser vistas como elementos fundamentais como possibilidades de desenvolvimento econômico, político e social.
É triste percebemos que, o governo da nossa cidade e do país não valorizam os educadores como deveriam pois esses profissionais precisam ser reconhecidos como profissionais que vão mudar a historia da educação daquele estado e do país. Segundo Pinsky: "Não há educação de qualidade sem um professor bem formado, atualizado e bem pago". Podemos perceber que, se o governo não colaborar com um aumento salarial para os professores não tem como colocar essa auto-estima nesse profissional porque ele vai pra aula pensando que ganha pouco então não precisa dar o melhor de si para aqueles alunos ali que tanto esperam desse profissional da educação. Muitos desses profissionais abandonam suas atividades para tentar ganhar mais e por questões de saúde e mental em questão do estresse do seu cotidiano.
É triste perceber que esses professores são mal-pagos, desmotivados, a maioria esta ali pra ganhar o dinheiro no final do mês, muitos não querem realmente dar uma educação de qualidade, não querem ver seus alunos evoluindo gradativamente no decorrer de sua vida. Muitos fingem ser educadores mais lá no fundo eles sabem a responsabilidade que estão tendo como péssimos educadores pois ali em suas mãos estarão futuros cidadões onde vão exercer suas funções. Temos que pensar no futuro dessa humanidade, estamos formando cidadões ou pessoas hipócritas?, não podemos pensar que esta tudo okay pois não esta, temos a plena certeza que um dia essa educação vai mudar e vai começar com a gente.

Caminhada universitária
Esperando por esse minha nova fase que é a ensino superior, esperei por tanto tempo e agora estou nela. Quando ingressei na Universidade da Amazônia- UNAMA, fiquei muito contente pois o meu sonho acabara de ser realizado que era de entra na universidade e ser Pedagoga.
Logo no início percebi o grau de dificuldade que iria enfrentar nessa minha trajetória. Tive tantos professores no decorrer desses semestres e anos, muitos me marcaram e muitos me deixaram com raiva. No meu primeiro semestre, não fui com a cara de um certo professor porque ele se achava demais, era grosseiro e se achava o sabichão, e que eu saiba o professor ele tem que ser humilde e ajudar o aluno no que ele puder e não ser grosseiro com os alunos. Gostei muito de uma professora pois ela soube cativar a turma e nos ajudava bastante, dava suas orientações nos trabalhos e explicava sua matéria numa maneira muito boa.
Ela comentava muito sobre Paulo Freire (1998) e Piaget (1989) pois era seus autores prediletos e com eles sua formação foi gratificante, cada dia conteúdo, atividades que a professora solicitava dentro da sala de aula eram realizadas com prazer. Tinha uma outra professora que se chamava Silvana Nóvoa que era e ainda é maravilhosa, pois ministrava aula no primeiro e terceiro semestre, todos gostavam dela pois ela cativava, sabia explicar o conteúdo de uma forma onde todos compreendiam e também a disciplina dela era muito legal e importante na nossa vida de acadêmico. Nossa ela ajudava demais, repetia as explicações quantas vezes fosse possível para que os alunos aprendessem de uma forma clara e coerente no decorrer de suas aulas.
No segundo semestre, quase todos os professores foram maravilhosos, seus disciplinas e conteúdos eram espetacular pois prendiam de uma forma que ninguém sabia explicar. Era muito gratificante. Mais teve uma professora que, ninguém gostava dela porque ela não sabia explicar a matéria dela de forma clara e coerente. Ela não sabia cativar a turma, só passava o conteúdo por passar e não ligava muito para os seus alunos se tinham aprendido ou não. A maioria da turma ficou de prova substitutiva pois ninguém aprendia o conteúdo dela e também ninguém gostava dela. Terceiro semestre, não tinha o que reclamar pois foi um dos meus melhores semestre que já passei até hoje, foram disciplinas perfeitas, cada professora era perfeita, sabia passar o conteúdo de uma forma muito gratificante para nós discentes. Uma disciplina que me prendeu demais que foi a Corporeidade ministrada pela Professora Elizabeth Pessôa, todas as aulas eram diferentes pois brincávamos, tinha a brinquedoteca para as atividades com o lúdico. Todo mundo adorava essa professora pois além de ser brincalhona era muito doida nas aulas ministradas por ela. Outra professora que me marcou muito foi a Zenilda Boti, uma mulher clara, objetiva, inteligente e dinâmica em suas aulas.
O quarto semestre, já começou pesando as disciplinas pois os conteúdos já começavam a complicar um pouquinho. Os professores eram excelentes, sabiam dominar o conteúdo, sabiam o que faziam mais os conteúdos já não tão fáceis como no começo. Umas das disciplinas que me marcou foi Comunicação, Linguagem e Alfabetização porque era um assunto abordado em qualquer lugar, importantíssimo para nos futuras pedagogas a importância de alfabetizar alguém e ensinar tudo.
No quinto semestre, adorei também os professores pois foram maravilhosos conosco, ensinaram muita coisa onde o nosso conhecimento nesse assunto era fraco ou não dominava desse determinado conteúdo que eles passavam, cada um tinha o seu modo de prender a atenção de cada um, cada semestre que passava pesava mais, tinha um grau de dificuldade enorme na nossa costa pois percebíamos que já estávamos em uma caminhada onde só os mais fortes sobreviviam.
O quinto semestre, nossa foi um semestre que não conseguíamos respirar direito pois o grau de dificuldades das disciplinas iam aumento muito no decorrer dos semestres. Cada ano, cada semestre valeu a pena ter estudado, ter se esforçado, ter dado o melhor de si pois nós sabiamos que aquele suor um dia valerá a pena em nossa vida. Lembro-me que teve uma disciplina que me chamou atenção que foi Estagio Supervisionado de Ensino I, foi uma disciplina diferente e que chamava a nossa atenção por ser estagio, nós não sabíamos como seria e como iria ser. Todos estavam ansiosos para saber como era estar dentro de uma sala de aula com crianças que queriam ou estudar ou aprender novos conhecimentos. Todo dia no estágio, a gente aprendia com cada uma delas, a gente conversava de tudo com cada uma e brincava de uma maneira diferente, fomos conhecendo a professora para fazer o nosso projeto e fomos percebendo o grau de dificuldade que essa professora passou em sua vida e a gente debatia com as crianças sobre tudo. Segundo Morais, 2000, p-71: Importantíssimos serão os debates de idéias, sobre os textos e com base neles, em sala de aula.
Eu amei estagiar na escola Rosalina Cruz onde eu aprendi como ser uma educadora. Eu queria que chegasse logo dia de quinta para ver os alunos, se eles estavam realmente aprendendo de uma forma clara.
E hoje no meu sexto semestre, adoro todas as minhas professoras com quem eu posso contar, tirar as minhas duvidas, ter novos conhecimentos sobre as suas disciplina e aprender cada vez mais com cada uma delas. Todas souberam cativar os alunos e ser amigas. Uma disciplina que me cativou foi Supervisionado de Ensino II durante o estágio aprendemos mais sobre o manejo de classe e a ação profissional e o que é ser professora, pois elaboramos e executamos um projeto de intervenção sobre a Matemática como um modo de facilitar a aprendizagem dos alunos. No primeiro dia de execução do nosso projeto interventivo, eu e a minha parceira revisamos a multiplicação com a turma e colocamos no quadro uma cartolina com a tabela com os números de um ao nove para que todos pudessem revisar e lembrar da tabuada e ajudar os alunos na Matemática onde percebemos que á uma grande dificuldade da turma em geral.
No segundo dia de execução, revisamos com a turma a centena, dezena e a unidade onde percebemos que os alunos tinham também um grau de dificuldade. Eu, a Noelle e a Ellen passamos para cada um o material dourado, onde entregamos para cada um uma tabelinha que tinha a centena, dezena e a unidade e que tinham que completar com os números que íamos falando para eles. Percebemos que cada um ia fazendo do seu modo e não do nosso modo que explicávamos na sala de aula pra eles, mais ao mesmo tempo, percebíamos que eles queriam aprender e conseguiam fazer o nosso material e ficavam felizes quando acertavam as questões que tinham no material.
No ultimo dia de execução do nosso projeto interventivo, continuamos a centena, dezena e a unidade para a turma e passamos um exercício em coletividade em grupo de três alunos onde podiam aprender mais, dar idéias de como resolver o exercício, dá formas de resolver. Ficávamos explicando e pedíamos para que cada grupo prestassem mais atenção nas questões pois a maioria dos alunos nem liam o comando da questão e erravam muito por falta de atenção. Depois nos recolhemos os exercícios e percebemos que a maioria dos alunos acertaram as questões e ficaram satisfeitos com o seu próprio resultado. Falamos que esse dia era o nosso penúltimo dia com eles e que na próxima quinta-feira, faríamos uma festinha para eles e que seria a nossa despedida da turma deles.
Hoje em dia, percebo como é importante lembrar da minha caminha escolar, o que aprendemos, o que adquirimos no decorrer dessa trajetória encantadora e inesquecível. Tudo que absolvi na minha trajetória foram momentos especiais para mim, porque aprendia toda dia muitas coisas diferentes e inesquecíveis. Nesse memorial pude lembrar toda a minha caminhada, lembrar de momentos bons e ruins até hoje e poder compartilhar esses momentos que jamais irei esquecer. Aprendi muitos com esses alunos de rede pública pois percebemos a realidade da escola junto com os alunos, podemos sentir de perto tudo que eles aprendem, o que sentem, o que deixam de fazer. Todo dia percebíamos as dificuldades deles ou a rapidez em que eles aprendiam na sala de aula, senti o carinho de cada aluno que tinha comigo, os agradecimentos que faziam por alguma atitude que tinha com eles, as lições que ensinava para cada um, as atividades que eu tomava junto a eles. Só tenho agradecer por tudo que passei nessa escola que me recebeu com muito carinho, e agradecer pela professora que me recebeu de braços abertos.





Referência
GARDNER, Howard. A criança pré-escolar: como pensa e como a escola pode ensiná-la. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

PINSKY, Jaime. Cidadania e Educação. 3 ed- São Paulo: Contexto, 1999

BARBOSA, Raquel. Formação de educadores: Desafios e Perspectiva. São Paulo: Editora UNESP, 2003.