A ilusão do destino.

Em um determinado.

 Momento.

 Necessariamente acontece.

A partida.

O tempo destina-se.

 Ao silêncio.

 O caminho normal.

Lá não existem amigos.

Muito menos inimigos.

É outro mundo.

Não temos direito ao sonho.

Também as ideologias.

Muito menos ao amor.

Não tem nem mesmo.

Direito.

De poder reclamar.

Quando formos.

Partimos sozinhos.

Para lá.

Onde ninguém poderá.

Encontrar a felicidade.

Ou a infelicidade.

É outro mundo.

Indescritível.

Cuja realidade.

Não tem fantasia.

Nesse novo mundo.

Não existe aventura.

Nada é consequente.

Nem mesmo o rei.

Pode ser diferente.

Um mundo puro.

Sem demência.

Sem tempo.

Sem história.

Tudo lá é diferente.

Não é preciso ler livros.

Nem escrever poesia.

 Fazer ginástica.

Entender de literatura.

A Filosofia é dispensável.

Não se necessita de carros.

Muito menos de ir à missa.

Não se precisa do mar.

Ninguém.

 Fica cansado.

Nem tem que pensar em política.

Entender da Biologia evolucionista.

Física quântica.

Estudar a teoria do materialismo.

 Histórico.

Entender o Heliocentrismo.

Não existe tempo.

Para ser menino.

Muito menos adulto.

À noite não se pode.

 Olhar o céu.

Contemplar as estrelas.

É outra civilização.

Não precisara de seguro.

Contra incêndio.

 Não necessita.

 Da preocupação.

Em ser alienado.

É outro mundo.

Completamente.

 Diferente.

Não existe deus.

 Nem o diabo.

Um mundo.

 Absolutamente.

 Perfeito.

Não é preciso.

 De celular.

Não é necessária.

 Nenhuma concepção.

Política do Estado.

Todas as mulheres dormem.

Durante o dia e a noite.

Os homens não bebem.

Não existe droga.

A tristeza também.

Ninguém precisa namorar.

Não existe a morte.

 Nesse mundo.

A vida é permanente.

A única diferença.

 Que ninguém fala.

Existe a letra.

Mas não a canção.

O que é fascinante.

 Nesse mundo.

É que nele não se vive.

A doçura da ilusão.

Não é necessária a morte.

Dispensa se a ressurreição.

 E todos que estão lá.

Não acreditam.

 Na reencarnação.

 É um mundo.

 Maravilho.

Não precisa pensar.

 Escrever.

A linguagem é apenas.

Uma magnífica intuição.

A fantasia do entendimento.

É a loucura da ilusão.

Edjar Dias de Vasconcelos.