Sabemos a importância do sono para nos recompormos tanto física, como psiquicamente, trazendo-nos repouso e a oportunidade de sonhar para nos reequilibrarmos das agruras do dia a dia. Na medida em que esses nos trazem materiais riquíssimos, com conteúdos que através de um "rompimento", digamos assim entre o "ego" e o "reprimido", permanece a continuidade do "id" entre ambos na medida em que tanto o "ego" quanto o reprimido, tem sua origem no contato do "id" com o ambiente externo. O conteúdo do "ego", não se diferencia do "reprimido", a não ser pelo destino tomado pelos processos psíquicos vindos do "id". Ou seja, quando "idéias e desejos não encontram satisfação e resolução no mundo real",as emoções e sua carga de energia são reprimidas ocupando "espaço" em nosso "mundo inconsciente".Isso provoca a busca de resoluções através dos sonhos que em função de, digamos, uma falha do "ego", passam ao nosso pré- consciente (atos falhos, como formas de provocar a identificação e em seguida a consequente resolução através da compreensão).Cada indivíduo faz parte de uma Cultura e tem sua ancoragem cultural de formas distintas e únicas o que constituem o conteúdo dos sonhos.Existe uma "descarga de energia" durante os mesmos, tanto que às vezes acordamos sobressaltados, aflitos, ansiosos, tristes ou, extremamente alegres, e a sensação de bem estar ou desconforto, permanece durante muito tempo, como se algo tivesse sido "encaixado" no quebra cabeça emocional e, até mesmo a sensação de que precisamos entender o conteúdo "vivido" enquanto dormíamos de tão marcante que foi.Podemos também dizer... "não sonhei nada esta noite!" - doce ilusão.O que ocorre é que às vezes nossas "defesas" são tão rígidas, nossa censura tão grande, que temos essa falsa sensação.Pessoalmente, adoro quando um paciente traz sonhos que o incomodam, ou me diz que achou engraçado, sonhos reincidentes e podemos então "trabalhar juntos".
São algumas das riquezas do ser humano!