INTRODUÇÃO           

            O presente trabalho, cujo tema é “O uso dos recursos multimídia nas escolas do município de Arcoverde” foi escolhido pelo fato de que, hoje em dia, as novas tecnologias estão tomando parte do cotidiano de todos aqueles que acreditam serem ótimos meios para se ter um bom desempenho pessoal e/ou profissional.

Neste sentido, a tecnologia é uma arte, que quando bem aplicada ajuda a resolver diversos problemas, ela é a junção da ciência e da engenharia. O homem está sendo dominado pela sua própria criação, hoje nós somos totalmente reféns daquilo que criamos não podemos nem imaginar viver sem algum aparelho tecnológico por perto, em todos os setores de nossas vidas. O homem é dotado de inteligência e poder de criação, a inteligência humana tem um nível muito alto, somos capazes de coisa inimagináveis. Até poucos anos atrás ninguém ousaria pensar que hoje seria assim: que poderíamos cruzar o mundo com apenas um clique. Se olharmos a nossa volta facilmente iremos encontrar dentro de nossa casa tecnologia, ela está presente cada vez mais no dia-a-dia como o celular,o microondas, DVD, TV, ECT. No banco, no hospital, nas lojas. Todos são movidos pela maquina. E na escola também existe tecnologia.

Para Auler (2002):

Tecnologia é o instrumento mais adequado para se impor uma dominação e controle sobre a natureza e sobre a sociedade” e que o progresso tecnológico, de certo modo, se constitui em estratégia do desenvolvimento capitalista, não necessariamente vinculado às necessidades básicas da população; tornando-se “um fator ideológico pelo fato de irradiar a idéia de que ele representa o caminho do bem estar social para todos os segmentos sociais.

Entende-se que o foco do problema não está na inexorabilidade do progresso tecnológico, mas sim na orientação e determinação de prioridades que os governos dos mais diferentes países do mundo têm formulado para a tecnologia. Esta não pode ser direcionada para servir de alicerce para promoção dos interesses de poucos. A sua ênfase deve convergir para a promoção humana, expressa em termos da qualidade de vida.

            Este trabalho foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica, tendo como fundamentação os teóricos Ábila (2010), Almeida (2004), Aranda (2003), Auler (2002), Bazzo (2000), PCN (2001), Cagliari (2000), Carneiro (2008), Cysneiros (1999), D’Ambrósio (2001), Freire (1987), Jean (2002), Kato (2004), Meyer (2009), Moran (2010), Murano (2011), Ricarte (2001) e Spinillo (2001) para aprofundamento do estudo sobre o tema abordado.

            O presente trabalho monográfico está dividido em 5 partes. A primeira parte trata do uso da tecnologia na escola brasileira, enfatizando a ciência, a tecnologia e a sociedade no ensino de Ciências, a socialização da tecnologia, a utilização do computador, bem como o computador e a ação do professor, a internet na escola, o ser humano e a tecnologia, informática e currículo; a segunda parte trata da era digital na escola, o texto na era digital, a tecnologia e a sociedade atual, bem como o uso do hipertexto, do e-mail, do blog, do facebook, do twitter, do Orkut, do MSN, e os recursos tecnológicos na sala de aula; a terceira parte trata da visão dos professores sobre o uso da tecnologia; a quarta parte trata da visão dos alunos sobre o uso da tecnologia e a quinta parte encerra o trabalho com os resultados e discussões acerca do tema, realizados através de entrevistas a alunos e professores do Ensino Médio de uma escola da rede pública do Estado de Pernambuco no município de Arcoverde – PE.

O município de Arcoverde teve origem nas terras do fazendeiro Leonardo Couto que, em 1865, mandou construir em sua fazenda uma capela dedicada a Nossa Senhora do Livramento. A 01 de julho de 1909, tornou-se distrito sob a denominação de Rio Branco, pertencente ao município de Pesqueira. Através da lei estadual nº 1931, de 11 de setembro de 1928, tornando-se um município autônomo. A mudança do nome Rio Branco para Arcoverde ocorreu a 31 de dezembro de 1943, através do decreto-lei estadual. Além do antigo distrito de Rio Branco, Arcoverde foi formado por parte do território do município de Buíque.

2 USO DA TECNOLOGIA NA ESCOLA  BRASILEIRA

 

 

O processo educativo se realiza, para muitos educadores, a partir da experiência e dos saberes acumulado a serem transmitidos da geração mais velha para a mais nova. A transmissão da informação e do conhecimento, pronto e acabado, é a essência da pedagogia dita tradicional ou de uma “Pedagogia Bancária”.

 A educação se torna um ato de depositar em que os educandos são os depositários e o educador o depositante. Em lugar de comunicar-se, o educador faz comunicado e depósitos que os educandos, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem. Eis a concepção bancária da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos educandos é a de receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-los (FREIRE, 1987).

Para uma contraposição a esta pedagogia pode-se forma através de estudos projetos

Em contraposição a esta pedagogia, propõe que se fomente uma didática concretizada em estudos através de projetos, resolver de forma breve e cientifica como um centro da ação educativa.

Se na pedagogia tradicional a iniciativa cabia ao professor que era, ao mesmo tempo, o sujeito do processo, o elemento decisivo e decisório; se na pedagogia nova a iniciativa desloca-se para o aluno, situando-se o nervo da ação educativa na relação professor-aluno, portanto, relação interpessoal, intersubjetiva – na pedagogia tecnicista, o elemento principal passa a ser a organização racional dos meios, ocupando professor e aluno posição secundária, relegados que são à condição de executores de um processo cuja concepção, planejamento, coordenação e controle ficam a cargo de especialistas, supostamente habilitados, neutros, objetivos, imparciais (BAZZO, 2000).

 

Em nenhuma das escolas, independentemente e isoladamente dar respostas adequadas às ações didáticas do processo educativo. Fazer a influência mútua das mesmas, por meio do que denomina método dialógico de ensino, FREIRE (1987) define uma nova pedagogia que privilegia o diálogo, a crítica e a reflexão na iluminação do saber. Professor e aluno se demudar em sujeitos cognitivos e, dessa forma, cria-se uma teia de comunicação no ambiente escolar, com a utilização dos instrumentos à disposição como o livro, o computador, o vídeo e a televisão, entre outros.

Também traz um fundamento para as atividades de investigação. Seu campo de estudo ao dar ênfase a uma abordagem humanista da técnica.  A técnica é apenas a estatura das estratégias que o homem utiliza pelas formas admissíveis de entidades e forças humanas tais como a máquina, energia, elétrons, animais, plantas, a natureza em geral.

Nos dias atuais, quando se atinge o terceiro tempo do espírito – o da informática, a comunicação tem como instrumento principal o computador que amplia e alavanca as telecomunicações e outras tecnologias qual imensa máquina integradora. De acordo com Bazzo (2000):

Um computador concreto é constituído por uma infinidade de dispositivos materiais e de camadas de programas que se recobrem e interfaceiam umas com as outras. Grande número de inovações importantes no domínio da informática provém de outras técnicas: eletrônicas, telecomunicações, laser... ou de outras ciências: matemática, lógica, psicologia cognitiva, neurobiologia. Cada casca sucessiva vem do exterior, é heterogênea em relação à rede de interfaces que recobre, mas acaba por tornar-se parte integrante da máquina (BAZZO, 2000).

E o mesmo autor define uma nova via para a construção do conhecimento – a via da simulação, que não se assemelha ao saber teórico, nem à experiência prática e nem tampouco à acumulação cultural da tradição oral ou escrita.

2. 1 Ciência, Tecnologia e Sociedade no Ensino de Ciências

Na Sociologia, a discussão sobre a competência da ciência e a tecnologia moldarem a sociedade ou de serem afeiçoadas por ela não é recente e remonta aos primórdios da Revolução Industrial. O uso do computador deverá demudar o mundo social em todos os níveis. Os críticos do determinismo tecnológico afirmam que os aspectos sociais e os temas políticos contam mais do que a tecnologia em si, pois importa saber principalmente “quem usa, quem controla, para que usa, como se amolda na estrutura de poder, como é expandida e distribuída a tecnologia”. Finnegan (1988).

A tecnologia sendo ou não um fato concreto de debate em relação entre is ganhos e os contorno muitos nítidos nos meios intelectuais e educacionais. No contexto do ensino, a complexidade dessa relação cresce em um mundo globalizado. Graças ao acentuado e acelerado progresso tecnológico, há uma exigência cada vez maior de cidadãos capazes de competências cognitivas específicas para administrar o cotidiano.

(...) Conferimos as mais recentes tecnologias que as empresas estão desenvolvendo... Vimos doenças erradicadas, viagens a outros planetas, deficientes tendo uma vida melhor, plantas mais nutritivas e abundantes. Encontramos crianças estudando a centenas de quilômetros dos professores, computadores que veem e falam materiais ultra-eficientes, energias limpas e muito baratas (FRANÇA et al 1999).

Na escola, essa jurisdição precisa ser oferecida às novas gerações, o que exige reformulação na cultura escolar. Valem salientar que a idéia de cultura escolar pressupõe a transmissão de saberes, competências, formas de expressão, mitos e símbolos socialmente distinguir por meio de transposições didáticas, isto é, transmissão mediada da ciência do sábio, da obra do artista, do pensamento do filósofo nas matérias e disciplinas, nos exercícios e textos escolares etc. Em relação à educação e tecnologia é um tema muito polêmico entre os educadores. Há correntes, mas ajustadas ao interesse dos empresarias que atendem a escola como um espaço de formação geral mínima para a produção de trabalhadores flexíveis e  predisposto a serem rapidamente treinados e reciclados no próprio local de trabalho. A corrente contraria a essa visão não consideram que a escola deva fornecer o mínimo, mas algo próximo ao mínimo comum, ou seja, garantir

(...) uma formação polivalente que capacite para desempenhar uma família de empregos qualificados e, sobretudo, para compreender as bases gerais, técnico-científicas e socioeconômicas de produção em seu conjunto, que reúna a aquisição de habilidades e destrezas genéricas e específicas com o desenvolvimento de capacidades intelectuais estéticas; que unifique, em definitivo, formação teórica e prática. Enguita (1988).

No Brasil, a partir da década de 90, emergem preparação sobre o conceito de alfabetização científica e tecnológica, apreendida por nós como o que o público deve saber sobre ciência, tecnologia e sociedade (CTS), com base em conhecimentos adquiridos em contextos diversos, atitude pública sobre ciência e tecnologia, informações obtidas em meios de divulgação científica e tecnológica. As articulações entre ciência e tecnologia e sociedade por meio de práticas educativas, na escola e fora dela, definirão tipos de alfabetização científica e tecnológica; assim, nas escolas, o ensino de ciências e a divulgação científica nos meios de comunicação são elementos articuladores dessa relação.

Esse enfoque do ensino de ciências há muito é discutido em vários países. Um dos estudiosos da questão, o pesquisador inglês Zeeman é crítico do ensino tradicional fragmentado em disciplinas, com o propósito de transmitir uma representação esquemática idônea de um grande repertório de observações e dados experimentais. O ensino de CTS deveria substituir o ensino tradicional, pois permitiria, de forma interdisciplinar, romper a impressão unilateral do ensino tradicional. No seu entendimento, a principal meta do ensino de CTS deve ser a de opor-se ao cientificismo e tecnocracia e rechaçar qualquer fórmula estreita que pretenda conhecer todas as perguntas e todos os problemas de nosso tempo.

O ensino de CTS deve visar, sobretudo, ao adiantamento de atitudes para se enfocar e solucionar, de modo significativo, os problemas da aplicação da ciência na sociedade, além de se ensinar a compreender o modo como à ciência atua no contexto social. Solomon aponta como características específicas de CTS na educação, a compreensão das ameaças ambientais para a qualidade de vida de todo o globo, a compreensão de que a ciência tem umpa natureza falível, a discussão de opiniões e valores sociais para produção de ações democráticas e a dimensão multicultural de visão de CTS.

Ao se inserir a discussão CTS no ensino de ciências, Pierson e Hosoume (1997), consideram que:

 

O aluno é um ser social, a apropriação do conhecimento científico como elemento importante na capacitação do sujeito para o pleno exercício de sua cidadania. O olhar da ciência enquanto para importante da cultura, que, por direito, pertence ao aluno e por esta razão deve ser a ele devolvida, decodificada, leva a uma outra organização do conhecimento

O uso da inovação CTS para fins de reforço e de legitimação do status quo, sem dúvida, é um dos problemas a serem meditados quando se pensa num ensino em CTS. À medida que caminhamos em direção a uma perspectiva de ensino e de alfabetização científica e tecnológica com base na relação de ciência, tecnologia e sociedade, procede também à busca de integração entre modos de pensamento narrativo e paradigmático que levem em consideração, inclusive, o papel de pensamento mítico, gênese dos modos de aforismo anteriormente mencionados.

Entende-se que a investigação de práticas educativas, por meio das narrativas, nos ensinos formais e não-formal, pode apontar as possibilidades de articulação entre mito, ciência, tecnologia e sociedade na medida em que o mito, além de ser considerado o ponto de partida dos pensamentos narrativo e paradigmático, encontra-se presente no cotidiano. Além disso, o discurso científico é considerado por alguns estudiosos como um dos mitos da sociedade contemporânea. Vale lembrar ainda que a tecnologia pode, em algumas circunstâncias, reforçar a ciência como mito e ser referência importante de organização da vida social.

(...) Uma análise do discurso da educação CTS pode conduzir à previsão de profundas alterações na educação científica. É, sem dúvida, uma mudança, mas não é profunda. A educação CTS torna clara e sem ambigüidades as relações de poder entre categorias (discursos, agentes, agências), legitimando a função reprodutora da escola. O elevado estatuto e poder atualmente atribuídos à ciência e à tecnologia na sociedade são agora sutilmente introduzidos na escola. E a vez dada às ciências sociais, nomeadamente à sociologia, dentro e fora da escola, representa apenas, como foi dito, uma modalidade de controle que permite dar mais força a força da ciência e da tecnologia (MORAN, 2010).

 

A tecnologia, que inicialmente deriva da ciência, somente passou a ser focalizada com maior destaque quando, neste século, provocou impactos fortes sobre a sociedade ao comprovar tanto seu poder de destruição quanto sua capacidade de solucionar problemas, de aprofundar conhecimentos e de oferecer comodidades e diversões de toda ordem como aparelhos para comunicação a longa distância, filmes, vídeos, entre outros.

2.2 Socialização da Tecnologia

 

É fato que hoje em dia é possível que uma mulher em Buenos Aires se comunique com uma amiga que viajou para Hong Kong. E tudo isso em tempo real com um custo irrisório. A internet trouxe velocidade para a comunicação, sem dúvida. Ainda assim, o contato humano é insubstituível. É possível traçar um paralelo com a diferença de assistir um show ao vivo e assisti-lo por DVD.  A proximidade trazida pela presença continua sendo única e impossível de ser simulada com fidelidade.

No passado, a praça pública era lugar de encontros, bem como festas comunitárias e reuniões de família. A igreja tocava o sino e todos sabiam que era meio-dia. Hoje, em grandes metrópoles, as praças são lugares perigosos, as reuniões de família não encontram tempo para ocorrer em meio a agendas lotadas, as festas comunitárias são shows e cinemas repletos de pessoas desconhecidas. Talvez a praça de outrora tenha assumido a forma de uma sala de bate-papo ou mesmo de um site de relacionamento. O telefone nunca foi tão usado quanto hoje, mas onde está a presença? O desenvolvimento industrial – gerador de estilo de vida agitado e ocupado -, a invasão que a vida corporativa – impessoal, formal e protocolar - realizou na vida familiar, as altas demandas do mercado profissional, a insegurança das grandes cidades e etc. trouxeram um distanciamento entre tantos. Vieram as possibilidades que a internet trouxe, por mais variadas e variáveis, para remediar a ausência física? Se for verdade, não houve esse efeito por parte do medicamento, mas sim o de oficializar a distância e até mesmo manter a atenção dos usuários alheia à causa da situação.

Quanto mais a tecnologia é reinventada, mais tempo é gasto exposto a ela e menos atenção as pessoas conferem umas às outras. Onde está o envolvimento emocional/psicológico em uma era onde pegar tornou-se sinônimo de auto-estima? É bom sempre de pensar que quando os bebês nascem e começam a chorar, logo são postos nos braços acalentadores das mães para que os prantos cessem. Assim, pode até ser dito que todos nascem com um ímpeto direcionado ao contato humano. Será que o estilo de vida contemporâneo gerou uma condição na qual a tecnologia torna-se substituta para o contato físico e vínculo emocional?

O avanço das tecnologias de comunicação tem gerado mudanças cada vez mais profundas no modo como as pessoas se relacionam. Surgiram novas formas de se conhecer pessoas, se entreterem e buscar conhecimento de qualquer espécie.

As pessoas se comunicam constantemente via celular, webcam e pelas redes sociais da internet. Isso é simplesmente uma prova de como as relações interpessoais estão mudando. É perceptível que cada vez mais as pessoas estão expondo suas vidas pessoais em páginas na internet, onde qualquer um pode acessar. A não preocupação com a discrição tem gerado novos conceitos de público e de privado. É preciso mudar e ter bom senso para determinar o que se quer e o que não se quer expor.

 

2.3 Utilização do Computador

   A utilização da máquina executando atividades repetitivas e mecânicas, ações antes realizadas pelo professor, com considerável consumo de tempo e de energia. Em contraposição, quando se pensa na mediação entre o aluno e o objeto de conhecimento, o sentimento é outro: com base na fé de que a aula não é simples repassem de informações, os docentes sustentam que a máquina não substitui o professor, uma vez que ele é o elo entre o aprendiz e a ciência.

Esta percepção vem confirmada por aqueles que pensam que não se deve utilizar o tempo dedicado a aulas teóricas para a prática assistida por computador; o trabalho no laboratório deveria ser uma complementação, um adicional da aula expositiva. Sob este prisma, o uso do computador no ensino deveria se restringir às atividades de verificação ou fixação da aprendizagem, de simulação de modelos matemáticos ou à realização de cálculos muito trabalhosos.

 

2.4 O Computador e a Ação do Professor

Se considerarmos o professor como um mero copiador do conteúdo livresco para dentro da sala de aula ou se o considerarmos como um simples instrutor, como se ele fosse um manual de instruções para você usar o cálculo, o computador substitui o professor, com vantagem. No entanto, se o conhecimento é entendido como uma construção social, a escola um lugar onde as pessoas se reúnem para trabalhar com saberes construídos, a ação do professor é insubstituível, porque é nesse trabalho e através dele que acontece a educação. Em outras palavras, uma visão do conhecimento como algo pronto, acabado e estático, preconiza a substituição do professor pelo computador; caso se perceba o conhecimento como algo em construção, como algo em movimento, como algo que nunca está acabado, não tem nada que substitua a ação do professor. Esta é a crença dos entrevistados.

2.5 Internet na Escola

O uso da Internet nas escolas está delimitado, em sua maioria na pesquisa de informação. As pessoas esquecem que o grande potencial da Internet é a comunicação. Entretanto, dentro de nossa visão de processo, isso é admissível. Em um primeiro momento, usamos a Internet como ferramenta e sua característica mais marcante que é o acesso à informação.

Após um processo de maturação, percebe-se que a Internet é mais que isso: passa-se a usá-la como uma rede comunicação. Passa-se a participar de projetos e eventos colaborativos mundiais, a participar de Listas de Discussão no qual debate-se e trocam-se experiências e a usá-la com ferramenta de expressão política e social.

3 O SER HUMANO E A TECNOLOGIA

A Tecnologia não causa mudanças apenas no que fazemos, mas também em nosso comportamento, na forma como elaboramos conhecimentos e no nosso relacionamento com o mundo. Vivemos num mundo tecnológico, estruturamos nossa ação através da tecnologia, na Pele da Cultura “os media eletrônicos são extensões do sistema nervoso, do corpo e também da psicologia humana”. Relata, (KERCKHOVE)

Os recursos atuais da tecnologia, os novos meios digitais: a multimídia e a Internet trazem novas formas de ler, de escrever e, portanto, de pensar e agir. O simples uso de um editor de textos mostra como alguém pode registrar seu pensamento de forma distinta daquela do texto manuscrito ou mesmo datilografado, provocando no indivíduo uma forma diferente de ler e interpretar o que escreve, forma esta que se associa, ora como causa, ora como consequência, a um pensar diferente. (FRÓES)

Vai um pouco mais além, quando coloca seres-humanos-com-mídias dizendo que os seres humanos são constituídos por técnicas que estendem e modificam o seu raciocínio e, ao mesmo tempo, esses mesmos seres humanos estão constantemente transformando essas técnicas. BORBA (2001).

Dessa mesma forma deve-se entender a Informática. Ela não é uma ferramenta neutra que usamos simplesmente para apresentar um conteúdo. Quando a usamos, estamos sendo modificados por ela.

3.1 Informática x Currículo

Os principais objetivos ao adaptar a Informática ao currículo escolar, estão na utilização do computador como instrumento de apoio às matérias e aos conteúdos lecionados, além da função de preparar os alunos para uma sociedade informatizada.

Entretanto esse assunto é polêmico. No começo, quando as escolas começaram a introduzir a Informática no ensino, percebeu-se, pela pouca experiência com essa tecnologia, um processo um pouco caótico. Muitas escolas introduziram em seu currículo o ensino da Informática com o pretexto da modernidade. A princípio, contrataram técnicos que tinham como missão ensinar Informática. No entanto, eram aulas descontextualizadas, com quase nenhum vínculo com as disciplinas, cujos objetivos principais eram o contato com a nova tecnologia e oferecer a formação tecnológica necessária para o futuro profissional na sociedade. 

Com o passar do tempo, algumas escolas, percebendo o potencial dessa ferramenta introduziram a Informática educativa, que, além de promover o contato com o computador, tinha como objetivo a utilização dessa ferramenta como instrumento de apoio às matérias e aos conteúdos lecionados.

Entretanto esse apoio continuava vinculado a uma disciplina de Informática, que tinha a função de oferecer os recursos necessários para que os alunos apresentassem o conteúdo de outras disciplinas.

A globalização impõe exigência de um conhecimento holístico da realidade. E quando colocamos a Informática como disciplina, fragmenta o conhecimento e delimitamos fronteiras, tanto de conteúdo como de prática.

Atualmente, vive-se em um mundo tecnológico, onde a Informática é uma das peças principais. Conceber a Informática como apenas uma ferramenta é ignorar sua atuação em nossas vidas. Percebe-se que a maioria das escolas ignora essa tendência tecnológica, do qual fazemos parte; e em vez de levarem a Informática para toda a escola, colocam-na circunscritas em uma sala, presa em um horário fixo e sob a responsabilidade de um único professor. Assim, todo o processo de desenvolvimento da escola como um todo perde a oportunidade de fortalecer o processo pedagógico.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4 A ERA DIGITAL NA ESCRITA

 

 

Com o avanço tecnológico, ampliaram-se as necessidades das pessoas de integrarem à era digital, e as formas da escrita também foram ampliadas. A escrita foi se tornando mais complexa e exigindo mais estudo para empregá-la. Nessa era,os meios mais importantes e mais usados, os de comunicação e de informação, se tornaram digitais.

Há muitos exemplos de tal situação. O computador, por exemplo, para ser usado tem que ter o estudo e o conhecimento da escrita e da linguagem virtual, pois até para fazer um blog precisa-se desses conhecimentos, e muitas pessoas não têm condições financeiras e pelas oportunidades de aprendizagem, são excluídas da escrita digital. Isso conduz à imaginação de como é difícil a vida de uma pessoas que não sabe ler nem escrever. Elas não têm condições e oportunidades de aprender e, muitas vezes, não conseguem interagir com o meio social nas coisas mais simples nem nas mais complicadas.


4.1 O Texto na Era Digital

 

            O mundo todo vive, hoje, um processo de mudanças por causa dos grandes e acelerados avanços da tecnologia e na educação tem-se a maior influência das tecnologias da informação e comunicação que mudaram o jeito das pessoas se comunicarem e se relacionarem. Sendo assim, pode-se afirmar que a comunicação é entendida por todos os procedimentos por meio quais as pessoas partilham suas ideias, produzem o seu conhecimento, têm acesso à comunicação, constroem sua visão de mundo.

            Houve um tempo em que o hábito de manter caderno de anotações era algo muito corriqueiro. Os que eram chamados de livros de lugares-comuns eram usados pelos leitores para registrar trechos e passagens interessantes com que se deparava em suas leituras. Porém, além de transições, esses cadernos serviam para reunir apontamentos sobre a vida cotidiana.

A primeira questão que se coloca para qualquer educador interessado na implementação de ensino baseado em Internet é inevitavelmente a questão pedagógica. O deslocamento do professor da situação imediata do ensino muda a natureza da interação entre professor/aluno/material pedagógico e tal mudança provoca a necessidade de novas estratégias de ensino. Esta característica distingue o ensino baseado em Internet das situações de ensino presencial.

As estratégias, por sua vez, tendem a ser bastante diferenciadas se o material produzido para ensino tem por meta auto-instrução ou prevê algum tipo de interlocução entre professor e aluno, ou aluno/aluno. Ou seja, o tipo de material e tarefas que se adéquam ao estudo independente, diferem daquele previstos para o ensino que utiliza canais de comunicação entre os sujeitos envolvidos na interação pedagógica. Ainda a este respeito temos que considerar se a comunicação prevista é totalmente assíncrona. Um diferencial adicional a ser considerado, é o espaço que o curso oferecido abre ou deixa de abrir para a interação aluno/aluno, ou seja, em que medida o ensino visado se caracteriza como mais ou menos colaborativo.  De acordo com Ricarte (2001):

Quando o ensino se processa através de meios eletrônicos como o rádio, a televisão ou o computador, a linguagem em si se coloca como uma segunda questão a ser considerada. Nestes casos, para que o ensino seja eficiente é fundamental que o designer/professor saiba explorar de forma adequada os recursos expressivos que facilitam a comunicação nos diferentes meios como o som, a imagem, a escrita.

No caso específico da comunicação mediada por computador, as questões de linguagem se tornam ainda mais fundamentais, já que este meio eletrônico faz uso de uma linguagem híbrida, que agrega a linguagem desenvolvida pelos outros meios de comunicação em massa e também apresentam novos gêneros de texto, hipertextos fechados e abertos que demandam novas estratégias de produção e de leitura.

Segundo Murano (2011) hoje, com mais de 37 milhões de usuários de internet só no Brasil, essa tradição de escrita parece mais viva do que nunca, impulsionada por novas tecnologias e amplificada pela comunicação em rede.

            Não se exagera quando se diz que e-mails, blogs e redes de relacionamento já deixaram sua marca na produção textual contemporânea, pois com cada vez mais usuários, o acesso à rede no Brasil aumentou 35% entre 2008 e 2009, a internet cria novos hábitos de comunicação entre as pessoas, que acabam se adaptando às facilidades da nova tecnologia. Isso vale tanto para a leitura quanto para a escrita, principal forma de demonstração do internauta (MURANO, 2011).

            A diversidade estilística introduzida na literatura pelo texto praticado na internet, com suas formas mais soltas e coloquiais, criou dois caminhos possíveis para escritores. Por um lado, parte dos leitores ficou mais impaciente com a prosa de feições literárias, ao passo que outros leitores passaram a valorizar ainda mais esse tipo de escrita, por causa da superexposição a textos mais simples encontrados na internet. (MURANO, 2011).

            O ato de navegar pela internet deixou de ser um ato solitário, em que o usuário somente entrava nas páginas e lia seus conteúdos. Com os recursos de interação cada vez mais expandidos, qualquer site é um convite a comentários, críticas e observações, fazendo com que os internautas a desenvolvam discursos de improviso e a defender seus pontos de vistas.

Embora não se possa afirmar categorigamente que a internet favoreceu o desenvolvimento de uma cultura letrada, com ênfase em informações profundas e relevantes, ela reforça o peso da palavra escrita no cotidiano das pessoas.

4.2 A Era Digital na Escola

O mundo está passando por grandes transformações tecnológicas e com isto estão modificando os padrões de produção e organização de trabalho. Portanto, estão havendo novas formas de organização social, além da econômica e política, e, por isso, estamos vivendo a sociedade da informática.

A função que o conhecimento e a informação vêm exercendo é o que há de mais novo neste processo, e devido às novas tecnologias de informação, a sociedade também está sofrendo modificação com o acúmulo de informações, velocidade em sua transmissão, superação das limitações espaciais, utilização de som e imagens. Existe também a modificação no tempo e no espaço.

            O mundo globalizado exige do indivíduo diversas condições para os novos conhecimentos. É importante ressaltar o conhecimento da informática indispensável, porque nesta atual revolução tecnológica em que se vive, as pessoas são os elementos mais valorizados, basta que transforme todas as informações em conhecimento.

É indispensável que se encoraje desde cedo uma maneira contrabalançada e analítica no que diz respeito ao computador. Ele não deve ser visto como algo assustador ou complexo demais. Da mesma forma a informática educativa não deve ser encarada como solução para os problemas de ensino, mas sim como uma forma de estímulo e desenvolvimento das funções intelectuais dos alunos; sem limitar o treinamento dos professores ao uso de mais uma tecnologia, tornando-os simples repetidores de experimentos que nada adicionam de expressivo à educação.  Para Meyer (2009):

O fundamental é que os professores apropriem criticamente as tecnologias descobrindo as possibilidades de utilização que elas colocam à disposição da aprendizagem do aluno, favorecendo dessa forma o repensar do próprio ato de ensinar. Assim, no processo ensino-aprendizagem o aluno não é mais um repositório de informações, muitas vezes difíceis de serem alcançadas em tempos passados, e sim um independente na busca de informações e da sua construção dos conhecimentos impostos pelas mudanças rápidas no mundo. Ainda que, o papel do professor deve ser não o de ensinar, mas o de ensinar, mas o de facilitar a aprendizagem, liberando a curiosidade do aluno, é que analiso a introdução do computador na escola de maneira que ela seja mais uma ferramenta, um recurso, ou seja, um mediador cultural na perspectiva em que a aprendizagem se dá na relação entre sujeito e o conteúdo a ser aprendido através de uma ponte entre os quais está o computador que pode facilitar ou dificultar tal processo.

A escola não pode esforçar-se exclusivamente com informações prontas, acabadas, mas deve preocupar-se mais com a habilidade do aluno aprender. O extraordinário não é mais a abundância de conhecimentos, porém o que esses conhecimentos permitem como degraus para as novas aprendizagens futuras.

Para que se obtenha sucesso nesse processo é preciso que cada profissional envolvido tenha visão aberta do sentido que as modificações resultantes da adoção de tais novidades tecnológicas, cuja particularidade fundamental é ajustar a construção de novos meios de ensinar-aprender. Sem se esquecer em momento algum que qualquer fluxograma com uma metodologia apropriada pode ser um software educacional, pois é uma questão de criatividade e planejamento.

4.3 A Tecnologia e a Sociedade Atual

A tecnologia digital começou a ser incorporada à educação no Brasil pelo ensino superior já nos anos 70, os primeiros computadores chegaram a algumas universidades, que podiam ser contadas nos dedos das mãos.  As máquinas ocupavam salas inteiras devido ao seu tamanho. No fim da década de 80, quando os dinossauros de outrora já haviam dado lugar a computadores mais compactos, a tecnologia começou a entrar nas escolas. 

As primeiras experiências já apontavam para duas vertentes. de um lado, havia a ideia de aproveitar a tecnologia para introduzir o ensino de informática como disciplina nas escolas; de outro, começava-se a pensar em projetos interdisciplinares e em softwares educativos que complementassem o ensino de diferentes disciplinas nas salas de aula (CARNEIRO, 2008).

Nos dias atuais não é preciso muito esforço para que se percebam as transformações aceleradas que têm como embasamento a ciência e a técnica e isso vem ocorrendo pelo mundo inteiro. Várias publicações como livros, debates, filmes, programas de televisão e rádio têm se dedicado a registrar e discutir o avanço tecnológico dos últimos anos e suas consequências.

Tal avanço impulsiona outras peculiaridades do mundo atual, atingindo todos os setores sociais e imprimindo grande velocidade às mudanças nos instrumentos de comunicação e trabalho. Para tanto se utiliza de vários textos para a comunicação na internet, tais como o hipertexto, o e-mail, o blog, entre outros que circulam nesse meio de comunicação tão apreciado principalmente pelas crianças e pelos adolescentes.

4.3.1 O Hipertexto

A ideia de hipertexto não nasce com a Internet, nem com a web. As primeiras manifestações hipertextuais ocorreram nos séculos XVI e XVII através de manuscritos. Os primeiros sofreram alterações quando eram transcritos pelos copistas, caracterizando uma espécie de escrita coletiva. Os segundos foram anotações realizadas pelos leitores nas margens das páginas dos livros antigos, permitindo assim uma leitura não linear do texto. Esses manuscritos eram posteriormente transferidos para cadernos de lugares-comuns para que pudessem ser consultadas por outros leitores.

O hipertexto tem como entrada básica a constituição de composições não lineares, permitindo ao usuário a busca de informações usando seu próprio caminho, navegando em uma rede de nós, conectados por ligações que o levam a outros textos, imagens, sons ou vídeos. Os links estendem-se em um ambiente aberto à exploração e ao movimento. Segundo Carneiro (2008):

Essa natureza não linear, ao contrário do texto impresso, não impõe ao leitor uma ordem hierárquica de frases, parágrafos, páginas e capítulos a serem seguidos. O hipertexto possibilita a disponibilização, na tela, de sugestões de caminhos, cabe ao usuário escolher qual trilha no ciberespaço vai seguir, não há, portanto, somente recepção, ele interfere, interage com o texto de forma imediata.

O professor tem parte de sua autoridade e poder transferidos ao aluno, tornando-se mais um colaborador no processo de ensino e aprendizagem, que assume características de parceria. O aluno, tal como o leitor do hipertexto, torna-se mais ativamente participante em relação ao processo de aquisição de conhecimentos, pelo fato de lhe ser facultado elaborar livremente, sob a sua própria responsabilidade, trajetos de seu interesse, acessando, sequenciando, derivando significados novos e acrescentando comentários pessoais às informações que lhe possam ser apresentadas.

Outro ponto fundamental do hipertexto é sua eficácia no planejamento e desenvolvimento de cursos à distância, facilitando a informação a estudantes localizados nos mais distintos pontos. Finalmente hipertextos tornam realidade a abordagem interdisciplinar dos mais diversos temas, abolindo as fronteiras que separam as áreas do conhecimento.

4.3.2 O E-mail

É um método que permite compor, enviar e receber mensagens através de sistemas eletrônicos de comunicação. O termo e-mail é aplicado tanto aos sistemas que utilizam a Internet e são baseados no protocolo SMTP, como aqueles sistemas conhecidos como intranets, que permitem a troca de mensagens dentro de uma empresa ou organização e são, normalmente, baseados em protocolos proprietários.

O correio eletrônico se tornou tão popular por causa da sua grande facilidade em quebrar barreiras geográficas. Pessoas que estão em diferentes continentes podem se comunicar desde que possuam computadores ou qualquer outro dispositivo com tal funcionalidade conectado a Internet, eles podem enviar e receber mensagens a qualquer hora do dia e para qualquer parte do mundo (MURANO, 2011).

Observa-se que o correio eletrônico deixa de ser apenas um meio de troca de mensagens entre pessoas para se tornar um grande fator na produtividade das empresas. Grandes empresas estão cada vez mais usando o correio eletrônico para desempenhar papéis decisivos em suas negociações. A Intranet pode ser usada para tornar a comunicação de funcionários com outros grupos tornando assim mais fácil o trabalho e eliminando mensagens em massa e outras mensagens indesejadas.

O envio e recebimento de uma mensagem de e-mail são realizados através de um sistema de correio eletrônico. Um sistema de correio eletrônico é composto de programas de computador que suportam a funcionalidade de cliente de e-mail e de um ou mais servidores de e-mail que, através de um endereço de correio eletrônico, conseguem transferir uma mensagem de um usuário para outro. Estes sistemas utilizam protocolos de Internet que permitem o tráfego de mensagens de um remetente para um ou mais destinatários que possuem computadores conectados à Internet. (MURANO, 2011).

4.3.3 O Blog

                É um site cuja estrutura permite a atualização rápida a partir de acréscimos dos chamados artigos, ou posts. Estes são, em geral, organizados de forma cronológica inversa, tendo como foco a temática proposta do blog, podendo ser escritos por um número variável de pessoas, de acordo com a política do blog.

Muitos blogs fornecem comentários ou notícias sobre um assunto em particular; outros funcionam mais como diários online. Um blog típico combina texto, imagens e links para outros blogs, páginas da Web e mídias relacionadas a seu tema. A capacidade de leitores deixarem comentários de forma a interagir com o autor e outros leitores é uma parte importante de muitos blogs.

Alguns sistemas de criação e edição de blogs são muito atrativos pelas facilidades que oferecem, disponibilizando ferramentas próprias que dispensam o conhecimento de HTML. A maioria dos blogs é primariamente textual, embora uma parte seja focada em temas exclusivos como arte, fotografia, vídeos, música ou áudio, formando uma ampla rede de mídias sociais. Outro formato é o microblogging, que consiste em blogs com textos curtos.

Em dezembro de 2007, o motor de busca de blogs Technorati rastreou a existência de mais de 112 milhões de blogs. Com o advento do videoblog, a palavra blog assumiu um significado ainda mais amplo, implicando qualquer tipo de mídia onde um indivíduo expresse sua opinião ou simplesmente discorra sobre um assunto qualquer.

4.3.4 O Facebook

É um site e serviço de rede social que foi lançada em 4 de fevereiro de 2004, operado e de propriedade privada da Facebook Inc.. Em junho de 2012, o Facebook tinha mais de 950 milhões de usuários ativos. Os usuários devem se registrar antes de utilizar o site, após isso, podem criar um perfil pessoal, adicionar outros usuários como amigos e trocar mensagens, incluindo notificações automáticas quando atualizarem o seu perfil.

Além disso, os usuários podem participar de grupos de interesse comum de outros utilizadores, organizados por escola, trabalho ou faculdade, ou outras características, e categorizar seus amigos em listas como as pessoas do trabalho ou amigos íntimos. O nome do serviço decorre o nome coloquial para o livro dado aos alunos no início do ano letivo por algumas administrações universitárias nos Estados Unidos para ajudar os alunos a conhecerem uns aos outros.

O Facebook permite que qualquer usuário que declare ter pelo menos 13 anos possa se tornar usuário registrado no site.

Ficar conectado a internet, e se atualizar é sempre bom, ajuda no desempenho psicológico, contudo isolar-se do mundo real é outra coisa, nossa vida é importante para nós, devemos vive-la intensamente a cada dia; muitos usuários do Facebook acham a vida dos seus amigos online muito mais interessantes que a sua própria, vidas essas que às vezes nem são reais, isso aumenta a baixa estima, provocando depressões e até um futuro suicídio. Saiba separar as coisas, vida real e virtual são totalmente diferentes, e essa primeira lhe foi dada por Deus, por isso aproveite-a enquanto você a tem.

4.3.5 O Twitter

É uma rede social e servidor para microblogging, que permite aos usuários enviar e receber atualizações pessoais de outros contatos por meio do website do serviço, por SMS e por softwares específicos de gerenciamento.

As atualizações são exibidas no perfil de um usuário em tempo real e também enviada a outros usuários seguidores que tenham assinado para recebê-las. As atualizações de um perfil ocorrem por meio do site do Twitter, por RSS, por SMS ou programa especializado para gerenciamento. O serviço é gratuito pela internet, entretanto, usando o recurso de SMS pode ocorrer a cobrança pela operadora telefônica.

A função do Twitter é informar aos outros sobre seus pensamentos ou ideias, produtos ou serviços em destaque, mas também pode servir de entretenimento, mesclando informações, instruções, curiosidades e comercialização. Seria, então, uma estratégia de atração para a promoção de vendas, ao invés de empurrar anúncios agressivos pelo Twitter.

4.3.6 O Orkut

O orkut.com é um website de comunidade on-line projetado para amigos. O principal objetivo deste serviço é tornar a sua vida social, e dos seus amigos, mais ativa e estimulante. A rede social do Orkut pode ajudá-lo tanto a manter relacionamentos existentes quanto a estabelecer novas amizades entrando em contato com pessoas que você não conhece. A decisão sobre com quem interagir cabe inteiramente a você. Antes de conhecer um membro do orkut, você pode ver qual é a sua conexão com ele pela rede de amigos. 

O Orkut permite que você encontre facilmente pessoas que compartilhem seus hobbies e interesses, procure relacionamentos afetivos ou estabeleça novos contatos de trabalho. Você também pode criar e participar de uma ampla variedade de comunidades on-line para discutir eventos atuais, reencontrar antigos amigos de colégio e etc.

O Orkut é uma realidade para os brasileiros hoje. A importância no Orkut transcende qualquer julgamento moral e qualquer opinião editorial e está no fato de que, para muitas pessoas, ele foi a primeira grande experiência de virtualidade. A primeira experiência, marcante, com a internet. A primeira experiência de se colocar na Rede, de fazer parte dela e de sofrer as consequências.

4.3.7 O MSN

 

O MSN é um portal e uma rede de serviços oferecidos pela Microsoft em suas estratégias envolvendo tecnologias de Internet. O logotipo representa uma borboleta, que captura a imaginação e a liberdade de conversar no MSN.

Hoje o MSN ainda mantém grandes portais na Internet integrados pela tecnologia. Net Passport concentrando mais de vinte milhões de páginas. Através deste conglomerado de sites, a sigla ocupa o segundo posto em número de acessos nos Estados Unidos. Em 2002 a Microsoft tentou introduzir o MSN 8.0 como um software que englobasse acesso rápido e expandido a todos os seus serviços mediante a uma assinatura, mas não obteve êxito. Em 2003 a estratégia foi abandonada e o domínio MSN.com foi liberado para o serviço de e-mail gratuito Hotmail.

O MSN é um programa de mensagens instantâneas online, onde o usuário se relaciona em tempo real com outro que tenha o mesmo programa, podendo ter uma lista de amigos virtuais e acompanhar quando eles entram e saem da rede. Além disso, o usuário pode compartilhar arquivos pessoais, fotos e vídeos de qualquer tamanho, enviar mensagens mesmo quando os contatos estão off-line, enviar SMS, fazer videoconferências que aliam à escrita, a voz e a imagem, através de um microfone e das webcams.

A vantagem do MSN é ser uma ferramenta que promove uma comunicação mais ágil, eliminando barreiras, diminuindo distâncias e aumentando a produtividade, seja lá qual for o objetivo de sua utilização.

4.4 Os Recursos Tecnológicos na Sala de Aula

 

Sabe-se que o computador e a internet na sala de aula dão possibilidades ao aluno de buscar infinitas informações e é o professor que deve ser o mediador para que isso torne conhecimento. O aluno não precisa da dependência do professor e com o passar do tempo ele se torna independente ao buscar outros conhecimentos.

O uso desses recursos facilita e agiliza as aulas do professor, aumentando muito o campo de buscas de ideias, informações recentes, descobertas científicas. O aluno tem ainda, oportunidade de visualizar melhor muitos processos em qualquer área, através de vídeos ou online, o que antes era possível através do livro didático (ALMEIDA, 2004).

É importante que se ressalte o fato de que os alunos gostam de aulas mais dinâmicas e que dêem a possibilidade de uma maior participação deles. Utilizar o computador é um meio de chamar a atenção dos alunos e, a internet, sendo bem utilizada, pode ser um bom recurso de informação a qual servirá de base para discutir em sala de aula. Além disso, os professores devem acompanhar os avanços tecnológicos para que suas aulas tornem-se mais interessantes e produtivas.

É fato que as novas tecnologias, quando inseridas no contexto escolar, trazem a necessidade do envolvimento de todos no processo educacional – professores, alunos e comunidade escolar – para se capacitarem, haver interação, articulando entre os mesmos, as possíveis viabilizações para que o processo ensino-aprendizagem aconteça com novos estímulos e novas perspectivas.

Sendo assim, as novas tecnologias dariam permissão a estímulos diferentes e diversos no dia-a-dia escolar, permitindo, então, maior contato entre os envolvidos.

Nesse sentido, deve-se destacar que o uso das novas tecnologias possibilita ao professor a realização de atividades diferentes e atrativas, pois a internet dá a possibilidade de professor e aluno acessarem as informações em tempo real e as aulas com as novas tecnologias dão a possibilidade de abrir um novo leque dentro dos conteúdos, com imagens e sons, que são muito interessantes para os alunos. A aprendizagem torna-se mais fluente, os alunos passam a ter mais interesse pelas aulas por serem aulas dinâmicas.

O computador na sala de aula é uma “ferramenta” a mais no desenvolvimento de nossas atividades, estes avanços tecnológicos vieram somar às nossas práticas cotidianas maneiras diversificadas de ensino-aprendizagem. No entanto, vale ressaltar que estamos em processo de conhecimentos sobre este momento, faz-se necessário então que nós educadores nos empenhemos em buscar e desenvolver essas novas habilidades em sala de aula, gerando assim aulas mais significativas e interessantes para ambas as partes (ALMEIDA, 2004).

            Deve-se considerar, então, que o computador veio de fato auxiliar o professor na sala de aula, porém para tanto é necessário que o professor se prepare muito bem fazendo pesquisas e cursos para usar essas tecnologias. A partir daí suas aulas ficarão muito mais atraentes e certamente os alunos aprenderão com mais facilidade.

            Não se pode negar enfim, a presença e a necessidade do uso das tecnologias em sala de aula. No entanto, é cabível aos professores a identificação da melhor maneira de empregá-las, sem que se esqueçam de que várias mudanças estão ocorrendo e não se pode ignorá-las ou condená-las.

            Vale ressaltar que o uso da tecnologia é muito importante, porém não se pode permitir que ela se torne o único meio de conhecimento para os alunos.

Muitas vezes os brasileiros que possuem computadores em casa o utilizam apenas para entretenimento e comunicação. Grande parte dos alunos da escola pública, entretanto não têm essa possibilidade (ALMEIDA, 2004).

            Isso implica dizer que como a escola é a responsável pelo ensino e produção de conhecimento dos alunos, também será no caso do computador. É necessário levar em consideração o envolvimento de fatores relevantes como as finanças, a tecnologia e a pedagogia, pois o uso dos computadores deve dar resultados na área educacional e sócio-cultural para os que estão envolvidos no processo ensino-aprendizagem.

            Entretanto, o computador não deve ser considerado mais uma ferramenta pedagógica, porque o resultado do seu uso vai além dos resultados alcançados através de DVDs ou do projetor de multimídias. O computador não tem a capacidade de ensinar e construir conhecimento sozinho. Só a sua simples presença não dá a garantia de uma melhor aprendizagem.

           

5 VISÃO DOS PROFESSORES SOBRE O USO DA TECNOLOGIA

Atualmente, os professores garantem que as transformações no ambiente da sala de aula estão apenas começando. As novas tecnologias, a evolução cultural, os novos valores, o interesse pelo trabalho e a família já estão provocando mudanças profundas no processo de educação que conhecemos hoje. Todos falaram que as salas virtuais vão aumentar muito futuramente e que talvez não fará mais sentido obrigar os alunos a irem todos os dias para uma escola física.

A facilidade de acesso à informação, através dos gadgets que temos hoje em mãos e o que ainda vem por aí, deverá mudar o velho conceito da exigência de memorização e os atuais testes em sala de aula. Estas transformações, e muitas outras, vão exigir uma nova formação profissional para os professores, com nova mentalidade, mais recursos e mais tecnologia (SEGURA, 2010).

Os próprios professores dizem que não estão preparados para este mundo novo e nem se sentem em condições de iniciar esta transformação. As barreiras são muitas: as universidades estão mal preparadas, o corpo docente é arredio a mudanças e experiências, faltam recursos, existe desconhecimento no uso e aplicação das novas tecnologias e, principalmente, falta tempo para desenvolverem e implementarem coisas novas. Falta tempo para pensar diferente. A sensação é de que os professores estão sempre correndo e devendo alguma coisa. Eles não têm tempo para se desenvolver adequadamente.

Apesar disso tudo, o grande desafio parece ser mesmo lidar com os alunos. Os professores dizem que uma grande parte deles não quer saber de nada, estão na sala de aula por obrigação e não por interesse próprio. A situação parece pior nas universidades que possuem wireless, pois a maioria diz que tal facilidade atrapalha mais do que ajuda.

Muitos dizem que conseguem dividir a classe em duas metades, uma que não quer nada e a outra que se mostra interessada, que interage e busca aprender. A dificuldade é conciliar os dois grupos, que convivem no mesmo espaço, durante várias horas, todos os dias.

Alguns usam PowerPoint na sala de aula em vez de giz e a velha lousa. Caracteristicamente, os professores de marketing, publicidade e comunicação usam mais recursos audiovisuais. Já os professores de engenharia, matemática e administração, especialmente os tradicionais, ainda usam o método antigo, mas nenhum professor me disse que usar tal recurso gera mais interesse e atenção, uma coisa parece não ter relação com a outra (SEGURA, 2010).

O feedback recebido dos professores condena sumariamente o aluno da primeira entrevista. Eles alegam que não ficam desligados durante a aula e que se mantêm atentos e dedicados. Alguns alegam existir um problema de educação e falta de bom senso dos alunos, como atender ao celular ou colocar o pé em cima da mesa durante a aula.

Alguns dos professores confessam ter obsessão por descobrir trabalhos que foram copiados e não admitem tal conduta. Todavia, excepcionalmente, parece que esta prática está aumentando, e a alternativa tem sido evitar repetir trabalhos de períodos anteriores, impossibilitando-a.

No entanto, a primeira grande mudança no papel do professor diz respeito à reflexão sobre sua prática pedagógica.  É impossível, nos dias de hoje, um educador atuar de forma eficaz fazendo uso apenas dos velhos métodos, das aulas tradicionais, alheio às mudanças tecnológicas para fins educacionais  que se multiplicam ao seu redor. Isso porque os professores atualmente têm diante de si, em sala de aula ou fora dela, uma geração de crianças e adolescentes que não apenas dominam e utilizam as mais variadas tecnologias, como também exploram com familiaridade a net e se vangloriam de suas experiências positivas com ela.

Muitos professores resistem à inserção das novas tecnologias em sala de aula por acreditarem que o uso crescente da mídia fará o ensino tecnicista e superficial, outros partem da crença de que haverá substituição do professor pela tecnologia, assim como aconteceu nas indústrias, com a substituição dos trabalhadores por robôs. Estas crenças devem ser confrontadas. Não acreditamos ser verdadeira nem uma nem outra hipótese (ARAÙJO, 2011).

Os novos recursos tecnológicos devem ser instrumentos auxiliares de ensino-aprendizagem, contemplando os diferentes tipos de inteligência. Na verdade, o que se defende neste trabalho não é uma utilização irrefletida e desenfreada da mídia no cotidiano escolar, mas a apropriação desses recursos para a criação colaborativa e o desenvolvimento compartilhado de projetos pedagógicos com o propósito de levantar discussão a respeito das mais diversas áreas do conhecimento, levando-se sempre em consideração os saberes já trazidos pelos sujeitos aprendizes. As tecnologias de informação e comunicação devem ser exploradas, conhecidas, manipuladas e usadas com a finalidade pedagógica de aguçar a curiosidade e aprimorar a criticidade dos alunos, fazê-los conhecer suas limitações, ensiná-los a voar, a explorar suas possibilidades, ao mesmo tempo em que se deve refletir com eles sobre o poder  de convencimento  e a força política  que cada um desses meios pode veicular; é preciso prepará-los para perceberem o que há de parcialidade nas informações veiculadas.

6 VISÃO DOS ALUNOS SOBRE O USO DA TECNOLOGIA

Além dos problemas de gestão cotidiana, realizar atividades pedagógicas em uma sala cheia de computadores, com um ou dois alunos por máquina, não é tarefa fácil.

As turmas são muitas, cada uma com um número de alunos bem maior do que o número de equipamentos. São muitas disciplinas e muitos professores, cada um com níveis diversos de experiência com a tecnologia, especialmente nos primeiros anos de uso de computadores na escola.

As máquinas ocupam muito espaço e estão próximas umas das outras. O espaço de cada aluno ou em dupla é preenchido pelo teclado e pelo mouse e quase não há lugar nas bancadas para se fazer anotações ou usar outros materiais. O uso de papel ainda é necessário, pois o aluno não dispõe de computadores todo o tempo. Além de dedicar sua atenção à aula, o professor terá que se desdobrar para atender a problemas de manejo dos computadores. A aula representa uma quebra na rotina de uma sala comum, especialmente porque serão relativamente poucas as atividades, para cada aluno, com este novo recurso na escola (CYSNEIROS, 1998).

No início, os alunos tendem a distrair-se mais com os computadores do que a usá-los como recurso pedagógico, pois o efeito da novidade é muito grande e é natural certo período de exploração da tecnologia. Neste período inicial, os professores deverão ser tolerantes consigo próprios e com os alunos, sabendo que o rendimento não será o ideal. Isso é natural quando se trabalha com qualquer tecnologia nova.

É necessário que os alunos aprendam um mínimo de manejo da máquina: lidar com um mouse, desenvolver certa destreza com o teclado, executar procedimentos para iniciar a atividade com um determinado software e procedimentos finais para fechamento da atividade.

Um recurso valioso, disponível na própria sala de aula, são os alunos que têm algum conhecimento do manejo de computadores e que podem ajudar o professor e os colegas na nova sala de aula informatizada.

Porém o trabalho continuado com alunos monitores, com turmas e em turnos diferentes, em várias disciplinas, com professores e assuntos diversos, é algo que exige planejamento, preparação de todos e um período de implantação e de ajuste para que o sistema funcione a contento. A preparação dos monitores é essencial, com  divisão de tarefas entre eles e conhecimento prévio das atividades a serem desenvolvidas com computadores.

Antes de cada aula, o professor deverá instruir os alunos monitores e a turma sobre o que será feito com os computadores na aula seguinte. Também deverá fazer com eles uma avaliação posterior sobre os resultados da nova atividade: o que aprenderam, as dificuldades encontradas, sugestões, entre outras. Nesta atividade, os alunos monitores também poderão ter uma atuação diferenciada.

A experiência  com alunos monitores terá  um caráter educativo, pois ensinando é que se aprende. Eles desenvolverão habilidades de ensino com novas tecnologias e certamente alguns deles serão professores no futuro.

Os alunos são importantes como elementos de comunicação entre as várias disciplinas de uma mesma turma e na comunicação dos colegas com os professores. A função de monitor não deverá interferir com as atividades de estudo, mas sim contribuir para torná-lo um aluno melhor. Portanto, no início ele não deverá atuar no horário de outras aulas. Sua atividade será na própria turma, enquanto estiver usando o laboratório com seus colegas.

Os alunos acreditam que o uso da tecnologia em sala de aula ajuda e tem ajudado muito no desempenho escolar. No entanto, há sempre um fator a ser visto com muito cuidado, é o fato de que nem sempre a tecnologia ajuda às vezes ela atrapalha, principalmente quando os alunos deixam de realizar algum trabalho com suas próprias palavras, faz cópias e isso é bastante ruim no sentido da formação intelectual.

7 RESULTADOS E DISCUSSÕES

 

 

7.1 Entrevista aos alunos do Ensino Médio

Após realização de entrevistas com 50 (cinquenta) alunos do Ensino Médio de uma escola da rede pública estadual pode-se observar, de acordo com suas respostas, que eles estão muito satisfeitos com o que dispõem em sua escola. Veja gráficos a seguir:

            Quanto à pergunta 1: “Você gosta de estudar nesta escola?”, 100% dos entrevistados responderam que sim, gostam de estudar nesta escola.

Gráfico 1: Quanto a gostar de estudar na escola

100%

0%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

 

Fonte: A autora

Ano: 2012

 

            De acordo com Moran (2010): “Uma boa escola depende fundamentalmente de contar com gestores e educadores bem preparados, remunerados, motivados e que possuam comprovada competência intelectual, emocional, comunicacional e ética. Sem bons gestores e professores nenhum projeto pedagógico será interessante, inovador. Não há tecnologias avançadas que salvem maus profissionais. São poucos os educadores e gestores pró-ativos, inovadores, que gostam de aprender e que conseguem por em prática o que aprendem. Temos muitos profissionais que preferem repetir modelos, obedecer, seguir padrões, que demoram para avançar. São mais os que adotam uma postura dependente do que os autônomos, criativos, pró-ativos. Sem pessoas autônomas é mito difícil ter uma escola diferente, mais próxima dos alunos que já nasceram com a Internet e o celular.

Quanto à pergunta 2: “Você tem contato com algum aparelho tecnológico?” 100% dos entrevistados responderam que sim, têm contato com aparelhos tecnológicos.

Gráfico 2: Quanto ao contato com algum aparelho tecnológico

100%

0%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

 

Fonte: A autora

Ano: 2012

 

Na opinião de Moran (2010): hoje em dia a tecnologia se renova todos os anos, ou melhor, a todo o tempo são descobertas novas coisas, e o que foi lançado ontem já está atrasado em comparação, principalmente pelo fato de quem tem mais tecnologia, manda no mundo. A tecnologia ajuda em varias áreas, que são de suma importância para tudo, principalmente a saúde, que graças ao desenvolvimento de novos aparelhos está lutando para combater doenças ate então incuráveis, como câncer, como a AIDS, entre outras.

            Quanto à pergunta 3: “Você mudaria algo em sua escola?” 45% dos entrevistados responderam que não, não mudariam nada em sua escola; 45% responderam que sim, mudaria algumas coisas e 10% não optaram.

Gráfico 3: Quanto a mudar algo na escola

45%

45%

10%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

 

Fonte: A autora

Ano: 2012

 

Para Ábila (2010): a educação em geral em decorrência de todas essas modernizações está apta a qualificar pessoas não só a passarem de turma, mas de elevar o nível de conhecimento para que os discentes possam utilizar em seu cotidiano e futuramente no mercado de trabalho.

            Quanto à pergunta 4: “Você acha importante o uso das tecnologias em sala de aula? 100% dos entrevistados responderam que sim,é muito importante o uso das tecnologias em sala de aula.

 

 

 

Gráfico 4: Quanto ao uso das tecnologias em sala de aula

100%

0%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

 

Fonte: A autora

Ano: 2012

 

A utilização dos dispositivos tecnológicos é mais complexa do que possa parecer. Apesar disso, há empresas que proíbem que os seus colaboradores utilizem o tele móvel durante a atividade laboral, pois verificaram uma perda de produtividade devido ao envio de mensagens.

            Quanto à pergunta 5: “A aula fica mais interessante com os recursos tecnológicos?” 100% dos entrevistados responderam que sim, as aulas ficam bem mais interessantes com os recursos tecnológicos.

Gráfico 5: Quanto à aula ficar mais interessante com os recursos tecnológicos

 

Fonte: A autora

Ano: 2012

Segundo Ábila (2010) a utilização de recursos tecnológicos tem a possibilidade de gerar novas habilidades que antes não eram possíveis serem trabalhadas devido uma pedagogia tradicionalista e arcaica onde o aluno sempre estava em segundo plano. Com toda essa reviravolta educacional foi possível observar como aparelhos eletrônicos podem fazer toda diferença, mas sem de maneira alguma deixar o professor de lado, nessa nova forma de se conceber aprendizado a ter a postura do docente é revista tornando-se indispensáveis as habilidades cabíveis para utilização dos mesmos.

 

7.2  Entrevista aos professores do Ensino Médio

 

Após realização de entrevistas com 02 (dois) professores do Ensino Médio da mesma escola da rede pública estadual pode-se observar o seguinte: ao se perguntar se o mestre usa as tecnologias em sala de aula, eles disseram que sim, mas nem sempre. Ao perguntar se o mestre acha importante o computador, tablet, lousa digital, etc., responderam que sim, porém não devem ser os únicos recursos utilizados. O tradicional também é importante.

Ao perguntar se o mestre tem domínio completo sobre as tecnologias atuais, responderam que não, de algumas sim, de outras não. Quando perguntou-se se o professor abandonaria os livros pelo notebook, eles disseram que nunca e  ao perguntar se o mestre acha que com esses equipamentos a aula fica mais dinâmica,eles responderam que sim, mas que a turma precisa colaborar.

8 CONCLUSÕES

 

 

A tecnologia é hoje parte inerente da vida da maioria dos seres humanos de modo que não se consegue ver separados dela nem por um dia. Muitas vezes julgam-se como verdadeiras máquinas complexas, máquinas físico-químicas com um cérebro, que pode ser comparado a um potente e moderno computador. Porém devemos estar alerta quanto a reduzirmo-nos a um simples objeto da técnica, ou vincular a realização de nossos sonhos e a resposta a nossas angústias aos avanços tecnológicos.

            Na ânsia para alcançar o progresso tecnológico rápido, deixa-se de lado os hábitos, percepções, conceitos, limites morais, políticos e principalmente os individuais. As pessoas são egoístas, pois passam por cima de várias questões de suma importância tais como os problemas mundiais: a fome, a miséria, a degradação do meio ambiente, as armas nucleares, o aquecimento global, o descontrole da manipulação genética dentre outros.

Os problemas relacionados à tecnologia em determinado contexto social geralmente são resolvidos sem levar em consideração a opinião pública, sem nenhuma consideração a população. Por outro lado, a própria população, por falta de conhecimento, se excluiu do processo de reflexão acerca das interferências dos avanços tecnológicos na sociedade.

As escolas, as quais foram o foco da pesquisa, são de grande porte. Uma delas é da rede pública do Estado e a outra pertence à rede privada. A primeira atende cerca de 5.000 alunos, entre 11 e 22 anos, nos três turnos. A segunda atende cerca de 3.000 alunos, entre 3 e 18 anos, nos turnos da manhã e da tarde.

Cada escola apresenta uma realidade diferente. A escola do Estado possui uma realidade condizente a pessoas da classe C, os quais não têm muito acesso aos recursos multimídia, a não ser na própria escola. Eles utilizam o material para os trabalhos escolares e nas horas vagas, para uso pessoal, como as redes sociais a fim de se comunicarem com os amigos. Usam notebooks e tablets, principalmente.

Já a escola da rede privada, possui outra realidade, ou seja, sua clientela tem poder aquisitivo melhor e, por isso, ela atua melhor com os recursos multimídia oferecidos. Os alunos usam diversos recursos, como o tablet, o notebook, o netbook, entre outros que facilitam a vida de cada um, principalmente para a realização de trabalhos escolares e projetos.

Alguns alunos da escola pública sabem manusear os recursos multimídia de forma meio acanhada, outros nem se intimidam e até ensinam àqueles que nada sabem a respeito dos mesmos. Os alunos da rede privada são mais desenrolados e não têm dificuldade nenhuma em utilizar o material que dispõem.

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