A depender da grande mídia do Panamá e demais nações participantes, majoritariamente vendida ao governo ou mais influentes líderes ou grupos de oposição, permaneceria o status quo fornecedor a seleto grupo de regalias correspondentes a enormes progressões geométricas da qualidade dos serviços a que o restante do povo tem acesso. O achado por um consórcio jornalístico investigativo internacionalmente atuante no território centro-americado das raízes de uma teia de negócios offshore que se ramificava até negociantes e políticos de inúmeras partes do globo com interesses pouco confiáveis está fazendo daquela nação a segunda no continente a pôr em alerta os investidores que para lá estenderam seus tentáculos agitadores de capital. Antes só se conhecia peixes e gatos divisores das atenções no Brasil, outro acusado de presença ativa na vultosa trama. Possível adicional peça motora de nossa crise detectada!

O governo do Panamá vê seu potencial de vigilância monetária baseando com inversa proporção a atual simpatia a seu pais dirigida por outros Estados após exposto o complexo ofício do escritório de advocacia Mossack Fonseca. Não foram estranhas a origem "clandestina" e exógena do afloramento do escândalo e o cabível impacto. Há poucos meses a mídia panamenha já levantara o tapete e punha a sujeira aos olhos do público, mas com tênue probabilidade o do exterior (exceto garimpeiros virtuais como eu). Contando com importante elemento da suspeita megaoperação até seus detalhes virem à tona tão rebuliçosamente, as forças políticas federais teriam seguido levando à frente de suas decisões hipotéticos lucros advindos da presença de Ramón Fonseca Mora (co-fundador do Mossack) como ministro conselheiro do presidente Juan Carlos Varela. O trambolho frontal ao para-brisa os meteu na vergonhosa colisão! 

À sabedoria mundial foram anexados informes com mais requintes de barbárie que o condizente com a rotineira fama de país com rala expressividade econômica, política e cultural no meio de tantos. Sua moral chegou a tamanho quociente negativo sob força de laboratório ocupado no massivo desentranhar de empresas offshore aspergidas em muitos lugares do planeta onde a piedade no monitoramento de recursos monetários é muito aproveitado por seres externos àqueles solos. 

Nossa república federativa é significativamente representada nestes papéis do Panamá. A posse de estabelecimentos para mexer com valores em espécie longe de "opressões", seguindo uma dinâmica oposta à que parece predominar aqui, desconhece barreiras ideológicas lá fora. O presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, seu partido (PMDB) e a mais forte voz coletiva da oposição a Dilma, o PSDB, no máximo poderiam ter abrido a lista de sujeitos e uniões com intuitos governamentais que teriam criado empresas para investimentos alternativos em ignorância às normas agregadoras de legalidade à prática. O caso "Panama Papers" imputa a Cunha e o empresário de Portugal Idalécio de Oliveira traquinagem em forma similar à ocorrência de Pasadena. O rombo nas contas da Petrobras também decorreria da compra de um campo petrolífero na África integrante de contratos entre Idalécio e a estatal comprados em forma de subornos a este pelo parlamentar, da mesma forma como soubera usar outros tipos de recursos, não financeiros até onde se sabe, vislumbrando iniciar e fazer avançar, tornando-se quase certo, o impeachment da presidenta. Fica mais à mostra, por efeito dos delitos tão graves quanto os de Dilma, Lula e companhia aos quais recorreram muitos adversários, a reles ousadia confiável a expectativas de que mudanças políticas nos impulsionarão à frente. 

A pátria-mãe conserva em sua máquina pública as perversões das quais, ainda monarca, desembarcou parte em nossas terras. Lá estão nos documentos "vazados" indícios da conexão de muitos políticos (o presidente da Assembleia Legislativa da Ilha da Madeira Tranquada Gomes e seu vice Miguel de Souza e Ângelo Correia, importante membro do partido PSD, por exemplo), servidores públicos e homens de negócios. Onde deixou fendas de escape nos métodos para analisar o rumo que seguem as movimentações orçamentárias dos componentes é o que se incumbe descobrir ao mencionado partido em seguida ao quanto atividades e bens do grupo teriam se aproximado dos fluxos patrimoniais obscuros sob a influência de sua "figura de proa" (Ângelo) e à demonstração do envolvimento de Miguel, que não pela primeira vez coloca a Madeira como remetente de divisas para os trabalhos com incerta idoneidade. É enfatizável também a atuação junto aos envolvidos da offshore ES Enterprise, durante 20 anos auxiliar do extinto Banco Espírito Santo em seus pagamentos não documentados agora contribuinte em reavivar o mistério sobre 2 milhões de euros em 2005 apreendidos durante operação contra fraudes fiscais no Conselho Superior do BES até hoje estocados nos cofres de um tribunal sem que sua posse ninguém reclamasse. 

Não eram exclusivas do território lusitano as mãos ibéricas enfiadas na massa não confiável por inteiro. A viabilidade de o Partido Popular seguir fornecendo apoio a seu integrante José Manuel Soría, ministro da Indústria, Energia e Turismo espanhol, se esvaía conforme a imprensa revelava seu nome em meio a negócios estrangeiros de fuga e entrada de capitais que ele não conseguia explicar porque estava e o que fazia lá, apontando-lhe a renúncia do cargo e da vida política em geral como única via para não mais dever o inflexível preço de suas atitudes já próximo de deixar saldo negativo ao governo federal inteiro. 

Se a parte insana do efetivo político brasileiro se empenha para ganhar pizzas em vez dos méritos à altura de seus feitos, governantes assim da Islândia, invejando estes nossos, também arrumaram um alimento-símbolo. A rotulação do país por um candidato à presidência como "república de banana" vincula-se a cascas retratadas com a obtenção irregular de lucros no exterior em que o primeiro ministro Sigmundur David Gunnlaugsson escorregou para fora do cargo sob pressões do povo que nele descobriu representante em lado oposto das vontades básicas gerais. Gunnlaugsson era, no entanto, apenas mais um entre inúmeros islandeses com superpoderes governamentais e econômicos adeptos das transações financeiras ocultas e seu posto no governo islandês não lhe daria tantas influências adicionais em relação aos correligionários. O presidente do Estado nórdico Oláfur Ragnar Grimsson não foi bobo em deixar fugir-lhe às mãos a chance de ter seu orçamento pessoal resguardado a danos vindos das obrigações públicas inerente ao embarque na confraria, tal como ela recebera o líder político na esperança de ganhar suprimentos e segurança mediante o uso por ele da suprema autoridade sobre a nação. O período eleitoral, quando Grimsson se lançará candidato a ter seu mandato estendido, será novo teste à cidadania dos islandeses fruto da educação de qualidade constante entre as melhores, igual à de outros serviços de forte papel no bem-estar comum. Outra vez decidirão o futuro das virtudes estatais. 

Até julho a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) prevê ter uma nova lista de paraísos fiscais não obedientes às demandas por atenção a capitais estrangeiros. Ainda que estando a ser rompida após décadas de operação, a densa parceria entre Mossack Fonseca e muitas pessoas e corporações políticas e econômicas de maior influência sobre o mundo e casos análogos possíveis de serem descobertos no futuro muito se fartaram de abalos na fundamentação dos exercícios vigilantes feitos pelos países membros da OCDE sem critérios objetivos em especificar o que e quem são os paraísos fiscais, desde o abandono por ela em 2011 da antiga compilação de lugares assim classificados. É ainda útil o tempo que começou a correr a partir do firmamento de acordo de transparência fiscal entre o ministro das finanças panamenho Dulcidio de La Guardia e seu equivalente francês Michel Sapin com validade até o instante da reorganização de dados para que a nação latino-americana tome o rumo da mudança em caráter imediato e não atenda mais aos critérios que possam reinserir seu nome no documento.

Os espaços nacionais ou territórios reprovados nos levantamentos ganham prestígio entre os negociantes ávidos por discrição em seus atos. As motivações dos investidores para recorrerem a métodos capazes de condicioná-los a isto e as circunstâncias em que governantes e institutos bancários acolhem os interesses dizam muito quanto ao êxito em seus respectivos afazeres. Um desprendimento em relação aos interesses por beber do leite enriquecido que escorre de vacas multinacionais é providência cabível em nome do genuíno objetivo da política – o bem comum – aos governos pretendentes de flexibilizar a entrada e saída de bens exteriores a fim de examinarem o vigor de seus sistemas tributários ante a dito peso. Possuindo a máquina cuidadosamente monitorada quantidade funcional de combustível, os paraísos fiscais têm como aspecto exigente de maior atenção a licitude das importâncias guardadas e manipuladas por forasteiros em seus bancos. Se ela faltar, pelas costas dos administradores das zonas poderão estar ocorrendo atos ilegais, até sérios atentados contra vidas humanas, quando parte das receitas provir ou estiver para ser usada no apoio a governos corruptos e bandos violentos apegados ao narcotráfico ou o terrorismo de matrizes políticas e/ou religiosas.