CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE – UNI-BH
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO “LATO SENSU” EM MARKETING E COMUNICAÇÃO

OS NOVOS CANAIS DE COMUNICAÇÃO EM SHOPPING CENTERS.
CASE ITAÚPOWER SHOPPING1

SILVIA MAGALHÃES MESQUITA2
ROBERTSON MAYRINK3

Belo Horizonte, 02 de novembro de 2007.

Resumo

O mercado contemporâneo está cada vez mais dinâmico e competitivo em função de todas as mudanças que acontecem. Com isto as empresas de pequeno, médio e grande porte buscam alternativas como a utilização de web sites, google earth, e-commerce e comunicação one to one para manter a satisfação dos clientes e conseqüentemente seu sucesso e crescimento.

O presente artigo aborda os aspectos concernentes à utilização das novas tecnologias, tendo como foco (case citado) o ItaúPower Shopping localizado em Contagem Minas Gerais.

Palavras-chave: E-commerce, Marketing e Comunicação, Shopping Center, Consumidor
 
Abstract

The contemporary Market it´s been more dynamic and competitive for the reason of all changes. In this regard, the small, mediun and big companies looking for alternativies, like use web sites, google earth, e-commerce and one-to-one communication, to keep clients satisfied and consequently succeed and increase theirsbussiness.

This article disserts about the utilisation of new tecnologies, using the (cited) ItaúPower Shopping´s Case, in Contagem, Minas Gerais, Brasil.

Key-Words E-commerce, Marketing and Communication, Mall, Consumer
 
1. A Internet

Atualmente, a Internet constitui uma poderosa ferramenta que facilita e multiplica a comunicação global entre instituições e pessoas. A Internet supriu as deficiências e substitui vários equipamentos e meios de comunicação utilizados por muitos anos como correio, fax e telefone.

Percebe-se claramente que a Internet, aliada a outros recursos tecnológicos, traz aos gestores de empresas a possibilidade de efetuar atividades comerciais em um âmbito global, tornando-se um diferencial no mercado atual.

A tecnologia que conecta a todos em um fluxo contínuo de informações e relacionamentos pessoais e empresariais é mutante. São mudanças que acontecem conforme o modo de vida da sociedade, que cada vez dispõe de menos tempo para sair de casa. As tecnologias operam em todos os níveis de vida da sociedade: no trabalho, em casa, na educação, nos relacionamentos e no entretenimento, abolindo muitas vezes a separação entre o mundo real e virtual.

Segundo pesquisa divulgada pelo IBOPE em agosto de 2007, o Brasil continua a ser o país com maior tempo médio de navegação residencial por internauta entre os 10 países monitorados pela Nielsen/Netratings, com 23h30min, 1h e 3min ou cerca de 5% mais tempo do que em junho/2007. Completam a lista dos cinco países com maior tempo por pessoa no domicílio os Estados Unidos (19h52min), Japão (18h41min), Alemanha (18h07min) e Austrália (17h51min). Esse é o maior tempo médio por internauta residencial já reportado pela Nielsen/Netratings desde o início das suas operações globais, em 1998.

Em relação ao mês de maio/2007, o número de usuários domiciliares aumentou 2,6%, atingindo 18,5 milhões de pessoas, também um número inédito no País. No segundo trimestre, o total de pessoas com mais de 16 anos com acesso à internet em qualquer ambiente (casa, trabalho, escolas, universidades e outros locais) atingiu 36,971 milhões, um aumento de 13,5% sobre igual período do ano passado. As categorias com melhor desempenho por número de usuários em julho, comparando com junho, foram: “Finanças, Seguros e Investimentos”, com crescimento de 5,8%, atingindo 7,7 milhões de internautas, “Entretenimento”, com 4,1% de aumento, com visitas de 14,9 milhões de pessoas, “Família e Estilo de Vida”, que cresceu 3,9% em número de usuários, atingindo 8,4 milhões de brasileiros, além de “Informações Corporativas” (crescimento de 3,4%, com 6,4 milhões de usuários únicos). Por tempo de uso, “Governo e Empresas sem Fins Lucrativos” e “Notícias e Informações” foram às categorias com maiores crescimentos no período, cerca de 15%, com tempo médio por pessoa atingindo 32 e 31 minutos no mês, respectivamente.

Enquanto a internet residencial cresceu 38,3% no último ano, algumas categorias cresceram muito mais: “Automotivo” (55,5% a mais de usuários em relação a julho de 2006), “Casa e Moda” (55,4%), “Família e Estilo de Vida” (53,1%), “Viagens e Turismo” (51%) e “Notícias e Informações” (49,8%). Por tempo de uso, as melhores performances no período foram: “Educação e Carreira”, com 24% mais tempo por pessoa em julho de 2007 sobre o mesmo período do ano passado, e “Entretenimento”, com 21% mais tempo.

Em julho, a participação das mulheres atingiu a marca inédita de 48,5% do total dos internautas residenciais ativos. “O crescimento constante do número de mulheres, de cerca de 40% em 2000 para os atuais 48,5%, ajuda a explicar porque entre as categorias que mais crescem em número de usuários estão “Casa e Moda” e “Família e Estilo de Vida”, e em tempo médio despendido nas páginas está “Educação e Carreira”. Estes conteúdos crescem muito porque têm entre as mulheres seu principal alvo”, afirma Alexandre Magalhães, gerente de análise de mercado do IBOPE/Inteligência. Esta pesquisa demonstra claramente o quanto a Internet influencia os brasileiros e o quanto se tornou não mais um artigo de luxo e sim de extrema necessidade em todos os lares e negócios. (www.ibope.com.br)

Importante citar que a internet contribui diretamente para que o marketing eletrônico facilite o relacionamento em tempo real entre cliente-empresa. De forma bastante coerente, Bretzke (2000) apresenta quatro características que possibilitaram ao marketing eletrônico tal nível de interação: (1) Um canal de relação maximizado, abrangendo o canal cliente e fornecedor; (2) A inovação e customização dos produtos e serviços em virtude do grande contingente de informações detidas pelas empresas, dos seus clientes, possibilitam a produção de serviços e produtos diferenciados com uma velocidade maior a cada dia; (3) A existência de novos meios de venda e distribuição de bens e serviços modifica drasticamente a maneira com que os mercados fazem negócio. O mercado “eletrônico” oferece meios de distribuição e venda de mercadorias e serviços inovadores e, completamente desconhecidos há 10 anos atrás; e finalmente, (4) Vantagem competitiva sustentável no longo prazo. Sendo a Internet uma ferramenta que possibilita às empresas se diferenciarem umas das outras de forma a competir com maior maestria em seus mercados, o domínio de estratégias de marketing neste ambiente é crucial para a competição neste cenário. As quatro contribuições citadas acima representam um nível de importância no quesito relacionamento empresa-cliente nunca visto anteriormente.

A Internet tem cada dia se tornado uma forte aliada do mercado, pois dinamiza os processos, acelera informações e gera novas possibilidades de negócio acirrando a concorrência.

Em matéria divulgada pela revista Veja Especial Tecnologia (Agosto/2007), Kevin Kelly criador da Revista Wired, explica como a tecnologia e civilização veio a se tornar um ente único e indivisível. E aqui uma segunda constatação: essa é uma revolução tecnológica que vai além das grandes corporações e dos cientistas em seus laboratórios. Está também sendo tocada pelas pessoas comuns que usam a internet para comunicar umas com as outras ou para experimentar outras realidades com seus avatares. Kevin Kelly afirma que “Nosso trabalho coletivo é substituir tecnologias que limitam nosso poder de escolha por aquelas que o ampliem. A escolha funciona melhor quando há valores para guiá-la.”

2. Shopping Centers

A criação do sistema econômico mundial formou-se a partir da última década do século XV com o descobrimento da América e a chegada dos portugueses ao Oriente por via marítima. Foram eles que introduziram na Europa produtos orientais como o açúcar, o chá, a pimenta, a sombrinha, a porcelana, entre outros. Uniram assim o Velho Mundo (Europa e Oriente) ao Novo Mundo (as Américas). Usavam-se a bússola, o astrolábio e as caravelas; esta era a tecnologia da época.

Guardadas as devidas proporções, as caravelas cumpriram no século XV e XVI o mesmo papel que as empresas de internet e os modernos meios de transporte dos dias de hoje. Seguindo a linha de pensamento, o Brasil se “globalizou” com o açúcar.

Havia, portanto, uma cadeia comercial em movimento.

Aqui já estavam presentes as noções de fluxos econômicos, de informações e de idéias ultrapassando as fronteiras. Os lucros com a venda de açúcar e de escravos estavam nas mãos dos mercadores europeus. Eram eles os donos do capital e responsáveis pelo financiamento das atividades comerciais nos quatro cantos do mundo. O poder destes mercadores dependia da expansão contínua do mercado. (BARBOSA, 2003 p.23).

Durante o século XVI, o circuito comercial desses capitalistas se alarga. Os comerciantes procuram, ontem como hoje, sempre se situar nos centros onde acumula a riqueza. Ao longo dos séculos XVII e XVIII, busca-se mais liberdade para o comércio. Exigia-se o fim das barreiras comercias entre os países. O desenvolvimento econômico nesta época dependia da expansão geográfica do comércio, que colocava produtos em regiões isoladas. Esse capitalismo comercial só teria ameaça quando a demanda – a capacidade de consumir novos produtos – se esgotasse.

Uma nova etapa da internacionalização da economia somente se tornaria possível se houvesse um aumento significativo da produtividade. Produzir maiores quantidades com um custo menor, aumentando assim um acréscimo no poder de consumo. Foi esse papel que cumpriu a Revolução Industrial.

A Revolução Industrial trouxe a substituição da produção manual para a produção com maquinaria. Com essa revolução, novos mercados foram criados. Por sua vez, o trabalho, as terras e o dinheiro ficaram disponíveis para as necessidades da grande produção industrial. O poder passou a ficar nas mãos de quem produzia mais produtos com menores preços.

Essa onda de internacionalização, segundo Lacerda (2002), teve ainda um outro alento no final do século XIX com as novas matérias primas químicas, o desenvolvimento da eletricidade e do motor à combustão interna. Produtos como café, açúcar, abacaxi e banana tornaram parte do cotidiano destes países e não mais a uma classe restrita.

Os navios aproveitaram-se da energia a vapor, as estradas de ferro da mesma tecnologia e também a metalurgia do ferro, ao passo que os telégrafos e os cabos submarinos se espalharam pelo mundo afora permitindo que a informação se desse mais rapidamente. Dessa forma, esgotado o potencial de expansão da indústria têxtil, outras indústrias surgiram para abrir e criar novos mercados, atendendo assim a necessidade de cada época, até chegarmos ao que somos hoje.

Na intenção de agrupar diversos estabelecimentos comerciais que oferecessem uma linha de produtos variados e complementares, surgem novas formas de comércio, entre elas os Shoppings Centers.
O Shopping Center é um empreendimento que agrupa outros empreendimentos comerciais, centralizados arquitetônica e administrativamente. Sua natureza e finalidade estão voltadas para o comércio varejista, “que consiste em todas as atividades, englobando o processo de venda e serviços, para atender a uma necessidade pessoal do consumidor final” (PARENTE, 2000, p.22).

O primeiro Shopping Center surgiu nos Estados Unidos na década de 50, com o objetivo de atrair e atender o crescente número de consumidores nos subúrbios das grandes cidades. Na década de 70, sete novos empreendimentos foram iniciados, mas foi na década de 80 o período em que se construiu o maior número de Shoppings onde lojas de atacadistas e de grandes fábricas cresceram fora da área de influência dos Shoppings tradicionais. (PARENTE, 2000).

O conjunto de Shoppings brasileiros apresenta um nível de qualidade que se equipara ao dos países desenvolvidos, e o Brasil é o décimo país do mundo em quantidade de Shoppings construídos. Desde a inauguração do primeiro shopping Center no Brasil, em 1966, o Iguatemi São Paulo Shopping, o setor apresenta um notável crescimento: o número de unidades tem dobrado a cada cinco anos.

Após a inauguração do Shopping Iguatemi, outros empreendimentos foram iniciados, e o crescimento aumentou na década de 80, principalmente nas regiões Sudeste e Sul do país, que respondem por 82,2% do número de Shoppings e 77% do total da Associação Brasileira de Shopping Center

Hoje o Brasil ocupa o 5° lugar no ranking mundial em qualidade e serviços, atrás somente dos pioneiros no empreendimento Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e França.

No mercado cada dia mais competitivo, o sucesso de um empreendimento como o Shopping Center deve-se à satisfação, às facilidades e aos serviços prestados aos clientes e lojistas. A climatização é fator relevante para a escolha desse empreendimento como lazer, devido ao clima tropical que o país apresenta, influenciado também pela segurança que o shopping proporciona, tendo em vista o alto número de violência urbana registrada. (www.abrasce.com.br)

Quem vai ao Shopping não está somente à procura de lazer, entretenimento, lojas, supermercados, entre outros serviços oferecidos. Busca, principalmente, o conforto, a limpeza e a segurança proporcionados por estacionamento, elevadores, escadas rolantes, câmeras de vigilância, fraldário, carrinhos para bebês e praças de alimentação. Tudo isso em um ambiente agradável, que também pode comportar pólos culturais como teatros, centros de convenção, exposição e eventos, reunidos em um só lugar.

Portanto, um Shopping Center precisa apresentar alta tecnologia disponível e fornecedores confiáveis e capacitados, podendo atender os clientes da melhor forma e se adequar ao mercado atual.

Em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, o primeiro Shopping inaugurado foi o BH Shopping, em 1979. Em 1991, 12 anos mais tarde, foram inaugurados o Shopping Cidade, Minas Shopping e Shopping Del Rey. O Casa Raja Shopping, Big Shopping e Minas Casa foram inaugurados em 1994. No ano seguinte, foi inaugurado o Shopping Ponteio; em 1996, o Diamond Mall e o Shopping Norte em 1997. Em 2003, foram inaugurados o Via Shopping Barreiro e o ITAÚPOWER SHOPPING. O Pátio Savassi é o mais recente shopping inaugurado em Belo Horizonte, em maio de 2004.

O conjunto dos shopping centers brasileiros apresenta um nível de qualidade que se equipara ao dos países desenvolvidos.

Segundo o site da ABRASCE – Associação Brasileira de Shopping Center desde a inauguração da primeira unidade, em 1966, o setor brasileiro de shopping centers apresenta um notável crescimento em termos de ABL, faturamento e empregos gerados. A Indústria de Shopping Centers conta hoje com 346 shoppings, sendo 333 em operação e 13 em construção. Em 1983, somente 15% dos empreendimentos estavam no interior do país. Hoje, este percentual se elevou para 49%. Os 346 shoppings totalizam ABL (Área Bruta Locável) superior a 7.3 milhões de m², compreendendo mais de 52.000 lojas-satélite, 1.300 lojas-âncora e 1.315 salas de cinema e teatro. O conjunto dos shoppings em operação apresentou evolução de vendas nos últimos dois anos: R$ 40,0 bilhões em 2005 e alcançando R$ 44,0 bilhões em 2006.

As vendas dos shoppings em 2005 representaram 18% do faturamento de todo o varejo nacional, excluídos os setores automotivos e de derivados de petróleo. A indústria de shopping centers vem demonstrando grande vitalidade, contribuindo para o progresso da qualidade de vida no Brasil. Os Shoppings tornaram-se pontos de encontro, pólo de entretenimento, aliando praticidade e segurança. Desempenharam também importante papel na economia, como geradora de cerca de 525.000 empregos diretos e com expressiva integração com a comunidade. (www.abrasce.com.br)
 

3. Os canais de comunicação em shopping centers

Através das comunicações estabelecidas por meio de ferramentas de marketing eletrônico, os profissionais de mercado estão atingindo níveis de interação com seus clientes baseados em relações cada vez mais confortáveis e convenientes para seus clientes atuais e potenciais.

A utilização das novas mídias e ferramentas de marketing tornou-se estratégia de toda empresa que quer ser percebida no mercado com seus produtos e serviços, através da imagem construída e refletida nos meios de comunicação. Ela se divide com objetivo de potencializar cada atividade específica: Relações Públicas, Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Marketing, mesmo sendo esses trabalhos específicos, visam integrá-los para resultados comuns.

Atualmente, no contexto empresarial, há um destaque para a comunicação e o Marketing.

Marketing é o processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e o que desejam por meio da criação, oferta e troca de produtos e de valores com outras pessoas e grupos. Relações Públicas é o processo de gestão das ações administrativas e de comunicação, deliberadas e permanentes, de uma entidade pública ou particular interessada em estabelecer e manter diálogo, entendimento, solidariedade e colaboração com os grupos sociais a ela, vinculados direta e indiretamente, para firmar o seu conceito público que irá respaldar, facilitar e dar legitimidade aos seus objetivos sócio-econômicos. (FORTES 1999 p 13)

São vários os meios de comunicação e marketing utilizados pelos shoppings

centers como forma de divulgação e atratividade, sendo estes: Outdoors, placas internas luminosas, displays, adesivos internos em elevadores e outros locais, banners de variados tamanhos, envio de mala direta, eventos, sinalização nas fachadas, placas digitais, campanhas e vídeos cada vez mais elaborados, sites bem elaborados e dinâmicos.

Segundo Churchill (2003), os profissionais de marketing utilizam, em geral, a comunicação para tentar aumentar vendas e lucros ou alcançar outras metas. O autor afirma que ao fazer isso eles informam, persuadem e lembram os consumidores para que comprem seus produtos e serviços. Autores como (CHURCHILL, 2003; COBRA, 2003;KOTLER, 2000;) abordam a comunicação de marketing sob o conceito de integração das ações de propaganda, venda pessoal, promoção de vendas e publicidade com o objetivo de provocar maior impacto no processo de comunicação de marketing direcionado aos clientes.
 

4. Case: “ Web Site ItaúPower Shopping”

O ItaúPower Shopping, case que será abordado é um empreendimento, situado no pólo industrial de Contagem/MG. Aliado a três âncoras: Wal-Mart, Sam´s Club e Leroy Merlin, compreendem o complexo Power Center, garantindo maior atuação no mercado varejista. Em 3 anos de operação e com altos investimentos, o ItaúPower Shopping busca ser o maior centro de compras de Minas Gerais.

O ItaúPower Shopping foi criado através da associação de um forte grupo de empresários mineiros com larga experiência no mercado de Shopping Centers: Shopping do Vale do Aço, Shopping Cidade, Ponteio Lar Shopping, Pátio Savassi – e a consultoria da Intermart Austin. O investimento de aproximadamente R$ 150 milhões reúne grandes nomes para garantir a concretização deste empreendimento.

Hoje, onde se encontra o ItaúPowerCenter, atuava a fábrica de cimento Itaú Portland.

O primeiro saco de cimento produzido pela Cia. Cimento Portland foi em 1945. A fábrica foi uma das mais importantes da região de Contagem, sendo uma das principais fornecedoras de cimento para a construção de Brasília. Mas, em 1973 a fábrica foi fechada sob acusações de poluição e danos à saúde da população.

A área ficou abandonada durante bom tempo, somente em 1998 foi feito um novo projeto para ocupar o espaço – um mega shopping. As belas chaminés construídas na década de 50 e 60 do século XX tornaram-se parte do cenário da cidade e foram conservadas pelo novo empreendimento.

Em dezembro de 1998, ocorreu a implosão da antiga fábrica, no Eldorado – Contagem, iniciando a construção do Itaú Plaza Shopping, nome dado ao empreendimento pelos primeiros empreendedores. Em abril de 2003, o empreendimento foi assumido pelos novos empreendedores. Com um atraso de 3 anos em relação à data original, o ItaúPower Shopping, nome definitivo do empreendimento foi inaugurado no dia 30 de outubro de 2003. Altos investimentos entre construção, montagem das lojas e campanhas de divulgação garantiram seu sucesso.

A implantação do web site do empreendimento aconteceu no ano de 2004 em busca de um melhor relacionamento com os clientes, maior divulgação do shopping, acompanhamento das novas tendências e tecnologias, mas principalmente em busca de um diferencial diante da concorrência.

No ano de 2007 muitas mudanças foram feitas no site como, por exemplo: desenvolvimento de um novo layout, linguagem, opções de acesso e principalmente a utilização de novas tecnologias com o intuito da captação de novos investidores como o grupo Canadense BRASCAN que recentemente adquiriu 50% do empreendimento.



Figura 1 – Home do site www.itaupowershopping.com.br

A cada ano o site foi sendo adaptado às inovações tecnológicas como forma de atender aos clientes, fornecedores, colaboradores e investidores.

Através do site, o departamento de marketing do shopping organiza seu banco de dados para envio de mala direta (via correio, mas principalmente e-mail), divulgam suas lojas e entretenimento, informações sobre estacionamento e cinema, novidades e informações comerciais, além de oferecer acesso pelo google earth para melhor localização e disponibilizar no site www.youtube.com.br vídeos das campanhas publicitárias realizadas. Importante citar que dentro do shopping todos os clientes podem acessar a internet através do WiFi Zone uma conexão sem fio disponibilizada na praça de alimentação.



Figura 2 – Página de cadastro do site www.itaúpowershopping 

Para Negroponte (1996), as super estradas da informação vão substituir as rodovias de concreto como fundamento da forma de viver e transacionar. A internet representa “a morte da geografia”, na medida em que “ir ao trabalho” pode significar apenas ligar um modem. Sendo assim, as empresas que pretendem manter-se no mercado buscam oferecer aos clientes informações e oportunidades on line e apenas com um clic do mouse.

A mala direta é o instrumento mais utilizado de marketing direto. Chega muitas vezes a ser confundido com o conceito de marketing direto. A mala direta pode utilizar os seguintes meios:

- Internet: Através deste instrumento, consegue-se um contato direto e freqüente com o cliente, sendo possível trocar todo o tipo de informações e fazer transações. O e-mail (correio eletrônico) é o principal meio de divulgação de informações e contato direto com os clientes-alvo;

- Bus mail: Neste caso, a correspondência de uma série de anunciantes é colocada dentro de um mesmo envelope e enviada para os mesmos clientes-alvo. (parcerias com outras empresas não concorrentes para dividir custos de manuseio e postagem da mala direta).

Para a utilização da mala direta é necessário avaliar os seguintes aspectos:

- Que tipos de segmentos de clientes deverão ser atingidos?

- Quais as suas características?

- Quais as suas preferências e necessidades?

Através destes dados, é possível criar uma imagem do cliente a ser atingindo, podendo-se partir para a definição dos vários componentes da mala direta.

- Envelope de envio: Este elemento é o responsável pelo primeiro contato, é simples, mas com um forte apelo chamando a atenção para os benefícios da oferta; 

- Carta: É o principal instrumento de venda da mala direta. É importante que o cliente compreenda completamente a oferta. Aqui, a criatividade é fundamental. Use o recurso de cores, textos sublinhados e textos mais fortes para chamar atenção para os aspectos mais importantes da oferta; 

- Folheto: Complementando a carta é um elemento muito menos personalizado, mas que permite ao cliente compreender melhor alguns aspectos que devam ser realçados. Normalmente usa-se fotos ou ilustrações para fazer o cliente sentir a oferta; 

- Cupom de resposta: Este cupom destina-se a facilitar e a acelerar a resposta do cliente. O cupom deve ser CRC - Carta Resposta Comercial - para não exigir que a resposta do cliente-alvo seja muito trabalhosa. A coleta das informações importantes e também parte das respostas dos clientes podem ser complementadas com a divulgação de um número de telefone gratuito da empresa;

Ofertas e garantias: Estes elementos são importantes para estimular o cliente a responder. É usual dar um benefício ou um valor agregado para que o cliente seja rápido na sua resposta. Através do cadastro que os clientes realizam no site, o departamento de marketing desenvolve malas diretas específicas para cada público, de forma segmentada. Várias campanhas e promoções são enviadas buscando atrair os clientes a visitarem o empreendimento e a conhecer suas lojas, serviços e entretenimento. (www.sebraesp.com.br)

A alternativa mais utilizada pelo ItaúPower Shopping é o e-mail marketing que possue uma série de benefícios: proactividade —em vez de esperar o interesse do cliente, a empresa pode encontrá-lo; interatividade — o cliente interage imediatamente com a mensagem; segmentação — é possível direcionar a mensagem por sexo, faixa etária e cidade, por exemplo; personalização — a mensagem pode ser facilmente personalizada com informações do cliente; mensuração — o retorno da ação realizada é acompanhada em tempo real. (www.wikepedia.com.br)

Ações e comodidades oferecidas aos clientes tornam-se um grande diferencial no mercado atual, permitindo acesso de todos os públicos e uma propaganda de baixo custo e eficaz, pois acessos aos sites são realizados de todas as partes do mundo.

Apesar de toda a dinâmica, evolução e tecnologia utilizada, são importantes citar a necessidade de uma atualização sempre constante e veloz. A internet pode trazer benefícios imediatos e proporcionar a aquisição de know how indispensável á obtenção de vantagens relativas à concorrência. Por isso, os objetivos de um web site devem ser muito bem traçado antes da implantação, para que a imagem da empresa não seja distorcida por informações errôneas e desatualizadas.

O ItaúPower Shopping, através do web site, conquistou novos clientes e conseguiu ser um diferencial com a utilização de ferramentas como Google earth.



Figura 3 – Página do site www.itaupowershopping.com.br

O Google Earth, antes conhecido como Keyhole, é mais uma das investidas do Google, que vem cada vez mais se especializando em encontrar tudo e qualquer coisa, além de páginas na Internet.

Com o programa podemos encontrar e visualizar ruas, cruzamentos, até hospitais e os restaurantes mais famosos em mapas 3D. Claro que esses recursos não estão presentes em todas as cidades, mas mesmo assim vale a pena pela diversão.  Pode-se também calcular a distância entre dois pontos no planeta e armazenar seus locais prediletos numa espécie de favoritos.

No Brasil é possível ver várias cidades em alta resolução, sendo possível identificar com clareza ruas, avenidas, prédios e até casas.

O Google Earth conta com 2 grandes destaques: imagens de pontos turísticos/lugares e visualização dos nomes de ruas, avenidas e estradas das principais cidades brasileiras! As imagens são fornecidas pelo portal Panoramio e revelam os destaques das cidades, facilitando a navegação. O interessante desse recurso é que as imagens são enviadas pelos próprios usuários.
 A maior utilidade fica por conta da introdução dos nomes das estradas, ruas e avenidas nas grandes cidades. Tal opção alavanca as possibilidades do programa, permitindo que os mais perdidos conheçam as cidades, ao passo que os turistas e mochileiros de plantão poderão explorar e conhecer a fundo cada metro da cidade visitada. Para ligar a exibição dos nomes, é necessário habilitar a opção Roads (Estradas) em Layers (Camadas).

A quarta versão do software adicionou muitas características que estavam presentes apenas na versão Profissional. São elas: inclusão de mapas antigos, importação de informações geográficas, impressão em altas resoluções, criação de tours e zoom (in/out) em vídeo (além de poder exportá-los) e melhoramento do sistema 3D. Botões estão presentes no menu superior do globo com ferramentas inovadoras: adicionar rotas, polígonos e criar sobreposição de imagens. (www.google.com.br).

A ferramenta Google Earth permite que investidores e clientes tenham uma visão do ItaúPower Shopping de qualquer parte do mundo. Com isso o ItauPower consegue atingir a públicos de todas as localidades.

Outra ferramenta utilizada pelo Shopping é a divulgação de vídeos e campanhas publicitárias através do site You Tube.

O YouTube é um site na internet que permite que seus usuários carreguem, assistam e compartilhem vídeos em formato digital.  Em março de 2006, cerca de vinte mil novos vídeos foram carregados no YouTube diariamente. As visualizações diárias são estimadas na casa dos milhões, já que cerca de trinta milhões de vídeos são vistos diariamente.

A revista americana Time (edição de 13 de novembro de 2006) elegeu o YouTube a melhor invenção do ano por, entre outros motivos, “criar uma nova forma para milhões de pessoas se entreterem, se educarem e se chocarem de uma maneira como nunca foi vista”. (www.wikipedia.org).

Portanto Investir em um espaço on line tornou-se um diferencial econômico, social e mercadológico.

Quando um cliente on line entra no seu site, é como se entrasse em sua loja ou empresa, portanto merece toda sua atenção. Da mesma forma que você investe em treinamento de sua equipe, para atender cada vez melhor seus clientes, seu Site também deve refletir essa preocupação.

Logo, o ItaúPower Shopping agrega novas tecnologias, no intuito de atrair investidores, sobressair-se dos concorrentes, seduzir os clientes. Através do site pode-se divulgar as campanhas e todas as comodidades que as pessoas podem ter ao visitar ou investir no empreendimento.

5. Conclusão

Como dito, a Internet e as novas tecnologias são atualmente uma potência influenciadora no crescimento e desenvolvimento das empresas. Através destes recursos podemos oferecer maiores e melhores benefícios imediatos aos nossos clientes e também ás empresas, pois a aquisição de know how é indispensável para a obtenção de vantagens relativas à concorrência.

O ItaúPower Shopping como citado neste artigo, usufruiu das novas tecnologias como meio de divulgação e de beneficiar os seus clientes. Quem não tem curiosidade de acessar uma web site com informações bem distribuídas, layout bem formulado, informações atualizadas que facilitem as nossas vidas e claro, com alternativas e acessos como o Google earth e divulgação de vídeos que torne simples as formas de conhecer melhor o empreendimento.

No entanto, pontos fracos também podem existir, porém se as empresas cuidarem de suas páginas on line como cuidam dos seus faturamentos e investimentos internos, a utilização dos sites torna-se uma vantagem competitiva.

Talvez seja mais relevante conseguir chegar a um grupo selecionado de clientes com informação de alto nível ou simplesmente dar a conhecer a empresa, ou ainda marcar a presença do que de forma desastrosa e desorganizada ofereçamos informações que possam prejudicar a imagem da empresa. Antes um site on line com qualidade do que um site que possa se tornar uma “arma de fogo” contra a própria empresa.

O investimento em novas tecnologias tornou-se claramente algo essencial no mundo contemporâneo. A internet permite por um lado, que uma mesma informação seja dirigida a uma audiência mais ou menos vasta e indiferenciada; e, por outro lado, que cada um dos membros desta audiência interaja com a informação que lhe é enviada, com a fonte dessa informação e com cada um dos outros destinatários da informação.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, Alexandre de Freitas. O Mundo Globalizado: política. sociedade e economia. São Paulo: Contexto, 2003. 130 p.

BRETZKE, Miriam. Marketing de Relacionamento e competição em tempo real com CRM. São Paulo: Editora Atlas, 2000

CLARKE, Greg, Marketing de Serviços e Resultados: teoria e prática para ações e campanhas bem sucedidas Eduardo Lassere. São Paulo: 2001. 235p.

CHURCHILL, Gilbert A.; PETER, J. Paul. Marketing:criando valor para os clientes. São

Paulo: Saraiva, 2003.

COBRA, Marcos. Administração de Marketing no Brasil. São Paulo: Cobra, 2003.

FORTES, Waldyr Gutierrez, Transmarketing: estratégias avançadas de Relações Públicas no campo do marketing. São Paulo: Summus, 1999. 206p.

KOTLER, Philip. Administração de Marketing:a edição do novo milênio. 10 ed. São

Paulo: Prentice Hall, 2000.

NEGROPONTE,N. Vida digital. São Paulo: Cia das Letras ,1995

PARENTE, Juracy, Varejo no Brasil: gestão e estratégia. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2000. 388p.
 
BIBLIOGRAFIA

Site ABRASCE – Associação Brasileira de Shopping Center. http://www.abrasce.com.br. Acessado em 03 de outubro de 2007

Site IBOPE – http://www.ibope.com.br. Acessado em   08 de outubro de 2007

Site da Revista Empreendedor, revista variada sobre os assuntos pertinentes ao mundo do comércio. http://www.empreendedor.com.br. Acessado em 28 de agosto de 2007

Site Sebrae – http://www.sebraesp.com.br.  Acessado em 15 de outubro de 2007

Site Wikepedia – http://www.wikepedia.com.br. Acessado em 15 de outubro de 2007.

VEJA. Especial Tecnologia. São Paulo: Ed. Abril, ano 40, Ago. 2007. 12 e 46 p.