INTRODUÇÃO

A linguagem é uma atividade especificamente humana. Falar é nomear objetos, formar conceitos e articulá-los de forma coerente... Falar é manifestar nosso pensamento sobre o mundo, tanto o nosso mundo subjetivo de pensamentos, sentimentos e desejos, como o mundo objetivo, exterior a nós.
E para que possamos falar, é necessário que façamos uso de uma linguagem estruturada que nos permita pensar e comunicar o pensamento, que seja um instrumento por meio do qual possamos estabelecer diálogos com nossos semelhantes e atribuir sentido à realidade que nos cerca.
Toda linguagem é um sistema de signos. O signo é uma coisa que está em lugar de outra, sob um determinado aspecto, pois está no lugar do objeto que ele representa. Esta representação pode assumir aspectos variados, dependendo do tipo de relação que o signo mantém com o objeto representado.
O Mundo Humano é simbólico, pois só o Homem é capaz de estabelecer símbolos arbitrários, regidos por convenções sociais. E toda linguagem possui um repertório, ou seja, uma relação de símbolos que a compõe.
Além do repertório, também são necessárias as regras desses signos. Só quando conhecemos o repertório de signos, suas regras de combinação e as regras de uso desses signos é que podemos dizer que dominamos uma linguagem.
As linguagens criadas pelo Homem são muitas: linguagem verbal, matemática, virtual, artística, musical, gestual, política, etc... e todas elas, através dos tempos, podem alterar seu repertório de signos e de regras de combinação, dentro de limites estabelecidos por cada uma destas linguagens, em suas realidades e culturas diferentes.
A linguagem é um sistema de representações aceitas por um grupo social, que possibilita a comunicação entre os integrantes deste mesmo grupo. É uma construção da razão, ou seja, uma invenção do ser humano para poder se aproximar da realidade. A linguagem, portanto é produto da razão e só pode existir onde há racionalidade.