Uma civilização primitiva (não no sentido pejorativo), os Kaapor, “sobrevivem” na Amazônia. Eles também são chamados de CAAPORES, bem como Urubus-Caapores (FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 743.) Cambôs e Ka’por.  O nome, no sentido holístico, significa: “povo da mata”, através da etimologia: TUPIS = KA’A (“mata”), e, PORO (“povo”) (NAVARRO, E. A. Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. 3ª edição. São Paulo. Global. 2005. 463 p.).

Diferentemente dos outros, estes “povos”, nativos e poetizes do nosso Pindorama contemporâneo, surgiu distintamente, há cerca de: trezentos anos atrás, onde se data a região entre os rios: Tocantins e Xingu. A posteriori, migraram, em 1870, do Pará, para o tão esperado e sedentário Maranhão. Eles foram considerados como os povos mais primitivos do Brasil, juntamente com os grupos: Nambiquaras (no Mato Grosso), sendo principal alvo de pacificação, e esta, ocorreu por meados de 1928, ou seja, durou-se 70 anos. Recentemente essa tribo sofre a nomenclatura de extinção étnica da civilização (Balée, acesso em: 10/11/2015).

A linguagem da tribo, possui etimologia no “Tupi-Guarani”, os outros povos aderem esta língua como segunda opção, mas exclusivamente nesse grupo, ela é exclusiva. Ela possuiu influências, como a “língua geral amazônica”, pela “língua Oiampi” e pelas “línguas Caribes” setentrionais (Navarro, 2005, p. 463).

Eles possuem engajamento dos surdos, adotando e criando a língua de sinais própria, que seria: “A Língua de Sinais Kaapor Brasleira”, e não apenas os surdos fazem a utilização dela, como todos os outros integrantes da civilização. Eles possuem altas taxas de surdez, ou seja, para cada 75 não surdo, há um surdo, por mais que a população, periodicamente, decai, em questão de população regional, no entanto, ainda sim, torna-se superior aos outros povos.

Para ter-se uma ideia positivista, por meados de 1998, no século XX, cerca de seiscentos e oito mil habitantes, existiam no grupo. É difícil sobreviver na infância, mas os que sobrevivem, possuem estimativa de vida: entre 55 anos, até mesmo sessenta anos.

Eles possuem religião própria, pois dizem que, a priori, pajés faleceram em dilúvio cósmico. Os xamãs atuais, invocam os “antepassados”, e afins, ou seja, outras divindades que eles mantêm fé, com previsões para o futuro, conselhos e curar doenças.

Eles são agricultores, ou seja, dependem da mandioca-brava, que transformam-na em farinha, para utilizar com outros alimentos naturais. Caçam cervos-do-pantanal, porcos-do-mato, pacas, cutias, jabutis, jacarés, mutuns, queixadas, bugios, jacus, aracuãs e inhambus.

Essa tribo, lutou mais de 07 anos contra madeireiros, por direito à suas terras, desde a gênese, até atualmente, eles mantêm sua cultura viva, e fortíssima em suas tradições, fazem o que lhes fazem felizes, visto através do documentário no You Tube (https://www.youtube.com/watch?v=jY47_GjdMw4)

O ser humano necessita se adaptar, para depois se socializar, e, após isto será capaz de construir seu meio, e através disso, desenvolver sua inteligência e conhecimento. Todos sabem que as relações interpessoais são complexas demais, e isto está presente em divergentes áreas, como a Psicologia ou a Filosofia. 

Não é necessário apenas possuir conhecimento dos diversos teóricos, e, dominar os conteúdos diversos, mas é preciso saber se socializar, pois as individualidades, seja nos recintos ou nas personas está presente, e deve haver a troca entre pessoas, para que estas podem estar se solidificando com o meio, pois, todos também sabem que a harmonia começa dentro de cada indivíduo, essa harmonia é essencial para que haja a socialização.

Com o aumento da interação, a produtividade vem à tona, ou seja, os indivíduos se sentem cada vez mais motivados, quando estão em grupos de pessoas, seja por sua capacidade de trocar informações, e/ou de manter um diálogo estimulante sobre a disciplina, ou tema.

Para buscar a harmonia do grupo, depois alcançada a sua, o ser humano sente necessidade de se socializar, pois, juntando o útil ao agradável, através do momento em que ele começa a se comunicar, e haver trocas entre indivíduos, ele se torna produtivo, ele necessita disto para que ocorra a troca de conhecimentos, a solidificação de informações e a mediação entre o real e o ilusório.

Os seres humanos são harmonizados com o ambiente que vivem, diferentemente de outros indivíduos, e isto faz com que haja uma divergente gama de comportamentos e atitudes dentro do grupo; a pessoa deve, através das relações interpessoais, transformar a utilidade da socialização em flexibilidade, e jamais empobrecer as relações do presente, ou de um breve futuro, mas sim transformar isso em seu favor.

O ser humano deve voltar sua aprendizagem para o "global", e, jamais manter o egocentrismo do segundo período, segundo Piaget, ele necessita desse viés de comunicação para fortalecer seus laços flexíveis, no entanto, jamais o preconceito.

Segundo as teorias, os indivíduos quanto mais se socializam, mais do grupo participam, e, quanto mais participam, mais engajados e dispostos a ajudar se sentem. No entanto, o amadurecimento é essencial em alguns momentos, como o que se deve ser trocado os objetivos individuais para satisfazer o do grupo, isso acontece para se chegar a um consenso com o do grupo.

Quando se trata da sociedade que se está composta em uma polifonia, as chamadas “sociedades brancas”, é difícil ver aceitação da cultura surda, principalmente por conta da ignorância que muitos possuem em deter conhecimento de tais assuntos, aí que entra a crítica feita por autoria própria contra a “sociedade branca”:

Os surdos possuem um universo incontestável quando se trata de originalidade, a comunicação não deve ser limitada, como muitos preconizam, esses muitos são os ignorantes funcionais, carregados de preconceito, estereótipos à mil. No mundo da língua portuguesa se vê os indivíduos se tornando defasados, fetichistas no sentido sociológico da palavra e consequentemente por conta do capitalismo, individualistas, isso tudo leva para a competitividade sem freios, onde muitos usam e abusam do egocentrismo. Os indivíduos, cada vez mais grotescos, e, isso é visto atualmente com as atitudes dos seres humanos, muitas vezes agressivas com o que não conhecem, e as vezes chego até a duvidar se são atitudes, ou se estão resumidas apenas em comportamento com racionalidade concreta, pois cada dia que se passa, muitos homens vem mostrando que estão retrocedendo todo o processo erudito, conquistado pelos antigos, medievos, modernos e contemporâneos, a partir do momento em que se recusam a estudar história e outras disciplinas na escola, aliás, eles não estudam nada. O ser humano remete, não mais realmente à ser, à um ser humano e, além de não serem, a concepção do TER, muitos priorizam e deveriam ser chamados de Ter Humano ao invés de Ser Humano, no entanto, até mesmo, ter um diploma, está se perdendo também, não querem ser, não querem ter, e ainda querem impor, provam que estão deixando de romper a barreira do instinto que seria comer, reproduzir e dormir, e não apenas estão lembrando dela como memória, usando e expandindo, mas voltando à vivência primitiva, percebe que a comunicação e  interação interpessoal está se perdendo. E, onde eu quero chegar com isso? Quero discutir qual a realidade, que vivem os preconceituosos, que abominam, desrespeitam e praticam bullying com surdos, discutir como eles vivem, eles estão presos na caverna de Platão, e não querem sair, ao menos nem sabem que estão presentes nesse decadente recinto abstrato. (Santos, 2015, Crítica de análise de aulas de libras: DOANI EMANUELA)

E, segundo levantamento feito pelo projeto Enduring Voices, da revista National Geographic:

Há cerca de 180 línguas e dialetos indígenas no Brasil. O guarani, por exemplo, tem mais de 30 mil falantes, e outras, como o ianomami e o caingangue, contam com mais de 5 mil usuários. A única língua indígena de sinais reconhecida, porém, é a da comunidade urubu-kaapor, no sul do Maranhão. O povo dessa localidade remota na região amazônica tem elevada incidência de pessoas surdas (uma em cada 75) e desenvolveu uma forma própria de comunicação por sinais que começou a ser estudada na década de 1960 pelo pesquisador canadense James Kakumasu e em seguida pela professora brasileira Lucinda Ferreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. 
Uma característica interessante desse caso é que toda a comunidade domina os gestos, permitindo que exista a comunicação fluente entre ouvintes e surdos. "Trata-se de uma língua com o uso social de modo pleno", afirma Ayron Rodrigues, da Universidade de Brasília. "Em uma aldeia de 60 pessoas, por exemplo, todos se comunicam com as pessoas surdas. Elas não constituem 
uma comunidade à parte." Mas, nas escolas, a inclusão das crianças com deficiência auditiva ainda caminha a passos lentos.
Não se tem notícias de outro caso no Brasil de uma comunicação análoga à de sinais urubu-kaapor - também pelo fato de os estudos na área serem muito recentes. Um primeiro passo, no entanto, foi dado com a criação do Inventário Nacional de Diversidade Linguística, que será encabeçado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O projeto visa coordenar o estudo de diversas línguas minoritárias no país - as de sinais, inclusive. É um trabalho e tanto, haja vista que a cada duas semanas um idioma se extingue no mundo - segundo levantamento feito pelo projeto Enduring Voices, da revista National Geographic -, levando com ele histórias e saberes.

Ou seja, a sociedade indígena específica, tratada neste artigo é amplamente engajada em inclusão dos surdos, já que todos eles dispõem da linguagem para o bem comum, já as sociedades brancas, não, são ao contrário, portanto, constata-se que essa comparação, percebe contrastes, disparates totais em questões de aceitações familiares e sociais em relação aos indígenas, não há tanto preconceito e tanta exclusão social, quanto há em nossa sociedade.

Referências:

BALÉE, W. Povos indígenas no Brasil. Disponível em http://pib.socioambiental.org/pt/povo/kaapor/652. Acesso em 10 de outubro de 2015.

FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 743.

BALÉE, W. Povos indígenas no Brasil. Disponível em http://pib.socioambiental.org/pt/povo/kaapor/652. Acesso em 10 de outubro de 2015.

 BALÉE, W. Povos indígenas no Brasil. Disponível em http://pib.socioambiental.org/pt/povo/kaapor/652. Acesso em 10 de outubro de 2015.

FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 743.

NAVARRO, E. A. Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. 3ª edição. São Paulo. Global. 2005. 463 p.