Os gases nas tubulações: um possível problema

Uma maneira de enunciar a conhecida Lei de Henry é a sguinte: “a uma temperatura constante,  a quantidade de um gás que se dissolve em um volume de um líquido é diretamente proporcional a pressão que este gás exerce sobre a superfície do líquido.”

Em outras palavras, o volume de gás dissolvido em um determinado líquido é constante se não houver variação da temperatura e da pressão. Ao diminuir a pressão, ocorre a liberação de gases dissolvidos no líquido, criando-se bolhas. De forma inversa, ao aumentar a pressão, há um aumento na quantidade de gases que conseguem se dissolver no líquido.

 Frente a esta exposição, em tubulações que conduzem água, quando há grande variação na pressão, devido há tubulações que sobem e descem, como há variação da pressão, há a possibilidade de que os gases dissolvidos na água, por terem um alívio de pressão, passem a não estar mais dissolvidos. Assim, pode formar bolhas de gases dentro da tubulação que podem se formar acúmulos significativos nas partes nas dobras da tubulação (os “cotovelos”), ou seja, onde há a menor pressão. Quando o acúmulo é grande, o gás fica aprisionado de tal forma que pode bloquear a passagem de água gerando problemas na distribuição do líquido. Para sanar esse problema, os engenheiros devem instalar ventosas ou respiradores que são dispositivos que podem eliminar ou reduzir o gás da tubulação.

 Preparado a partir de:

 NETTO, A. FERANDEZ, M.F.; ARAUJO, R.; ITO, A.E. Manual de Hidráulica. 8ª Edição. São Paulo: Editora Edgard Bluscher LTDA, 1998. 669p.