JESUS, ANA PAULA Q. B. DE.

 

 

 

 

 

OS ENTRAVES DA INCLUSÃO DOS ALUNOS SURDOS NO ENSINO REGULAR 

 

THE EFFECT OF THE INCLUSION OF DEAF STUDENTS IN REGULAR EDUCATION

 

 

EL EFECTO DE LA INCLUSIÓN DE SORDOS ESTUDIANTES EN EDUCACIÓN REGULAR

 

 

 

 

TABOÃO DA SERRA

2015

 

RESUMO: Hoje uma Educação de qualidade é dar condição essencial a qualquer pessoa e garantido o que precisam, durante algum tempo as pessoas com necessidades especiais tiveram seus direitos contestados e, em especial, as pessoas com surdez, que hoje lutam por direitos de igualdade. Este artigo tem como questão norteadora levantar os entraves e dificuldades na inclusão dos estudantes surdos no ensino fundamental, sabendo que inclusão ainda é recente e que muitos professores e profissionais não se sentem seguros ao ministrar aulas para os estudantes surdos. O objetivo que embasa este artigo consiste em pesquisar recursos didáticos adaptados bem como a formação dos professores e profissionais para receber esse estudante em nas aulas, de acordo com as leis vigentes, sobre a inclusão em geral não somente dos surdos, mas de todas às pessoas que necessitam de inclusão não somente na educação bem como em toda a sociedade. 

Palavras Chave: Educação Inclusiva, Inclusão, Direitos, Formação adequada. 

 

ABSTRACT: Today a quality education is a prerequisite to any person and guaranteed what they need,for à while people with special needs had their disputed rights and,inparticular, people with deafness, now fighting for equal rights. This article is guiding question raise obstacles and difficulties in inclusion of deaf students in elementary school, knowing that inclusion is stillnew and that many teachers and professionals do not feel safe to teach classesfor deaf students.The objective that underlies this article is to screen adapted teaching resources and teacher training and professional to receive this student in class,in accordance with the laws on the inclusion ingeneral not only deaf, but of all people We need to include not only in education as well throughout societ.  

Key words: Inclusive Education, Inclusion, Rights, Proper Training 

 

RESUMEN: Hoy en día una educación de calidad es un requisito previo a cualquier persona y garantiza lo que necesitan, por un tiempo las personas con necesidades especiales tenido sus derechos en disputa y, en particular, las personas con sordera, ahora luchando por la igualdad de derechos. Este artículo está guiando pregunta levantar obstáculos y dificultades en la inclusión de estudiantes sordos en la escuela primaria, a sabiendas de que la inclusión es todavía nuevo y que muchos profesores y profesionales no se sienten seguros para dar clases para los estudiantes sordos. El objetivo que subyace en este artículo es para defender los recursos didácticos adaptados y capacitación profesional de los maestros y para recibir este estudiante en clase, de acuerdo con las leyes sobre la inclusión no sólo sordos general, sino de todas las personas Tenemos que incluir no sólo en la educación, así toda la sociedad.

Palabras clave: Educación, Inclusión, Derechos, formación adecuada Incluido.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

Esse artigo apresenta de forma crítica os entraves da inclusão nos dias de hoje. Conforme a Lei (9394/96) de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, a Educação Inclusiva garante a inserção no ensino fundamental de todos sem distinção. A presente pesquisa pretende validar a utilização dos recursos didáticos adequados para a promoção de uma educação de qualidade para os estudantes surdos, visando à melhoria da educação oferecida em instituições de educação. Cabe às instituições de educação inclusiva planejar suas ações e escolher as experiências adequadas para que se alcancem os objetivos esperados desta etapa da educação. Verifica-se um estudo dinâmico que se trata de distintas pesquisas, segundo as necessidades e individualidades de cada estudante, considerando a sua história socioeconômica. O problema desse estudo parte do pressuposto de que os programas de atendimento pedagógico ao aluno surdo estão disponíveis para uma parcela reduzida da população. Outro aspecto importante, e que não pode ser esquecido pelos envolvidos na educação, é que, quando o estudante surdo é inserido na classe regular, as dificuldades inerentes à sua deficiência exigem acompanhamento pedagógico especializado, com vistas à garantia da assimilação do conteúdo escolar e que depende de professor preparado. A Declaração Mundial de Salamanca de 1994 afirma que: que todas as pessoas têm direito á educação e que a educação pode contribuir para conquistar um mundo mais seguro, sadio e democrático. O presente artigo pretende realizar um levantamento bibliográfico das ações até agora desenvolvidas em prol da inclusão de estudante com surdez, e assim poder levantar hipóteses de soluções. Quanto à metodologia utilizada neste trabalho está caracterizada como uma pesquisa de abordagem qualitativa e se efetivará por meio da análise de bibliografias pré-selecionadas que tratem da temática a ser estudada e que contribuam com respostas ao problema levantado. 

 

DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA

 

1 - Educação de alunos surdos e sua história 

 

Na história da surdez anos atrás era vista como uma doença, as crianças que nasciam com essa deformidade na época era banida da sociedade, ou seja, eram criadas nos porões das casas, não podiam fazer parte de nenhum evento social. As famílias tinham vergonha de expô-las, com passar dos tempos às escolas para surdos foi atualizando e construindo uma politica para atender esses alunos com qualidade, mas ainda excluído do estudar juntos, pois mais que implantassem projetos e aulas diferenciadas mesmo assim eram separados dos demais. 

Após longas discussões sobre o tema, os decretos contidos nas declarações, acordos internacionais, legislação, pareceres e resoluções, entre outros, começam a surgirem mudanças importantes nessa área que trás em seu texto igualdade para todos. Devido às mudanças que vem junto com essa inclusão envolvem um número de grande de diversidade para todos envolvidos nesse processo. Precisa-se saber lidar com as diversidades, é termos a consciência sobre as diferentes experiências, reconhecendo o valor de cada um e respeitar seus potenciais e capacidades de participar do processo de ensino aprendizagem, sem ser excluído das atividades propostas. 

As políticas nacionais de inclusão escolar têm como base a Lei de Diretrizes de Bases da Educação no Brasil – LDB, Lei 9394/96 (BRASIL, 1996), 

 “... que define Educação Especial como modalidade escolar para alunos com necessidades educacionais especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. Também é importante destacar a Resolução CNE/CEB 2/2001, que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, e o Parecer CNE/CEB 17/2001, o qual contém definições e abordagens relativas aos conceitos referenciais que sustentam o discurso da educação inclusiva no Brasil”.

  

 Os estudantes surdos precisam ser acompanhados nas suas potencialidades individuais para garantir o sucesso da aprendizagem, fazendo as  adequações necessárias para atingir o objetivo proposto. 

 

2- As leis e os Decretos sobre inclusão 

 

Os documentos vigentes voltados para as leis da inclusão hoje no Brasil que tratam em seus textos os diretos da inclusão, um deles é a Declaração de Salamanca que trás em seu texto elencados aos pais o direto de escolha sobre a educação de seus filhos, cabe à família escolher o que julga ser melhor nessa etapa do aprendizado. Propõe estratégias dos pais participarem de atividades educacionais na escola e em suas próprias casas, caracterizando atividades extracurriculares, sabe-se o quão e importante continuar a aprendizagem em casa para fortalecer a aprendizagem dos seus filhos em relação às atividades desenvolvidas na sala de aula caracterizando assim um reforço para aluno. (MEC/Declaração de Salamanca, 1994). 

A lei também deixa claro que os alunos com surdez tem o direito de ser alfabetizado nas duas línguas, em Libras e em Português. Kozlowski (1998 apud LIMA, 2006, p. 24), “afirma: que “trabalhar numa proposta bilíngue”“. Significa dar o direito e condições ao aluno surdo de poder utilizar duas línguas para uma melhor aprendizagem e assim poder participar de todas as atividades proposta em sala de aula bem como em atividades extraclasse, nesse momento cabe ao aluno escolher a língua que irá utilizar em determinado momento para uma aprendizagem real. Como se pode perceber na citação abaixo: 

 O Decreto 5626/2005, que regulamenta a Lei  0.436/2002, em seu Artigo 3º cita a inserção da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema Federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (BRASIL, 2005). 

No Brasil, após a Constituição de 1988, a discussão em torno do tema da educação especial ganhou muita força e espaço para garantir a inclusão escolar, e receber o aluno e poder dar todas as condições para superar as dificuldades na aprendizagem. 

A educação de surdos deve ser ministrada nas duas línguas, desde a educação infantil, pois quando começa cedo o ensino a criança aprende melhor essa fase é da imitação e assim garante que nos próximos anos já estão familiarizado com as duas línguas e pode futuramente escolher para melhor progredir em seus estudos e para a vida adulta também, e assim poder ser inserido melhor na vida adulta.

O ensino das crianças surdas deve ocorrer por meio da Libras como primeira Língua ou da língua Portuguesa como segunda Língua, para pode fazer parte da sociedade e assim ser inserida em sua totalidade. Mas ainda percebe que a escolarização dos alunos surdos enfrentam alguns entraves, na educação de surdos ainda deixa muito a desejar, pois faltam investimentos para melhor atender a inclusão, temos que direcionar o olhar para as dificuldades que nos últimos anos vem crescendo muito, hoje é cada vez mais comum lidar com alunos surdos nas classes comuns, ou seja, nos ensinos regulares, onde se aprende com as diferenças, porém para alguns é difícil poder conviver com essas diferenças sem uma instrução de como proceder e agir para obter sucesso na aprendizagem. 

Têm-se mais documentos relevantes sobre o assunto um desses é a Declaração Internacional de Montreal sobre Inclusão, aprovado em 05 de junho de 2001 pelo Congresso Internacional "Sociedade Inclusiva", realizado em Montreal, Quebec, Canadá. 

Esse documento veio para ajudar pais, professores, gestores educacionais, mostrar que todos devem agir juntos para garantir a inclusão em sua totalidade. Seria bom que não tivéssemos que recorrer às leis para fazer valer os direitos da inclusão. Torna-se muito desgastante quando temos que ir a uma estância maior para fazer valer o que este previsto em leis, ou seja, garantir os direitos da inclusão. Muitas vezes as famílias desses alunos não têm  conhecimentos das leis muito menos dos seus diretos. 

 

3- Formação dos professores em relação à inclusão de alunos surdos na rede regular de ensino e o uso de recursos adaptados 

 

É continuo o conhecimento dos professores, se trata de uma formação docente e regulamentada conforme a Lei atual de Diretrizes e Base de Educação Nacional (9394/96, art. 59. III) que prevê em seu dispositivo atuação de professores com qualificações com em nível médio ou superior, contudo exercendo o atendimento diferenciado e especializado, assim como os professores da rede de ensino fundamental e qualificado para atuarem com alunos especiais em classe (LDB, 1996). 

A formação do professor deve ser um compromisso dos sistemas de ensino comprometidos com a qualidade do ensino. Nessa perspectiva, devem assegurar que sejam aptos a elaborar e implementar novas propostas e praticas de ensino para responder às características de seus alunos, incluindo aquelas evidencias pelos alunos com necessidades educacionais especiais.” (PRIETO, 2006). 

Conforme a autora, os professores tem que ser capazes de analisar os domínios de conhecimentos atuais dos alunos, e suas diferentes necessidades conforme seu processo de aprendizagem, bem como, criar atividades e materiais acessíveis, além de analisar formas de avaliar os alunos para aprimorar o atendimento e qualificar os mesmos, para os alunos. 

Os cursos de formação se constituem um espaço propício para o desenvolvimento de habilidades e capacidades para identificação dos mecanismos do processo de aprendizagem e conhecimento dos alunos. O professor passará a desenvolver uma visão crítica sobre sua prática pedagógica, além de diversificar a metodologia de ensino, e usar instrumentos de avaliação compatíveis com as habilidades e potencialidades de cada um. 

Em relação a alguns alunos com deficiência auditiva, o ideal seria que o  professor obtivesse disciplinas especificas para lidar com essas situações em sala de aula. Outra questão a ser inclusa nessas evoluções de aprendizado a redução de números de alunos na sala de aula, contudo garantindo uma valorização também uma boa remuneração dos professores, para que assim haja estímulos e apoio aos mesmos, afinal os professores estão capacitados e especializados para estas ocasiões. 

 O uso dos próprios materiais didáticos dos próprios educadores, também é uma maneira de incentivo a melhora, e que por sinal muito proveitoso para melhoria do aluno.  Algumas praticas pedagógicas são importantes para alunos com deficiência auditiva, transformando coisas abstratas em algo mais concreto, para facilitar a percepção do mesmo em algo real. 

O desenvolvimento cognitivo de uma criança surda se estrutura tendo por base informações visuais. A imagem e a experiência são fundamentais para que haja aprendizagem e, consequentemente, evolução e desenvolvimento. Assim, não se defende que crianças surdas possuem naturalmente um déficit cognitivo em relação às ouvintes; o déficit é provocado pela ausência de linguagem e de informação, não sendo, portanto, naturais, mas circunstanciais (SILVA; BARAÚNA, 2007, p. 62). 

Usar a tecnologia a favor do desenvolvimento pedagógico é um dos fatores e meios muito importante e promissor para a aprendizagem e adaptação do aluno, porque desperta neles uma curiosidade e vontade de fazer suas próprias pesquisas, deixando-os mais curiosos e independentes. 

A aprendizagem passa a ser cooperativa, pois os alunos buscam a informação e trocam resultados com o grupo. De informador, o professor passa a ser orientador, gerenciando as diversas informações acessadas na internet, que devem ser analisadas, discutidas e transformadas em conhecimento (MORAN, 2000). 

A internet é um meio fantástico que sempre está em atualização continua que possibilita inúmeras informações facilitando o aprendizado com suas  ferramentas, assim como o Datashow, televisão, todos são grandes recursos para motivação educacional, também não podemos deixar de citar outros recursos, bem como, instrumentos que mexam muito com imagens, cores e luzes, tudo o que atraem os olhares do aluno.  

 

Segundo Moran (2000), “... a televisão e o vídeo têm a capacidade de comunicação sensorial, emocional e racional, superpondo linguagens e mensagens que facilitam a interação com os alunos”. Como estes recursos são apenas um meio para a aprendizagem, antes e após seu uso devemser feitas dinâmicas de análise dos conteúdos estudados.

Poderão ser abordados os aspectos positivos e negativos do vídeo, suas ideias principais, o que os alunos mudariam o que mais chamou a atenção, entre outros.

Outros recursos didáticos que poderão ser utilizados é a elaboração de murais com cartazes produzidos pelos alunos; a criação de uma minibiblioteca na sala de aula com livros diversos, dicionários, revistas e jornais; e até mesmo uma boa organização do quadro de giz, que pode propiciar um melhoramento significativo na aprendizagem dos alunos surdos, e também dos demais alunos. 

Deve ainda ser enfatizado que o professor precisa estar sempre atento para não falar e realizar outra atividade ao mesmo tempo como, por exemplo, falar e mostrar uma gravura ou algo no quadro. Os alunos surdos devem prestar atenção no intérprete, para depois visualizar o que o professor está mostrando. É impossível visualizar duas coisas ao mesmo tempo. 

Por fim, segundo Vesentini (1996, p. 3) “... o mundo mudou e o ensino  procura acompanhar essas mudanças, ajudando o aluno a compreender a realidade  na qual vive e da qual é parte integrante.” Percebe-se, portanto, a importância deste ensino e aprendizado para todos os alunos, e a necessidade de subsidiar professores para atuarem de maneira crítica na Educação Inclusiva. 

Percebe-se que tudo depende de uma boa capacitação, cabe aos nossos governantes direcionar um olhar mais preciso para que a inclusão aconteça verdadeiramente e não simplesmente colocar o aluno no ensino regular e deixar por conta do destino. Não se pode esquecer que para ocorrer essas adaptações é necessária uma adaptação no currículo escolar e organização de uma didática favorável e adequada a esse processo de inclusão de alunos surdos em classes regulares. 

 Além disso, cabem às instituições de ensino regular oferecer serviços de apoio especializado, como adaptação de material pedagógico, equipamento e currículo, profissionais especializados e adequação dos recursos físicos. 

4. A FORMAÇÃO DO GESTOR FRENTRE A INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR

Segundo Prieto (2006, p. 40), “o objetivo na inclusão escolar é tornar reconhecida e valorizada a diversidade como condição humana favorecedora da aprendizagem”. Verifica-se a importância de considerar as limitações dos alunos não apenas como uma informação, mas, dando a devida importância  na identificação de suas possibilidades, juntamente com a construção de alternativas para uma educação efetivamente inclusiva. Os alunos devem ser observados, e suas diversidades individuais identificadas e respeitadas, assim deve-se ser feitas as adequações necessárias para receber esses alunos de forma a não constringir ninguém em nenhum momento do aprendizado, bem como em qualquer momento da sua estadia dentro da instituição de ensino. 

Quanto ao ensino de alunos com necessidades especiais em instituições de ensino comuns, muitas vezes os professores não se sentem devidamente preparados para recebê-los, “ignorando o processo de mudança, por insegurança, sem tomar conhecimento do que está acontecendo; ou demonstrando preconceito, devido à falta de informação e do estabelecimento de preconcepções” (ZULIAN; FREITAS, 2001, p. 50). 

 

 

Levando em conta o que diz o autor, falta ainda muito preparo dos professores para receber alunos com necessidades especiais em suas salas de aulas, muitas das vezes e falta de formação adequada, mas outras vezes e por falta de informação que o profissional deveria se atualizar para receber esses alunos, pois é direito adquirido que os mesmos têm de estudar em instituição de ensino que lhe for adequada.    

Pode-se verificar que existem várias leis que tratam desse assunto vejamos algumas as quais são mais relevantes ao problema estudado nesse artigo, Declaração de Salamanca é uma das mais importantes que deixem expressas a todos o direito de escolher o que almejam para seu futuro.  

E ainda propõe que as instituições de ensino incentivem a todos os envolvidos a participarem em atividades educacionais no lar e na instituição, onde eles poderiam observar técnicas efetivas e aprender como organizar atividades extracurriculares, bem como supervisionar e apoiar a aprendizagem de seus alunos. (MEC/Declaração de Salamanca, 1994). 

 

 

 

 

 

O Decreto 5.626/05 que regulamentou a Lei nº 10436/2002 da Língua Brasileira de Sinais, prevê a organização de turmas bilíngue, constituídas por alunos surdos e de todas as especialidades de ouvintes onde há duas línguas: Libras e Língua Portuguesa. Sendo que dessa maneira nenhum aluno se sinta excluído da sala de aula e possa participar de todas as atividades proposta em sala. 

 

Outro documento que merece relevância e a:

Constituição de 1988, a discussão em torno do tema da educação especial ganhou espaço e se aprofundou. Frutos dessa reflexão foram sendo editados textos legais nos quais, não obstante alguns recuos, a ideia da inclusão escolar entendida como direito de acesso da criança com deficiência na escola comum e de nela receber o atendimento de que necessita para vencer as barreiras que lhe dificultam a aprendizagem se consolida em definitivo. Dois anos após a promulgação da Constituição, em 1990, esse direito foi reforçado no Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 54, inciso III).  

Vale ressaltar o quão é importante à educação especial deve ser inserida desde a mais tenra idade, ou seja, desde a educação infantil para que quando o aluno chegar à universidade com seus direitos adquiridos sem ter que recorrer às leis para ter acesso a uma educação de qualidade.

  

Tem mais documento que se pode dar também muito valor que é a:

 

Declaração Internacional de Montreal sobre Inclusão, aprovado em 05 de junho de 2001 pelo Congresso Internacional "Sociedade Inclusiva", realizado em Montreal, Quebec, Canadá. O documento destaca como pré-requisito indispensável aos direitos humanos o acesso igualitário a todos os espaços da vida sejam quais forem: culturais, sociais, políticos, econômicos e educacionais. Reforça a necessidade de união de esforços internacionais para a construção de uma sociedade inclusiva, objetivo premente do documento. 

Esses documentos aqui elencados até o momento deixam claro o direito sobre inclusão e que todos (pais, professores, gestores educacionais, municípios, Estados e União) devem sem sombra de duvidas agirem juntos e assim garantir o direito de inclusão a todos que assim necessitarem, seriam muito interessante se não precisássemos de tanto documentos para fazer valer as leis em nosso país.

Lembrando que as instituições de ensino nunca foram um lugar de igualdades e sim de diferenças e de grandes diferenças. Sabe-se que com a educação inclusiva cabe ao professor incluir a todos, de acordo com sua particularidade, levando em conta o potencial de cada um. “Não esqueçamos que incluir não é acabar com as diferenças, na medida em que integramos os alunos com diferenças significativas aos “iguais”, mas, pelo contrário, é enfraquecer a ideia de “padronização” e “normalização”” (RODRIGUES, 2007, p. 101). 

Em contra partida deve-se rever as políticas nacionais de inclusão escolar a qual se baseia na Lei de Diretrizes de Bases da Educação no Brasil – LDB, Lei 9394/96 (BRASIL, 1996), que define Educação Especial como modalidade escolar para alunos com necessidades educacionais especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. Também é importante destacar a Resolução CNE/CEB 2/2001, que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, e o Parecer CNE/CEB 17/2001, o qual contém definições e abordagens relativas aos conceitos referenciais que sustentam o discurso da educação inclusiva no Brasil.

 

 

[...] Percebe-se que a inclusão não é apenas modismo, mas que está garantida por Lei [...]. Mesmo estando na Lei, à inserção dos alunos com necessidades educacionais especiais nas instituições não garante por si só uma prática inclusiva de ensino, pois é necessário construir o conhecimento de maneira crítica, tendo-se a certeza de que os alunos estão aprendendo, muitas vezes o aluno está na sala por estar o professor por não ter uma formação adequada não prepara nem muito menos adéqua o material para inserir esse aluno, que muitas vezes e largado num canto sem receber o que lhe é de direto, ou seja, uma educação de qualidade que bem explicita em todos os documentos aqui estudado nesse artigo, seria bom que o mesmo chegasse as mão das autoridades e assim fazer valer o direito de igualdade a todos como está previsto em lei. 

 

Contudo pode-se verificar que a formação dos professores deveria ser continua, uma vez que para incluir requer uma formação adequada como pode ser visto na fala do autor: (DUEK; NAUJORKS, 2007, p. 50). Com isto, para que o processo de inclusão dos alunos surdos seja eficaz, são necessários investimentos na formação profissional continuada nesta área, para que os professores se sintam estimulados e valorizados.

 Como previsto na lei a formação dos professores deve sempre ser cumprida e jamais um profissional deve entrar em sala sem prepara, mas infelizmente muitas vezes isso não ocorre às vezes por falta de profissionais capacitados outras por motivos particulares de cada um. Segundo a lei regulamenta que:

...a formação docente regulamentada pela atual Lei de Diretrizes e Base de Educação Nacional (9394/96, art. 59. III) prevê em seu dispositivo atuação de professores com especialização em nível médio ou superior, para o atendimento educacional especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para atuarem com alunos especiais na classe comum (LDB, 1996).

Os cursos de formação se constituem um espaço propício para o desenvolvimento de habilidades e capacidades para identificação dos mecanismos do processo de aprendizagem e conhecimento dos alunos. O professor passará a desenvolver uma visão crítica sobre sua prática pedagógica, além de diversificar a metodologia de ensino, e usar instrumentos de avaliação compatíveis com as habilidades e potencialidades de cada um. 

A imagem de que o aluno com necessidades educacionais especiais é aquele que apresenta ‘problemas’ ou ‘dificuldades’ de aprendizagem vem atrelada aos aspectos clínico-patológicos que envolvem o fenômeno da deficiência, ainda muito presentes no discurso dessas professoras e que constituem uma visão das dificuldades de aprendizagem como algo inerente ao aluno, subestimando as condições do meio ao qual estão circunscritas. (DUEK; NAUJORKS, 2007, p. 47).

Levando em conta a citação acima do autor Naujorks [...] se percebe que algumas mudanças que deve ocorrer para melhorar o ensino de alunos especiais em todas as atividades que forem desenvolvidas no decorrer do curso, relativas à educação inclusiva.  

Também a redução do número de alunos em salas de aula, sendo esse um dos maiores entraves, a valorização e melhor remuneração dos professores, assim como o apoio da sala de recursos e a orientação por profissionais especializados.  

Ter sempre que possível uma capacitação dos educadores para a construção e utilização de recursos e materiais didáticos próprios também poderia trazer melhorias para este ensino, além de tornar a aula mais atrativa e proveitosa não apenas para os alunos especiais bem como a todos que estão inseridos no processo.  

A prática de abordagens pedagógicas baseadas na visualização é bem vinda uma vez que vai ajudar não somente os deficientes, mas a todos, pois os recursos visuais facilitam a percepção de todos [...].  (NAUJORKS, 2007).  

O fato dos professores sentirem-se “abandonados”, e sem um espaço-tempo para dar vazão aos seus sentimentos e questionamentos sobre a inclusão, vem acarretando sentimentos de incapacidade e despreparo ao trabalharem com o aluno com necessidades educacionais especiais. (DUEK; NAUJORKS, 2007, p. 49).

Muitas vezes o professor se sente sozinho numa batalha fica sem saber o que fazer quando recebe em sua sala de aula um aluno especial principalmente no ensino superior, torna de uma grande importância pedir ajuda, ou seja, ir atrás de estratégias para inserir esse aluno em suas aulas, trocar ideias com outros professores e/ou instituição que tenha em seu quadro de alunos, alunos especiais ajuda muito sempre alguém tem algo a ensinar e trocar essas experiências e de grande valia para quem recebe aluno especial, nos não podemos é deixar de cumpri as leis que regem a educação especial então aos profissionais correr atrás e se atualizar para que a inclusão ocorra de fato e na sua totalidade de rigor tudo em prol da inclusão.

Nesse momento cabe ao professor fazer as adequações necessárias sempre tendo em vista a capacidade de seus alunos, ou seja, adequando de acordo a cada deficiência que tem em sua sala de aula que às vezes pode ser mais de uma conforme dito antes. 

 Por fim, segundo Vesentini (1996, p. 3) “o mundo mudou e o ensino  procura acompanhar essas mudanças, ajudando o aluno a compreender a realidade  na qual vive e da qual é parte integrante.”  

Percebe-se, portanto, a importância deste ensino e aprendizado para todos os alunos, e a necessidade de subsidiar professores para atuarem de maneira crítica na Educação Inclusiva. Percebe-se que tudo depende de uma boa capacitação, cabe aos nossos governantes direcionar um olhar mais preciso para que a inclusão aconteça verdadeiramente e não simplesmente colocar o aluno no ensino regular e deixar por conta do destino. Não se pode esquecer que para ocorrer essas adaptações é necessária uma adaptação no currículo escolar e organização de uma didática favorável e adequada a esse processo de inclusão de alunos surdos em classes regulares.

 Além disso, cabem às instituições de ensino  oferecer serviços de apoio especializado, como adaptação de material pedagógico, equipamento e currículo, profissionais especializados e adequação dos recursos físicos a todos que necessitarem. 

Não há como propor uma educação inclusiva, onde literalmente se jogue crianças com necessidades especiais nas salas de aula regulares, quando o professor não tem uma formação que lhe possibilite lidar com tais alunos (2005, p.56). 

A formação dos professore ainda requer muito investimento é uma luta em longo prazo, tem-se que se discutir muito sobre esse problema aqui elencado no decorrer desse artigo, não pode se a ter simplesmente capacitações e formações temos que ter uma formação continua que venha suprir toda a defasagem que o sistema educacional em educação especial tenha.

 Creio que para haver mudanças significativas no sistema educacional tem-se que fazer cumprir as leis, para que ocorra a inclusão na sua totalidade, lembrando que não se podem deixar de lado as questões financeiras que em determinado momento se torna um entrave na inclusão, tais como nas compras de equipamentos, pois sabemos o quão é caro todo o material voltado à inclusão principalmente fazer adequações nos espaços para receber esses alunos também é muito caro. 

Para que ocorra a educação inclusiva é necessário que haja um  planejamento e  que tenha uma aplicação de verbas adequadas à demanda educacional, para isso as instituições tem que se reorganizar e saber distribuir bem essas verbas para melhor atender a todos no processo de inclusão. Daí a importância de se insistir na ideia de que incluir não é só oferecer o direito a matrículas nas escolas regulares, mas apresentar condições para o efetivo processo de ensino e aprendizagem, num clima motivacional em constante movimento de reflexão-ação-reflexão. 

Os educadores têm que traçar uma luta contra a impunidade, muitas vezes os mesmos tem que atingirem metas que não estão ao alcance por entraves que ocorrem na inclusão. É importante verificar e ver o que vem acontecendo nesse processo de inclusão, que muitas vezes é somente uma transferência de problemas e não a solução dos mesmos, isso acontece sem um prévio investimento na estrutura física e humana simplesmente acontece. 

De acordo com essa visão não é deixar o aluno dentro de uma sala de aula durante quatro a cinco horas diárias simplesmente sem interagir com os outros alunos, bem ao contrario tem que haver um planejamento adequado para receber esse aluno que atentam para participação quase que total, adequando o material e o espaço quando for necessário para que haja interação em todos os momentos de aprendizagem construindo assim um conhecimento e tendo sucesso na inclusão.

Respeitar a educação inclusiva é antes de tudo saber diferenciar a diversidade e os saberes diferente e conviver no mesmo ambiente compartilhando saberes fazendo jus aos quatro pilares da educação “aprender juntos” julgo ser um dos mais importantes para que a inclusão tenha o resultado esperado. 

 É aceitar nossos não saberes e aprender com os outros usufruindo dos conhecimentos por eles construídos na perspectiva de um crescimento interpessoal para o desenvolvimento de um projeto maior. É, com certeza, não instituir sistemas paralelos, mas integrados em ação cooperativa e responsável para a construção de uma sociedade sem barreiras atitudinais, sociais, e de conhecimento do mundo frente às transformações científicas e tecnológicas que dele fazem parte. 

 

Com essa visão termino dizendo que ainda tem muito a se fazer para obter sucesso desejado nesse processo de inclusão. Representa, antes de tudo, uma filosofia de vida! Completando esta afirmação, trago a fala de Sartoretto que diz:

A inclusão só é possível lá onde houver respeito à diferença e, consequentemente, a adoção de práticas pedagógicas que permitam às pessoas com deficiência aprender e ter reconhecidos e valorizados os conhecimentos que são capazes de produzir, segundo seu ritmo e na medida de suas possibilidades (2006, p.81). 

Isso só será possível se todos nos educadores acreditarmos em nosso próprio potencial e acreditarmos que somos capazes de mudar a visão da inclusão e que temos capacidade de aprender juntos com as diferenças afinal somos todos iguais nas diferenças. Corroborando com esta ideia Beyer afirma que:

O desafio é construir e pôr em prática no ambiente escolar um a pedagogia que consiga ser comum ou válida para todos os alunos da classe escolar, porém capaz de atender aos alunos cujas situações pessoais e características correspondentes requeiram uma pedagogia diferenciada. Tudo isso sem demarcações, preconceitos ou atitudes nutridoras dos indesejados estigmas. Ao contrário, pondo em andamento, na comunidade escolar, uma conscientização crescente dos direitos de cada um (2006, p.88).  

Além de preparar uma metodologia diferenciada, cabem as instituições de ensino preparar um ambiente adequado como diz Bayer [...] requer adequação tonto no pedagógico quanto no espaço. Tudo sem expor os alunos a constrangimento e fazer adequações sem diferenciação entre as pessoas e conscientizando a todos de sua atuação frente à inclusão, não podemos deixar que haja conceitos e pré-conceitos e a assim influenciando uns aos outros dentro do processo.

5. GESTÃO DEMOCRÁTICA INCLUSIVA

De acordo com o caráter social, as instituições de ensino não podem escolher quem irá atender, pois devem atender e incluir. O que vem a ser uma instituição pública de ensino, de acordo com B. Teixeira (2000), ou seja, um ambiente acessível a todos.

Essa afirmação deixa claro que os norteadores ao paradigma da inclusão esclarecem àqueles até então excluídos da escola comum, o melhor atendimento a que têm o direito de receber, uma vez que:

 “a escola deve receber todos aqueles que buscam a satisfação de suas necessidades educacionais. Tratando-se neste caso da administração e satisfação do direito à educação, o ideal da construção de escolas democráticas dirige-se principalmente à rede pública de ensino” (B. TEIXEIRA, 2000, p. 45).

No que se refere às escolas públicas, que tem como objetivo primordial a democracia, que abrem suas portas à participação de todos, não podem deixar de fora a demanda de alunos com deficiência dando desculpas de não estarem preparada para receber, ou que o espaço não esteja adequado, simplesmente dificultando o processo.

O mundo hoje é um mundo de diversidade e a escola, como instituição criada por esse mundo e pela sociedade, com o proposito de transmitir-lhes valores, atitudes e conhecimentos, deve, primordialmente, respeitar a diversidade humana, sabe-se que hoje a gestão tem grande papel nessas mudanças..

Apple e Beane (1997, p. 22) caracterizam as escolas democráticas como:

Comunidades de aprendizagem (...) diversificadas, e essa diversidade é valorizada, não considerada um problema. Essas comunidades incluem pessoas que refletem diferenças de idade, cultura, etnia, sexo, classe socioeconômica, aspirações e capacidades. Essas diferenças enriquecem a comunidade e o leque de opiniões que deve considerar. Separar pessoas de qualquer idade com base nessas diferenças ou usar rótulos para estereotipá-las são procedimentos que só criam divisões e sistemas de status que diminuem a natureza democrática da comunidade e a dignidade dos indivíduos contra quem essas práticas são dirigidas com tanto vigor. (...) Por esse motivo, as comunidades de alunos das escolas democráticas são marcadas pela ênfase na cooperação e na colaboração, e não na competição.

De acordo a citação acima, fica claro que para Apple e Beane são consideradas escolas democráticas, para Mantoan (1997, p. 145) é definido como escolas inclusivas as quais:

Propõem um modo de se constituir o sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado em virtude dessas necessidades. A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apoia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral.

Os professores que atuam nas escolas democráticas reconhecem as dificuldades de uma escola frente às desigualdades existentes na sociedade, precisam conceber a educação escolar como um dos espaços, em que se dá o aprendizado do respeito de ambas às partes, se a escola dá bons exemplos de ações democráticas aos alunos que também praticam boas atitudes.

O ambiente escolar deve ser transformado “em um centro onde se vive e não em um centro onde se prepara para viver” (TEIXEIRA, 1968, p. 45). Devendo “basear-se numa definição abrangente de “nós”, num compromisso de construir uma comunidade que é tanto da escola, quanto da sociedade onde ela existe

(APPLE e BEANE, 1997, p. 39). Um primeiro passo de grande importância da administração escolar, para o sucesso de uma política inclusiva, seria possibilitar a todos os que atuam no cenário educacional uma compreensão mais objetiva acerca das necessidades especiais de seus alunos, a fim de garantir ações e atitudes desprovidas de preconceito.

Observa-se que as crianças possuem potenciais e limitações, e que, portanto, são propensos a sucessos e fracassos. Verifica-se que todos percebam que “por detrás de um deficiente há sempre uma pessoa que quer estar entre nós, que quer ser um membro ativo da nossa sociedade e que quer desfrutar da vida, como todos nós. E isto não é uma questão de caridade. É, acima de tudo, um direto a ser respeitado” (MANTOAN, 1997, p. 170).

A preparação e capacitação adequada de todo a equipe escolar assegurando a eficácia no conteúdo, habilidade didática, criticidade e discernimento, além de uma ampla postura ética (MAIA, 2002), “amparados por serviços de apoio e parceria com instituições da sociedade”. Ao implementar uma educação inclusiva está ao mesmo tempo forçando à administração da escola preparar novos direcionamentos  com relação às práticas pedagógicas mais evoluídas, e revendo  mudanças nas praticas dos professores, na metodologias de avaliação e aprovação  dos alunos para séries mais avançadas.

Com a inclusão veio o motivo para que a escola se adeque   atendendo às necessidades de uma sociedade heterogênea. Uma gestão escolar que busca a participação democrática em suas ações, a partir do momento que toma a inclusão como um compromisso de todos os integrantes da escola e não apenas da direção e dos professores. Após as pessoas tomarem conhecimento do que mobiliza os movimentos inclusivos, busca, através da gestão da escola, em reuniões do corpo gestor  e no conjunto de suas ações, mudanças tanto no ambiente físico do prédio escolar, quanto no desenvolvimento de uma pedagogia centrada no aluno, capaz de educar todos com sucesso, sem distinção e assim valorizar o aprendizado dos estudantes com necessidades especiais.

Frente a esse exposto, as autoras Forest e Pearpoint  (1997, p. 138) definem  o  princípio  da inclusão como:

Inclusão NÃO trata apenas de colocar uma criança deficiente em uma sala de aula ou em uma escola. Esta é apenas a menor peça do quebra-cabeça. Inclusão trata, sim, de como nós lidamos com a diversidade, como lidamos com a diferenças, como lidamos (ou como evitamos lidar) com a nossa moralidade. (...) inclusão não quer absolutamente dizer que somos todos iguais. Inclusão celebra, sim, nossa diversidade e diferenças com respeito e gratidão. Quanto maior a nossa diversidade, mais rica a nossa capacidade de criar novas formas de ver o mundo. (...) Inclusão é reconstruir nossos corações e nos dar as ferramentas que permitam a sobrevivência da humanidade como uma família global.

Verifica-se que a escola democrática torna-se de fato a partir do instante  que é inclusiva, quando favorece ações que promovem toda a diversidade humana. Por contrapartida, a gestão democrática, conta com a cooperação de todos os profissionais da escola em conseguir comprometimento do ensino para todos, ajuda  para uma mudança no perfil do professor e na construção de um novo perfil de escola que, contemple e valorize a diversidade de todos os indivíduos , em igualdade com o advento da inclusão. Poder contar com uma equipe gestora que coloca a inclusão como prioridade no planejamento, trabalha com mais prazer em aceitar as mudanças.com o paradigma da inclusão.

CONCLUSÃO

 

Este artigo, sobre os entraves da inclusão, teve o intuito de discutir a importância que a inclusão de estudantes com surdez, e especificamente, os surdos tem nos dias de hoje, uma vez que ainda falta muito a percorrer para o aprendizado linguístico de uma criança surda no ensino fundamental e o seu desenvolvimento. 

Por essa razão é que os professores que atuam nessa área necessitam de uma formação de qualidade para que a inclusão ocorra verdadeiramente. 

Deste modo, a criança estará apta para viver em sociedade e desenvolver suas habilidades através do ensino interativo, social e de um rico repertório lúdico. Pode-se ressaltar que, quanto à oferta de papéis a serem desenvolvidos, há bons aspectos também, pois esses papéis estão ligados, geralmente, a sistemas de valores de uma sociedade em que a criança vive, fornecendo desta maneira, até mesmo esquemas de comportamento. 

Ficou evidente que, os estudantes com surdez necessitam de uma metodologia diferenciada dos demais. Os professores devem fazer uso de recursos visuais sempre que possível em suas aulas para favorecer o aprendizado, sobretudo para os estudantes com surdez.  

É preciso acreditar que se pode melhorar a educação, com gestos e formas simples, que além de trazerem vários benefícios às crianças, ainda é uma  das formas expressivas da manifestação da alma infantil. Romper barreiras do ensino tradicional, favorecendo de alguma forma a comunicação e possibilitando a participação do estudante surdo na construção de sua aprendizagem.

Conclui-se que, este artigo foi de extrema importância para nossa atuação profissional, pois foi através das pesquisas para este artigo, que se amplia o conhecimento sobre a inclusão e a sua importância para o desenvolvimento na linguagem dos estudantes surdos. 

 Porém vale ressaltar que ainda se requerem muitos estudos nessa área, sendo importante a presença de intérpretes na Língua de Sinais na escola ou a aquisição desta língua por parte dos professores, através de cursos e/ou capacitações oferecidas pelos governantes, a fim de contribuir para o enriquecimento da aprendizagem e da inclusão de todas as pessoas. Por fim, ressalta-se o quanto ficou evidente neste estudo que a operacionalização de um projeto que assegure uma educação de qualidade aos estudantes surdos ainda encontra obstáculos.  

Ficou evidente que necessita de investimento nos recursos humanos e materiais, principalmente quando se trata da inclusão pela língua de sinais, que, como bem advertem autores aqui citados, requer um grande investimento na formação dos educadores e adaptações de materiais para melhor atender esses novos estudantes quem vem crescendo muito nos últimos anos. 

Uma mudança na formação dos professores se faz necessária, para aspectos que possam garantir não só situações de interação em uma determinada língua, como também os objetivos acadêmicos no processo de escolaridade e assim incluir a todos numa realidade que vem cada vez mais crescendo nos últimos anos.

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Dados da autora

 

Ana Paula Quintanilha Bastos de Jesus, graduada em Letras.

 Formada em Letras Português e Espanhol Universidade Unisa de Santo Amaro formação ano 2001.

Cursando o Mestrado na UNIVERSIT ANNE SULLIVAN.

 

[email protected]

 

11 41351033 OU 11 994349346

 

Endereço para correspondência

 

Estrada São Francisco nº 1668 apto 81 torre verde bloco 03

Jardim Henriqueta, Taboão da Serra, São Paulo CEP: 06764-290.