Eliane Cristina Dias Santos

                                                                                       José Ricardo Rodrigues Pereira

                                                                                                      Roniscleia dos Santos  

                                                                                                       Silvana Dias Siqueira 

 

 

 

“Há, sem dúvida, muitos tipos de vozes no mundo; nenhum deles, contudo sem sentido”. (Apóstolo Paulo – 1Co 14.10)

 

 

INTRODUÇÃO

 

            Antes de começarmos a falar sobre a importância da voz, e os diferentes tipos que podemos encontrar, isto é, as vozes roucas, ásperas e as normais, etc destacamos que este é um dos principais veículos de relacionamento entre as pessoas, ou seja, ela é de suma importância para a comunicação humana.

            A voz origina-se na laringe, a partir da vibração das pregas vocais, também conhecidas como cordas vocais. De acordo Andrade (2003) a “voz, então produzida, possui características próprias que variam de acordo com o sexo, a pessoa e a faixa etária, além de refletir o estado e comportamento laríngeos, caracterizando o que se chama de qualidade vocal” (p.01).  

 Cada ser humano carrega consigo seu próprio modo de se relacionar com o mundo e com as pessoas, dentre eles consideramos importante destacar a comunicação, pois cada sujeito faz uma certa seleção de vocabulário, som, intensidade e frequência para transmitir sua fala. Portanto, a voz, é parte importante da identidade de cada sujeito, e ela está constantemente presente nos processos se socialização do ser humano.

O ser humano tem em sua voz características que são atribuídas somente a ele. Desse modo, podemos encontrar pessoas com a voz mais rouca, mais áspera, e também aquelas que podem ser consideradas por especialistas como normal.

Sabe-se que os primeiros estudos/análises sobre a voz iniciou-se no século XIX. Porém, atualmente com tantas inovações tecnológicas, há várias ferramentas e pesquisas diversas que auxiliam especialistas para identificar os mais diversos problemas que se referem ao tema central de nosso debate neste artigo, qual seja o de falar, mesmo que brevemente, sobre os diferentes tipos de vozes.

OS DIFERENTES TIPOS DE VOZ

 

De acordo com Andrade (2003),

os sinais de voz apresentam diferenças de energia sonora entre as poções inicial e final dos trechos vocálicos devido ao ataque do fluxo de ar pela glote e perda da capacidade volumétrica de ar, respectivamente, sendo necessário definir o trecho vocálico do sinal digitalizado (p. 06).

Em outras palavras, destacamos que há vários tipos de vozes, entre elas destacamos a rouca, a áspera, a fluida, a soprosa. Vejamos como elas se caracterizam.

A voz rouca, apesar de controversa é a manifestação mais comum de que há algo errado com as cordas vocais, indica que a voz apresenta certo ruído, assim como irregularidade na vibração das cordas vocais. Desse modo, as principais causas para que a qualidade da voz possa ser considerada como rouca, são causas relacionadas a lesões, edema, nódulos, ou mesmo voz ocasionada por gripe.

A voz áspera caracteriza-se por uma sonoridade um pouco desagradável, as pessoas que são acometidas por ela apresentam um certo esforço ao falar. De acordo com Andrade (2003), “a voz áspera ocorre quando há redução ou ausência da onda de mucosa que reveste as pregas vocais” (p.20).

Outro tipo de voz que podemos encontrar é a voz soprosa. Pessoas que apresentam este tipo de voz normalmente mostra-se ansioso e fadigado, outra característica marcante é a presença de ruído no ar durante a fonação, ocasionado pela passagem de ar nas cordas vocais.

Quando nos referimos a diminuição do nasal, estamos no referindo a voz hiponasal, isto é, a substituição nasal de algumas consoantes, tais como, M, N, NH por B, D e G. As pessoas que apresentam este tipo de voz são normalmente alérgicas ou estão resfriadas.

Considerações Finais

O objetivo deste artigo foi de mostrar, mesmo que de forma rápida, alguns tipos de voz que podemos encontrar. Desse modo, pudemos compreender que cada pessoa em determinado momento de sua vida pode mudar o seu tipo de voz e isso acontece muitas vezes sem que nós percebamos de início, ou nos casos de resfriados percebemos facilmente as causas, e o tratamento mais correto, sem que precisemos de ir até um profissional da voz, no caso um fonoaudiólogo.

Para que tenhamos um saúde da nossa voz precisamos seguir algumas orientações básicas, tais como bocejar, visto que é importante relaxar a tensão da região do pescoço e ombros. De acordo com a fonoaudióloga Solange Dorfman é importante que as pessoas “transforme também a hora do banho em um momento de relaxamento. Faça alguns exercícios movimentando os ombros e o pescoço na água morna". Evitar cigarro, tomar muita água, evitar falar muito alto, por um período de tempo muito longo, são cuidados que devem ser tomados para a saúde da voz.

Referências

ANDRADE, Luciana Mara de Oliveira. Determinação dos Limiares de Normalidades dos Parâmetros Acústicos da voz. São Carlos. 2003.

ANDRADE, Luciana Mara de Oliveira. Medidas de Perturbação da voz: um novo enfoque. Revista Fonoaudiologia-Brasil, Brasília DF. V.2, n.2, p.39-46, 2002.