¹Gilmara Brioso Mota

RESUMO

O trabalho apresentado nesse artigo tem como objetivo ampliar o espaço da contação de história nas escolas e no trabalho efetivo dos professores, que têm como papel principal valorizar o estudo das narrativas orais sobre o imaginário e a criar em nossos alunos a consciência de que esta é tão importante quanto língua padrão exigida pela sociedade. Discutam-se, em linhas gerais, a questão da literatura oral, mais precisamente os contos populares. Destaca-se o papel do incentivo à leitura, mostrando aos educandos, o resgate da cultura popular oral, baseado nas experiências do cotidiano.

PALAVRAS-CHAVE: Aluno. Contos. Leitura. História.

1. INTRODUÇÃO

Considerando a literatura como uma força de arte que utiliza como matéria prima a palavra, logo concluímos que a criança é desafiada em seu primeiro pré-requisito, que é ser alfabetizada, a saber ler. No entanto, a intervenção do adulto é uma importante ferramenta na medição entre a criança e o livro, de aproximação e da construção de uma de uma relação maior entre os dois, mesmo antes da alfabetização diante da dificuldade ou desinteresse pelo ato de ler. Podemos reafirmar de acordo com a Ninfa Parreiras:

No processo de aproximação da criança com o livro, o educador ocupa um lugar importantíssimo pra o sucesso dessa empreitada. Inicialmente em casa, quando a mãe conversa com o filo, e quando canta e lhe conta histórias, o adulto é um mediador na relação criança/leitura.

Percebemos então que neste momento ainda não há uma característica de aquisição da linguagem propriamente dita, mas de simples contanto com a narrativa oral relacionada á musicalidade e á afetividade. A partir disso se dá uma influência primordial desta literatura oral na primeira infância e sua eficácia tanto no processo de aprendizagem ao longo de toda a infância. Como afirma Câmara Cascudo a cultura popular é “para todos nós o primeiro leite intelectual”

Sabemos que os contos infantis de ontem e de hoje têm de origem popular, pois são derivados de expressões de culturas orais, ou seja, sem escrita. Esses povos não de contavam com habilidades para registrarem seus conhecimentos, mas, mesmo assim transmitiram-no durante séculos e levaram-no a posteridade através da memória e da tradição oral. Durante esse processo de transmissão boca a boca esses contos sofreram vários tipos de modificações como cortes, acréscimos substituições de acordo com a cultura de cada local que o recebia gerando assim infindáveis variações em seus formatos e sua mensagem primordial. Segundo Câmara Cascudo:

Ao lado da literatura, do pensamento intelectual letrado, correm as águas paralelas, solitárias e poderosas da memória e da imaginação popular. O conto é uma vértice de ângulo dessa memória e dessa imaginação. A memória conserva os traços gerais, esquematizados, o arcabouço do edifício. A imaginação modifica, ampliando pela assimilação, enxertias ou abandonos de pormenores, certos aspectos da narrativa.

A partir desta afirmação acreditar-se que as crianças e mesmo os adultos desenvolvem seu conhecimento de mundo não somente através do real mas também da sensibilidade, da instituição e da emoção. No pensamento popular assim também como no pensamento infantil predomina a magia, a invenção, o encantamento, todos numalógica própria muito bem construída, possibilitando assim a utilização eficaz deste conhecimento para atingir objetivos de ensino e aprendizagem em aspectos formais e principalmente humanizadores, pois “o folclore ensina a conhecer o espirito, o trabalho, a tendência, o instituto quanto de habitual existe no homem”. (CASCUDO)

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Este artigo foi fundamentado em pesquisas bibliográficas e de campo, pois entendemos que este método de abordagem é a mais propicia e ideal para o trabalho aqui tratado.

A pesquisa de campo, foi aplicada com 30 alunos de uma turma do 5° ano (entre 9 (nove) e 11 (onze) anos) do ensino fundamental da escola Centro Educacional Professor Antonio Barbosa Braga localizada no município de Irauçuba e constou da aplicação de uma sequência didático-pedagógica através de narrativas populares com o objetivos de observar o interesse, as reações afetivas, os tipos de indagações e possíveis respostas provocadas pelas narrativas que possam contribuir para o conhecimento de mundo dos alunos pesquisados.

A sequência foi dividida em momentos. Sendo o primeiro a apresentação de uma contação de historia apresentada pelos membros da equipe como forma de estabelecer um primeiro contato com o motivo da pesquisa como também de sensibilização para a narrativa oral. O segundo momento foi a disponibilização diversas títulos de contos

populares em formato de roda de leitura para provocar vivência também da infância que a tradição oral do narrador exerce na literatura escrita e formalizada em livros. Na terceira parte, foram formadas duplas para que elas escolhessem um titulo e fizessem uma leitura compartilhada juntamente com os membros da equipe e ao longo da atividade dialogarem sobre os títulos escolhidos: mensagem retirada da historia, o que mais o chamaram atenção, qual personagem mais ele se identificaram, o que sentiram ao ler aquela historia, o que eles mudariam na historia, por fim, construíram um reconto escrito a partir do titulo escolhido e cada dupla apresentou, de forma dramática, o seu reconto.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

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As narrativas orais fazem parte de um universo cultural que tem como suporte a tradição oral de um povo que reflete os mais variados sentimentos as alma, casos fabulosos, seus hábitos, usos, costumes, vícios, de modo que estimula a imaginação, causando interesses aos educandos. Existem diversos contos populares que são transmitidos através do resgate popular de nossas culturas passando de geração a geração. Como nos diz Nelly Novaes Coelho(1991): “O ato de relatar casos fabulosos é muito antigo”. As narrativas orais, mais do que o relato de um fato, onde aparecem personagem enigmáticos, seres que habitam lugares comuns como os rios e as matas, são registros da cultura de um povo, e em algum momento estas foram encarregadas de repassar ensinamentos e lição de vida.

A proposta metodológica apresentada teve como objetivo ampliar o espaço da contação de historias nas escolas e no trabalho efetivo dos professores que servirão como base para a prática exercida pelo o educador nas séries iniciais do ensino fundamental, como auxiliar no processor de ensino e aprendizagem da criança.

Dessa forma os alunos tiveram a oportunidade de vivenciar a prática de narradores orais no ambiente de aula apreendendo sua importância para o crescimento pessoal, entrar em contato com livros específicos de conto da tradição oral de forma compartilhada, indagar sobre os enredos; a personalidade e o caráter das personagens; o juízo de valor de cada ação praticada na narrativa, tudo relacionado com suas próprias vivências. Assim é possível que os alunos percebam como as narrativos populares contribuem para seu aprendizado, como tem um importante papel na vida de cada um, num sentido que vai para além da aprendizagem formal. Após os alunos perceberem a contribuição da contação de historia no desenvolvimento pessoal e lúdico, os mesmo foram propostos a relatar sobre o assunto expondo oralmente para a turma no que a contação de historia pode contribuir para a sua formação, em seguida a turma seria proposta recontar uma narrativa popular de forma interativa e lúdica.

Tendo a pesquisa o enfoque maior da leitura, percebe-se através do uso das narrativas orais e das propostas apresentadas na escola Centro Educacional Professor Antônio Barbosa Braga, que houve resultados satisfatórios, pois as propostas levou aos alunos instigar o seu imaginário a voltarem sua atenção até o desfecho da narrativa levando-os a leitura complementar e a produção de recontar de maneira satisfatória.

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3.1. Importância da leitura

Desde cedo à leitura se faz presente em nossas vidas trazendo um importante papel para o nosso crescimento pessoal intelectual e por meio da leitura a criança desenvolve a criatividade, a imaginação e adquire cultura. A leitura frequente ajuda a criar familiaridade com o mundo da escrita.

A leitura faz parte do cotidiano das pessoas das maneiras mais diversas possíveis.

Desde a pré-história, os seres humanos, mesmo sem nenhuma noção de leitura e consecutivamente, de escrita, registraram no interior de cavernas suas vivências e experiência por meio de rabiscos e desenhos hoje conhecidos como pinturas rupestres. Naquela época, o ser humano já sentia necessidade natural de se comunicar e de contar seus feitos para as gerações seguintes.

A leitura abre horizontes e nos proporciona entendimento para que possamos perceber compreender e refletir sobre o mundo ao nosso redor e, é por meio de prática que teremos a capacidade de desenvolver a criticidade. A importância da leitura se faz presente na formação do individuo atuante sociedade, pois, a leitura é uma poderosa ferramenta da literatura.

Pelo uso da leitura temos acesso a contos populares que são passados de geração em geração e dá continuidade a determinadas tradições e culturas. É através dos contos populares que podemos plantar nas crianças a semente da leitura, fazendo com que ela desde pequenas, desenvolva o hábito e o gosto por esta forma tão importante de adquirir sabedoria que é a leitura.

Para que se possa estabelecer um convívio significativo entre a criança e os contos é necessário adequá-los de desenvolvimento delas. Apesar da evolução biológica e psicológica sofra infinitas variações de criança para criança, Nelly Novaes Coelho estabeleceu algumas categorias aproximativas relacionado a idade e expectativa de conhecimento/domínio do mecanismo da leitura no período estabelecido. Cada categoria estabelece princípios orientadores que facilitam a escolha de livros e contos adequados para cada criança ou para cada grupo.

De um modo ainda mais aproximativo serão considerados o leitor-em-processo (a partir dos 8/9 anos) e o leitor fluente (a partir de 10/11 anos). Acredita-se que dentro das habilidades adquiridas entre estas faixas etárias pode-se desenhar uma classificação significativa das características do aluno do 5º ano do Ensino Fundamental regular. Este

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aluno está em fase de consolidação de domínio do mecanismo da linguagem e da compreensão do expresso no livro.

De acordo com NOVAES, 2000 o ideal para o leitor-em-processo são: “Textos escritos em frases simples, em ordem direta e de comunicação imediata e objetiva.” Ora, se estarmos falando de textos de literatura oral, mesmo que na forma escrita é evidente que seu corpo se apresenta em linguagem simples, de fácil apreensão e muito aproximada à fala, logo, bastante atrativa tanto para o leitor-em-processo quanto para o leitor fluente. Ricardo Azevedo reafirma:

Mesmo em versões contemporâneas feitas por escrito, o conto popular continua marcado pela narrativa oral, pois tende a manter certas características do discurso falando e pressupõe sempre uma voz que narra e um ouvinte.

Refiro-me a um escritos que, de certo modo, escreve como quem fala e a um leitor que lê como quem ouve.

Sabe-se agora mais efetivamente a enorme importância da relação do tipo de linguagem utilizada pelo narrador popular para atrair o interesse do pequeno leitor, que dialoga com ele, que se aproxima, bem como faz a mãe quando canta e conta histórias para o filho pequeno. E quando o narrador se aproxima afetivamente dá a possibilidade de ser construída uma relação prazerosa, eficaz e duradoura provocando assim o interesse pela leitura e pelas narrativas em geral.

Ainda segundo a classificação de NOVAES o leitor fluente

É atraído pelo conforto de ideias e seus possíveis valores e desvalores. As potencialidades afetivas se mesclarem com uma nova sensação de poder interior: a da inteligência, do pensamento formal, reflexivo. É a fase da pré- adolescência. (NOVAES, 2002).

Temos nesta fase, onde o pré-adolescente inicia uma construção da sua visão e começa a estabelecer valores pra si, um campo fértil para o contato com os contos populares, que vêm casar perfeitamente com esta situação, pois eles geralmente não obedecem aos princípios gerais da moral e do bom comportamento. Embora isso não seja muito questionável e se espere que os bons costumes e os valores universais sejam pregados dentro dos processos de ensino, esta característica em especial gera a oportunidades de não apenas impor, mas, de que os juízos de valor possam ser colocados em questão e que se introduza os princípios de ética, onde se constitui a avaliação, reflexão e critica sobre o acontecimento narrado. É uma experiência interessante para o jovem leitor em fase de começar a compreender a vida e situar-se diante dela.

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Podemos perceber também que essa relação tão profunda que se estabelece entre conto e ouvinte vem de outras instancias e se concentram em sua grandiosíssima parte na própria narrativa.

Abro parênteses para lembrar que a narrativa é um recurso humano vital e fundamental. Sem ela, a sociedade, e mesmo a visão que temos de nos mesmos, não poderia ser construída. [...] Para além de um recurso literário, a narrativa pode ser considerada um dos procedimentos através dos quais tornamos a vida e o mundo interpretáveis. (AZEVEDO, 2006).

Fica claro então que vivencias as narrativas faz parte do processo de construção da identidade do ser humano em geral, que elas ajudam a transformar e tornar mais compreensível à experiência da vida de forma coletiva e é claro que o processo da narratividade está intimamente ligado ao conto popular.

Ainda o maravilhoso, o mágico... existentes em universos diferentes do nosso mundo conhecido, continua sendo grandes atrações. E principalmente a presença desse maravilhoso, mágico, fantástico ou absurdo como participante natural da vida cotidiana e real. (NOVAES, 2006).

Temos aqui a característica triunfo para atrair leitores com as habilidades aproximativas acima citadas de acordo com o 5º ano. Ao contrario do que se pode pensar quando se pretende compreender melhor a vida ou construir identidades e valores, o fato de tratarmos com aspectos fictícios, mágicos ou de encantamento não anula a sua capacidade de questionar a abordar a vida concreta de forma significativa. Além disso, é possível estabelecer um grandíssimo contato com temas que discutem a condição humana no ponto de vista concreto e também abstrato, envolvendo desejos, conflitos, contradições, erros e acertos, possibilidades, sonhos dentre um infinidade de temas que assolam a nossa existência.

3.2. O PAPEL DA LEITURA PARA O ACANCE DOS OBJETOS DA

EDUCAÇÃO BÁSICA

O principal objetivo da leitura, segundo o PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) da Língua Portuguesa, é formar leitores fluentes, resultando em uma escrita com qualidade. Com a leitura o educando começa a ter familiaridade com o mundo literário, construindo um conhecimento sobre diversos assuntos, sobre autores e suas

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obras, deixando o seu vocabulário mais rico. E de acordo com Magnani (1994, pág

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Um dos frequentes critérios para seleção e utilização de livro de literatura, em português, é o que se amolda do gosto dos alunos nas suas expectativas e preferencias refletem a complexidade das relações que envolvem sua formação com o leitor mesmo fora do circuito escolar.

O objetivo das didáticas apresentadas no PCN para o ensino fundamental, é que todo professor tem que trabalhar com textos, independente da sua formação. As atividades para se trabalhar a leitura não podem ser superficiais, ou melhor dizendo, uma tarefa obrigatória, pois nesse sentido os alunos não serão despertados ao prazer e a interação com a leitura. Os textos literários devem despertar atenção do leitor, de maneira que faça com que se envolva com contexto da historia.

“Um leitor competente é alguém que, por iniciativa própria, é capaz de selecionar, dentre os trechos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a uma necessidade sua. Que consegue utilizar estratégias de leitura adequada para abordá-los de formas a atender a essa necessidade”. (PCN de Língua Portuguesa de 5ª a 8ª Série, 1998; p. 15).

O incentivo à leitura na educação não é somente fazer com que o educando saiba decodificar as palavras ou ter uma leitura sem compreensão, pelo contrário, o objetivo da leitura no ensino é fazer com que a criança tenha o hábito pela leitura prazerosa, de qualidade e que ela desenvolva uma interpretação íntima sobre o que ela está lendo. Quando o educando está tendo contato com a leitura, ele poderá obter avaliar e utilizar informações adquiridas a partir da leitura. Esse contato também desenvolverá no educando as diferenças dos diversos tipos de texto, mas também podemos ter como objetivo formar um leitor que possa compreender o que não está escrito, o que está subentendido, nas entrelinhas do texto lido.

Mas para que possamos alcançar esses objetivos é necessário que o educando tenha um apoio em casa, mas principalmente na escola, pois é na escola que as metodologias pela uma leitura prazerosa e com compromisso será experimentada. Para isso será apresentada alguns tópicos importantes para que esse hábito seja desenvolvido:

 Uma boa biblioteca;

 Um acervo de qualidade;

 Leitura coletiva com o professor;

 Planejar atividades de leituras e dando a sua importância;

 Respeitar as escolhas literárias dos alunos;

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 Não importunar no momento da leitura;

 Empréstimos de livros aos alunos;

 Sugerir títulos diversos em uma mesma turma;

 Executar praticas de leituras que abranja toda a escolha;

Se os tópicos a cima forem executados nas escolas, os objetivos serão alcançados com sucesso. Dessa forma, o educando irá se conscientizar desenvolver uma sensibilidade pela leitura, formar uma compreensão sobre os diferentes textos que lhes forem oferecidos e a partir disso, eles (os alunos) poderão instigar o seu senso crítico e posteriormente conquistar sua autonomia e independência para defender suas opiniões sobre as suas leituras.

3.3. O TRABALHO DA LEITURA COM CONTOS POPULARES:

PROPOSTAS METODOLOGICAS

A leitura vai muito além da pratica de decifrar signos, é necessário que o conteúdo lido seja compreendido plenamente. Para o objetivo ser alcançado é preciso que haja interação entre texto e aluno. Cabe ao professor, despertar nos alunos o gosto pelos livros, promover situações de leitura em que os mesmos sejam motivados a se interesse pelo texto, possibilitar reflexões sobre as leituras feitas em sala de aula e propor atividades que utilizem o gênero conto como recurso de interação.

O hábito da leitura gera uma série de benefícios aos praticantes ampliando horizontes e possibilitando o desenvolvimento do espirito investigativo além de estimular a criatividade, favorecem a autonomia e despertar o senso crítico.

Para incentivar a leitura em sala de aula é necessário que se faça uma programação diferenciada para chamar a atenção dos alunos. A realização da hora do conto, por exemplo, é uma maneira prática e fácil de expor o texto. A leitura desenvolve a imaginação e a criatividade favorecendo o contato coma literatura. Na hora da contação, é preciso respeitar as pausas, as perguntas e comentários que a historia possa despertar.

O objetivo da hora do conto é a familiarização com a literatura, expondo-a como entretenimento. Para o aluno, torna-se prazeroso ouvir o narrado que fará a leitura com

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modulações de voz e expressões faciais tornando os significativos mais compreensíveis e a situação dos personagens mais interessantes.

Na hora da contação dos contos populares, o professor também precisa soltar a imaginação e a criatividade fazendo uso de métodos como: o de teatro de bonecos com fantoches personalizados, encenação da historia lida, fazer cartazes com desenhos baseados nos contos explorados, criar desenhos dos personagens que mais se identificaram e expô-los em um mural.

É muito importante que as crianças tenham acesso aos livros, escolhendo livremente o que mais lhe interessa, o professor deve está sempre as incentivando à leitura, falando a respeito de autores e livros. Ler juntamente com os alunos, os mesmos livros e pós a leitura, fazer comentários sobre a obra, desenvolve tanto fala quanto a audição, e proporciona também a socialização.

4. CONSIDERAÇÇÕES FINAIS

É preciso possibilitar a descoberta da criança, proporcionar um contato com literatura que vá para além de regras, lições e meras informações decorativas. Isso é possível através da cultura popular, dos livros e dos contos, pois nada mais prazeroso do que receber de forma afetuosa, acessível e simples, imagens, enredos e temas que se relacionam com a vida de cada um provocando identificações e associações. Então pode-se ter boas chances de formar leitores bons e entusiasmados diante das narrativas que leem, ouvem e contam, capazes inclusive de contagiar outros leitores à sua volta.

REFERÊNCIAS

SILVIA, René Marc da Costa. Cultura Popular e Educação: salto para o futuro.

Brasilia, 2010.

COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil. São Paulo, 2000.

CASCUDO, Câmara. Contos tradicionais do Brasil. São Paulo, 2004.