1 INTRODUÇÃO

Através deste trabalho iremos falar sobre ideologia que é um conjunto de ideias a respeito de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos e que pode estar relacionada a ações políticas, econômicas e sociais. O termo em questão foi usado de forma marcante pelo filósofo (Antoine Destutt de Tracy), mas, seu conceito foi estudado em profundidade pelo filósofo alemão Karl Marx, que vinculava a ideologia aos sistemas teóricos de ordem política, moral e social que foram criados pela classe social dominante.

A classe dominante desta época tinha como foco manter os mais ricos no controle da sociedade e foi devido a este fato que no século (XX) surgiram várias ideologias, as quais podemos destacar a ideologia fascista, a comunista, a democrática, a capitalista, a conservadora, a anarquista e a nacionalista.

2 DESENVOLVIMENTO

De acordo com as ideias de Chaui (2005) a ideologia fascista foi implantada na Itália e Alemanha, principalmente, nas décadas de (30 e 40) e que possuía um caráter autoritário, expansionista e militarista, a ideologia comunista, esta foi implantada na Rússia e em outros Países, principalmente pertencentes ao leste europeu após a Revolução Russa (1917) e que tinha em vista a implantação de um sistema de igualdade social.

Quanto à ideologia democrática, esta surgiu em Atenas, na Grécia Antiga e possui como ideal a participação dos cidadãos na vida política, a ideologia capitalista surgiu na Europa durante o Renascimento Comercial e Urbano, no século (XV) e tinha uma ligação direta com o desenvolvimento da burguesia e visava o lucro e o acúmulo de riquezas.

Sobre a ideologia conservadora, suas ideias estão ligadas à manutenção dos valores morais e sociais da sociedade, a ideologia anarquista defende a liberdade e a eliminação do estado e das formas de controle de poder e por último a ideologia nacionalista que exalta e valoriza a cultura do próprio País (CHAUI, 2005).

Mas, Gallo (2000) levanta a questão de que ideologia e subjetividade estão intimamente relacionadas, visto que a ideologia, por ser um fenômeno social que precisa incorporar-se em cada indivíduo, em suas estruturas subjetivas para que possa ser eficaz. Portanto, pode-se dizer que a subjetividade e a consciência são duas realidades que complementam a descoberta da consciência, que ocorre quando há o reconhecimento da subjetividade.

Porém há outro estudioso Sartre (2007) argumenta sobre a essência da subjetividade que só pode ser interditada dentro de um conjunto de atos que o indivíduo pratica, em um processo contínuo e eterno de autoconstrução ao qual ele se entrega plenamente. Por outro lado, a descoberta da subjetividade é também a descoberta de um vazio, do buraco negro de ser, ou seja, eu sou, mas o que sou?.

É importante segundo Sartre (2007) destacar que, apesar de possuir um caráter interior (a “consciência de si mesmo”), ela só se constrói na exterioridade, visto que precisa buscar fora de si, no mundo, as significações que necessita para o preenchimento de sua estrutura.

Cada subjetividade corresponde a um processo único, singular e é devido a isto que cada indivíduo interpreta e incorpora para si, de forma diferenciada e personalizada, os fatos que ocorrem no mundo em que se desenvolve. É por esse motivo que, em cada acontecimento vivenciado por certo número de indivíduos são encontradas diferentes leituras do mesmo.

Não é raro o homem ter dificuldade de aceitar sua própria estrutura interior e, quando isto acontece, percebe-se como um ser humano vazio e assim acaba se entregando à “prostituição do ser”, ao mundo, visto que espera receber de fora, aquilo que não conseguiu encontrar em seu próprio interior.

Ao entrar em tal processo, passa a “representar papéis” por ter dificuldade de encontrar a sua identidade para ser reconhecido no mundo, abrindo espaço para que o fenômeno da má-fé penetre em sua vida, buscando preencher o “vazio de ser” que existe nesse ser humano.

É através da má-fé que a ideologia costuma entranhar-se na estrutura da subjetividade, quando reconhece a existência de um “vazio de significações” no indivíduo em sua relação com o mundo. Aproveitando-se disso, a ideologia chega até ele, repleta de falsas significações que são produzidas pela sociedade de massas (GALLO, 2000).

A ideologia pode ser comparada com uma máquina social padronizadora que tem como função produzir uma lógica desejante e que só aparece quando encontra um “vazio de ser” em determinado indivíduo ou grupo social. Passa então a fomentar a construção de uma “identidade externa”, indiferente ao processo de auto-construção, normalmente conduzindo o indivíduo ao “buraco negro de ser”, ou seja, ao vazio de si mesmo.

 

3 CONCLUSÃO

Conclui-se então, que ideologia e subjetividade fazem parte de um mesmo processo, pois uma complementa a outra ao mesmo tempo em que se excluem. Assim podemos dizer que a ideologia para se estruturar e ser concretizada precisa se apossar das inúmeras subjetividades, invalidando e desintegrando a singularidade e preenchendo os vazios de subjetividade.

E quanto ao método de educação de Sócrates não pode ser pensado separadamente de seu método de filosofar que é a maiêutica, visto que os fins de sua visão educacional são éticos e o homem almejado por esse modelo de educação é aquele disposto para a justiça, para o amor e para a virtude e que é definido através de seu intelecto.

4 REFERÊNCIAS

CHAUÍ, Marilena. Os Princípios da filosofia. 3°. Ed. São Paulo: Editora Sarmento, 2005.

GALLO, Sílvio, Donizetti de Oliveira. Conteúdos Específicos sobre a história da filosofia. 4°. Ed. São Paulo: Editora Moderna, 2000.

SARTRE, Artur. Tópicos Especiais da Filosofia. 2°. Ed. São Paulo: Editora Ática, 2007.