Apesar do 11 de Novembro ser a data da independência nacional, o dia 4 de Abril, entrou sem margens de dúvidas, na hitória de África e quiça do mundo, como o dia em as armas, o sofrimento e as hostilidades humanas se calaram definitivamente em Angola. Era um dia que dava para tudo: sorrir, saltar, abraçar, correr e até mesmo chorar de alégria. Nesse dia, todos os caminhos, olhares e ouvidos voltaram-se para a Assembleia Nacional, onde decorria o acto, numa cobertura em directo da RNA e da TPA. Num ambiente de comes e bebes, foi possível irmão (filhos da mesma mãe!) sentados à mesma mesa. Foi muito bom ouvir, por exemplo, Lukamba Gato desejar "bom apetite" à Armando da Cruz Neto, ou ainda João Lourênço ladeado pelo general Kamorteiro e Marcial Dachala, a degustarem valentes ossos de uma galinha rija, pareciam até amigos de dedo e unha!
Ao assinar o Acordo de Paz, as canetas de Cruz Neto e Kamorteiro consumaram o acto, dando provas inequívocas de que os angolanos são capazes de resolverem os seus próprios problemas. "Estamos proibidos de falhar", frisou Cruz Neto, das FAA. "A gora é preciso desarmar as mentes", concluiu Kamorteira, das forças armadas da UNITA. Se um dia deixar o "cadeirão", José Eduardo dos Santos fá-lo-á de cabeça erguida por deixar este legado ao povo angolano. Foi mesmo um sonho tornado realidade. Viva a paz, a unidade e a reconciliação nacional!