Contemplando-te, ó Mestre, içado às dores,
Em seu trono de angústia, sangue e chagas.
Sinto em mim a grandeza com que esmagas,
O ódio e a maldade dos perseguidores.
Ladeado por rudes malfeitores.
Ao vozerio de baldões e pragas,
Guardas no olhar a bênção que afagas,
O coração dos pobres sofredores.
"Perdoai-lhes, meu Pai!" -disseste em pranto,
No imenso amor, iluminado e santo.
Que a tua cruz de lágrimas encerra...
E vejo, enfim, que sem teus dons divinos,
Não passamos de escuros peregrinos.
Infortunados lázaros da Terra.







EWALD KOCH