ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ: uma análise da atual violência

Fernando Luis Ávila Góis [1]

José Rafael Oliveira Batista [2]

Paulo Marcelo Duarte Miranda [3]

RESUMO

O presente artigo vem discutir um problema que se apresenta de forma intensa em todo o mundo, a banalização da violência. Para isso, analisaremos alguns dos personagens do filme"Onde os Fracos não têm vez", entendendo que alguns destes se mostram como verdadeiros arquétipos para o fenômeno que aflige a sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Banalização da Violência. Psicopatia.

INTRODUÇÃO

O longa-metragem Onde os fracos não tem vez (2007, No Country for Old Men) é uma adaptação do romance homônimo de Cormac McCarthy. O filme foi adaptado e dirigido pelos diretores Joel e Ethan Coen (os irmãos Coen), aclamado pela crítica cinematográfica, ganhou dois Globos de Ouro (2008), três premiações BAFTA (2008) e quatro Oscars (2007) nas categorias de melhor direção, adaptação, ator coadjuvante e filme. A história se passa na região do Texas da década de 80. Possui uma sinopse aparentemente simples: um caçador encontra uma maleta cheia de dinheiro pertencente a um grupo de traficantes da região, ao levá-la é perseguido por um assassino psicopata, criando no filme um jogo de "gato e rato".

Porém o filme é bem mais complexo que uma breve sinopse. Logo no início dele, ouvimos a voz de um homem cansado e desiludido com a realidade da violência atual, é o xerife Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones), um policial que está prestes a se aposentar. Llewelyn Moss (Josh Brolin) é um típico texano, caçador, soldador de ferro e ex-combatente da guerra do Vietnã, ao encontrar um grupo de traficantes mortos e com eles uma maleta, desencadeia uma série de eventos catastróficos e sangrentos do qual ele jamais poderia prever. Anton Chigurh (Javier Bardem) é um mercenário pago pelo grupo do cartel de drogas para conseguir a maleta de dinheiro que se encontra com Llewelyn. Em sua busca pelo dinheiro, Chigurh deixa um rastro devassador de sangue, porém nunca deixa uma testemunha viva de seus atos. Durante o clímax da história percebemos como a procura pelo dinheiro é apenas uma desculpa para Chigurh derramar sangue.

A crueldade de Chigurh, o bom-mocismo infrutífero de Llewelyn e o pessimismo de Tom Bell constroem aqui uma fórmula bem arquitetada. Tais personagens bem construídos, bem como outros coadjuvantes da história, são bases para diálogos e cenas inteligentes. O filme "tira" um fiel retrato da violência e a incapacidade do Estado de lidar com ela. Uma violência, diga-se de passagem, que nunca se mostrou tão presente, tanto no Texas como no Brasil. Portanto, uma discussão sobre essa nossa violência banalizada é fundamental, ainda que sem pretensão de apresentar soluções. Para isso utilizaremos da análise de alguns personagens que nos servem como uma alegoria.

1. Sobre a banalização da violência

Diariamente vivemos imersos numa quantidade exacerbada de violência, seja nas ruas ou nas manchetes de jornais. O filme "Onde os fracos não têm vez" aborda isso de maneira bem peculiar. Temos duas personagens emblemáticas: uma é a própria encarnação da nossa atual violência, o "mata pelo matar", não obedece a nenhum tipo de sentimento ou paixão ao matar suas vítimas. O outro é um agente do Estado que não consegue lidar com esse tipo de criminalidade. São Anton Chiguhr e xerife Ed Tom Bell. Podemos com estes dois fazermos uma alegoria. Anton representaria a atual violência e o xerife Ed Tom Bell, o Estado incapaz de resolvê-la. Temos no início da película uma fala do xerife Ed Tom Bell que diz como ele se sente em relação a esse "novo" mundo:

"Fui o xerife deste condado quando tinha 25 anos. É difícil de acreditar. Meu avô foi um homem da lei. Meu pai também. Eu e ele fomos xerifes na mesma época. Ele, em Plano, e eu, aqui. Acho que ele se orgulha disso. Eu me orgulhava. Alguns xerifes de antigamente nem andavam armados. Muita gente acha isso difícil de acreditar. [...] Sempre gostei de ouvir histórias dos antigos. Nunca perdi uma oportunidade. Impossível não nos compararmos a eles. Impossível não se perguntar como fariam nos dias de hoje. Mandei um rapaz para a cadeira elétrica... em Huntsville. Fiz a prisão e testemunhei. Ele matou uma menina de 14 anos. O jornal falou em crime passional... mas ele me contou que não houve paixão alguma. Ele me contou que sempre planejou matar alguém E se o soltassem, faria de novo. E sabia que ia para o inferno 15 minutos depois de morrer. Não sei como reagir a isso. Não sei mesmo. Os crime s que vemos hoje são difíceis de compreender. Não que eu tenha medo disso. Sempre soube que tínhamos que estar dispostos a morrer para trabalhar nisso. Mas eu não estou disposto a me arriscar à toa, sair por aí e encontrar uma coisa que não compreendo..."

Nessa fala, ele mostra como a realidade que ele enfrenta é bem diferente daquela que ele e seus antecedentes viveram. Mostra também como o próprio código jurídico não consegue enquadrar e acompanhar muito dessa violência banalizada, como o exemplo que ele dá do garoto que mandou para a cadeia elétrica. Ed Tom demonstra um verdadeiro sentimento de incompreensão com a realidade surgida. Outro diálogo interessante é quando ele afirma que parece procurar um fantasma ao se referir a Anton. Podemos extrair mais uma característica da violência atual, a sua "abstração". Ela está por toda parte, mas ao mesmo tempo, é difícil enfrentá-la em sua concretude.

Outra consequência desse fenômeno é falta de sensibilidade em relação ao outro, é comum até, em alguns canais de televisão, programas policiais no horário do almoço. Angelo Patricio Stacchini, em sua prática Professional como Promotor de Justiça de São Paulo, observa:

"Verifica-se a existência da aguda situação de violência principalmente nas regiões da periferia da cidade. Em nossa atuação profissional, como Promotor de Justiça no Tribunal do Júri de Santo Amaro (que julga crimes contra a vida praticados na periferia da zona sul da cidade de São Paulo — a região mais violenta da metrópole, com o índice de homicídios mais elevado), constatamos casos trágicos: crianças pequenas que, indiferentes à existência de um cadáver num campo de futebol da periferia, jogam bola como se nada tivesse acontecido; cadáver que permanece jogado no meio da rua, com a cabeça dilacerada por projéteis de espingarda "calibre 12", enquanto um cachorro vira-latas espalha seus miolos, passeando com eles na boca, por mais de 100 metros! São situações degradantes, que não podem deixar de chocar. Se não causam mais impacto, algo de errado há!" [4]

Se relacionarmos essa falta de sensibilidade social às ideias freudianas, constataremos que nossa sociedade parece não se "descobrir" no outro, parece faltar o sentimento de alteridade, viveríamos uma espécie de "narcisismo social"? A seguir aprofundaremos nas personagens do filme.

2. Personagens

2.1. Xerife Ed Tom Bell

O xerife Ed Tom Bell é interpretado no filme por Tommy Lee Jones. Xerife de Turrel, lugar onde se desenrola a contextura, o tarimbado homem da lei está sempre a um breve instante de Anton Chigurh, que vai deixando uma vereda de corpos enquanto caça Llewlyn. Ao mesmo tempo, tenta proteger este último, o qual faz de tudo para escapar de seu perseguidor e preservar o dinheiro.

"Onde os fracos não têm vez" é um suspense impactante no qual o crime faz parte de um negócio. Onde mortes são encomendadas ou são danos colaterais produzidos pela ambição, e por vezes pela violência gratuita. Aponta e exibe o recente momento que nos abate com os eventos mais chocantes e temíveis possíveis. Os antigos apegos morais, muitas vezes disseminados como fundamentais para deixar a humanidade nos eixos foram superados por uma abundância de valores antagônicos que têm na ambição e no individualismo seus fios condutivos.

Quando Freud escreveu "O mal-estar na civilização" - no ano de 1930 -, o mal-estar derivava do exagero de controle, na atualidade, porém, decorre do excesso de liberação, que extingue os limites cogentes à ordem guardiã do bem-estar para todos, indicando uma insuficiência na operacionalização da lei. A liberdade particular, outrora vista como responsabilidade para os edificadores da ordem, tornou-se, atualmente, o maior dos atributos na perpétua autocriação do universo humano. Isso se intensificou a tal ponto, que a liberdade individual vem sendo vivida em seus excessos: ultrapassa, muitas vezes, os limites da lei, desobedece e traz como consequência o abandono, que promove sofrimentos psíquicos diversificados.

O xerife Ed Tom Bell é um homem nostálgico. Ele sabe que sua época já passou, e está vivendo num período que não compreende. "Não quero sair por aí e encontrar uma coisa que não compreendo."

O panorama da ação, uma terra pouco ocupada, com rodovias semi-abandonadas, da região árida de limite com o México, reforça ainda mais a impressão de desesperança e mal-estar. O ambiente permanente é de cansaço, de esgotamento. A sensação de estar no fim da linha. Ele se sente sobrepujado por essa nova e temível criminalidade. O tráfico de drogas e a violência acarretaram um novo tipo de criminoso que ele não consegue entender.

É importante atender ao título original do longa-metragem. "No country for old man" é uma história do xerife. Nenhum país para homens velhos, uma tradução mais leal ao título original em inglês, já expõe o protagonismo do xerife, que não tolera viver num país ou numa época assustadora e violenta como a nossa. Enquanto não se aposenta, o filme ocorre. O filme é um acidente na estrada de Ed Tom, cinematograficamente pensando.

Logo no princípio, o filme já deixa abalizada a sua ambivalência. Ao começar com uma narrativa em off de Tom Bell que mais é uma digressão acerca dos novos dias, tão díspares daqueles de outrora. "Muitos xerifes de antigamente nem andavam armados. Impossível não se perguntar como fariam isso hoje." Na atualidade a arma é a lei (como no Velho Oeste), e Ed Tom é uma espécie em amortização. Seus procedimentos de investigação e detenção são arguciosos, contudo não possuem a cólera nem tão pouco a psicopatia que não conhece perímetros como a de Chigurh. "Os crimes que vemos hoje são difíceis de compreender".

Nas cenas no distrito e no café, o xerife e seu subordinado trocam histórias tão sanguinolentas e peculiares quanto à história principal.

A busca da compreensão sobre o fenômeno delitivo emana desde a antiguidade. Houve períodos em que o delinquente, considerado enquanto tal a partir de uma visão egocêntrica foi entendido como um ser anormal (por exemplo, na Grécia antiga), o que, em geral, o levava à expulsão do clã.

No século III, muitos apreendiam que o desvio que levava a pessoa a afastar-se das normas sociais era ingerência do diabo. Somente com o advento das idéias renascentistas o Homem começou a ser visto como dono do seu competente destino. Nessa fase, há também uma viva busca em se humanizar as penas e o tratamento dos condenados. Nos dias modernos há uma inquietude que move estudiosos sobre a procura de uma explicação para o comportamento criminoso.

A criminalidade atual tem averiguado violações cada vez mais peculiares da lei, da moral e da ética, tem se pasmado pela produção de delitos em faixas etárias cada vez menores, pela atitude delituosa cada vez mais presente em pessoas "normais", do ponto de vista sócio-cultural, por delitos determinados cada vez mais por questões de difícil compreensão. Isso tudo estabelece novas reflexões sobre as relações entre a psicopatologia e o ato delituoso.

A banalização da violência e a dramatização do crime têm colaborado de maneira categórica para que o poder de reação seja cada vez menor, tanto por parte dos cidadãos de bem como pelo ineficiente Estado, que só faz ouvir os discursos fáceis a intento da política de segurança pública.

O xerife considera-se impotente para lidar com os crimes da atualidade, que fogem ao seu entendimento.

A cena final, que mostra o xerife narrando um sonho que teve com o finado pai, soa enigmática para muita gente. Para entendê-la, é preciso lembrar-se da abertura, com a narração enfadada em off do mesmo personagem, jurando não entender mais o mundo em que vive. O sonho que ele narra, apesar de não parecer ter analogia com a história, na verdade apresenta uma leitura bastante incomum que, mais uma vez, se ajusta ao tema da violência incomensurável. Desta forma, os diretores não somente reafirmam a originalidade do longa como, de quebra, ainda criam uma rima interessante entre o início e o fim da obra.

2.2 Llewelyn Moss

Josh Brolin interpreta Llewelyn Moss, um sujeito inocente o suficiente para achar que poderia escapar tranquilamente com uma valise com dois milhões de dólares, oriunda do mercado de drogas. Para agravar sua situação, na sua cola está Anton Chigurh interpretado magnificamente por Javier Bardem.

Um soldado aposentado no cume da boa forma, veterano do Vietnã, que um dia encontra o efeito do que aparenta ser uma grande negócio de drogas que deu errado. Corpos para todos os lados, automóveis crivados de bala, tudo isso no ambiente do deserto. E como bônus, dois milhões de dólares. A perfeita conveniência para tirar a esposa do trailer park onde mora. Llewelyn não é uma má pessoa, mas não mede a real consequência da sua ação. Em seu encalço, vem o fantasmagórico Anton Chigurh.

O fato de Llewelyn errar o tiro e não conseguir abater o animal que perseguia antes de encontrar a valise com dinheiro ao mesmo período em que Chigurh vara o cérebro de sua vítima sem abandonar provas é o primeiro elemento que o filme nos dá para evidenciar o precipício que separa os dois personagens. Temos o assassino perfeito versus o errante sujeito sem dons, e o suspense principia quando o primeiro passa a perseguir o segundo.

Llewelyn poderia ter escapado com o dinheiro sem ser pego. Porém, a consciência pesou e ele resolveu regressar ao local onde encontrou o dinheiro para dar água a um homem que definhava e o solicitara antes. Homens chegam ao local e Llewelyn se esconde. Porém é logo descoberto e inicia-se a terrível caçada.

Fugindo do seu perseguidor ao mesmo momento em que tentava resguardar o dinheiro, Llewelyn não consegue mais viver tranquilo. Um sentimento de medo toma conta dele, uma vez que sabe que não adianta esquivar do seu carrasco. O medo da violência, que pode vir de qualquer lugar, deixa o homem em um estado de apreensão e desamparo que podem culminar com o desenvolvimento de patologias.

2.3. Anton Chigurh

2.3.1. O personagem e a psicopatia

Anton Chigurh é um matador de aluguel contratado por um cartel de drogas para recuperar uma maleta com dinheiro. Até aí não há nada de surpreendente: é um criminoso qualquer, chamado para fazer um trabalho sujo. A diferença está no perfil deste homem e na maneira como encara suas vítimas.

Comecemos por sua aparência: seus olhos trazem uma aparência morta, sem vivacidade; seu cabelo esquisito, partido ao meio, potencializa todo o aspecto amedrontador de um rosto sem sorriso algum; suas roupas escuras, destoantes do modo de vestir dos outros personagens, revelam uma singularidade sinistra, como se ele fosse a morte caminhando entre os demais.

Para ele, matar é algo tão natural quanto beber água ou ir ao banheiro. Não sente nenhum remorso. É como se o ser humano fosse tratado como uma coisa, sem sentido e sem valor. O seu desprezo pelo outro é tamanho que chega a colocar em uma brincadeira de "cara ou coroa" a vida ou morte de suas vítimas.

Em uma das derradeiras cenas do filme, a vítima tenta argumentar com Chigurh: A moeda não pode decidir. É você quem decide. E ele não dá nenhuma chance a ela: Cheguei aqui do mesmo jeito que a moeda [5] , como se a morte fosse fruto do acaso. E a mata (subentende-se que isso aconteceu, pois ele checa a sola do sapato antes de sair da casa, para ver se não estava suja de sangue). Isso mostra a sordidez de um homem que não tem o mínimo respeito para com a vida alheia.

O psicólogo Leonardo Fernandes Araújo classifica Chigurh como um psicopata: "O personagem é uma tábua rasa, não apresenta absolutamente nenhuma emoção, é frio e dissimulado. O seu prazer está na captura e morte de seus alvos." [6]

A questão da punição e do tratamento ao psicopata é um assunto que intriga tanto os psicólogos quanto os juristas. Afinal, a cadeia pode corrigir as atitudes de um criminoso como esse? Há cura para o seu comportamento?

2.3.2. Psicopatia: punição e tratamento

No Código Penal Brasileiro não há nenhum artigo que trate expressamente da psicopatia. A mesma está contida nos artigos referentes à insanidade mental, o 26 e o 98. Vejamos como eles se apresentam na íntegra:

Art.26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao mesmo tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um terço a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Art. 98. Na hipótese do parágrafo único do artigo 26 deste Código e necessitando o condenado de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de um a três anos, nos termos do artigo anterior e respectivos §§ 1 a 4.

Para Emílio Myra y Lopez, o encarceramento não é a melhor solução para psicopatas como o Chigurh: "O máximo que pode conseguir o regime carcerário em um tipo amoral é aumentar sua astúcia e conseguir que aprimore suas técnicas de delito para escapar posteriormente à ação da justiça". [7]

Robert Hare afirma que o psicopata não tem cura por meio das terapias tradicionais:

(...)Pegue-se o modelo-padrão de atendimento psicológico nas prisões. Ele simplesmente não tem nenhum efeito sobre os psicopatas. Nesse modelo, tenta-se mudar a forma como os pacientes pensam e agem estimulando-os a colocar-se no lugar de suas vítimas. Para os psicopatas, isso é perda de tempo. Ele não leva em conta a dor da vítima, mas o prazer que sentiu com o crime. Outro tratamento que não funciona para criminosos psicopatas é o cognitivo – aquele em que psicólogo e paciente falam sobre o que deixa o criminoso com raiva, por exemplo, a fim de descobrir o ciclo que leva ao surgimento desse sentimento e, assim, evitá-lo. Esse procedimento não se aplica aos psicopatas porque eles não conseguem ver nada de errado em seu próprio comportamento. [8]

Hare vem desenvolvendo um novo tratamento para os psicopatas, baseado na redução de danos, na atenuação das conseqüências de suas ações.

Podemos notar com o que foi anteriormente exposto que a psicopatia é um problema sério, que precisa ser bem mais estudado, de forma a encontrar a melhor maneira de lidar com um criminoso desses, sem limites.

<!--[if !supportLists]-->3. Considerações Finais

Com a análise exposta neste artigo quisemos trazer para reflexão um problema vivido por todos. Alguns questionamentos ficam: Será essa violência fruta do novo mal estar da civilização? Sua solução perpassaria em reforçar os meios de contenção que o Estado dispõe? Como viver em sociedade quando a morte do próximo não nos é indiferente?

Não parece haver soluções simples e apesar de terminarmos questionando, uma coisa é certa: só haverá saída se houver diálogos entre as mais diversas áreas da ciência, como o direito penal e a psicologia jurídica. É fundamental também ouvir aqueles que enfrentam todos os dias essa violência, os policiais. Para um problema de tamanha complexidade, só com uma visão holística teremos alguma resposta.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Código Penal. In: Vade Mecum Acadêmico de Direito. 8ª ed. São Paulo: Rideel, 2009.

LOPEZ, Emilio Myra y. Manual de Psicologia Jurídica. 3ª ed. São Paulo: Impactus, 2009.

ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ. EUA. Direção: Joel Coen e Ethan Coen. 2007.122 min. Distribuído pela Miramax. DVD.

http://www.cinereporter.com.br/dvd/onde-os-fracos-nao-tem-vez/ Acesso: 27/11/09

http://www2.uol.com.br/percurso/main/pcs25/abanalizacaodaviolencia.htm Acesso: 27/11/09

http://www.parana-online.com.br/canal/direito-e-justica/news/243016/?noticia=A+BANALIZACAO+DA+VIOLENCIA+E+O+ESPETACULO+DO+CRIME Acesso: 27/11/09

http://www.psicologoemcuritiba.com.br/2009/04/psicopatia.html Acesso: 02/12/2009

http://veja.abril.com.br/010409/entrevista.shtml Acesso: 03/12/2009.

http://www.hottopos.com/videtur3/a_banaliza_da_violencia.htm Acesso: 04/12/09.




[1] Graduando da Faculdade de Direito da UFC, 2° semestre.

[2] Graduando da Faculdade de Direito da UFC, 2° semestre.

4 Graduando da Faculdade de Direito da UFC, 2° semestre.

[4] Disponível em: http://www.hottopos.com/videtur3/a_banaliza_da_violencia.htm Acessado em 04/12/09.

[5] Os trechos em itálico fazem parte das legendas do filme em português.

[6] Disponível em http://www.psicologoemcuritiba.com.br/2009/04/psicopatia.html Acesso: 02/12/2009

[7] LOPEZ, Emilio Myra y. Manual de Psicologia Jurídica, 3 ed. São Paulo: Impactus, 2009 p.242.

[8] Disponível em: http://veja.abril.com.br/010409/entrevista.shtml Acesso: 03/12/2009.