ONDE ESTAMOS ERRANDO.

 

Evidentemente, como igreja do Senhor, é nossa obrigação  fazermos uma análise acurada,despretensiosa e séria de como estamos nos comportando nestes tempos do fim.A  partir da reforma protestante,mais precisamente após o ano de 1.500 muita coisa mudou.Paises foram evangelizados,nações conheceram o poder transformador do Evangelho,e mais que isso,onde prevalecia a força da apostasia o Santo e imaculado evangelho frutificou.Em nosso país, apesar da primazia que alguns ainda procuram dar a “velha” igreja, recalcada, decadente e apóstata (...) a obra de Deus vai indo muito bem.A partir de 1.910 o Pentecostalismo fluiu de tal maneira que todos os rincões desta gigantesca nação foi alcançada.Hoje, assoberbamo-nos de sermos um celeiro de missionários.Nossos templos são grandiosos, belos e confortáveis.Temos cantores em abundancia; pregadores cultos  dos mais variados estilos,para todos os gostos temos alguém para ministrar com maestria.É a fase de ouro da Igreja. Entretanto, apesar de tudo isto, estamos errando no básico.A evangelização pessoal foi substituída pela força  da mídia,o louvor assimilou uma forma diferenciada que leva o povo para outras visões...menos a do calvário.O ministério pastoral,sempre visto como algo santo e respeitoso,tornou-se  mercadoria barata,quando homens sem temor fazem qualquer negócio para obterem lucro e posição.Nossos cultos,em muitos lugares tomaram uma forma de reunião social,onde se prega somente o que alguém quer ouvir,e se valoriza demasiadamente aqueles que dão maiores contribuições financeiras para a obra.Os pobres por sua vez são negligenciados nas visitações pastorais e  no atendimento de suas necessidades.A pregação e ensino para uma vida pura e santa já não são enfatizadas mais. Os conceitos de santificação hoje são outros. Mesmo que não se harmonizem com a Bíblia  Sagrada,o que vale é encher a casa...aumentar a renda e apresentar belos relatórios a liderança.Nossa visão missionária muitas vezes é nublada com  atividades turísticas, políticas e de acomodação.Muitas coisas que ajudaram na derrocada do catolicismo predominante por ocasião da reforma protestante, hoje,servem de modelo para pastores sem pudor,temor e decência.Suas campanhas são recheadas de apelações,de promessas que não se cumprem,e,infelizmente com uma liturgia mística,complicada,e aproveitadora da boa vontade dos incautos.Sinceramente,estamos precisando de um novo “ Lutero” para  proclamar as mudanças devidas e rechaçar tanta heresia nos púlpitos.Que cada um retorne o mais breve possível a simplicidade do evangelho,que o amor seja praticado com sinceridade,que a Palavra seja pregada com unção,que o nome do Senhor seja engrandecido mais do qualquer outro neste mundo tenebroso.

Abril de 2012-04-25

Pr.Valdemir Campos Rocha