ONDE ESTÁ O CORDEIRO?

 

“Então falou Isaque a Abraão seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gênesis 22.7).

 

É certo que quase 2.000 anos depois daquele acontecimento, viria a resposta espiritual.

 

Sim, vinte séculos depois daquilo, João Batista responderia àquela pergunta de maneira gloriosa e taxativa:

 

-Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!

 

Mas, agora, a situação estava na dimensão terrena, física, imediata.

 

Abraão cria que, após o sangrento sacrifício, o grotesco esgar de dor do seu filho entregando o espírito, Deus poderia dar ordem à morte para voltar atrás.

 

Mas, e Isaque?

 

Ele de nada sabia. Não tinha a experiência que Abraão tinha com Deus.

 

Que inexplicável viagem seria aquela?

 

Por que subir a um monte para sacrificar, se seu pai tinha sempre um altar à sua disposição, onde quer que estivesse?

 

Sim, Abraão estava sempre edificando altares.

 

Agora, naquela distância, o fato chegava a ser raro demais.

 

A pergunta de Isaque se tornava curiosidade, interesse, dúvida ou desconfiança?

 

Talvez tudo isto junto, em um pandemônio de idéias, em uma parafernália de emoções.

 

E como descrever tais pasmosos sentimentos, depois que o altar foi edificado, a lenha foi colocada em ordem, e o próprio Isaque foi amarrado sobre a lenha?

 

Impossível de descrever!

 

Não obstante, apesar de tudo parecer negro e sem esperanças, Jeová-Jireh mostrou sua grandeza e glória.

 

E da mesma maneira como fez vir, para todos nós, o Cordeiro, para curar nossas fraquezas, e dar-nos vida, fez surgir naquele ermo, um cordeiro, surgindo do nada, para prover a necessidade extrema de Abraão, e livrar miraculosamente a Isaque dos estertores da morte.