Atualmente, a questão da pirataria está em evidência onde as opiniões costumam ser unânimes. Ouvem-se as mesmas argumentações: Financiamento do crime organizado, desemprego, prejuízos para gravadoras, companhias que trabalham arduamente durante todo o processo de fabricação de determinados softwares (que são vendidos no "mercado paralelo" por preços exageradamente menores), os mitos que declaram que um software pitara estraga os aparelhos que o reproduz, dentre outras tais. Afinal, a pirataria é pode ser considerada e retratada socialmente como crime? Por que esse assunto está incomodando tanto no Governo e as grandes organizações?
Esse verdadeiro abismo existente entre os lados extremos do mercado não é novidade, a questão já vem de época, simplesmente "O feitiço virou contra o feiticeiro!". Em plena era da "Inclusão Digital", quem antes dominava o mercado ditando as regras, é quem hoje está correndo atrás do prejuízo, baixando preços, promovendo campanhas e atacando de todas as maneiras a pirataria, a fim de voltar a obter um espaço nesse mercado desleal que um dia foi todo seu.
De maneira deve ser feita apologia à pirataria, que a lei nos reporta como crime, mas a liberdade de expressão nos permite reaver alguns fatores atuais decorrentes no setor tecnológico: O valor total dos pacotes básicos de softwares originais, para que um indivíduo possa usar um computador (para trabalho, pesquisas, internet, etc.), fica em torno de R$ 800, 00 (supomos), ou seja, a grande maioria não possui condições financeiras para participar dessa grande "Era Digital" que está mudando o rumo do mercado. Ora, seria correto o Governo afirmar como "criminoso" um cidadão que teria por direito que receber os mínimos subsídios defendidos por lei (Educação, Saúde, Alimentação) e não os recebem? E os nossos jovens que crescem sem perspectiva de vida, sem educação, sem base nenhuma em tecnologia, e quando saem para procurar o primeiro emprego, se deparam com as exigências mínimas do mercado: "Noções de Informática" e "Segunda Língua"? A "pirataria", no meu ponto de vista, foi e é a principal responsável pela grande "Revolução Digital", movimentada principalmente pelas classes de media e baixa renda e é de certa forma, uma alternativa de combater o monopólio em que vivemos durante muitos anos, das grandes gravadoras e empresas de telefonia, e que nunca sequer foi combatido ou comentado pelo Governo.
Os dados nos mostram que a pirataria está longe do fim, pois a concorrência desleal sempre prejudicará quem paga regularmente seus impostos, mas com certeza há alternativas de se manter no mercado, conscientizando e incentivando a massa responsável por essa economia (o povo) de uma maneira transparente, medindo as situações com o mesmo peso e não "puxando a sardinha" para o lado de maior interesse econômico, pois não podemos esquecer que foi a "Era da Informação" trouxe conhecimento e o brasileiro está de certa forma cada vez mais interado com o que acontece em nosso país e exercendo os seus direitos de democracia, ainda de uma forma "pré-histórica", mas o conhecimento, a atitude e o tempo são cruciais na lapidação do "novo" cidadão. Por mais vergonhoso que seja, é o início de um novo Brasil.