Nem todo negro, nem todo sempre azul

Nem bravio sempre ou de calmas vagas pacificado,

Mas todo meu e liberto num sedutor horizonte

Em cujas águas deixo-me manter aprisionado.

Hipnotismo da alma,

Escancarada fonte de viagens e canções

O mar dos olhos teus onde desperto,

Os mais profundos sonhos, amores e tesões.

Longas viagens! Profundas expedições

A  perturbar meus sonhos atribulados

De saudades e desejos embriagados

No teu lindo oceano de emoções.

Que se abrande o furor desta tempestade

Para que possa novamente me entregar

Pleno de mim, completo e intenso

Às loucuras desse amor

Do qual me perder não quero

E esquecer não penso.

Os teus...

Meus olhos de mar...!