Em 15 anos, entre 1995 e 2010, o número de trabalhadores domésticos no mundo aumentou em 60%.

Pelo menos 52 milhões de pessoas no mundo são trabalhadores domésticos, mal protegidos socialmente, e 83% deles são mulheres, de acordo com o primeiro estudo da OIT (Organização Internacional do Trabalho) sobre esse assunto publicado quarta-feira.

O trabalho doméstico é em média 7,5% do emprego das mulheres no mundo.

Em 15 anos, entre 1995 e 2010, o número de trabalhadores domésticos no mundo aumentou em 60%. A OIT afirma que estes números são baseados em estatísticas oficiais de 117 países e territórios, mas excluem os 7,4 milhões de crianças que trabalham como empregados domésticos.

Segundo a OIT, trata de "estimativas conservadoras, o que provavelmente subestimam a verdadeira extensão do trabalho doméstico, cujo número de trabalhadores é muitas vezes subestimado em pesquisas."

Os Especialistas estimam que este número poderia facilmente ultrapassar os 100 milhões no mundo inteiro, porque este tipo de trabalho é muitas vezes dissumulado e não repertoriado.

Cerca de 30% desses trabalhadores irregulares estão totalmente excluídos da proteção legal, e 45% sem direito nenhum as férias semanal ou anual.

Além disso, um terço das mulheres domésticas não têm direito a qualquer proteção contra a gravidez.

Para Sandra Polaski, Vice-Diretora-Geral da OIT, "muitas vezes o que se espera dos trabalhadores domésticos é trabalhar mais horas do que os outros trabalhadores." Esses domésticos são também extremamente dependentes de seu empregador, tornando-os "mais vulneráveis à exploração e abusos", disse Polaski.

Em 2011, uma convenção internacional sobre o trabalho doméstico foi adotada pela OIT. Até à data, esta Convenção não foi ratificada que por três Estados, Filipinas, Ilhas Maurícias e Uruguai.

Esta convenção prevê um horário razoável de trabalho, descanso semanal de pelo menos 24 horas consecutivas, um limite de pagamentos em espécie, informações clara sobre os termos de emprego e o respeito dos direitos fundamentais no trabalho.

Quase metade dos trabalhadores domésticos trabalham na região da Ásia-Pacífico (21,4 milhões), 19,6 milhões na América Latina, 5,2 milhões na África, 3,2 milhões em países desenvolvidos e 2,1 milhões no Oriente Médio.

Para concluir, a situação dos trabalhadores domésticos merece uma reflexão e dos Estados e da comunidade internacional, denunciando todaos os tipos de irrugalaridades. Tornando os programas sociais de luta contra os exploradores eficazes. Contra uma ideologia de domesticidade e da intersecção

Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador Universitário

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