O sino badalou duas horas e trinta minutos. Era a vitória de Obama sendo concretizada. Milhares de americanos reunidos, vibrando depois de um dia de expectativas, ansiosos pelo resultado que já parecia anunciado. Há muito a esperança não caminhava alinhada à realização e isso aconteceu. Os EUA será governado por um negro a partir do próximo ano. É um sonho Martin Luther King? Não. Sua utopia tornou-se realidade. A igualdade racial pode ser comemorada, mas há muito ainda a se conquistar.

Enfrentamento da crise econômica com um déficit deixado por Bush de três trilhões de dólares, além é claro dos acordos de paz com o pessoal do "Eixo do Mal". Barack a favor do aborto, do casamento homossexual e até a maconha sendo usada para tratamento de determinadas doenças perambularam pela campanha do presidente negro. Obama é diferente, é mais despojado, é alegre, esbanja felicidade. Sabe que a pobreza não é uma doença e dela tem experiências que permearam sua infância dando sinais que não se esquecerá de suas raízes. Então se preparem: Obama entrará para a história, e não como o primeiro presidente negro eleito pelo voto direto nos Estados Unidos da América, mas por sua diplomacia, pela paz que se instalará no mundo. Ele recuperará a economia americana e conseqüentemente a economia mundial. É o fim da devastação do meio ambiente. Parece muita expectativa a minha, mas é a felicidade que acorda nesse peito que há anos dormia. Fiquei mais feliz que a vitória de Luiz Inácio (PT) em 2002. Essa vitória é mundial, estávamos todos esperando por isso.

No Quênia hoje é feriado, pois o pai de Obama era queniano e seus avós paternos ainda vivem naquele país; Venezuela e Bolívia acenam com esperança para Obama; a Europa quer retomar os acordos; enfim o mundo olhou para o mesmo destino: Obama é o verdadeiro Rei.