Anamarija Marinović

Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Universidade de Lisboa 

O uso de neologismos e estrangeirismos nos jornais portugueses

Introdução 

         O objectivo deste trabalho será analisar o aparecimento e uso dos neologismos e estrangeirismos na língua portuguesa, nomeadamente nos jornais e revistas. Serão abordados os conceitos de “neologismo”, “estrangeirismo”, “empréstimo linguístico”, “palavra estrangeira”, “palavra alheia” que nos facilitará a observação do uso destes termos nos meios de comunicação. Foram escolhidos especificamente os jornais e não a rádio, a televisão e a internet, porque a leitura dos jornais permite ver melhor quais são as possibilidades de escrever estas duas categorias de palavras, tal e como até que ponto os jornais são conservadores ou puristas no uso da linguagem. Ver-se-ão a origem, o carácter, as situações de emprego das palavras novas e estrangeiras, e também os critérios segundo os quais estes vocábulos são formados e importados. Em alguns momentos será necessário fazer uma comparação entre os sistemas linguísticos sérvio e português e para tal efeito serão utilizados livros de autores sérvios. Desta forma ver-se-ão as semelhanças e diferenças nas definições e abordagens destes dois conceitos, o que consideramos importante em certa medida para a compreensão do tema. O levantamento de dados será feito de vários tipos de jornais, desde os mais sérios, até aos mais populistas, desde os jornais de referência, nomeadamente Diário de Notícias e Público, até aos  jornais diários gratuitos. Tanto os temas, como o público-alvo dos jornais analisados serão diversificados para podermos distinguir quais são as áreas que com mais facilidade e frequência introduzem os novos termos, tal e como qual é a língua dominante que serve melhor para emprestar as palavras às outras línguas.

 

Algumas das possíveis definições das palavras “neologismo” e “estrangeirismo”

 

Com a evolução da sociedade, com os avanços tecnológicos, com o desenvolvimento de novos conceitos e formas de vida, é natural que a língua como um organismo em constante mudança receba algumas influências exteriores e também é normal que ela própria crie os seus mecanismos internos para aceitar ou rejeitar os novos elementos. Eis algumas definições dos conceitos “neologismo” e “estrangeirismo”. Malaca Casteleiro (2000) considera os neologismos como “ palavras novas construídas graças aos processos morfológicos de derivação ou composição ou formados por alargamento semântico de vocábulos já existentes”. (Malaca Casteleiro, 2000), enquanto os autores sérvios Stanojčić e Popović (2000) propõem uma outra visão do assunto: “Os neologismos são palavras novas com as quais, geralmente se substituem os empréstimos palavras de outras línguas) ou que se construem para se designarem novos objectos ou conceitos não tendo ainda entrado no uso mais habitual. Estas abordagens enfocam dois problemas diferentes, mas igualmente importantes do ponto de vista linguístico: o aspecto formal e morfológico das novas palavras e o neologismo como oposição ao estrangeirismo, como também o contexto do seu emprego. Visto que a língua é ao mesmo tempo conservadora e inovadora, existem duas atitudes perante a penetração destes elementos no sistema linguístico: uma que é mais tradicionalista, e que rejeita qualquer tipo de inovações, baseando os seus critérios na história da língua, na literatura e nos padrões da beleza e pureza da linguagem, e outra que, é mais aberta e mais moderna e que, de acordo com a globalização e a inevitabilidade do desenvolvimento e progresso da sociedade aceita novas palavras justificando a sua presença na língua como um contributo para a riqueza lexical. Nesta segunda linha da argumentação Machado (1997) afirma que os neologismos representam “a totalidade de dados para a história de qualquer idioma para se avaliar o grau de progresso dos seus utentes no passado como no presente. “Mais à frente o mesmo autor acrescenta que “as palavras são elementos que servem, provam e esclarecem a expansão política, social, económica, científica ou técnica de cada idioma”. Nesta perspectiva, a formação de palavras que se utilizam para determinar novos termos e conceitos é vista como um processo positivo, que ajuda o progresso e a evolução de cada uma das línguas em que este fenómeno aparece. Eis um dos critérios segundo os quais as novas palavras são aceites na língua. Por outro lado, o neologismo nem sempre se adapta facilmente à estrutura e aos mecanismos da língua de acolhimento e depois de muito tempo ainda é sentido como um elemento estranho à tradição linguística. Por isso, no início, o neologismo é utilizado só por alguns grupos de pessoas e em algumas situações, até finalmente entrar no uso geral ou ser substituído por outro vocábulo melhor. Se uma palavra vai ser categorizada como neologismo ou não depende em certa medida do uso e da frequência dos contextos em que aparece. Desta maneira, as palavras como “automóvel”, “clube” ou “aeroporto” na altura em que apareceram, eram consideradas neologismos, e na actualidade ninguém se apercebe de que estes termos não existiram sempre no vocabulário português. Um caso de um vocábulo novo de uso restringido é a palavra clonagem, que significa o procedimento de criar unidades geneticamente idênticas. A palavra foi formada a partir da raiz grega “clone”e o sufixo português –agem, com o significado de “o processo de”, que aparece muito frequentemente nas palavras portuguesas (aprendizagem, maquilhagem, abordagem etc.)

O uso deste vocábulo ainda é restringido por causa de o processo de clonar e fazer indivíduos geneticamente iguais ainda não ter entrado no uso  e prática comuns na medicina e na biologia. Um exemplo oposto acontece com a palavra DINKI proveniente do inglês Double Income and No kids (Salário Duplo e Sem Filhos) citada na revista feminina Happy Woman  para se referir aos jovens da faixa etária entre  os 25 e  os 35 anos que trabalham, ganham bem, mas não pensam em constituir uma família e ter filhos, tentando prolongar o período da juventude e usufruir quanto mais possível dos prazeres da vida. Dado que este termo foi citado só uma vez e num único lugar, sem se encontrar em nenhum dicionário importante de língua portuguesa, é quase impossível que ele algum dia se torne uma parte integrante da língua, porque, mesmo que o fenómeno descrito pela sigla seja cada vez mais comum, poucas são e serão as pessoas que o poderão perceber sem tradução.

Tendo isto em conta, o mais provável é que o sistema linguístico português crie um outro mecanismo para explicar este conceito. Os neologismos podem ser lexicais ou formais, quando se trata da criação de novas palavras e semânticos, quando se adiciona um significado novo a um vocábulo já existente. Tal acontece com a palavra portuguesa “rato”, que para além de “animal” pode significar “acessório do computador”. (Almeida Mora, 2003). O uso dos neologismos não está ligado só ao nível lexical e semântico, mas também ao e pragmático domínio estilístico duma língua, o e os seus falantes nativos podem optar por não aceitar uma palavra que lhes “soa mal ou pouco natural”. O exemplo anteriormente citado pode  ser um bom ponto de partida para a introdução do conceito “estrangeirismo” e outros ligados a ele tal e como “empréstimo linguístico”, “palavra importada” ou “palavra alheia”.  

Malaca Casteleiro (2001) usa o termo “estrangeirismo” tal como “neologismo externo”. Na sua perspectiva, trata-se dos vocábulos importados das línguas modernas e que ainda hoje se sentem como elementos estrangeiros. O que é importante nesta definição é o sintagma “línguas modernas”, isto é, este autor já não considera como estrangeirismos as palavras da origem grega, celta ou germânica que num momento da história entraram na língua portuguesa e agora fazem a sua parte íntegra. Em vez do termo “estrangeirismo” utiliza-se também o conceito “empréstimo linguístico”, mas a correcção desta determinação tem sido discutida, porque, por um lado, o que foi emprestado implica a devolução, e isto não acontece com as palavras, porque elas, uma vez que foram aceites permanecem na língua de acolhimento, e por outro lado a língua da sua origem não empobrece ao “emprestar” os elementos do seu corpus lexical a alguma outra língua. Nas gramáticas sérvias, porém, usa-se mais este termo, porque ele surgiu como substituto para o conceito “palavra alheia” utilizado com bastante frequência no século XIX para se referir a todos os vocábulos da origem não sérvia. Temos que ter em conta que este conceito surgiu na época do Romantismo, quando se salientavam muito os valores nacionais, mas que agora se considera ultrapassado. Nos círculos científicos. Para se evitar a conotação negativa e inclusive nacionalista deste sintagma, nas nossas gramáticas emprega-se um termo mais “suave” e “politicamente correcto” que é o do “empréstimo”, cuja definição é dada a seguir (Stanojčić, Popović, 2000) “Os empréstimos linguísticos são palavras importadas de outras línguas que se tornaram parte íntegra dessa língua”. O que é abordado na gramática destes dois autores é o resultado final do processo da integração das palavras estrangeiras na nova língua, quando elas já começam a ser utilizadas com toda a naturalidade e facilidade e quando os falantes de uma língua já não as sentem como estranhas. Para uma palavra ser completamente incorporada no sistema de outra língua, deve passar muito tempo é devem ser seguidas algumas fases:

 Freiras, Ramilo e Soalheiro (2001) distinguem três etapas através das quais um vocábulo estrangeiro se integra finalmente numa língua, sofrendo alterações ao nível fonológico, morfológico, semântico e pragmático.

1)    a fase das transformações imediatas

2)    a fase das transformações progressivas

3)    a fase da integração

 Na primeira fase o que mais se adapta é a pronúncia enquanto a grafia ainda não muda, na segunda, já aparecem mudanças na grafia, na posição do acento etc. de acordo com as regras da nova língua na qual a palavra se integra e na última o vocábulo já é aceite na língua, com a grafia mudada, acento fixo e a tendência para a extensão ou redução dos significados, como se fosse uma palavra original e natural na língua em que se integrou.

 O dicionário publicado pela Porto Editora (Dicionário de Língua Portuguesa, 2006, p. 707). traz os seguintes significados do termo “estrangeirismo”: “Estrangeirismo 1 emprego de termos estrangeiros, 2 termo ou locução estrangeirada, barbarismo, peregrinismo 3 influência estrangeira” 

Como podemos observar, algumas das determinações não estão muito claras, nomeadamente a palavra “estrangeirada” utilizada no segundo significado e o valor de igualdade entre os termos estrangeirismo e barbarismo. A seguir veremos como é que o mesmo dicionário (idem, p. 216) determina a palavra “barbarismo” e analisando as duas definições das entradas lexicais deduziremos qual é a atitude do autor perante o uso das palavras estrangeiras na língua portuguesa. “Barbarismo: vício contra as leis e a pureza da linguagem, emprego de termos com significado diverso do autêntico, uso desnecessário de vocábulos ou locuções estrangeiras”

Como já percebemos tendo lido a proposta que este dicionário faz para definir o barbarismo e o estrangeirismo, nota-se que este conceito é visto desde uma perspectiva muito negativa e que as palavras estrangeiras se consideram elementos que violam as leis duma língua corrompendo-a e destruindo a sua beleza. Outra abordagem possível , cmo se afirma em, Machado, (2000), e Mićunović, (2002) do fenómeno dos estrangeirismos é que eles contribuem para o progresso da linguagem e o seu enriquecimento lexical.

Tal e como com os neologismos, quando enfrentamos a utilização dos estrangeirismos devemos ter uma atitude crítica e não aceitar imediatamente qualquer palavra de outra língua só porque num determinado momento ela é moderna, ou quando na nossa língua já existe um sinónimo mais expressivo ou quando a grafia do vocábulo importado não concorda com as regras em vigor na nossa ortografia.

Quando o conceito designado pela palavra introduzida é novo e não existe na realidade da nossa sociedade, é necessário importar o vocábulo que desta forma é um verdadeiro contributo para a riqueza da nossa língua. Tais são os casos das palavras perestróika que em russo era neologismo na altura em que surgiu e em português é estrangeirismo, “vampiro” importado das línguas eslavas etc.

Às vezes os estrangeirismos são usados por motivos estilísticos, porque de vez em quando a palavra importada é mais expressiva ou num determinado contexto “fica melhor”.  Por exemplo, quando se fala da moda ou do vestuário feminino, de vez em quando é oportuno utilizar a palavra “chic”.

 

Grafia dos estrangeirismos em português

 

A análise de dados levantados nos jornais e revistas portuguesas permitiu-nos observar e identificar três maneiras possíveis de escrever as palavras estrangeiras introduzidas em português. A primeira é escrever os estrangeirismos em letras itálicas, para se designar que estes elementos ainda não pertencem ao corpus lexical português e que a língua ainda não os integrou no seu sistema. Tal é o exemplo da palavra  blush  Outra forma permitida, embora mais rara é colocar as palavras importadas de outras línguas entre aspas e deste modo também sublinhar o seu estatus de palavras emprestadas. De vez em quando é possível encontrar as palavras “on-line” e “stress” escritas desta maneira.  A última possibilidade perante este tipo de vocábulos é de escrever os estrangeirismos em letra normal sem fazer nenhuma distinção entre elas e as palavras que pertencem à língua portuguesa desde sempre. Com esta atitude quer-se salientar que determinadas palavras provenientes de outras línguas já não se sentem como vocábulos estrangeiros ou que o seu uso é frequente no dia-a-dia e que é difícil encontrar um sinónimo português para elas. Isto acontece com as palavras como marketing, ketchup etc.

 

Estrangeirismos com forma aportuguesada ou semi-aportuguesada

 

De acordo com o grau de integração na língua portuguesa, existem palavras estrangeiras que já adquiriram uma forma semelhante a das palavras portuguesas. Estas palavras , embora sejam estrangeirismos na sua origem, já têm tanto a grafia, como a pronúncia adaptadas em certa medida ao sistema português. Malaca Casteleiro (2000) propõe os seguintes exemplos: abajur, brifingue, dossiê, lóbi, stresse, uísque em vez das grafias originais: abajour, dossier, loby, stress, whisky. Também são frequentes os vocábulos para os quais já existe um termo português com o mesmo significado, porque o conceito que se designa com aquela palavra já começou a fazer parte da cultura  e do vocabulário comum. Desta forma, em vez de barman é mais frequente ouvir e ver escrito “empregado do bar”, e-mail passou a ser “correio electrónico, mas nem em todos os contextos, porque por exemplo na comunicação oral é mais habitual dizer “mandei-te um e-mail” ou “li o teu e-mail” e não “mandei-te uma mensagem de correio electrónico” ou  “li a tua mensagem de correio electrónico” por motivo da economia linguística. Para parking a língua portuguesa encontrou o sinónimo “estacionamento” e para ranking usa-se mais “classificação”. Garcia Fernandes (2005) sugere também soluções portuguesas para substituírem os estrangeirismos e o seu uso desnecessário na língua. Nomeadamente, para remake a sua proposta é “nova versão de um filme ou obra literária” know-how passa a ser empregado como “saber-fazer” que tem também forma no plural saberes-fazer, para spray sugere-se a palavra “pulverizador”, enquanto para slogan se propõe a opção lema ou divisa. O que é interessante é que este autor para alguns termos oferece soluções portuguesas feitas como sintagmas inteiros. Tal é o caso de top tem traduzido para português como: “os dez que estão no topo da classificação”, part–time é substituído por “trabalho em horário reduzido” jet-set traduz-se como “figuras sociais de interesse mundano” e a proposta para  T-shirt oferece-se a sugestão de “camisola em forma de T”. Claro está que teoria nem sempre é aplicável na prática, porque algumas das expressões citadas parecem pouco naturais na sua forma portuguesa. Nos anúncios classificados nos jornais aparece sempre o termo inglês part-time por motivos puramente económicos, porque nos anúncios cada palavra é paga e para se poupar dinheiro é preferível usar o estrangeirismo. Com o conceito de jet-set o assunto é em pouco diferente. Os temas relacionados com o mundo das pessoas famosas publicam-se nas revistas cor-de-rosa que procuram a sensação e, frequentemente uma palavra estrangeira pode atrair o público-alvo ou chamar a atenção dos leitores. Quanto ao último exemplo citado, ele não é usado nem na oralidade, nem na escrita, porque carece de naturalidade. Ninguém, quando vai de compras, vai dizer que comprou uma camisola em forma de T muito bonita, mas para tal efeito utilizará o anglicismo T-shirt, que é uma palavra de aceitação geral em português. Entre os falantes nativos da língua portuguesa existe às vezes a tendência de denominar essa peça de roupa como “camisola de manga curta” e assim aparece em algumas lojas, provavelmente como oposição à “camisola de manga comprida”

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Género dos estrangeirismos em português

 

A atribuição do género às palavras estrangeiras importadas em qualquer língua é uma questão complexa que depende de uma série de factores que a língua tem de ter em consideração, tal e como a desinência gramatical da palavra que se pretende incorporar na língua, o género original, ou a eventual tradução que existe para a língua em que a palavra se vai integrar. Algumas dificuldades surgem com os estrangeirismos provenientes do inglês, porque a marca do género não é tão visível como nas línguas românicas ou eslavas. Os critérios que se aplicam a este grupo de palavras são a terminação do vocábulo ou tradução. Nos casos como roaming, shopping, marketing, stress, flash, driver etc, não existe nenhum motivo para se lhes atribuir o género feminino, dado que estes substantivos acabam numa consoante como a maioria dos substantivos portugueses masculinos. No entanto, as palavras internet, pen  (disco amovível para o computador), party, T-shirt  e algumas outras na língua portuguesa são femininas, porque, mesmo que não acabem no –a, como é habitual na maioria das línguas indo-europeias, existe para elas existe um sinónimo português de género feminino. A Internet é uma rede, a pen é a tradução de “caneta”(este nome em ambas as línguas foi atribuído a este tipo de disco por causa da semelhança com a caneta como objecto) e para party existe o termo português  “festa” enquanto a T-shirt, como já vimos no parágrafo anterior é um tipo de camisola.. No entanto, existem palavras  inglesas que acabam no -a , nomeadamente bazooka  e por isso também pertencem à categoria das palavras femininas. Quanto ao género que a palavra tinha antes de se incorporar na nova língua, ele é tido em consideração sobretudo nas palavras da origem grega terminadas em –ama ou –ema (por exemplo, programa, sistema , problema) que em grego eram masculinas e em português mantiveram o género masculino. Na língua falada acontece que a palavra “grama” que é masculina se considere por vezes feminina e que em combinação com um número seja pronunciada como tal. (por exemplo: quinhentas gramas), o que na escrita é considerado um erro.

 

 

A origem dos estrangeirismos

 

Em todas as línguas existem estrangeirismos empregados em maior ou menor medida. Alguns deles foram introduzidos ao longo da história da língua e já não se consideram como tais. Por outro lado vale a pena mencionar que a língua portuguesa durante o seu desenvolvimento recebeu muitas influências estrangeiras em várias fases. Há autores (Mendes da Luz, Vázquez Cuesta,1971) que  referem as seguintes influências que a língua portuguesa incorporou no seu sistema:

1)    elementos pré-romanos (ibéricos e celtas)

2)    germanismos e arabismos

3)    elementos provenientes de línguas modernas europeias e extra-europeias

            O que nos chama a atenção e o que vai ser abordado neste trabalho são as palavras de línguas modernas, porque hoje em dia, ninguém sente as palavras “alface”, “algodão” ou  “cenoura”, que de facto são da origem árabe como estrangeirismos. O que é de estranhar é que a classificação das autoras não abrange os vocábulos da origem grega ou latina integradas no português, nomeadamente: medicina, geografia, dilema, símbolo  introduzidas do grego ou corpus e outras importadas do latim. O “problema” da palavra corpus está no plural, que pode ser corpora, como no próprio latim, e corpus.  A primeira variante do plural mostra que a palavra foi importada da língua latina.

Os critérios que se aplicam para que uma palavra seja importada numa língua são diversificados: geográficos (quando dois países fazem fronteira, é natural que entre eles haja contactos e que por isso haja palavras emprestadas), culturais, políticos, comerciais etc. Também, as línguas dominantes que doam mais palavras às outras línguas mudam consoante a época  de domínio cultural e poder político dum determinado país. Por exemplo, no período do Iluminismo, notava-se uma forte influência francesa na maioria das línguas indo-europeias. Os termos adoptados provinham das áreas da filosofia, literatura, moda e vestuário, arte, arquitectura etc. os termos da origem francesa denominam-se galicismos. No entanto, nessa altura por vários motivos houve exageros  no uso das palavras francesas e por isso as pessoas que as utilizavam em todos os contextos e que substituíam as existentes palavras portuguesas pelos sinónimos franceses foram chamadas galiciparlas Na Espanha este fenómeno é conhecido sob o nome los afrancesados”.

Com a mudança da situação política, com o aparecimento da globalização, dos avanços tecnológicos e das novas leis do mercado internacional, a língua que predomina em vários âmbitos da vida quotidiana é, sem dúvida alguma , o inglês. Os vocábulos importados do inglês são denominados anglicismos.

As palavras estrangeiras introduzidas de outras línguas ganham o nome conforme o país da origem: os germanismos provêm do alemão, os italianismos do italiano, os russismos do russo e assim por diante. O número destes vocábulos é bastante menor do que o número de anglicismos, porque agora parece que é preciso encontrar uma língua comum, compreensível para a maioria das pessoas presentes no mercado de trabalho, ou utentes dos meios de comunicação modernos.

 O estatuto dos brasileirismos, africanismos e asiatismos em português

                                

Como é conhecido, por razões históricas na língua portuguesa estão presentes elementos dos outros continentes onde também ela é falada. A questão que se levanta aqui é o seu estatuto, isto é de que forma é que estas palavras devem ser tratadas, se são ou não estrangeirismos, e também se são pura e simplesmente variantes lexicais. Claro está que ninguém vai ter dúvidas de que as palavras como “banheiro” em vez de “casa de banho”, “sujeira” em lugar de “sujidade” e “ônibus” em vez de “autocarro” de uso geral e frequente no Brasil são simples elementos que contribuem para a diversidade lexical e não vocábulos estrangeiros e cada português de Portugal percebe-as sem problemas. No entanto, tratando-se dos nomes das comidas, bebidas ou formas musicais provenientes do Brasil e sem existência prévia na língua portuguesa, podem considerar-se estrangeirismos. Tal acontece com os seguintes exemplos Malaca Casteleiro, 2000).: caipirinha, samba, capoeira etc. Quanto às importações da África, algumas já estão dicionarizadas, mas também podem sub-dividir-se segundo o país da proveniência em: moçambicanismos,(muana,  criança), angolanismos, (muamba, espécie de canasta africana para transportar objectos)  caboverdianismos, (exemplo: kamoka, farinha feita de milho) guineensismos e saotomensismos. Estes termos também foram importados das línguas faladas no continente africano. Alguns deles têm uma grafia diferente das palavras originalmente portuguesas. Nomeadamente kizomba, a dança tradicional angolana escreve-se com k em vez de qui, como seria natural em português, para se designar que esta palavra, tal e como o conceito que ela significa ainda não entraram no uso mais geral pelos falantes nativos do português europeu. Por outro lado, existem vocábulos como “bué” no sentido de “muito”, proveniente de Angola, que além de ser marca da oralidade e da linguagem coloquial, sobretudo dos jovens já se encontra nos dicionários.

Finalmente, como asiatismos designam-se palavras da origem da chamada Índia portuguesa (Damão, Goa e Diú), Macau e Timor Leste. O Dicionário publicado pela Academia das Ciências de Lisboa regista estes vocábulos colocando a abreviação Asiat. Ao lado, mas sem especificar a origem exacta do termo.

 

Os processos de formação de palavras em português

 

Na língua portuguesa existem vários mecanismos que servem para a criação de novas palavras tal e como a derivação e a composição. A derivação é feita  através de sufixos (sufixação), enquanto a composição pode ser feita de diversas formas. Uma delas é a prefixação (Stanojčić, Popović, 2000, Cunha & Cintra,2002). Embora o processo de prefixação seja geralmente tratado como uma espécie de composição, existem autores que discordam desta hipótese e mencionam-na como “derivação prefixal” (Garcia Fernandes,2005)

A derivação serve para se criarem novos substantivos, verbos, adjectivos  e advérbios, que são as categorias de palavras mais produtivas numa determinada língua.  A produtividade  ao nível linguístico significa a capacidade de formar novos vocábulos a partir dos já existentes. Quando se cria uma palavra nova o mais provável é que esteja categorizada dentro da classe dum dos quatro grandes grupos previamente mencionados, porque essas palavras são as que mais se usam na linguagem e , dado que estas categorias estão sempre disponíveis para receberem novos vocábulos, denominam-se como classes abertas . No entanto, o sistema dos pronomes pessoais, por exemplo, é um sistema fechado, porque não se podem inventar novos pronomes além dos que já se utilizam em cada língua.  Mediante o processo de derivação dá se um novo sentido a palavras que já fazem parte do corpus lexical de cada uma das línguas onde este processo se emprega. Em português os sufixos mais frequentes são os da procedência grega (-ose,, -ismo –ista) ou latina, (-ença, ência, ância, -dade- tude, -dão, ível, ável) embora na actualidade se utilizem também alguns sufixos ingleses. (-ing)

Os prefixos mais produtivos na composição de palavras são: a-, des- super-, híper, anti- etc. Para além da composição existem outras maneiras de formar novas palavras e são os seguintes: justaposição de dois elementos já existentes (exemplo. aguardente que é feito a partir de água e o adjectivo ardente), composição mediante a hifenização, quando as duas componentes estão separadas por um hifen (segunda-feira) etc. Uma outra forma de criar palavras, que é fazendo calques linguísticos, isto é traduzindo literalmente cada uma das partes da palavra. Tal é o exemplo português da palavra guarda-redes, que é uma tradução ao pé da letra do termo inglês goal keeper. Tal e como as palavras originalmente portuguesas, os neologismos seguem uma destas lógicas. Assim, por exemplo, o adjectivo “descapotável” surgiu mediante a anteposição do prefixo des- com o significado de afastamento ou privação e o sufixo –avel que significa possibilidade. Esta palavra é neologismo porque os carros com o tecto movível, ou seja descapotáveis surgiram só no século XX. Claro está, diferentes categorias de palavras exigem diferentes sufixos, ou seja, de acordo com o grupo ao que pertence o novo vocábulo, utilizar-se-á um dos sufixos correspondentes. Para os substantivos será preciso recorrer a uma das terminações que servem para criar esta espécie de palavras, para os adjectivos, usar-se-á uma terminação adjectival e assim por diante. Para os verbos serão empregados os sufixos das três conjugações verbais. Neste trabalho serão mencionados e analisados apenas alguns, que consideramos muito úteis e habituais.

 

Os sufixos utilizados na formação dos substantivos em português

 

Os neologismos criados a partir do sufixo –ismo significa a criação de uma corrente política, religiosa ou artística. Desta forma surgiram palavras como por exemplo: nepotismo, sexismo, neocolonialismo etc. O sufixo –ista é produtivo para formar palavras que designam pessoas que pertencem a uma determinada profissão, religião, partido político ou adeptos de um clube desportivo. Os exemplos mais usados destes neologismos são: benfiquista (para se referir aos adeptos do Futebol Clube de Benfica), sportinguista, castrista (apoiantes da política do líder cubano Fidel Castro), ou substantivos como nutricionista, para denominar uma profissão relativamente nova relacionada com a saúde e os regimes de alimentação naturais e saudáveis, ambientalista, que serve para nomear os ecologistas e pessoas que se preocupam muito o com o estado e protecção do médio ambiente. Outro sufixo bastante frequente na formação das palavras novas é –ose, usado geralmente nos nomes gregos das doenças (osteoporose, avitaminose etc.) Outra terminação habitual que se utiliza na formação dos novos substantivos é –ção,(a acção de) presente nos vocábulos: globalização, que se forma a partir do verbo globalizar, balcanização,

Do inglês foi importada uma terminação frequente nas novas palavras, que na língua de origem servia para formar gerúndios, e em português para criar vocábulos pertencentes ao grupo dos nomes comuns, nomeadamente: shopping, ranking, paragliding, marketing  e outros. Para pessoas emprega-se frequentemente a terminação –dor (agente de uma acção). Os exemplos que ilustram a regra do seu uso são: goleador (jogador de futebol que marca muitos golos) etc.

 

Sufixos adjectivais, verbais e adverbiais na língua  portuguesa

 

Como já mencionámos e observámos no exemplo “descapotável” este é um dos sufixos muito produtivos na língua portuguesa. Outro é –ante, que como no exemplo stressante, significa algo que produz o estado de stress.  Um exemplo interessante para designar as pessoas famosas que aparecem bastante nos meios de comunicação é o adjectivo mediático, que para além de ser neologismo, ao mesmo tempo representa uma palavra estrangeira, porque foi formado a partir do anglicismo media e o sufixo português - ático que aparece também na palavra lunático.

Os advérbios portugueses são geralmente formados acrescentando o sufixo –mente na forma feminina do adjectivo, ou se a forma for igual para ambos os géneros, adiciona-se –mente directamente ao adjectivo sem mudança alguma. Um dos neologismos na categoria adverbial é multiculturalmente. Quanto aos verbos, os neologismos mais frequentes aparecem dentro da primeira conjugação, dado que ela é a que contém mais formas regulares. O sufixo mais produtivo é –izar que tem o significado de  tornar uma coisa tal como exprime o conteúdo do adjectivo, que aparece nos exemplos como globalizar, mundializar e outros.

 

Formação de neologismos por prefixação

 

A prefixação ou anteposição é uma de muitas formas de criar novas palavras na língua portuguesa. Mediante o uso do prefixo, toda a palavra adquire o significado contido no prefixo. Nomeadamente, a palavra que contem o prefixo multi- ou pluri- significa que tem um elemento de diversidade, anti- ou contra denominam adversidade, hiper ou super têm um significado aumentativo. Dado que estes prefixos possuem uma grande produtividade dentro da língua, a sua ocorrência nos jornais e nos outros meios de comunicação é bastante frequente. Para ilustrarmos a situação, servir-nos-emos de algumas palavras encontradas durante a análise da imprensa portuguesa: anti-idade, anti –rugas, anti-stress, anticonceptivo (Happy Woman, Dezembro de 2007), contra-análise (Público, quinta-feira,20 de Dezembro de 2007), multifunções (Metro), hiperligação (Megaguia)

Composição de neologismos mediante a o uso do hífen

 

A formação de palavras mediante o uso do hífen não significa uma simples justaposição de dois elementos, porque o hífen serve para marcar uma certa separação entre as partes da nova palavra, tanto ao nível da pronúncia, porque cada uma das partes mantém o acento original, como para se salientarem dois portadores de significado. Os neologismos frequentes sobretudo na linguagem jornalista são manda-chuva, formado a partir da terceira pessoa de singular do verbo mandar e o substantivo chuva, para denominar uma pessoa com muito poder que toma sempre decisões importantes, especialmente na área da política ou “rouba-maridos”, que se emprega geralmente nas telenovelas ou revistas cor-de-rosa para designar as mulheres que têm aventuras com os homens casados. Enquanto o primeiro neologismo já está registado nos dicionários, o segundo ainda não tem a sua forma dicionarizada, provavelmente porque o termo não entrou no uso mais comum do dia-a-dia.

 

O calque linguístico na formação dos neologismos em português

 

O calque linguístico (do francês calque )é o processo de transferência do significado e da estrutura de uma palavra estrangeira para a nova língua. Em palavras mais simples, é a tradução literal de um estrangeirismo. No entanto, quando se transmite o significado de um vocábulo para a outra língua não se têm em consideração todos os significados que a palavra tinha na sua língua de origem e geralmente se traduz só o significado básico. A palavra obtida mediante este processo podem adquirir novas conotações na língua em que se incorporam Um dos exemplos muito citados e analisados arranha-céus literalmente traduzido do inglês skyskraper. Outro exemplo que ilustra o fenómeno de decalque são super-homem, traduzido do inglês superman, que primeiro se utilizava só para designar o herói do famoso filme americano, mas que depois, ao longo da integração na língua portuguesa, adoptou também os significados de pessoa com muito poder, sem medo que consegue fazer tudo sozinha e  ter bons resultados. Como já foi dito anteriormente, uma possível perspectiva de ver o neologismo é como um substituto para as palavras importadas de outras línguas. (Stanojčić, Popović, 2000). Desta forma as línguas muitas vezes procuram decalcar, para criar uma palavra na maior medida possível parecida com as palavras do seu próprio corpus lexical. Nomeadamente a palavra hiperligação é um calque do termo inglês hyperlink. Esta palavra já não é vista como uma tradução dum estrangeirismo porque o prefixo hiper se utiliza em várias palavras portuguesas: hiperactividade, hipertensão, hipervitaminose etc. Por outro lado, a tradução dos calques nem sempre é possível, porque a nova palavra obtida assim, pode opor-se às leis da naturalidade do uso na língua. Para ilustrar  esta situação, serve muito bem a palavra futebol, que é um anglicismo adaptado à grafia e pronúncia portuguesas. Antes de recorrer ao uso da   palavra estrangeira, a língua portuguesa servia-se do vocábulo pé-de-bola (Malaca Casteleiro, 2000), que caiu em desuso precisamente porque os falantes nativos de português sentiam este termo como um elemento estranho aos seus hábitos de uso da língua.

Um neologismo bem-sucedido, que se usa pouco é o bem-estar, traduzido por decalque do inglês wellness. Nos jornais e revistas destinados ao público feminino em que se escreve sobre a beleza e saúde do corpo, emprega-se mais o termo wellness, provavelmente por razões comerciais, ou por motivos da moda do momento actual de se introduzirem e usarem termos estrangeiros frequentemente sem critérios nem uma base nos conhecimentos linguísticos. Por outro lado, um neologismo decalcado e bem traduzido é a palavra entrevista, que substitui a o vocábulo inglês interwiew. Este termo integrou-se de tal forma na língua e no uso, que deixou de se considerar neologismo.

 

O género e número dos neologismos em português

 

Tal e como acontece com os estrangeirismos, às vezes é difícil determinar as categorias de género e número nas novas palavras, formadas através de algum dos mecanismos analisados neste trabalho. Para tal efeito a língua tem de observar as terminações gramaticais da palavra, o que nem sempre ajuda. Nomeadamente, ao darmos um olhar superficial para as palavras “multiusoos” e “multifunções” podemos pensar que se trata do plural e no segundo caso, do género masculino, tendo em conta que a componente usos é uma palavra masculina que está em plural. Observando melhor, vemos que estas duas palavras usam o artigo indeterminado ou determinado feminino, isto é, na forma escrita podemos encontrar uma ou a multifunções /multiusos. A razão para se atribuir a marca feminina a estes vocábulos é o facto de eles serem máquinas, e dado que na língua portuguesa a palavra “máquina” pertence ao género feminino, esta categorização dos novos termos resulta lógica e completamente natural. Um caso semelhante são as palavras guarda-redes ou manda-chuva, que, embora na teoria podem possuir as duas marcas de género, atribui-se-lhes mais o masculino, nem só por causa de uma delas terminar numa consoante.  Visto que a maioria dos desportos onde existe um guarda-redes são geralmente masculinos ou são pouco populares na versão feminina (futebol, hóquei, andebol) o mais habitual é pensar, que a pessoa com esta posição na equipa seja um homem. O substantivo manda-chuva é geralmente masculino, tal vez por causa do significado tradicional do verbo mandar e a visão tradicional da sociedade, onde os homens eram vistos como pessoas que tinham poder e podiam decidir sobre os assuntos mais importantes. Quanto ao plural, a questão parece um pouco mais simples, porque o plural dos neologismos se constrói mediante a terminação –s ou –es. No entanto, existem palavras que apenas admitem a forma do singular ou do plural. Os substantivos terminados em –ismo, por exemplo geralmente são usados só na forma de singular (pacifismo, tabagismo, consumismo, multilinguismo etc), mas nestes casos pode permitir-se a forma plural quando o falante se refere a vários tipos da palavra em questão.

 

Análise dos neologismos e estrangeirismos nos jornais e revistas portuguesas

 

Depois de termos determinado os conceitos de “neologismo” e “estrangeirismo” e de termos visto algumas características formais destes dois grandes grupos de palavras, voltamos ao que realmente é o assunto deste trabalho, isto é de que forma estas palavras são tratadas na linguagem utilizada nos jornais, que ainda se consideram como um dos meios de comunicação importantes é qual é a medida em que eles influenciam a língua portuguesa, tanto escrita como oral. Ou seja, quando uma forma se vê publicada nos jornais, poderia considerar-se correcta e recomendável para o uso na escrita ou na comunicação oral. Por outro lado, os leitores dos jornais não aceitam absolutamente todas as formas publicadas nos textos e a aceitação ou não de um termo depende do prestígio do jornal e das preferências do próprio leitor, o seu nível de escolaridade, os seus conhecimentos linguísticos e a sua visão e atitude perante a língua e as mudanças dentro da sociedade. Foram lidos e analisados tanto os diários, como os semanários e revistas mensais com os temas e públicos-alvo mais diversificados o que nos permitirá ver qual é o papel dos jornais na integração de vários termos na língua portuguesa. Para tal efeito foram utilizadas as tabelas onde se indica o nome do jornal, o número de neologismos e estrangeirismos,  o processo da sua formação e, no caso dos estrangeirismos, a língua da origem. Nos jornais por vezes, seja por motivos estilísticos, seja por falta de bom conhecimento de regras e da própria linguagem aparecem palavras novas, que não se registam nos dicionários, por exemplo “colapsar”, que se usa em vez de colabir, como seria correcto, porque é provável que se tenha perdido a noção da foram original latina, e por isso o verbo foi derivado a partir do substantivo colapso, que é mais comum  e mais próxima do leitor, embora não se considere muito correcto, Depois será dado um pequeno comentário que nos ajudará extrair algumas conclusões que consideramos importantes nesta área.

 

Jornal

Número de neologismos

Processos de formação de neologismos

Número de estrangeirismos

Língua dominante de origem dos estrangeirismos

Grafia dos estrangeirismos

Diário de Notícias

5   exemplos;

telemóvel, além-fronteiras, goleador, liderar

recém-chegado

Derivação  (sufixação) e composição por prefixação

28 (exemplos.:stress, off-shore, part-time, dossier, tournée,ranking)etc

Inglês

Dois estrangeirismos  provêm do francês e um do hebraico

Geralmente os estrangeirismos se escrebem em forma original, só um foi escrito entre aspas “kabala” e há poucas formas adaptadas: líder, futebol etc.

 

Análise e comentário: visto que o Diário de Notícias é considerado um dos jornais de referência em Portugal, e que se destina a um público mais sério e intelectual, é normal que no seu estilo e linguagem apareçam alguns neologismos e estrangeirismos, mas também nota-se a tendência de se conservar a pureza da linguagem. Deste modo, os neologismos e estrangeirismos aparecem só quando existe uma verdadeira necessidade para isso.

Jornal

Número de neologismos

Processos de formação de neologismos

Número de estrangeirismos

Língua dominante da origem dos estrangeirismos

Grafia dos estrangeirismos

Público

7 exemplos:

superpetroleiro, braço-de-ferro, contra-ataque, contra-análise,vice-líder, intra-hospitalar,

 Composição mediante o uso de prefixos e hifen alargamento  significado das palavras já existentes (acompanhante de luxo)

23 exemplos:link, on-line, check-in, check, list, tsunami, megabytes, bloggers, flash, kosovar, lifting

Inglês, um estrangeirismo provém do albanês (kosovar) e um do japonês (tsunami)

Muitos estrangueirismos estão escritos na sua forma original, em letras itálicas) embora haja também formas adaptadas (blogue, pingue-pongue)

 

Análise e comentário:

I           gual que o Diário de Notícias, o Público é considerado um jornal destinado aos leitores intelectuais e por isso recorre ao uso das palavras novas e importadas das outras línguas apenas para se referir aos conceitos para os quais não existem adequados termos portugueses e tenta adaptar as formas estrangeiras na maior medida possível às regras da língua portuguesa. O neologismo acompanhante de luxo, usado aqui surgiu quando das palavras já existentes “acompanhante” e “luxo” se formou um sintagma com novo significado, para designar os senhores e senhoras que oferecem os seus serviços sexuais nos estabelecimentos de luxo. Este termo aparece como um reflexo de novas realidades e profissões com as que temos de lidar no dia-a-dia.

 

 

 

 

 

Jornal

Número de neologismos

Processos de formação dos neologismos

Número de estrangeirismos

Língua dominante dos estranageirismos

Grafia dos estrangeirismos

Correio de Manhã

9 exemplos: superbactéria, accionista, além-fronteiras, manobrador micro-processador aeroporuário, consumista, não-fumador,

telemóvel

Composição por prefixação e derivação (sufixação)

20 exemplos: gang, internet, on-line, hooliganismo « sniper”, « El Solitario », playstation, fã, carjacking,radar, city airport, doping etc.

Iglês, embora exista um exemplo de espanhol

Em letras normais ou entre aspas, no caso do sobrenome do assaltante espanhol e no caso do “sniper”. Existem também formas aportuguesadas (Fã)

 

            Análise e comentário: O Correio de Manhã é um jornal que se dirige a um público-alvo muito vastop e por isso tem de ter certos cuidados com a linguagem que utiliza, de modo que nem sempre se considera adequado empregar os vocábulos novos ou importados de outras línguas, o que facilita muito a leitura dos textos. Por outro lado, intencionalmente foi usada a palavra inglesa carjacking para provocar a sensação. O curioso é que as palavras estrangeiras não estejam escritas  em letras itálicas, talvez pelo desejo dos jornalistas de salientarem a frequência delas no uso do dia-a-dia e uma espécie da sua integração na língua portuguesa.

 

 

Jornal

Número de neologismos

Processos de formação de neologismos

 Número de estrangeirismos,

 

Língua dominante da origem de estrangeirismos

Grafia de estrangeirismos

Global Notícias

4 exemplos:Mãe- -Natal, anti-tabaco, mulher-a-dias, mini-saia

 Composição mediante prefixos e uso do hifen

6 exemplos:pedofilia ,website, stress, stand-up, shot gun

Inglês e um estrangeirismo é da origem grega

Entre aspas ou em itálico

 

Análise e comentário:

            Dado que o Global Notícias é um dos jornais gratuitos destina-se a um público-alvo muito vasto e por isso tem de ter em consideração a simplicidade  e clareza da linguagem. No entanto, de vez em quando recorre ao uso dos neologismos e estrangeirismos para mostrar que segue as tendências modernas no uso da escrita.

 

 

Jornal

Número de neologismos

Processos de formação dos neologismos

Número de estrangeirismos

Língua dominante da origem dos estrangeirismos

Grafia de estrangeirismos

Destak

2 exemplos: anti-tabaco, multivitaminas

Composição por prefixação

7 , site, reality-show, call center, wc, suite, recorde

Inglês

 Na sua forma original, em letras itálicas e um estrangeirismo tem forma adaptada

 

 

 

Análise e comentário:

Embora contenha poucas palavras da origem estrangeira ou poucas importações, logo no título notamos uma diferença.: A palavra Destak está escrita com K, que é uma letra que não existe nas palavras genuinamente portuguesas, e o seu uso é restringido a poucas importações de outras línguas (karate, kizomba, kilómetro etc.) No entanto, temos que ter em conta o aspecto visual da letra K, cujas formas são muito agudas, o que é importante para chamar a atenção dos leitores. Quanto ao uso da linguagem, o número de empréstimos linguísticos e palavras novas é restringido por causa das mesmas razões que no jornal anteriormente analisado. O uso da letra K é característico mais para os programas de comunicação interpessoal na Internet e só nas sequências –“que” e “qui”, sobretudo na população jovem, porque nos meios de comunicação modernos exigem a rapidez na escrita, e poupança do espaço e do tempo.

Jornal

Número de neologismos

Processos de formação de neologismos

Número de estrangeirismos

Língua dominante da origem dos estrangeirismos

Grafia dos estrangeirismos

Metro

3 exemplos: ex-fumador, metro, telemóvel

 Composição mediante prefixos ou abreviação duma palavra já existente

6 exemplos: fair-play, prima-dona, carjaking, stress, internet, off-shore

Inglês e um estrangeirismo foi importado da língua italiana, mas já tem forma portuguesa

Na sua forma original, em letras itálicas, salvo o exemplo adaptado à grafia portuguesa

 

 

 

 

 

 

 

Análise e comentário:

No próprio título vemos um neologismo e por sua vez também estrangeirsmo “metro”, que surgiu como uma abreviação da palavra “metropolitano” que provém da língua grega. O mesmo nome do jornal sugere que serve para ser lido no metro e por isso, não abunda de léxico difícil, nem das estruturas muito complexas. No entanto, num dos textos foi usado um anglicismo desnecessário do ponto de vista linguístico carjaking, para se referir ao assalto dum carro sob ameaça. Esta não é a palavra que um leitor comum possa perceber facilmente e sem precisar de explicação, mas dado que  os jornalistas muitas vezes procuram sensação, e que o desconhecido chama a atenção dos leitores, isso poderia explicar a presença desta palavra.

Jornal

Número de neologismos

Processos de formação dos neologismos

Número de estrangeirismos

Língua dominante da origem dos estrangeirismos

Grafia dos estrangeirismos

Meia Hora

3 exemplos: telemedicina, multifunções chat-colóquio

Prefixação e hifenização

15  exemplos: on-line, sprint, jeans, dossier, gang, stress, browser , líder, recorde ,call girl, chefe, pedófilo, slogans

Inglês, embora haja dois exemplos do francês e um do grego

Na sua forma original, em letras itálicas, e os estrangeirismos adaptados escrevem-se como se fossem palavras portuguesas.

 

Análise e comentário:

Dos quatro jornais gratuitos analisados, este parece ser o mais “intelectual”, isto é, não simplifica tanto as frases, utiliza mais estrangeirismos do que os anteriores muitas vezes nos textos dedicados às tecnologias, a actualidade e aos jovens, e por isso é de esperar um emprego maior dos termos provenientes do inglês.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jornal

Número de neologismos

Processos de formação dos neologismos

Número de estrangeirismos

Língua dominante da origem dos estrangeirismos

Grafia dos estrangeirismos

A Bola

2 exemplos: guarda-redes motista

Decalcação e  sufixação

11  exemplos: tie break, tour ,sprint, timing etc.

Inglês, embora haja um exemplo do francês

Na sua forma original, em letras itálicas, salvo os termos adaptados (futebol) que se escrevem normalmente-

 

Análise e comentário:

Neste jornal, que é especializado em desporto é natural que prevaleça a terminologia do domínio desportivo, que são geralmente palavras adoptadas do inglês relacionadas com os nomes e determinadas regras dos desportos. Nos desportos mais populares em Portugal, nomeadamente o futebol, predominam as formas adaptadas ao léxico português, enquanto nos desportos considerados de “elites”, como por exemplo o ténis, utilizam-se termos originais

 

Revista

Número de neologismos

Processos de formação dos neologismos

Número de estrangeirismos

Língua dominante da origem dos estrangeirismos

Grafia dos estrangeirismos

Visão

15 exemplos: bloquista, vegano, frugivoro, crudívoro, multibanco, mediático, salazarento, todo-o-terreno etc-.

Derivação (sufixação) e composição (mediante prefixos ou hifen)

61 exemplos: bullying, switch-off, pizza, mozzarella, kosovar, jihad, sudoku, ringue, coquette, feedback, web, hobby, desighner, jamón, boquerrones, r, evueltos, czar, apparatchiki, caña,, case study, call gir

Inglês, embora existam palavras de outras línguas: italiano, espanhol, russo, árabe etc.)

Em su forma original, em letras itálicas e algumas já têm formas aportuguesadas ou semi-aportuguesadas

 

 

Análise e comentário:

O grande número de neologismos e estrangeirismos na “Visão”  demonstra que esta revista se destina a um círculo de leitores restringido aos intelectuais. Dada a grande variedade de temas, é completamente compreensível que haja um número elevado de palavras provenientes das línguas mais diversificadas. No entanto, estes vocábulos são usados só nos contextos onde realmente faz sentido colocá-los e nota-se que os jornalistas que os usam sabem muito bem o seu significado e as situações de uso.

Revista

Número de neologismos

Processos de formação dos neologismos

Número de estrangeirismos

Língua dominante da origem dos estrangeirismos

Grafia dos estrangeirismos

VIP

6,  exemplos: anti-idade,mini-série, cientologia. Fotodepilação, anti-rugas, clonado

Composição mediante prefixos e derivação (sufixação)

22 exemplos:atelier,casting,

lobby,online,rali, look lifting, peeling, fórum etc.

Inglês, embora existam poucos exemplos do francês

Geralmente na sua forma original e em letras itálicas, embora haja exemplos com forma adaptada

 

                                                                                                         

Análise e comentário:

Tendo em conta que a VIP é uma revista sensacionalista, destinada em primeiro lugar ao público feminino, nota-se logo no nome um estrangeirismo que nos sugere que o conteúdo vai chamar a atenção para a vida privada das personagens públicas. Tendo em conta que o grupo-alvo ao que se dirige esta revista é muito vasto, a terminologia estrangeira reduz-se aos vocábulos relacionados com a moda, a beleza e os tratamentos estéticos. Nota-se também que a palavra casting muitas vezes mencionada está escrita em letras simples, como se fosse portuguesa, porque neste tipo de revistas ocorre com bastante frequência que quase não se sente como um elemento estrangeiro.

 

 

Revista

Número de neologismos

Processos de formação dos neologismos

Número de estrangeirismos

Língua dominante da origem dos estrangeirismos

Grafia dos estrangeirismos

Happy Woman

7 exemplos: anti-idade, anti-rugas, anti-envelhecimento

blogosfera, telemóvel, stressante e DINKI

Derivação (sufixação) , composição mediante prefixação e uso do acrónimo

43 exemplos: top, skin regeneration, blush,look, shopping, stress, skinny, face cleaning, in, out,best-seller,on-line, etc.

Inglês, embora exista um exemplo francês(affair)

Na sua forma original em letras itálicas

 

 

Análise e comentário:

Sendo esta uma revista que se ocupa dos temas ligados à moda, beleza, bem-estar do corpo e a tudo aquilo que uma mulher moderna precisa de saber, os editores logo no nome puseram um sintagma estrangeiro, provavelmente por razões comerciais: os nomes de outras línguas, nomeadamente ingleses podem ser úteis para chamarem a atenção das leitoras e pode ter outros efeitos também: Algumas delas poderiam pensar que não serão  suficientemente modernas e actualizadas se não utilizarem termos ingleses. O léxico estrangeiro introduz-se no momento em que se mencionam os tratamentos de beleza, conceitos relacionados com as compras e algumas tecnologias novas e novas formas de vida, só que muitas vezes chega-se a extremos: por exemplo não é preciso utilizar sintagmas e, por vezes, frases inteiras em inglês, porque para isso já existem palavras portuguesas, e por outro lado, reduz-se a compreensibilidade do texto. Desta forma, não é necessário dizer green food para identificar a comida saudável, vegetariana ou macrobiótica, ou “black is back” para dizer que o preto está de moda novamente, mas os critérios de uso destes termos foram puramente a satisfação das leis do mercado em que o inglês é uma língua dominante e os motivos de seguir as novas tendências.

 

 

 

Revista

Número de neologismos

Processos de formação dos neologismos

Número de estrangeirismos

Língua dominante da origem dos estrangeirismos

Grafia dos estrangeirismos

Megaguia

9 exemplos: megaguia, multimédia, multi-jogador, motoqueiro, desportivismo clicar antivírus, maximizar, multitarefas

Composição mediante prefixos e derivação (sufixação)

62 exemplos: blog,link, chat, online, firewall pixel, pop-up,download, website e-mail security, newsgroup, clip etc.

Inglês embora exista uma palavra proveniente do latim (fórum) e uma do francês (cliché)

 

Na sua forma original, em letras itálicas

 

 Análise e comentário:

Esta é uma revista especializada na área da informática e das novas tecnologias e por isso o tipo de léxico que predomina está relacionado tanto com os programas, como com o equipamento informático. Como consequência natural disso, o maior número de importações linguísticas é da origem inglesa. Nas últimas páginas da revista encontra-se um glossário que explica melhor o significado de certos termos, que é muito necessário dado que a revista aborda também o tema da segurança das crianças que utilizam a Internet e uma lista de palavras mais frequentes da procedência inglesa é útil também para os pais. Os nomes das empresas estrangeiras (Microsoft, Symantec) e dos programas para o computador (Facebook, Skype, My Space, Messenger) não foram tidos em consideração nesta análise porque o número de estrangeirismos usados nesta revista seria muito maior. Para website pode usar-se também a palavra página web. No entantp, a partir deste estrangeirismo, hoje em dia fazem-se neologismos sitografia e webliografia para se referir aos sites usados na bibliografia de algum trabalho. Consideramos melhor evitar o emprego de semelhantes palavrass, dado que na pronúncia têm pouca naturalidade e parecem malvistas pelos linguistas. Neste caso seria mais recomendável deixar o sintagma: páginas web, ou a palavra websites, ou, como se faz na Sérvia, para se evitarem as confusões com a bibliografia, utilizar o termo: lista das referências.

Conclusões

 

O trabalho que fizemos foi-nos muito útil para vermos até que ponto os meios de comunicação seguem as mudanças que ocorrem na sociedade e como é que estes fenómenos influenciam a linguagem escrita no domínio jornalístico. Observámos que nenhum dos jornais e revistas analisadas carece por completo de neologismos e palavras importadas de outras línguas, o que significa que alguns conceitos novos se estão a tornar cada vez mais indispensáveis na nossa vida quotidiana e que portanto a língua tem de lhes dar um espaço dentro de si. Analisámos também quais são os mecanismos através dos que esse espaço se abre para os novos elementos, nomeadamente a neologia e o estrangeirismo, várias maneiras de grafia e os processos mais frequentes de formação de palavras em português. Para o final deste trabalho deixámos o assunto sobre o ensino e aprendizagem dos neologismos e estrangeirismos na sala de aula. A polémica que se levanta logo a seguir a questão é se o seu ensino e aprendizagem vão influenciar negativamente na pureza da linguagem ou vão contribuir para o enriquecimento e evolução da mesma. As gramáticas que consultámos, tanto as portuguesas, como as sérvias, dedicam um determinado número de páginas ao estudo destes fenómenos, considerando-os necessários para alguns aspectos da vida. Aqui não foram abordados os termos científicos que fazem parte da língua de uma determinada especialidade porque as linguagens muito especializadas exigem a formação dum grande número de neologismos e importação de muitas palavras estrangeiras, o que não acontece em tal medida com a linguagem dos jornalistas estudada ao longo destas páginas.

Diferentemente de Portugal, onde nos jornais é possível encontrar alguns neologismos e estrangeirismos, no Brasil tem-se mais cuidado com a pureza da língua e inclusive em 2001 foi feita uma lei que proíbe o uso dos estrangeirismos nos meios de comunicação, nas publicidades etc. e restringe também o uso dos neologismos.  Isso refere-se também ao ensino e aprendizagem destes termos, que é muito reduzido, pelo menos nas escolas e universidades públicas. (http://www.comciencia.br/reportagens/ linguagem/ling04.htm)

Durante o estudo destes temas, chegámos à conclusão de que os neologismos e estrangeirismos fazem parte da nossa realidade linguística e que não é possível eliminá-los por completo, mas que no seu uso devemos ter determinádos critérios e que, quando já existem palavras na nossa língua, apropriadas para uma situação comunicativa, devemos evitar o uso das palavras importadas, porque com o tempo uma palavra substitui outra e a acumulação das palavras estrangeiras dificulta a comunicação e empobrece a linguagem. Um dos nossos critérios não devem ser as modas e as tendências do momento, porque, como já vimos a importância das culturas e das suas línguas ao nível global mudam consoante o poder político e outros factores. Por vezes é melhor permitir que a própria língua forme palavras com os seus elementos já existentes porque deste modo se vê a sua criatividade. No entanto, quando a palavra nova inventada dentro da língua para substituir um estrangeirismo soa mal o parece pouco natural é recomendável recorrer ao uso da palavra estrangeira.

 

Bibliografia:

a)    Gramáticas de referência:

CUNHA, Celso, CINTRA LINDLEY Luís Filipe (2002), Nova Gramática de Português Contemporâneo, Edições Sá de Costa, Lisboa, pp.85-118

MATEUS, Maria Helena Mira  et al., (1994), Gramática da  Língua Portuguesa, Caminho, Lisboa pp.381-392,

b) Outras gramáticas:

ALMEIDA MOURA, José de (2003) Gramática de Português Actual, Lisboa Editora, Lisboa, pp. 182-184

GARCIA FERNANDES, Álvaro (2005) Gramática da língua portuguesa, uma nova abordagem, Edições Caixotim, Porto, pp.277-283

MIĆUNOVIĆ, Ljubo, (2002), Gramatika bez muke, priručnik za osnovne i srednje škole, Altera, Beograd, pp.202-210

STANOJČIĆ, Živojin, POPOVIĆ, Ljubomir (2000) Gramatika srpskoga jezika, Zavod za udžbenike i nastavna sredstva, Beograd pp.178-181

VÁZQUEZ CUESTA, Pilar, MENDEZ DA LUZ, Maria Albertina,(1971) Gramática da Língua portuguesa, Edições 70, Lisboa, pp.265-270

c)     Dicionários:

CASTELEIRO, João Malaca (coord.) (2001) Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (vol. I) Editorial Verbo, Lisboa, pp XIII- XXIII

PORTO EDITORA, (2006) Dicionário da Língua Portuguesa, Porto, pp 217, 707e 1176

HOUAISS, Antônio et.al (2003). Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, vol.1, Temas e  Debates, Lisboa

 d) Manuais e artigos:

FREITAS, Tiago  et.al.  (2003)  O processo da integração dos estrangeirismos no português europeu, redip.estrangeirismos. PDF

MACHADO, José Pedro, (1997) Estrangeirismos na Língua Portuguesa,  Círculo de Leitores, Lisboa, pp. 5-15

e)     websites:

http://www.comciencia.br/reportagens/linguagem/ling04.htm

f)     jornais:

A Bola, sexta-feira,23 de Novembro de 2007

Correio da Manhã, quinta-feira, 16 de Janeiro de 2008

Diário de Notícias, sexta-feira, 23 de Novembro de 2007

Público, sexta-feira, 23 de Novembro de 2007

g)     jornais gratuitos:

Destak, segunda-feira, 17 de Dezembro de 2007

Global Notícias, segunda-feira, 17 de Dezembro de 2007

Meia Hora, segunda-feira, 17 de Dezembro de 2007

Metro, sexta-feira,21 de Dezembro de 2007

h)    revistas:

Happy Woman, Dezembro de 2007

Megaguia, Janeiro- Fevereiro de 2008

VIP, 16-22 de Janeiro de 2008

Visão, 10 de Janeiro de 2008