Este presente trabalho tem o intuito de mostrar como a tecnologia da informação pode facilitar no ensino aprendizagem da Geografia, sobretudo, no ensino da Cartografia. A TIC será relacionada como recurso didático no ensino da Geografia e principalmente como ser utilizada na pratica docente pelo professor. Assim sendo, a TIC pode favorecer neste processo facilitando na leitura e interpretação do mapa o qual é o foco desse trabalho.  A produção desse artigo partiu de leituras e discussões realizadas nas disciplinas de Novas Tecnologias e Cartografia Sistemática, do 4° semestre da UNEB, Campus XI, onde foi feito um levanto das referências bibliográficas, buscando compreender a importância da temática, fundamentadas nos autores: Passini (1998), Ramos (2005), Simielli (1986), Fernand (1990) e Miranda (2007).  A tecnologia da Informação não é algo novo ou apenas tendência da sociedade globalizada em que vivemos. Percebe-se que ela é tão constante e necessária para a comunicação de uma forma mais ampla e global. A educação esta cada vez mais se apropriando desse conhecimento e nada mais relevante colocar a tecnologia no âmbito escolar. É visto e comprovado teoricamente que a Geografia passa (infelizmente), pela crise escolar. Esta ainda associada ao ensino tradicional que perpassa por vários séculos. O grande desafio da Geografia escolar é superar essa crise educacional, ou seja, renovando, resignificando, principalmente o seu conteúdo. As Tecnologias da Informação e Comunicação podem ser utilizadas nessa “transformação”, pois ela se caracteriza por ser um termo que: [TIC] refere-se à conjunção da tecnologia computacional ou informática com a tecnologia das telecomunicações e tem na Internet e mais particularmente na Worl Wide Web (WWW) a sua mais forte expressão. Quando estas tecnologias são usadas para fins educativos, nomeadamente para apoiar e melhorar aprendizagem dos alunos e desenvolver ambientes de aprendizagem podemos considerar as TIC como um subdomínio da Tecnologia educativa (MIRANDA, 2007 p.43). Esse recurso vem a facilitar na pratica cotidiana do professor, pois constituem uma linguagem de comunicação, um instrumento essencial que representa um suporte do desenvolvimento humano em diferentes dimensões sejam elas de ordem social, lúdicas, cívicas, profissionais e também pessoais. As tecnologias representam uma fermenta versátil podendo assim ser útil no processo de ensino aprendizagem. E no ensino da Geografia, a tecnologia aparece para facilitar a pratica na sala de aula. Nesse aspecto a Cartografia pode ser contemplada com o recorrente uso da tecnologia, pois esse conteúdo tem apelo constante pela imagem. Porem é constante que o mapa é representado de forma crua e a tecnologia entra neste aspecto para dinamizar a representação do mapa. Podemos analisar que a alfabetização cartográfica é algo ainda a ser alcançado por nós professor de Geografia. Pois vários fatores contribuíram para essa constatação, entre elas a má formação dos professores de Geografia. Talvez seja esse o principal fator para essa questão. A formação acadêmica é imprescindível, pois através dela o professor pode criar estratégias, metodologias e atribuir recursos didáticos para as aulas e deixa-las mais interessante aos alunos. O recurso do mapa, para a maioria dos alunos é algo totalmente desconhecido e de certa forma inútil. Em reportagem recente pela revista Veja a pesquisa “Pulso Brasil”, do instituto IPSOS, os pesquisadores abriram um mapa-múndi na frente dos entrevistados (1000 pessoas, em setenta municípios das nove regiões metropolitanas) e lhes pediram que indicassem onde ficava o Brasil. Somente metade acertou: o levantamento mostra que 50% dos brasileiros não sabem localizar o país no mapa. Houve os que “chutaram” as respostas, para 2%, o Brasil fica na Argentina. Um percentual pouco maior acha que o país se localiza na África – a dúvida é se no Chade ou na República Democrática do Congo. Outros 29% nem tentaram responder. Como então trabalhar a Cartografia na sala de aula de modo que ele seja atrativo e dinâmico para o aluno, já que existe uma grande lacuna entre esse processo? Já que a maioria dos brasileiros não consegue ler e interpretar um mapa? Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia: O objetivo do ensino da Geografia para o primeiro ciclo espera-se que o aluno seja capaz de reconhecer, no seu cotidiano, os referenciais espaciais de localização, orientação e distancia de modo a deslocar-se com autonomia e representar os lugares onde vivem e se relacionam (2001 p. 131). Ou seja, o ensino da Cartografia é uma competência que deve ser trabalhada no ensino básico, nas series iniciais. Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia do primeiro ciclo ainda ressalta nos blocos temáticos e conteúdos, no estudo da paisagem que esses blocos temáticos contemplam conteúdos de diferentes dimensões: conceituais, procedimentais e atitudinais que segundo esta proposta de ensino, são considerados como fundamentais para atingir as capacidades definidas para esse seguimento da escolaridade. Segundo PASSINI: “O mapa informa e deve ser utilizado como instrumento de informação e não ilustração pura e simples. O que percebemos no dia a dia que os mapas infelizmente são visto como uma ilustração essa reflexão ou alerta trouxe, como conseqüência, a preocupação metodológica para a alfabetização cartográfica” (1998 p. 12). A tecnologia digital, o recorrente uso dos computadores no processo de ensino pode ser um recurso didático favorável no processo do ensino da Cartografia. Pois esse recurso é altamente aceito e usados pelos alunos e, sobretudo são atrativos e dinâmicos, principalmente pela sua estética. Sobretudo é notável que a forma metodológica como é trabalhando a Cartografia em sala de aula foi e ainda são, pouco atrativa para os alunos. A defasagem do ensino de Geografia é um dos grandes responsáveis por essa deficiência do ensino Cartográfico. Por isso criar estratégias e recursos metodológicos é uma solução para essa questão do ensino Cartográfico em sala de aula. Atualmente os recursos tecnológicos oferecem grandes possibilidades de se trabalhar de maneira diferenciada e criativa à cartografia escolar. Recursos que podem está facilitando o aprendizado dos alunos. Percebe-se, no entanto que o mapa mostrado de olhar tecnológico possibilita o aluno visualizar a extensão real, não apenas imaginário, como mostrado no mapa tradicional, salientando que um recurso não se sobreponha sobre o outro. Mas, a tecnologia é uma realidade e o ensino da Geografia e Cartografia precisa acompanhar essa nova era da educação. Para que os alunos de fato, consigam: aprender, ler, identificar e diferenciar o mapa. 

REFERÊNCIAS


FERNAND. A Cartografia.Tradução Tânia Pellegrini. Ed. Papirus, Campinas, SP, 1990. MIRANDA, Guilhermina L. Limites e possibilidades das TIC na Educação. Revista de Ciências da Educação. N. 3. MAI/AGO – 2007, Parâmetros Curriculares Nacionais/ Geografia/ Ministério da Educação e Desporto, Secretaria da Educação fundamental – 3° Ed. Brasília -1998. PASSINI, Elza Yasuko. Alfabetização cartográfica e o livro didático: uma analise crítica. Belo horizonte, MG: Lê, 2° edição, 1998. RAMOS, Cristhiane da Silva. Visualização cartográfica e cartografia multimídia: conceitos e tecnologias. SP: UNEF, 2005. SIMIELLI, M.E.R.. O Mapa como meio de comunicação: implicações no ensino de Geografia do 1° grau. Tese de Doutorado. USP-FFLCH-DG, São Paulo, 1986