O universo dos humanos.

É curioso quando observamos o mundo e damos conta da nossa falta de autenticidade, como os padrões sociais podem escrever as nossas condutas e colocar limites aos nossos desejos.
O medo da repreensão é algo que nos acomete diariamente. Frases como "eu até faria se eles não... " é algo que foi preparado e administrado logo no primeiro dia de nascença, no nosso primeiro sorriso, no nosso primeiro choro, e até na mais pura forma de liberdade :a brincadeira. Se conectarmos todos estes limites, aos sentimentos negativos da nossa personalidade podemos formar um bolo de receios, um tormento diário, o caminhar constante dentro de uma área reservada e com saídas repulsivas, que por vezes aqueles que as escolhem são estereotipados como "os loucos".
Questiono-me se o ser humano, ser possuidor das mais inúmeras capacidades de raciocínio e inteligência é capaz de se sentir livre.
Eu respondo, considero-me um ser acorrentado mas sem correntes, a algo abstracto que me formou um dia e perdura sobre a minha cabeça e daqueles que me rodeiam.
Será que podes fazer tudo o que vem à tua mente neste momento. Não? Então se calhar é porque estás acorrentado, alguém te diz que isso não é correcto, por muito que lá no fundo sintas uma força tão grande e forte que te impulsiona, não o fazes. Isso que estás a sentir, é pressão social, e acredita que é das formas mais fortes de se instituir linhas e manipular o nosso cérebro sem mexer um único dedo, somos demasiado fáceis.
A felicidade passa todos os dias por esta pressão, esta força que faz recuar, que não nos permite utilizar o genótipo. Agimos todos de formas bastante padronizadas, não porque queremos, mas porque tem que ser este o caminho para sermos aceites.