Me sacio com essa água desse poço,

Poço que algum dia não darei mais atenção,

E dele beberei até o lodo,

Até que não me reste mais inspiração.

 

E o que parecia ser,

Demorei um tempo para perceber,

Que somente parecia,

E consequentemente pelo fato de não ser,

Nunca seria.

 

E passar a evoluir,

Para não continuar,

Em uma descontinuação,

De uma continuação continua.

 

Mesmo não sendo de minha pretensão,

E tentar conjugar um verbo sem conjugação,

Hoje uma especie rara entra em extinção.

 

Vivendo em meu universo,

As vezes real, as vezes surreal,

Até parece que Deus me aprisiona,

Em ser singular demais,

Para fazer parte de um plural.

 

Quando o falta algo,

Quando o falta motivos,

Quando o falta alguém,

Para o poeta poetizar,

Então ele dorme

Para descansar o fato de tanto tentar.

 

Então vai poeta,

Durma seu sono de beleza,

E se liberte de todo medo de ser tristeza,

E quando acordar,

Esteja livre de toda fobia.

Durma para se libertar,

E se algum dia tu despertar,

Não vai sentir nem dor, nem melancolia.

 

Inklys Araújo

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