O Último Dia do Rei do Cangaço
Publicado em 30 de agosto de 2011 por Ana Lucia Granja de Souza
Há 73 anos na fazenda Angico pertencente ao então município de Porto da Folha, Estado de Sergipe, ocorreu o duro massacre em que Virgulino Ferreira da Silva, Maria Gomes de Oliveira e mais nove cangaceiros, tombaram sem vida naquela manhã chuvosa, numa quinta-feira do dia 28 de Julho de 1938.
Capitão Lampião, como preferia ser chamado, recebeu esta falsa patente em Juazeiro do Norte, Ceará, quando convidado a comandar o Batalhão Patriótico para combater a Coluna Prestes, teve uma vida intensa de escaramuças, agitações, desassossegos, perambulando de valhacoutos em valhacoutos fugindo das volantes, praticando seus atos de violência e ao mesmo tempo um pouco de paz. Lampião era um homem extremamente inteligente, estrategista, sabia usar muito bem de sua astúcia e traquejo social para conseguir auxílio de pessoas influentes da sociedade, de muitos sertanejos, coronéis, políticos da região e de outros Estados em que ele atuava que, mediante troca de favores, obtinha o que quisesse inclusive armas e munições para manter o grupo.
Nessa troca de favores e serviços, a figura do coiteiro, indivíduo importantíssimo em que Lampião depositava toda confiança e ao mesmo tempo desconfiança, era o que mais se valia. O coiteiro era quem levava e trazia mensagens, abastecia o grupo de alimentos, bebidas, pequenos objetos, dava notícias das movimentações das volantes, ou seja, era uma pessoa que prestava diversos serviços mediante um bom pagamento. Lampião e seus sequazes percorreram por sete Estados nordestinos e por todos esses Estados, era necessário e indispensável os serviços de um coiteiro para sua própria sobrevivência, Mas a traição de um deles, levou o fim do Rei do Cangaço.
Os Estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Paraíba, foram os que mais sofreram com as investidas, saques, depredações e mortes praticadas por este bandoleiro e os Interventores e volantes com seus planos e táticas tentando aniquilar incansavelmente este grupo e subgrupo de cangaceiros tão bem municiado e atuante.
Nessa trajetória de combates, recuos e inatividades, Lampião teve muitas mortes anunciadas pelo governo de forma precipitada, afinal, o grande chefe e seu grupo sabiam misteriosamente desaparecer e aparecer quando queriam e sua morte foi cercada por muitos mistérios. Mistério com várias versões colocadas, afirmadas e contestadas como a versão do envenenamento, por exemplo, aceitada por muitos e descartadas por outros. Mas a versão que prevalece e indubitavelmente mais aceita como oficial, é o massacre ocorrido no fatídico dia 28 de Julho de 1938 em que 11 cangaceiros foram mortos a tiros, suas cabeças cortadas e colocadas em latas de querosene com álcool e sal para serem desfiladas nas cidades por onde eles praticaram todos os atos de violência, com também mostrar a população que Lampião finalmente foi pego e morto com o seu bando. Seus corpos foram deixados no local, vilipendiados, seus pertences disputados como troféus, um horror. Este massacre ocorreu na Grota, grota de Angico e não gruta como muitos relatam. Um lugar inóspito, cercado de espinhos, de pedras e com uma única saída.
Quem matou Lampião, Maria Bonita e seus companheiros? Foi o dinheiro deles!!!! diziam as volantes. Na verdade, muitos fatores contribuíram para que sua morte fosse apressada: Getúlio Vargas irritou-se com a divulgação e projeção do filme feita pelo mascate libanês em 1936 mostrando o cotidiano deste bandoleiro que posava despreocupadamente com seu poder de liderança perante a polícia e os poderosos
do sertão. Então como moldar um Estado Novo com um homem que se dizia "governador do sertão" e desafiava o Governo Federal?
O próprio Benjamim Abraão Calil Boto, o produtor do filme e imagens fotográficas, contribuiu indiretamente para a morte de Lampião filmando e fotografando o bandido de todas as formas. Seu nome era manchete diária em jornais e revistas da época mostrando suas peripécias e sagacidade em tudo que fazia.
O primeiro tiro dado pelo soldado Abdon Cosmo, iniciou o fim do reinado de Virgulino Ferreira. O Lampião se apagou. O líder e comandante das caatingas morreu. Foram quase vinte anos no comando sendo respeitado e admirado por todos. Passou para a História como um dos homens mais biografados do mundo. Virou lenda, virou mito. Foi um grande personagem da História do Brasil.
Capitão Lampião, como preferia ser chamado, recebeu esta falsa patente em Juazeiro do Norte, Ceará, quando convidado a comandar o Batalhão Patriótico para combater a Coluna Prestes, teve uma vida intensa de escaramuças, agitações, desassossegos, perambulando de valhacoutos em valhacoutos fugindo das volantes, praticando seus atos de violência e ao mesmo tempo um pouco de paz. Lampião era um homem extremamente inteligente, estrategista, sabia usar muito bem de sua astúcia e traquejo social para conseguir auxílio de pessoas influentes da sociedade, de muitos sertanejos, coronéis, políticos da região e de outros Estados em que ele atuava que, mediante troca de favores, obtinha o que quisesse inclusive armas e munições para manter o grupo.
Nessa troca de favores e serviços, a figura do coiteiro, indivíduo importantíssimo em que Lampião depositava toda confiança e ao mesmo tempo desconfiança, era o que mais se valia. O coiteiro era quem levava e trazia mensagens, abastecia o grupo de alimentos, bebidas, pequenos objetos, dava notícias das movimentações das volantes, ou seja, era uma pessoa que prestava diversos serviços mediante um bom pagamento. Lampião e seus sequazes percorreram por sete Estados nordestinos e por todos esses Estados, era necessário e indispensável os serviços de um coiteiro para sua própria sobrevivência, Mas a traição de um deles, levou o fim do Rei do Cangaço.
Os Estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Paraíba, foram os que mais sofreram com as investidas, saques, depredações e mortes praticadas por este bandoleiro e os Interventores e volantes com seus planos e táticas tentando aniquilar incansavelmente este grupo e subgrupo de cangaceiros tão bem municiado e atuante.
Nessa trajetória de combates, recuos e inatividades, Lampião teve muitas mortes anunciadas pelo governo de forma precipitada, afinal, o grande chefe e seu grupo sabiam misteriosamente desaparecer e aparecer quando queriam e sua morte foi cercada por muitos mistérios. Mistério com várias versões colocadas, afirmadas e contestadas como a versão do envenenamento, por exemplo, aceitada por muitos e descartadas por outros. Mas a versão que prevalece e indubitavelmente mais aceita como oficial, é o massacre ocorrido no fatídico dia 28 de Julho de 1938 em que 11 cangaceiros foram mortos a tiros, suas cabeças cortadas e colocadas em latas de querosene com álcool e sal para serem desfiladas nas cidades por onde eles praticaram todos os atos de violência, com também mostrar a população que Lampião finalmente foi pego e morto com o seu bando. Seus corpos foram deixados no local, vilipendiados, seus pertences disputados como troféus, um horror. Este massacre ocorreu na Grota, grota de Angico e não gruta como muitos relatam. Um lugar inóspito, cercado de espinhos, de pedras e com uma única saída.
Quem matou Lampião, Maria Bonita e seus companheiros? Foi o dinheiro deles!!!! diziam as volantes. Na verdade, muitos fatores contribuíram para que sua morte fosse apressada: Getúlio Vargas irritou-se com a divulgação e projeção do filme feita pelo mascate libanês em 1936 mostrando o cotidiano deste bandoleiro que posava despreocupadamente com seu poder de liderança perante a polícia e os poderosos
do sertão. Então como moldar um Estado Novo com um homem que se dizia "governador do sertão" e desafiava o Governo Federal?
O próprio Benjamim Abraão Calil Boto, o produtor do filme e imagens fotográficas, contribuiu indiretamente para a morte de Lampião filmando e fotografando o bandido de todas as formas. Seu nome era manchete diária em jornais e revistas da época mostrando suas peripécias e sagacidade em tudo que fazia.
O primeiro tiro dado pelo soldado Abdon Cosmo, iniciou o fim do reinado de Virgulino Ferreira. O Lampião se apagou. O líder e comandante das caatingas morreu. Foram quase vinte anos no comando sendo respeitado e admirado por todos. Passou para a História como um dos homens mais biografados do mundo. Virou lenda, virou mito. Foi um grande personagem da História do Brasil.