Introdução

O treinamento de arte marcial para quem prática esta voltado para a educação, respeito, ao lazer, ao fitness e a qualidade de vida de todos desde crianças a idosos, para quem não é atleta e prática o desporto para permanecer saudável e quem é atleta também consegue ter um bem-estar melhor.
A arte marcial em si tendo como exemplo o Karatê e o Judô, além de proporcionar ao karateca e ao judoca tudo o que foi dito a pouco, proporciona também grandes melhorias para o organismo, ou seja, trás benefícios como resistência muscular e esquelética, intensidade articular, coordenação motora geral e especifica; equilíbrio e ainda auxilia na força, na resistência, na potência, na flexibilidade e ajuda ainda no sistema cardiovascular, proporciona também um bem estar mental (concentração), aumenta a capacidade de raciocínio rápido e ao mesmo tempo apura os reflexos finos e rudimentares do praticante, os ossos ficam mais resistentes à fratura devido à musculatura enrijecida do praticante. Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS) relata que principalmente em mulheres que o risco de osteoporose aumenta, o karatê pode ajudar a prevenir a mesma.
Contudo neste estudo vamos dar ênfase ao treinamento de força, lógico que não existe só o Karatê e o Judô de arte marcial que se pode treinar a força, entretanto, outras artes marciais podem ser citadas como o Tae-kwon-do, Jiu-Jitsu, Kung-Fu, entre outras.
Existem vários métodos de treinar a força do praticante de arte marcial, inclui a força explosiva ou força rápida e também conhecida como potência muscular, força pura, força de sprint, força estática ou força dinâmica, força de potência, porém vamos especificar o treinamento na força explosiva (rápida).
Mas afinal, o que é Força Explosiva (Rápida e/ou Potência Muscular)?
Força explosiva ou rápida: é o uso da força aplicada em velocidade, para que o praticante deste esporte alcance o golpe no adversário ele precisa ter uma explosão, na qual necessita ser ao mesmo tempo veloz e preciso ao aplicar o movimento, isso fara com que seu oponente seja pego de surpresa. (CHIESA, 2003).










Arte Marcial

Modalidade ? Karatê

O treinamento de força rápida para esta modalidade é extremamente importante para o desempenho do kumite (luta), pois exige muito do praticante para ser decisivo na hora de pontuar. (PEREIRA & EMERICK, 2010).
Os tipos de treinamento são muitos a serem realizados no decorrer do treino, tudo depende das competições a serem disputadas no mês ou no ano. Por isso, que quando se faz o planejamento o próprio praticante já programa quais competições ele vai priorizar se frequenta todas ou as mais importantes como campeonatos paulista e brasileiro por exemplo.
Um tipo de treino especifico para o shiai-kumite além do de força rápida é o de resistência aeróbia que também pode ser realizado.
O praticante não depende exclusivamente só da força rápida para ter um desempenho de luta melhor que seu oponente, mas sim aliar a força rápida em conjunto com a resistência aeróbia, pois não ira fazer efeito se o praticante treinar especificamente um único tipo de exercício, um exemplo se o mesmo treinar somente força rápida a resistência durante a luta vai ser analisada como baixa, porquanto se pegarmos uma luta na categoria feminina de dezoito anos e acima o tempo de permanência é de três minutos cronometrados, então este praticante não conseguirá aliar as duas fases, a possibilidade de perder o combate se torna maior, um treinamento para que o praticante possa ter boa resistência e ao mesmo tempo a velocidade é usar o método de treinamento intervalado, assim o treino é feito por exercícios repetitivos intercalados por curtas estações de descanso. (POWERS & HOWLEY, 2005), um exemplo é o treino de ajustamento de golpe, são feitas diversas repetições do mesmo golpe, e se tem um descanso de aproximadamente trinta segundo. Pode também realizar treinos com exercícios contínuos de alta intensidade que, além disso, auxilia na resistência aeróbia do praticante.
Um padrão de golpe que pode ser aplicado no decorrer da luta são o Kisame- Zuki e Guiaku- Zuki, estes são socos, o primeiro com a mão que está à frente e o segundo com a mão trocada da perna que esta a frente, entretanto para que o oponente seja surpreendido é utilizado o uso do kisame e guiaku, incluindo a rasteira (Ashi-Barai), na luta se usa muito este tipo de ataque, pois o adversário espera só um golpe, mas não espera o soco seguido do Ashi-Barai, um exemplo é atacar kisame e kisame isso andando e depois passar a rasteira, contudo há amplas variações, por este motivo que o praticante tem que estar preparado para eventual queda.
Outro exemplo também é a seqüência de golpes, que se utiliza para fazer o ataque, esta seqüência pode vir de socos seguidos de chute, ou ainda só usar o soco que no caso seria dar pelo menos três socos até que o arbitro central veja que o golpe foi aplicado corretamente, ou então fazer a seqüência com chutes que seria dois chutes na costela (Mawashi-Gueri) e um na cabeça (Ura- Mawashi-Gueri).
A defesa pode- se fazer saindo 45º como se pode também usar a esquiva para ambos os lados, abaixar, saltar e contra-atacar tudo isso dependendo do ataque que for aplicado. Um exemplo de defesa é você sair para um dos lados e contra-atacar com chute na costela do oponente este golpe é chamado de Mawashi-Gueri, ou chutar a cabeça sendo então aplicado o golpe Ura- Mawashi-Gueri.
Na imagem a seguir pode observar a figura A, que ocorreu uma defesa, pois a figura do lado direito da imagem, deu o ataque de Ura- Mawashi-Gueri e a outra figura do lado esquerdo defendeu abaixando e contra- atacou, porém o mesmo não foi convertido em pontos para a figura do lado esquerdo e sim considerado falta por atingir a parte intima do oponente, porém a figura B, mostra se o praticante do lado esquerdo acertasse o soco guiaku-zuki na altura da faixa seria ponto do mesmo, então podemos dizer que não precisa usar somente o braço para contra-atacar, mas sim as pernas também, se pegarmos a mesma imagem e tirar o soco como mostra a figura C, e avançar o pé esquerdo do praticante que se defendeu pode se aplicar o ashi-barai ao invés do guiaku-zuki ou qualquer outro soco.



Fonte: capinaremos.com Fonte: capinaremos.com Fonte: capinaremos.com


A tudo isso que foi falado acima é usada à força rápida, mas não é somente a força que se emprega, entretanto utiliza o raciocínio rápido, o equilíbrio, o reflexo e a flexibilidade, enfim a técnica propriamente dita.







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Modalidade ? Judô

Para o Judô também se usa força rápida, usa-se também a força isométrica e dinâmica, porém como não é uma modalidade que utiliza o contato e sim a queda a resistência aqui e tanto a aeróbia e anaeróbia aláctea e láctica.
Segundo Marques, 2002, força isométrica é quando existe apenas contração muscular, no entanto, o praticante esta parado.
O autor descreve ainda outro tipo de força, a força dinâmica que ocorre quando a um deslocamento da resistência a ser batida, ou seja, para o praticante derrubar seu parceiro ele necessita aliar os dois tipos de força.
De acordo com SANTOS & MELLO, 2000, a principio o praticante obtém a força sem sobrecarga, depois passa a coloca-las no treinamento. A resistência aeróbia é trabalhada na forma de corrida, já a anaeróbia aláctica pode se desenvolver com um trote acelerado com um tempo aproximadamente de 15 segundos. E a anaeróbia láctea só é realizada a partir dos quatorze anos acima.
O autor relata também que as turmas do judô são muito heterogêneas e com grandes números de praticantes, por isso que é difícil priorizar um único praticante.
Quando o praticante aplica o golpe Obi Otoshi, por exemplo, ele usa duas forças, as mesmas foram explicadas teoricamente acima, vamos agora ilustrar na prática.
A figura a baixo mostra que o praticante vermelho faz a ação de força, pegando a manga e ponta do kimono perto da faixa do praticante azul, isto é considerado uma força isométrica, e quando é feita uma força de deslocamento, onde o praticante vermelho determina a ação fazendo com que ele entre a frente do praticante azul e realize o golpe levantando-o, é considerada uma força dinâmica.







Fonte: judoinfo.com

Assim como no karatê o judô necessita usar a força rápida, no entanto, emprega ainda o reflexo, a resistência, ou seja, a técnica em si.


Conclusão Final

Com este estudo conclui-se que a força rápida para o praticante de arte marcial é de fundamental importância, pois tudo o que se faz nas modalidades apresentadas e relatadas acima e nas outras só citadas com exemplos utiliza este tipo de força, e podemos descrever, além disso, que as forças isométrica e dinâmica exercida no judô são determinadas às vezes muito mais do que no karatê, uma vez que o mesmo é analisado como uma modalidade de ampla movimentação. No entanto, estas duas modalidades, necessitam de inteligência, de reflexo, de grande concentração, permitindo que o praticante tenha uma preparação física melhor, o equilíbrio para a prática destes desportos também é importante e auxilia no cotidiano do praticante e/ou do atleta, a flexibilidade aumenta com os exercícios de alongamento feitos no inicio e durante os treinamentos, enfim, tudo isso ajuda o organismo e o próprio corpo a estar preparado para o dia-a-dia, principalmente os idosos que apresentam um metabolismo mais debilitado, sobretudo em áreas que envolvem de maneira especial o reflexo, o raciocínio rápido, a estabilidade corporal e a flexibilidade. Dessa forma o idoso apresentará um aumento na circulação sanguínea dando assim prolongando a vida cardiovascular do mesmo.




Referencias Bibliográficas

1. CHIESA, Luiz C. ? Força e hipertrofia muscular, Natal ? RN, Revista Virtual EF Artigos, v. 1 nº 11, nov. 2003 < Disponível em: http://efartigos.atspace.org/fitness/artigo14.html> Acesso em: 22 fev. 2011.
2. JEZLER, Taina ? Karatê para Idosos - <Disponível em: http://www.tainajezler.blogspot.com/2009/11/karate-para-idosos.html > Acesso em: 26 fev. 2011.
3. LEITE, Francinaldo F. ? Karatê: Um esporte completo, 2008 < Disponível em: http://www.webartigosos.com/articles/4890/1/Karate-Um-Esporte-Completo/pagina1.html > Acesso em 24 fev. 2011.
4. MARQUES, Mário A. ? A força. Alguns conceitos importantes - Revista Digital - Buenos Aires - Ano 8 - N° 46 - Março de 2002. < Disponível em: http://www.efdeportes.com/ >Acesso em: 24 fev. 2011.
5. PEREIRA, Rodolfo L.; EMERICK, Rogério - INFLUENCIA DO TREINAMENTO DE FORÇA NO DESEMPENHO EM ATLETAS DE KARATÊ. Faculdade Dom Bosco, Curitiba PR, 2010. < Disponível em: http://araucariakarate.blogspot.com/2010/11/influencia-do-treinamento-de-forca-no.html > Acesso em 23 fev. 2011.
6. POWERS, Scott K. ; HOWLEY, Edward T. ? Fisiologia do Exercício: Teoria e Aplicação ao Condicionamento e ao Desempenho, Barueri ? SP, 5ª Edição, Manole Editora, 2005.
7. SANTOS, André M.& ET. AL - Mensuração da Potência Muscular em judocas juvenis através do Teste de Sterkowicz - UGF/Brasília ? DF. <Disponível em: http://www.revistadigitalvidaesaude.hpg.ig.com.br/artv1n2_05.pdf > Acesso em: 24 fev. 2011.
8. SANTOS, Leonardo M.; MELLO, Marina V. - Treinamento de Judô a longo prazo - Revista Digital - Buenos Aires - Ano 5 - Nº 18 - Fevereiro 2000 <Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd18b/judo.htm> Acesso em 25 fev. 2011.