O TREINAMENTO DE FORÇA NA PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE EM PESSOAS DA 3ª IDADE


Alexandre Rocha Neto ? Graduando em Educação Física.
Leonardo Ricardo Soares ? Graduado em Educação Física, Esp. em Treinamento Esportivo, Esp. em Fisiologia do Exercício Avançado em treinamento desportivo.
Júlio Eymard Rodrigues Martins ? Graduado em Educação Física, Esp. em Treinamento Esportivo, M.Sc. em Ciência da Motricidade Humana.
Fundação Educacional de Caratinga ? FUNEC, Unidade de Nanuque
Núcleo de Estudos, Estágio, Extensão e Pesquisa ? NEEP
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Grupo Temático: Saúde Coletiva, Educação e Qualidade de Vida.


RESUMO

O presente estudo evidenciou o seguinte problema. Será que o Treinamento de Força Influência na Prevenção da Osteoporose em Pessoas da 3ª Idade? Em termos gerais este estudo objetivou verificar; O Treinamento de Força na Prevenção da Osteoporose em Pessoas da 3ª Idade. Em termos específicos foi desenvolver uma fundamentação teórica acerca Pessoas da 3ª Idade, Osteoporose e Treinamento de força. Sendo este estudo inserido no paradigma qualitativo, a tipologia do mesmo é bibliográfica. As questões de estudo correspondem aos objetivos específicos. Os autores que embasaram este estudo foram: Dantas (2003), Fleck e Kraemer (1999), Guedes (2007), Maletta (1997), Rouquayrol e Almeida (2003), Simão (2003) Uchida et. al. (2006).
Portanto evidenciou-se que a discussão da problemática do presente estudo, relatou a idéia que, segundo Maletta (1997, p.169).

"O autor afirma que segundo a ONU em 1950, havia aproximadamente 200 milhões de pessoas com 60 e mais anos em todo mundo, tendo alcançado 350 milhões em 1975, prevendo-se estimativa de 590 milhões para o ano 2000 e de 1,1 bilhões de pessoas no ano 2025".



Palavras - chaves: Pessoas da 3ª Idade, Osteoporose, Treinamento de Força.





1. INTRODUÇÃO

Apesar de nunca ter trabalhado diretamente com pessoas da 3ª idade, aproximadamente há uns três anos atrás, estive na cidade de Boa Esperança - ES, município próximo de Pinheiros ? ES, cidade onde eu moro. Junto com amigo Gerrimar Pereira Firmino. Visitamos um grupo de 3ª idade onde trabalha um amigo nosso fisioterapeuta e professor de Educação física, Neris Zamprogno, que ministrava aulas de ginásticas para idosos, e a grande maioria sofriam de osteoporose, achei muito relevante o trabalho, e por isso surgiu o meu interesse pelo tema, pois.
Segundo Simão (2003 p. 110).
"A osteoporose pode ser definida como a perda da densidade mineral óssea (DMO) aumentando a fragilidade dos ossos, tornando maior o risco de ocorrer fratura".
Ao ter tido contato com o grupo e ao observar a dificuldade dos mesmos em executar determinados movimentos básicos, cheguei à conclusão que.
Segundo Fleck e Kraemer (1999, p. 200, 201).
"A força é um fator importante para as capacidades funcionais, e a fraqueza dos músculos podem avançar até que uma pessoa idosa não possa realizar as atividades comuns de vida diária, tais como: levantar-se de uma cadeira, varrer o chão ou jogar
o lixo fora".
De acordo com a problemática apresentada anteriormente no próximo tópico será apresentada a questão a ser investigada que deu origem a esse estudo já que. O treinamento pode ser feito visando atingir as seguintes finalidades, Profiláticas: quando se objetiva a prevenção de hipocinesias, em especial a osteoporose. (DANTAS, 2003 p. 159).
De acordo com a problemática apresentada evidência-se que a essência do problema que deu origem a esse estudo foi: Será que O Treinamento de Força Influência na Prevenção da Osteoporose em Pessoas da 3ª Idade?
Justifica-se a relevância do presente estudo, pois mostra a importância do Treinamento de Força em relação à Prevenção da Osteoporose, em um grupo especial que é a 3ª idade. Já visto que, em países classificados como em desenvolvimento, por exemplo, alguém é considerado de terceira idade a partir dos 60 anos. (VERAS 2002) apud (MALETTA, 1997, P.171).




1.1 Objetivo Geral
O objetivo do presente estudo é levantar uma revisão bibliográfica para verificar se o treinamento de força tem influência na prevenção da osteoporose em pessoas da 3ª idade. Já que segundo.

1.2 Objetivos Específicos
? Desenvolver uma fundamentação teórica em relação á pessoas da 3ª idade
? Desenvolver uma fundamentação teórica em relação à osteoporose
? Desenvolver uma fundamentação teórica em relação ao treinamento de força
? Verificar através dos objetivos anteriores se o treinamento de força influência na prevenção da osteoporose em pessoas da 3ª idade.
































2.1 Pessoas da 3ª Idade.
Devido os grandes crescimentos da economia Mundial, tanto em países desenvolvidos e subdesenvolvidos estimativas mostram que a população tende a viver mais, atingindo as etapas da vida que.
Segundo (VERAS, 2002) apud (MALETTA, 1997, P.171). A terceira idade é uma etapa da vida de um indivíduo. A época em que uma pessoa é considerada na fase da terceira idade varia conforme a cultura e desenvolvimento da sociedade em que vive, em países classificados como em desenvolvimento, por exemplo, alguém é considerado de terceira idade a partir dos 60 anos, ou mais anos, só que. Estima-se que mesmo nos países desenvolvidos, apenas uma em cada dez mil pessoas logra alcançar os 100 anos de idade. Segundo (FRIES 1980) apud (MALLETA 1997, p. 167).
A terceira idade pode ser subdividida em: Idosos Jovens e Idosos Velhos, para (WHO, 1982) apud (MALETTA, 1997, p.167). A expressão "idosos jovens" tem sido usada para designer o grupo de pessoas até 74 anos de idade, enquanto à denominação "idosos velhos" destina-se ao grupo das pessoas com idade igual ou superior aos 75 anos de idade. No Brasil de acordo com o IBGE, (2000) a faixa de pessoas com sessenta anos ou mais, em 1960, era responsável por 4,8% do total da população brasileira. Em 1980, esse número passou para 6,2% e, em 1999, atingiu 8,7%. Mantidas as tendências atuais, a projeção para 2025 é de que a proporção de idosos no país esteja em torno de 15%.
(ROUQUAYROL E ALMEIDA, 2003, P. 499)
"No ano 2000, os idosos 60 anos de idade constituem 9% da população brasileira, a expectativa de vida e o aumento da população idosa vêm ocorrendo de forma muito rápida no Brasil."

2.2 A Osteoporose.
A osteoporose é uma patologia, que existe e sempre existiu, pois ela ocorre de maneira natural devido ao desenvolvimento cronológico de um indivíduo, podendo desenvolver-se precocemente ou não, pois. A genética parece ser o principal fator determinante da massa óssea em adultos, no entanto outros fatores podem influenciar a perda de massa óssea em idades mais avançadas, potenciando assim o risco da osteoporose, (MADSEN ADANS e VAN LOAN, 1998) Apud (GUEDES 2007, p.151). O autor ainda afirma que: entre eles, destacam-se a falta de atividade física, a composição corporal, o status hormonal e a nutrição. A nutrição e um dos fatores essenciais na manutenção e reposição do cálcio no organismo. De acordo com Dantas (2003 p. 159) A osteoporose é a desmineralização óssea devido à perda de cálcio.
Para Simão (2003 p. 110) a osteoporose pode ser definida como a perda da densidade mineral óssea (DMO) aumentando a fragilidade dos ossos, tornando maior o risco de ocorrer fratura.
O autor ainda afirma que: A osteoporose se desenvolve porque o osso é uma estrutura viva, formado de proteínas e minerais sendo constantemente destruída e reposto. A osteoporose ocorre geralmente com o processo normal de envelhecimento quando aumenta o grau de destruição e diminui o de formação ocasionando o adelgaçamento dos ossos tornando-os quebradiços. O osso necessita ser renovado continuamente para manter sua resistência, constantemente o osso velho é destruído e substituído por um novo osso mais resistente, caso não existisse este processo que ocorre na superfície óssea e que é chamado de remodelação óssea, nosso esqueleto passaria a sofrer lesões por fadiga já durante até mesmo na juventude.
A perda de massa óssea em mulheres começa por volta dos 35 anos e o momento crítico é a menopausa, quando os hormônios anabólicos diminuem drasticamente, O homem começa a perda óssea a partir dos 50 anos em média 0,4% ao ano, a partir dos 70 anos pode chegar a 0,8 de perda óssea anual. (SANTARÉM, 1997) Apud. (GUDES 2007 p.151),
2.3 O Treinamento de Força
A força, do ponto de vista da física é representada pela expressão do produto da massa pela aceleração (força = massa x aceleração), porém, quando o assunto é execução de movimentos e exercícios, a força é representada pela superação de uma dada resistência ? que vem através da contração muscular, de acordo com (UCHIDA et al, 2006 p.03). Força é a capacidade de exercer tensão muscular contra uma resistência, envolvendo fatores mecânicos e fisiológicos que determinam a força em alguns movimentos particulares. Segundo (BARBANTI 1971) Apud. GUEDES (2007p. 19).
Já para Fleck e Kraemer (1999, p. 19). O treinamento de força, também conhecido como treinamento com peso ou treinamento com carga, tornou-se uma das formas mais conhecida de exercício, tanto para o condicionamento de atletas como para melhorar a forma física de não-atletas. Pois durante os últimos 10 anos ficou provado que os idosos podem se beneficiar com a participação em programas de treinamentos de força.
De acordo Simão (2003 p. 110). Com Os benefícios do treinamento de força para idosos vão, além disto. A sobrecarga mecânica provocada pelo treinamento físico estimula o efeito pizoelétrico no osso que assim, gera maior atividade osteoblástica, aumentando a formação óssea pelo incremento na síntese de proteínas e de DNA, tornando-os menos suscetíveis às fraturas ósseas que geralmente acompanham pessoas idosas, principalmente as mulheres. Os exercícios de impacto e os com pesos aumentam a força e a massa muscular (GUEDES, 2007 p. 151). Portanto a atividade física, sobretudo a musculação, parece ser fundamental para a manutenção da massa óssea e para a prevenção da osteoporose ao longo dos anos, (BOUCHARD et al 1994) apud (GUEDES, 2007, p. 152).

2.4 A verificação do Treinamento de Força na Prevenção da Osteoporose em Pessoas da 3ª Idade.
Segundo Fleck e Kraemer (1999, p. 200, 201).
"A força é um fator importante para as capacidades funcionais, e a fraqueza dos músculos podem avançar até que uma pessoa idosa não possa realizar as atividades comuns de vida diária, tais como: levantar-se de uma cadeira, varrer o chão ou jogar
o lixo fora".
O treinamento pode ser feito visando atingir as seguintes finalidades, Profiláticas: quando se objetiva a prevenção de hipocinesias, em especial a osteoporose. (DANTAS, 2003 p. 159). Com Os benefícios do treinamento de força para idosos vão, além disto. A sobrecarga mecânica provocada pelo treinamento físico estimula o efeito pizoelétrico no osso que assim, gera maior atividade osteoblástica, aumentando a formação óssea pelo incremento na síntese de proteínas e de DNA, tornando-os menos suscetíveis às fraturas ósseas que geralmente acompanham pessoas idosas, principalmente as mulheres (SIMÃO 2003 p. 110). Os exercícios de impacto e os com pesos aumentam a força e a massa muscular (GUEDES, 2007 p. 151). Portanto a atividade física, sobretudo a musculação, parece ser fundamental para a manutenção da massa óssea e para a prevenção da osteoporose ao longo dos anos, (BOUCHARD et al 1994) apud (GUEDES, 2007, p. 152). O treinamento de força muscular mais que o treinamento aeróbio, estaria diminuindo os efeitos negativos do envelhecimento sobre as variáveis neuromusculares e proporcionando ao idoso, a possibilidade de ser funcionalmente independente além de reduzir a incidência de fraturas ósseas (GUEDES, 2007 p. 153). Que até mesmo indivíduos com idade acima de 90 anos podem conseguir ganhos de força durante um período de treinamento de 8 semanas (FIATARANE e COLABORADORES, 1990) apud (FLECK e KRAEMER, 1999, p. 200).
3. METODOLOGIA.
3.1 Naturezas do Problema
Sendo a tipologia desse estudo centrada no paradigma qualitativo a natureza do problema é bibliográfico

3.2 Questões de Estudo
Já que a osteoporose é uma doença que não tem cura, a questão a ser estudada é em relação ao treinamento de força, ou seja, se ele realmente influência na prevenção da osteoporose daí surgiu o interesse pelo tema.
O TREINAMENTO DE FORÇA NA PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE EM PESSOAS DA 3ª IDADE.

3.3 Conclusões Embasadas das Discussões da Problemática dos Autores.
Dês de que seja acompanhado, planejado e sistematizado por um profissional de educação física e supervisionado junto com médico endocrinologista, cardiologista etc. O treinamento pode ser feito visando atingir as seguintes finalidades, Profiláticas: quando se objetiva a prevenção de hipocinesias, em especial a osteoporose. (DANTAS, 2003 p. 159). Com Os benefícios do treinamento de força para idosos vão, além disto. A sobrecarga mecânica provocada pelo treinamento físico estimula o efeito pizoelétrico no osso que assim, gera maior atividade osteoblástica, aumentando a formação óssea pelo incremento na síntese de proteínas e de DNA, tornando-os menos suscetíveis às fraturas ósseas que geralmente acompanham pessoas idosas, principalmente as mulheres (SIMÃO 2003 p. 98). Portanto a atividade física, sobretudo o treinamento de força, é fundamental para a manutenção da massa óssea e para a prevenção da osteoporose ao longo dos anos, (BOUCHARD et al 1994) apud (GUEDES, 2007, p. 152). O treinamento de força muscular mais que o treinamento aeróbio, estaria diminuindo os efeitos negativos do envelhecimento sobre as variáveis neuromusculares e proporcionando ao idoso, a possibilidade de ser funcionalmente independente além de reduzir a incidência de fraturas ósseas (GUEDES, 2007 p. 153). Que até mesmo indivíduos com idade acima de 90 anos podem conseguir ganhos de força durante um período de treinamento de oito semanas (FIATARANE e COLABORADORES, 1990) apud (FLECK e KRAEMER, 1999, p. 200). Tornando assim possível a prevenção da Osteoporose em pessoas da terceira idade, como mecanismo de fortalecimento muscular e ósseo, podendo chegar assim a uma maior longevidade.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

DANTAS, Estélio H.M. A Pratica da Preparação Física. Rio de Janeiro: Shape Editora, 2003.159p.

FLECK, Steven J. e KRAEMER, William J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular. Porto Alegre: Editora Arte Médicas Sul Ltda. 2ª Ed. 1999. 19-200-201p.

GUEDES, Dilmar Pinto, Musculação Estética e Saúde Feminina. São Paulo: Phorte editora Ltda. 2007. 19-151-152-153p.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, senso 2000, Disponível em www.ibge.gov.br acessado em 10/04/2008 às 15h21min.

MALETTA, Carlos Henrique Mudado. Epidemiologia e Saúde Púbica. Belo Horizonte 2ª edição volume l, ano 1997. 169-167-171p.

ROUQUAYROL, Maria Zélia: ALMEIDA, Naomar Filho. Epidemiologia e Saúde. Rio de Janeiro: editorar Medsi 6ª ed., 2003. 499p.

SIMÃO, R. Fisiologia e prescrição de exercício para grupos especiais. São Paulo Editora Phorte, 2003. 93-110p.

UCHIDA, M.C. CHARRO, M.A. BACURAU, R.F.P. NAVARO, F. PONTES, F.L. Manual de Musculação. São Paulo: Editora Phorte 4ª Ed. 2006. 03p.