O TRAVESSEIRO

Sl 4:4  Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai.

Até mendigo faz do seu braço travesseiro. Todos temos  à apoiar nossa cabeça uma espécie de travesseiro. Nossa cabeça que pesa de 4 à 8 quilos precisa de algo que a sustenha na posição horizontal quando repousamos e vertical quando estamos alertas. Caso não tenhamos, acordamos com dores no pescoço. O pescoço que segura as janelas da alma, o depósito da consciência.

O que temos colocado dentro de nossas cabeças que nos perturbam o sono? O que temos compartilhado com nosso companheiro, o travesseiro, que desejávamos  apagar das nossas lembranças, tirar do nosso coração?

Nossos ressentimentos? Nossas mágoas? Quem sabe nossos rancores?

E isto, tem feito mal ao nosso coração à nossa alma?

Quantas  noites temos passado por sonos inacabados? Madrugadas inteiras como testemunhas de nossas lembranças. Quantas situações que desejávamos nunca as tê-las vivido. Mas pela dureza de nossos corações, somos levados em dia à dias a amargurá-las. Num infindável martírio. Nós mesmos, por iniciativas as produzimos, realizamos, efetuamos e nos amarguramos. Produzimos nossos infortúnios. Temos tido controle sobre nossas ações?

E a amargura então? Ah! A tão falada  amargura, que produzida consciente, leva aos  ressentimentos e  faz-nos prisioneiros da nossa consciência. Quantos suicídios ocorridos por falta de amor, de perdão, de comunhão,  de situações mal resolvidas.

Quantos pecados incorridos?

E a misericórdia do Criador? Ah! Se procurássemos entender mais sobre a misericórdia de Deus, saberíamos sim, que Ele a renova a toda manhã, usufruiríamos dela para nossa felicidade nos transcorrer de nossos  dias.

Para nossos pecados temos o Sangue do Cordeiro, temos o perdão de Deus, na fé, no sacrifício de Cristo que levou sobre si todas as nossas enfermidades. Principalmente da alma.

Algumas iras que foram levadas ao extremo, em atitudes contrárias aquilo que O Criador espera da sua criação, O AMOR posto em pratica. Somos falhos em não rejeitar as obras da carne, somos fracos no exercício do auto controle. Suportar uns aos outros na piedade é um constante aprendizado. Por que relutamos à fazer as coisas certas e fazemos as erradas, se estas estão diante dos homens e principalmente diante de DEUS que a tudo vê e a tudo julga?

Não temos receio do julgamento de DEUS?  Perdemos o temor a Deus e a sua Sabedoria que é Santa?  Ele nos deu vida, nos fez criaturas viventes para que pudéssemos contemplá-Lo na beleza da sua Santidade, mas somos egoístas, jactanciosos, opressores, impertinentes e mal agradecidos. E se Deus nos retirasse tudo quanto pensamos ser ou ter aqui na terra? O que seria feito de nós? O que seríamos?  Pensamos ser alguém quando deixamos o nosso ego, o nosso eu falar mais alto do que a razão deles. Se Deus retirasse apenas a sua sombra de sobre as nossas vidas, subsistiríamos? Não!

Se por outro lado, se Deus retirasse sua misericórdia, subsistiríamos? Não!

Por que Deus então ainda assim nos suporta? Porque Ele é Longânimo. Não deseja que ninguém se perca. Que consigamos viver harmoniosamente, desejando que sua mão nos sustenha. Ele é Deus e Paz ! São seus predicados. Diferentes dos nossos. Em Deus não há falha, não há inclusive, SOMBRA DE DÚVIDA.                Ele é IMUTÁVEL, não há n’ELE, VARIAÇÃO.

PROCUREMOS SER  MAIS PARECIDOS COM ELE, O CRIADOR?

Valdir Carvalho – Cascavel-Pr, 27.3.2014