O trabalho escravo disfarçado

Existe atualmente o trabalho escravo sem o cerceamento da liberdade?
Muitos anos se passaram desde a assinatura da Lei Áurea, todavia muitas características escravistas estão atuando fortemente nos diversos setores do trabalho e a cada período essas características se evoluem juntamente com o desenvolvimento humano, confundindo muitos trabalhadores que exercem suas funções regularmente, porém não conseguem usufruir do prazer da dignidade provinda do trabalho.
Muitas pessoas trabalham anos para conseguir bens materiais, mas é evidente que esses bens dignificam a pessoa apenas momentaneamente, pois a verdadeira dignificação está difícil de ser alcançada, talvez pelo fato da existência de uma barreira.
É de conhecimento de grande parte da sociedade que em determinados locais existe o trabalho escravo com o cerceamento da liberdade, como por exemplo, em algumas fazendas, carvorarias e até mesmo em fábricas de costura. Porém, o que dizer de empresas, funcionando corretamente de acordo com a legislação, onde milhares de pessoas trabalham? Nesses locais de trabalho, as pessoas realizam suas funções de acordo com as normas estabelecidas, todavia a dignidade real acompanhada pela felicidade não é algo palpável e muitas vezes nem visível.
Existe algo que atrapalha as pessoas de alcançarem a tão sonhada dignidade, dentre outras variantes, conhecida como a barreira do preconceito.
A barreira do preconceito provém de muitos anos atrás, porém atualmente está camuflada nas modernas áreas do trabalho. É exatamente essa barreira que impede muitas mulheres de conquistarem elevadas posições em empresas, fazendo que tenham uma faixa salarial menor que a dos homens, que impede pessoas de outras culturas trabalharem sendo respeitadas pelos outros e que impede de várias formas muitas outras pessoas de diferentes personalidades.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, juntamente com outras declarações e atos constitucionais não resultarão em benefícios reais para a sociedade, se todos não se empenharem para acabar com a barreira do preconceito.
Com o findar desse empecilho, todos poderão com determinação alcançar a verdadeira dignidade através do trabalho, resultando em felicidade pessoal e desenvolvimento à sociedade.