A apostila de educação física, citada nas referências deste trabalho, nos apresenta que o movimento humano é inato e por isso não é função do professor ensinar este. Mas é função do docente possibilitar aos alunos a compreensão deste movimentar.

Na transcendência da motricidade humana é necessário trazer a área de educação física saberes específicos que estão relacionados às manifestações da nossa cultura corporal, jogo, dança esporte, luta, ginástica (cinco áreas clássicas) e a construção e funcionamento das estruturas capacitivas do movimento.

O professor deve pensar nos conteúdos não apenas no sentido de domínio, mas também da compreensão. Deve criar condições de ensino e aprendizagem que promovam a construção e a compreensão da motricidade do aluno.

Tradicionalmente os conteúdos básicos da educação física são as atividades lúdicas e o exercício corporal.

As atividades mais desafiadoras e imprevisíveis são os jogos.

Não devemos classificar no mesmo nível categorias de níveis diferentes.

Dentre as manifestações possíveis de jogo está a brincadeira, o esporte, a luta, a dança e a ginástica.

O exercício corporal serve para aperfeiçoar as capacidades e habilidades corporais como equilíbrio, velocidade, resistência, lateralidade...

No desenvolvimento de um currículo devemos levar em consideração o conhecimento do próprio corpo, o conhecimento do meio ambiente e a cultura da educação física.

As dimensões do ensino abrangem a educação dos sentidos, educação da motricidade e educação do símbolo.

Por meio da motricidade a criança se expressa, se comunica, relaciona-se. Vão ampliando sua motricidade e sua relação com a realidade num processo de interação.

O movimento humano é a primeira forma de linguagem e também a primeira forma de relação com o mundo.

Não é possível pensar em ação cognitiva sem o motor e da mesma forma o motor sem o cognitivo.

O RCNEI aponta a importância do movimento no desenvolvimento da cultura humana. A criança realiza as atividades utilizando a cultura corporal e motora a que pertence. Ainda ressalta que é necessário tornar acessível às crianças condições de aprendizagem das capacidades de convivência, aceitação e respeito de si mesma e dos outros.  

A ação docente deve ser fundamentada e é obrigação saber estruturar um plano de aula.

A preocupação central deve ser com a qualidade das construções, das relações e coordenações entre os esquemas que a criança estabelece.

A contribuição que a área de educação física pode prestar é fornecer uma atenção especial na autonomia intelectual, na ação moral, na relação social, afetiva e motora de forma integrada. Esse processo ainda deve ser interativo entre o aluno, o docente e o conteúdo.

É necessário que o docente considere que a criança possui uma história de vida diferente, com valores diferentes, com vivências de movimentos diferentes, mas com possibilidades similares para construir sua motricidade.

O processo metodológico deve servir como elemento integrativo da ação pedagógica.

A educação física é componente curricular da educação básica, ajustando-se as faixas etárias e as condições da população escolar.

Motricidade humana, o homem em movimento, gera cultura motora que é a produção corporal do homem dentro da cultura, como fazer um bolo, pentear o cabelo, pegar um ônibus, etc, esta produção realizada por meio de estruturas capacitivas como equilíbrio corporal, lateralidade corporal, força corporal, velocidade corporal, coordenação motora chama-se conduta motora que é alvo dos conteúdos.

As manifestações culturais como jogos, lutas, ginástica, danças e esportes também fazem parte da relação de conteúdos.

No decorrer do livro diz que não devemos obrigar uma criança canhota a utilizar somente a mão direita porque pode resultar em efeitos negativos como a dificuldade de aprender a direção gráfica, em entender esquerda e direita entre muitas outras dificuldades.

Piaget identificou três níveis no processo de tomada de consciência. 

No primeiro nível o sujeito não apresenta conceituação, mas possui um sistema de esquemas que já se estrutura com um saber elaborado.

O segundo nível é caracterizado pela coordenação das ações que possibilita a representação das relações, que é a conceituação.

Já no terceiro nível o sujeito é capaz de elaborar hipóteses que dirigem a ação.

O jogo no primeiro nível depende da linguagem de cada contexto social, cada realidade constrói uma imagem de jogo de acordo com seus valores, modo de vida, e isto é transmitido através da linguagem.

O segundo nível se refere a um sistema de regras e normas de conduta que especifica a modalidade do jogo.

O terceiro se refere ao divertimento e recreação, só importa o que o objeto representa na brincadeira.

A brincadeira não intenta alcançar objetivos pré-definidos, sua finalidade principal é a diversão, acontecendo a aprendizagem.

O brinquedo é um objeto que dá suporte a uma brincadeira e sua utilização pré supõe momentos lúdicos de livre manipulação.

Quando o jogo é o assunto a ser estudado ele é o conteúdo, mas quando é utilizado como meio para o desenvolvimento de um determinado conteúdo este passa a ser uma estratégia, um método.

E sobre o erro deve ser visto como possibilidade de aprendizagem. Fazer com que o aluno compreenda a própria ação, através do confronto com o êxito ou erro é uma oportunidade para analisar quais foram os mecanismos empregados e quais outros poderiam ser utilizados.