O estudo do desenvolvimento humano é feito de forma interdisciplinar dentro de uma procedência científica, relacionando os fenômenos às mudanças físicas, biológicas, psicológicas e sociais que se desenvolvem em toda a vida dos seres humanos, pois durante toda nossa existência, estamos em constante desenvolvimento, e este pode ser em qualquer área da nossa constituição, que por vezes, dá-se de forma grandiosa, outras, compassadas. Cada etapa difere da outra, começa a princípio do que é inato (partindo da similaridade entre pais e filhos), sofrendo em seguida uma série de transformações inerentes à própria maturação, seja ela, fisiológica, neurológica e psicológica, interagindo às exigências e respostas do meio físico e social, conduzindo à emergência desses comportamentos, e assim, demonstrando categoricamente que, o temperamento humano apesar de ser de origem biológica (genética) e interferir, trazer similaridades no comportamento de pais e filhos, também o contexto sócio-histórico-cultural poderá influenciar na permanência ou não dos estabelecimentos dos traços desse temperamento, como traços de caráter, de personalidade. O que nos confirma então dizer que, o temperamento não é imutável. Somos singulares (história de vida), mas ao mesmo tempo somos plurais, ao passo que nos relacionamos, organizamo-nos através da linguagem verbal ou não. O homem é um sujeito biopsicossocial, pois toda sua estrutura se constitui biológica, psicológica e socialmente de forma subjetiva, muito complexa, e, portanto, possíveis a constantes modificações desde o seu nascimento.