Surgimento da Escolástica.

Século VIII.

Foi exatamente no século VIII, uma das maiores revoluções da história desenvolvida pelo grande Carlo Magno, ele organizou o ensino acadêmico, levando o mesmo para sociedade retirando dos conventos.  A cultura greco-romana até então estava escondida não disponível ao povo.

Foi quando por decisão de Carlo Magno, a cultura passou ser difundida por meio do ensino. Esse período ficou determinado como renascença carolíngia.  Teve como base de educação o modelo romano.

Começaram a ensinar diversas disciplinas, como gramática, favorecendo no desenvolvimento da linguagem, retórica a arte de desenvolver os raciocínios lógicos, dialética entender os princípios das contradições para favorecer no desenvolvimento da lógica formal, desenvolveram a geometria, aritmética, astronomia e musica.

No entanto, todas essas disciplinas estavam submetidas à Teologia e tinha a Filosofia como sustentação de fundamento, o ambiente cultural que produziram essas disciplinas.

 O que chamamos das primeiras universidades no mundo, isso no século XI, denominou-se uma produção filosófica e teológica que chamamos de Escolástica.  

Foi apenas a partir do século XII, que aos poucos a visão do mundo acadêmico, foi se definindo com a penetração do pensamento de Aristóteles.

Nesse período aconteceu a descoberta de muitas das suas obras retraduzidas, até então antes não eram conhecidas.

Essas traduções foram feitas para o latim, muitas delas diretamente para o grego, sem contar a colaboração do idioma árabe, sobretudo, com os trabalhos de Avicena e Averróis.

 Em muitos aspectos Aristóteles foi inclusive deturpado propositalmente para servir os interesses da teologia, sobretudo, em referencia a sua visão Física do mundo, e, sua interpretação da Física como fundamento por meio da Filosofia.

A grande contribuição foi árabe, até o século VII, a Europa conhecia pouco do trabalho de Aristóteles. Foi exatamente a partir das traduções feitas pelos filósofos citados, junto às traduções eles desenvolveram comentários não pertinentes a Aristóteles, mas os mesmos toraram como se fossem dele.

Foi exatamente a partir do trabalho desenvolvido pelos filósofos árabes, que abras de Aristóteles, referentes à Física, a Metafísica e a Ética passou a serem conhecidas pelo mundo Europeu.

Importante explicar como aconteceu esse trabalho do ponto de vista da história. Foi exatamente a partir do século VI, os árabes iniciaram guerras religiosas, com o objetivo de difundir o islamismo.

 Primeiro eles conquistaram parte do oriente e posteriormente entrou em contato com a cultura grega, que influenciaram essas regiões, isso desde as conquistas de Alexandre Magno.

Mas exatamente no ano de 711, os árabes conquistaram parte da península ibérica a passaram a desenvolver influência a vários setores da cultura Europeia, isso em diversos campos, como tais: arquitetura, literatura, ciência e filosofia de um modo geral.

Foi no período escolástico a busca constante de harmonização entre a fé e a razão, a principal finalidade do desenvolvimento cultural daquele tempo, quando Carlo Magno, procurou socializar o conhecimento com a sociedade,  o pensamento não poderia desenvolver nenhuma  contradição que contrariasse os princípios da fé.

A escolástica então divide se em três períodos distintos, articulados entre eles:

O primeiro período vai do século IX ao final do século XII, marcado pela perfeita confiança de harmonia entre a fé e a razão. Nada poderia ser da razão se não fosse também da fé.

Segundo período do século XIII ao começo do século XIV, quando aconteceram as grandes elaborações dos sistemas filosóficos, por Tomás de Aquino, conhecedor do pensamento de Aristóteles por meio dos pensadores árabes.

 Nesse período considera que harmonização entre a fé e a razão foi obtida apenas parcialmente.  Iniciaram já as primeiras contradições, porém reprimidas pela oficialidade.

Terceiro período do século XIV ao século XVI caracteriza-se pela decadência da escolástica, onde aparecem as diferenças fundamentais entre a fé e a razão.

 Sobretudo, com o desenvolvimento da Filosofia Iluminista, o desenvolvimento da sociedade industrial e ascensão da burguesia ao poder.

O que se pode dizer o nascimento de um novo tipo de sociedade, proveniente de uma nova forma de Estado, o que é importante mostrar, que a escolástica desenvolveu grandes contribuições para a criação de fundamentos lógicos.

 O uso da lógica principalmente quanto ao seu aspecto formal.  Isso é inegável do ponto de vista da formulação da cultura.  

O método escolástico de investigação segundo o grande filósofo Francês, Jacques Le Goff, privilegiou a questão da linguagem.

 O estudo e seu mecanismo de funcionamento, para posteriormente entender a relação entre as coisas e seus significados, relação do sujeito com o objeto, à questão especificamente dialética.

Hoje essa é grande questão epistemológica, entre aquilo que é da natureza do sujeito do seu entendimento, e aquilo que é da essência do objeto.

 O mesmo não pode ter sua realidade modificada pela imaginação, o que seria determinado pela objetividade pura, o que de certo modo não existe.

Por outro lado, o sujeito não pode ser a mera projeção dele, do seu processo de síntese, para determinar o que é verdadeiro ou não, o que figura como invariavelmente certo.

 Quando o resultado final é apenas a projeção da lógica formal, seu espírito não contraditório do ponto de visa daquilo que é o sujeito e não aos aspectos do objeto.

Esse é o grande trabalho que deve ser feito elaborado pelos grandes filósofos, o mundo, as coisas, não são aquilo que os sujeitos imaginam que sejam o novo espírito lógico continua em processamento.

Ainda mais com as diferenças básicas, entre dois campos lógicos, a dedutiva e a que vem do campo indutivo, aplicação da lógica empírica.

Edjar  Dias de Vasconcelos.